segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Notícias ANERTT/Petróleo & Gás Natural N° 0331, Por Marcílio Novaes Maxxon.

"Na democracia, o processo de formação das políticas públicas demanda participação de todos os segmentos da sociedade civil, informação confiável, representação qualificada, transparência e ética."
ANERTT - Associação Nacional das Empresas de Rádio, Televisão e Tecnologia
A Serviço do Desenvolvimento do BRASIL

Relatório INFORMATIVO DIÁRIO PARA INVESTIDORES DO MERCADO DE CAPITAIS N° 0331

Notícias ANERTT/Petróleo & Gás Natural
Por Marcílio Novaes Maxxon



São Paulo, 27 de outubro de 2008

GESTÃO LEGISLATIVA & AÇÃO POLÍTICA

Lula diz que é ´´questão de honra´´ manter a economia aquecida
Em reunião ontem com empresários, no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mostrou preocupação "com a economia real" e com a manutenção das vendas no mercado interno. Segundo relato de participantes do encontro, o presidente prometeu se empenhar para que a economia brasileira não sofra demasiadamente os efeitos da crise e agir para restabelecer o crédito bancário ao setor produtivo. "É questão de honra manter a nossa economia aquecida", afirmou. "O crédito é o oxigênio da economia, e não vai faltar", disse Lula.Durante audiência com integrantes do comitê gestor do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), Lula disse ainda que os financiamentos do Banco do Brasil (BB) para a aquisição de carros deverão se limitar a 36 parcelas. Ele voltou a garantir que o banco atuará de forma mais agressiva no setor, mas descartou financiamentos a longo prazo. Lula disse que os compradores de automóveis já não estão aderindo a planos de financiamento em 80 meses, segundo relatos do empresário Antoninho Marmo Trevisan e do ex-governador do Rio Grande do Sul Germano Rigotto, integrantes do grupo. "O presidente enfatizou muito a preocupação dele com o setor automobilístico", relatou Trevisan. "Ele disse que o Banco do Brasil vai financiar veículos, certamente não mais nos níveis que nós tínhamos, de 60, 80 meses, mas num número razoável de meses, como está se fixando de 36 meses." O empresário ressaltou que o governo não vai trabalhar para reduzir o prazo dos financiamentos de outros bancos. "Ele (Lula) enfatizou que o Banco do Brasil vai focar nos financiamentos de três anos."MERCADO INTERNO"O presidente está focado no mercado interno", avaliou Trevisan. "Ele tomará todas as medidas para que o mercado interno não seja prejudicado." Aos integrantes do conselho, Lula ressaltou que o governo está empenhado também em manter o andamento das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). E avaliou, de acordo com o empresário, que os efeitos da crise não seriam sentidos pela economia brasileira se não tivessem ocorrido operações de empresas com derivativos.Outro participante da reunião, Paulo Godoy, da Associação Brasileira de Infra-Estrutura e Indústria de Base (Abdib), disse que sugeriu ao presidente criar um fundo de R$ 10 bilhões para garantir a continuidade de obras de infra-estrutura no setor privado. Esses R$ 10 bilhões viriam, segundo ele, dos fundos de pensão, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Caixa Econômica Federal. Lula teria achado a idéia "interessante".DUETONo encontro, Lula afirmou que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, "formam uma dupla perfeita". "O Meirelles e o Guido estão fazendo uma parceria que parece um dueto, nunca estiveram tão afinados", disse o presidente, segundo Trevisan.O empresário, ao responder à pergunta sobre a reação do presidente a um pedido do conselho para que o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, interrompa, na próxima reunião, dia 29, o processo de aumento da taxa básica de juros (Selic), contou que Lula evitou falar sobre o assunto. "O presidente não fez comentários sobre juros, mas, se eu tivesse de apostar, eu apostaria que a decisão do Copom é de, pelo menos, manter a taxa Selic, o que já seria um sinal positivo, embora o desejo de todos seja a redução."O conselho propôs ainda que o BC atue para estabilizar o câmbio e restabelecer o crédito ao setor produtivo. Porém, segundo os próprios integrantes do conselho, algumas das propostas já estão sendo implantadas.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por O Estado de S. Paulo

Ministro alemão diz que ainda há ameaça de colapso mundial
O ministro das Finanças da Alemanha, Peer Sterinbrueck, alertou em uma entrevista divulgada no sábado (horário local) que seria errado desligar os alarmes sobre a crise financeira global e enganoso dizer que tudo está sob controle."O perigo de um colapso (nos mercados financeiros) está longe de terminar. Qualquer sinal de fim de alarme seria um erro", disse Steinbrueck ao jornal Bild am Sonntag, em uma entrevista divulgada antes de sua publicação."Nós ainda estamos em uma situação de perigo. Eu não vou enganar ninguém e dizer: nós temos tudo sob controle."Questionado sobre o tempo de duração que ele prevê para a crise, o ministro afirmou: "O pacote de resgate vale até o final do ano que vem. Nós certamente precisaremos desse tempo".A Alemanha apresentou um programa de resgate a bancos de 500 bilhões de euros (629,3 bilhões de dólares) para ajudar a resgatar a confiança em seu sistema financeiro.O banco público regional BayernB nesta semana tornou-se a primeira instituição a dizer que faria uso do novo fundo.Steinbrueck reiterou seus pedidos para que haja fusões entre bancos regionais, ou landesbanks."Há landesbancks que estão em águas turbulentas. Nós temos landesbanks demais e muitos deles não têm um modelo de negócios convincente. Nós precisamos de consolidação entre os oito landesbanks, como tem acontecido com as grandes instituições no setor de bancos cooperativos."
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Reuters

Bush pede acordo sobre princípios contra crise global
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse neste sábado que um acordo sobre princípios de reforma regulatória é essencial para evitar um novo desastre econômico."Nas últimas semanas, as preocupações sobre a disponibilidade do crédito, a segurança dos ativos financeiros e a volatilidade do mercado de ações deixou muitas famílias compreensivelmente ansiosas sobre seu futuro econômico", afirmou ele em seu programa semanal de rádio.Bush procurou assegurar aos norte-americanos que as ações do governo para amenizar a crise estão começando a dar resultados, mas que o impacto total delas na economia levará algum tempo."Esta crise tem alcance global e administrá-la requer uma maior cooperação global", acrescentou."Embora as soluções específicas de cada governo possam não ser as mesmas, chegar a um acordo sobre princípios é essencial para prevenir crises similares no futuro."
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por O Estado de S. Paulo

Bush defende reforma regulatória contra crise

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse ontem que um acordo sobre princípios de reforma regulatória é essencial para evitar novo desastre econômico. "As preocupações sobre a disponibilidade do crédito, a segurança dos ativos financeiros e a volatilidade do mercado de ações deixaram muitas famílias compreensivelmente ansiosas sobre seu futuro econômico", afirmou em seu programa semanal de rádio. Ele procurou assegurar que as ações do governo para amenizar a crise estão começando a dar resultados, mas que o impacto total delas na economia levará algum tempo.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por O Estado de S. Paulo

Portugal ainda vai sentir crise mais grave que atual
A crise, sente-se já, é grave. A crise, pressente-se, vai piorar. Para o economista Silva Lopes, a pior virá depois, quando Portugal tiver de pagar os custos do esforço dispendido para tentar amenizar os efeitos da actual crise financeira mundial.No debate sobre o Orçamento do Estado para 2009 organizado pelo Fórum para a Competitividade, Silva Lopes disse que o país enfrenta dois problemas fundamentais: o da falta de produtividade/competitividade e o do elevado endividamento externo."Vamos ser obrigados a equilibrar as contas externas", avisou o economista, e, nessa altura, "vamos ter uma crise grave, muito mais grave do que aquela que temos agora". O défice externo português encontra-se próximo dos 10 % do Produto Interno Bruto (PIB) e em 2009 pode chegar aos 12 %."Um país não pode continuadamente investir mais do que poupa, pelo que nalgum momento do tempo Portugal terá que inverter essa tendência", avisou. Para que o défice da balança de transacções correntes possa ir para perto de zero, ou as exportações aumentam ou a despesa interna baixa, notou Silva Lopes.Famílias têm de pouparO economista sublinhou a importância dos portugueses (famílias, empresas e Estado) aumentarem a poupança e avisou que Portugal pode enfrentar um situação económica complicada. "Se não se resolve o problema da poupança e se corta o crédito externo [dada a actual conjuntura internacional de crise financeira], temos que reduzir o investimento para níveis insustentáveis com o crescimento económico".Na sua intervenção sobre o Orçamento do Estado para 2009, Silva Lopes disse ter "algum receio" de que a falta de produtividade e os elevados custos do trabalho possam obrigar os portugueses a aceitar, de forma indirecta, reduções nominais dos salários.Os altos salários causarão aumento do desemprego, prognosticou o mesmo especialista, prevendo que muitos portugueses, depois de serem despedidos, vão aceitar empregos com ordenados mais baixos, pelo que na prática estão a aceitar uma redução nominal dos salários.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Jornal de Notícas Portugal

China lança pacote de US$ 292 bilhões para combater crise
Repetindo a ação que adotou depois da crise asiática, em 1997, a China deu início no fim de semana a um pacote de estímulo à atividade econômica, com anúncio de investimentos de 2 trilhões de yuans, o equivalente a US$ 292 bilhões, para a construção de ferrovias. O valor representa 42% dos US$ 700 bilhões que Washington vai usar para salvar o sistema financeiro americano. O aumento do gasto público será a principal arma de Pequim para amenizar o impacto da crise global sobre a atividade econômica do país, que no trimestre passado teve expansão de 9%, o menor índice em cinco anos."Em 1997, lidamos com a crise asiática estimulando o crescimento doméstico por meio da construção de estradas. Agora, o dinheiro será destino ao aperfeiçoamento da rede ferroviária", disse ao jornal oficial China Daily o consultor de políticas públicas do Comitê Central do Partido Comunista, Zheng Xinli. Logo depois da crise asiática, a China realizou uma série de obras públicas, que incluíram a construção de 174 mil quilômetros de estradas e 35 aeroportos no período de 1998 a 2000. Em conseqüência, o ritmo de expansão do PIB desacelerou de 9,3%, em 1997, para 7,8% no ano seguinte, quando todos os países da região registraram quedas dramáticas na atividade econômica.Segundo o Ministério das Ferrovias, dos 2 trilhões de yuans previstos, 1,2 trilhão já está liberado. Até 2010, a malha será aumentada dos atuais 78 mil quilômetros de extensão para 90 mil quilômetros. O China Daily afirmou que o investimento de 2 trilhões foi aprovado pelo Conselho de Estado, o gabinete dirigido pelo primeiro-ministro Wen Jiabao, com a missão de "ajudar a impulsionar o crescimento econômico em meio à crise financeira mundial". Apesar de ser a terceira maior do mundo, depois da norte-americana e da russa, a malha ferroviária chinesa está longe de atender à demanda do 1,3 bilhão de habitantes do país. Os trens costumam estar sempre lotados e o sistema chega à beira do colapso no período de Ano Novo chinês, quando milhões de pessoas viajam para encontrar suas famílias.Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Estado

Japão anuncia novas medidas para combater a crise
O primeiro-ministro japonês, Taro Aso, anunciou nesta segunda-feira uma série de novas medidas para apoiar os mercados financeiros, entre elas o aumento de um fundo governamental destinado a injetar capital nos bancos em caso de necessidade.Aso declarou ainda que o Japão vai reforçar a regulamentação das vendas a curto prazo (a venda especulativa de ações, destinada a gerar lucro prevendo a queda dos títulos). O premiê não revelou o novo valor destinado ao fundo governamental de apoio aos bancos. O ministro delegado para Política Econômica e Orçamentária, Kaoru Yosano, declarou no domingo que o Japão elevaria de dois a 10 bilhões de ienes (cerca de US$ 117 bilhões) o teto de intervenção do governo para sustentar eventualmente os bancos com dificuldades. As medidas não foram suficientes para ajudar a Bolsa de Tóquio, que encerrou a sessão desta segunda-feira em queda de 6,36%, o que deixou o índice Nikkei no menor nível em 26 anos. O índice Nikkei 225 perdeu 486,18 pontos, a 7.162,90 unidades, o menor nível desde o fechamento 7 de outubro de 1982, ou seja, muito antes do estouro da bolha especulativa imobiliária e na Bolsa do fim da década de 80 no Japão. Já o iene se manteve estável, porém em nível histórico. Sexta-feira, a divisa japonesa alcançou seu recorde em 13 anos frente ao dólar, prova de sua "volatilidade excessiva", indicaram nesta segunda-feira os ministros das Finanças e bancos do G7 (Grupo dos Sete países mais ricos do mundo), em um comunicado conjunto. Ao mesmo tempo, os países do G7 manifestaram disposição de cooperar contra a instabilidade dos mercados. O texto mencionou ainda as "possíveis implicações negativas para a estabilidade econômica e financeira" provocada pela volatilidade da moeda japonesa. "Vigiamos atentamente os mercados e cooperamos de maneira apropriada", acrescentou.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Folha Online

Mientras EE.UU. inicia la nacionalización parcial en bancos, no cede el temor en las bolsas
Mientras el fantasma de la recesión volvía a recorrer las bolsas del mundo, una batería de medidas anunciadas en los Estados Unidos y Europa, y la publicación de un dato positivo sobre el vapuleado sector de viviendas volvían a hundir en volatilidad a Wall Street. El Departamento del Tesoro anunció hoy que firmó acuerdos con nueve bancos e iniciará esta semana la compra, por unos US$ 125.000 millones, de acciones en las instituciones privadas. El subsecretario del Tesoro, David Nason, dijo que los acuerdos se firmaron anoche. Por otro lado, el titular del BCE, Jean Claude Trichet señaló que la inflación en la zona euro se "podrá mantener estable por algún tiempo" y "se moderará en 2009" gracias a las caídas recientes de las materias primas junto con el "debilitamiento importante de la demanda" de los últimos meses. Los riesgos al alza de los precios de consumo "han disminuido" y es probable que haya una "nueva caída" de dichos riesgos de aquí a que se reúna el próximo 6 de noviembre el Consejo de Gobierno del BCE, subrayó Trichet, quien por eso vio "posible" que para entonces se decida una nueva bajada de las tasas de interés. En tanto, las ventas de casas nuevas en Estados Unidos subieron un 2,7% en septiembre, superando las previsiones del mercado. Estas se elevaron a una tasa anual de 464.000 unidades desde una tasa revisada de 452.000 unidades en agosto, dijo el Departamento de Comercio. Los mercados. En ese escenario, Wall Street abrió con caídas pero revirtió su tendencia y ahora opera sumida en extrema volatilidad. El Dow Jones pierde un 0,84%, mientras el S&P 500 y el Nasdaq también retroceden. Las principales bolsas europeas comenzaron a operar con pérdidas superiores o cercanas al 5%, siguiendo los pasos de las asiáticas, que volvieron a cerrar en números rojos. El índice FTSE de la Bolsa de Londres caía 0,07%, mientras que el índice CAC 40 de la Bolsa de París se derrumbaba un 2,41%. Por su parte, el índice Dax de la Bolsa de Francfort, principal indicador de la zona euro, muestra una baja de 0,75%. El índice Ibex-35 de la Bolsa de Madrid bajaba un 2,30%. En tanto, en Asia los mercados no se mantuvieron al margen de los desplomes generalizados y sufrieron fuertes pérdidas. La Bolsa de Shanghai terminó su sesión con una caída del 6,32%, mientras que en la Bolsa de Japón, el Nikkei perdió un 6,35%, su nivel más bajo desde octubre de 1982. La plaza de Hong Kong cerró con una brutal caída del 12,2%. En tanto, los bancos centrales de todo el mundo se preparan para lanzar nuevas medidas coordinadas de emergencia para intentar frenar el pánico que se apoderó de los mercados, que podría agravarse aún más ante el anuncio de numerosos índices macroeconómicos que confirmarían que el mundo se dirige hacia una profunda recesión. Entre otras medidas, se prevé que la Reserva Federal norteamericana reducirá fuertemente la tasa de interés pasado mañana, de cara a la creciente inestabilidad que afectó al país y a las economías desarrolladas de Europa, así como a los mercados emergentes de Asia y América latina.
Fuente: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por La Nacion

FMI anuncia empréstimo a Ucrânia e Hungria
O Fundo Monetário Internacional (FMI) vai oferecer um empréstimo de US$ 16,5 bilhões para a Ucrânia e concordou em propor à Hungria um pacote de ajuda de valor ainda não divulgado."O programa tem o objetivo de apoiar o retorno da Ucrânia à estabilidade financeira e econômica", disse o presidente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, em um comunicado divulgado no domingo à noite.Um correspondente da BBC diz que o montante é bem maior do que o esperado e reflete, em parte, a importância da Ucrânia, país pelo qual passa boa parte do gás russo a caminho da Europa ocidental.As ações, bancos e moeda da Ucrânia têm sido seriamente afetados pela atual crise financeira global.O crédito fácil e a explosão no mercado imobiliário levaram a uma expansão rápida da capital Kiev, mas a atual crise tem feito com que investidores e aqueles dispostos a oferecer empréstimos abandonem o país.A economia da Ucrânia é dependente da produção de aço, mas, em meio à desaceleração econômica global, os preços do produto vêm caindo.Além disso, turbulências políticas internas têm atrasado o desenvolvimento econômico da Ucrânia, e o empréstimo do FMI depende de o país conseguir equilibrar seu orçamento e reformar o setor bancário.Hungria Um "pacote financeiro substancial" para a Hungria será finalizado nos próximos dias, segundo o FMI.A oferta será condicional à adoção, pela Hungria, de "políticas fortes", e o dinheiro virá do FMI, da União Européia e de governos europeus individuais "junto com instituições regionais e multilaterais", disse Strauss-Kahn."As políticas que a Hungria está contemplando justificam um nível excepcional de acesso a recursos do fundo", afirmou. A correspondente da BBC em Washington Sarah Morris, diz que isso sugere que o montante será um dos maiores já oferecidos pelo FMI.A moeda húngara, o forint, vem se desvalorizando, as ações no país vêm caindo e a Hungria reduziu sua previsão de crescimento para 2009.O FMI já concordou em oferecer um empréstimo de US$ 2 bilhões para a Islândia e também negocia com o Paquistão e Belarus a possibilidade de ajuda em meio à crise financeira. Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por BBC Report


PETRÓLEO & GÁS

Rússia, Irã e Qatar avançam para a "grande troika do gás"

A Rússia, o Irã e o Qatar deram início a um projecto que já foi definido como a "OPEP do gás". A Rússia tem as maiores reservas mundiais de gás (25%, segundo fontes da BP), seguida precisamente pelo Irão (16%) e pelo Qatar (15%), e os três pretendem colaborar no âmbito da tecnologia de exploração do metano e influenciar o mercado.No encontro da "grande troika do gás" - como já é conhecido o grupo - que ocorreu esta semana em Teerão, a Rússia fez-se representar pelo presidente da "Gazprom", o Irão pelo ministro do Petróleo, enquanto que pela parte do Qatar estava o ministro da Energia."Os nossos países têm mais de 60% das reservas mundiais do gás", sublinhou o ministro iraniano, adiantando que no encontro tinham debatido a colaboração no âmbito da exploração de novas jazidas e a cooperação no mercado do gás. O projecto da nova organização deverá ser apresentado a outros potenciais candidatos durante o "Foro dos países exportadores de gás", que se vai reunir em Moscovo a 17 de Novembro. O Foro é considerado uma iniciativa informal que não pode influenciar os preços do metano, mas prevê-se que o estado de coisas se altere com a esta nova iniciativa.A possível criação de um "cartel" dos maiores produtores de gás natural - à semelhança da OPEP, dos países exportadores de petróleo - é um assunto que tem vindo a dar que falar nos últimos anos. Os primeiros esforços partiram do Irão há cerca de dois anos, mas a Rússia não parecia estar interessada. Em Abril do ano passado, começaram a circular notícias de que poderia ser anunciada a criação da "OPEP do gás", o que levou a uma reacção negativa por parte dos países consumidores, em particular dos EUA e da União Europeia.Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Gás Brasil

Gás natural e competitividade industrial

Os rumos do mercado brasileiro de gás natural preocupam os grandes consumidores industriais. A insegurança em relação ao fornecimento do gás boliviano, combinada com a escala dos preços do combustível e dúvidas relativas à Lei do Gás, é uma ameaça real aos projetos de expansão industrial. O assunto é tão importante para o desenvolvimento da indústria brasileira que deve ser um dos principais temas do evento Energia Competitiva: Contribuindo para o crescimento do Brasil, que a ABRACE – Associação Brasileira dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres realiza no dia 30 de outubro em São Paulo.A interrupção no fornecimento de parte do gás natural comprado da Bolívia em setembro gerou uma crise de confiança dos consumidores brasileiros em relação ao combustível. Além disso, revelou a fragilidade do abastecimento do mercado. Atualmente, o país vizinho fornece 30 milhões dos 51 milhões de metros cúbicos vendidos todos os dias pelas distribuidoras. Associada à fragilidade política da sociedade boliviana, essa dependência ameaça os consumidores industriais que dependem do gás natural. Ninguém quer correr o risco de ter o abastecimento energético interrompido devido a disputas políticas naquele país.No cenário interno, as perspectivas são um pouco melhores, mas também preocupam. Apesar das descobertas no Campo de Mexilhão e das excelentes perspectivas relativas aos campos do Pré-sal, as notícias não são muito animadoras. A Petrobras acaba de avisar que seus planos de ampliar a oferta de gás nacional para 40 milhões de metros cúbicos diários terão de ser postergados para março de 2009. Inicialmente a empresa pretendia atingir essa marca ainda este ano. Paralelamente, as distribuidoras não estão fechando novos contratos para fornecimento firme do combustível. Com isso, projetos de expansão de indústrias cerâmicas, por exemplo, tiveram de ser suspensos.A tendência é que essa situação se resolva no médio prazo graças ao aumento da produção interna e das fontes de fornecimento, com a importação por meio de gás natural liquefeito (GNL), além da ampliação das redes de transporte do combustível.Mas, enquanto isso não acontece, o risco é que a imagem do combustível fique comprometida. Algumas indústrias, que, no passado, investiram para adotar o gás, agora tiveram de investir novamente, para ter sistemas bicombustíveis. Além da elevação de custos, há a insegurança em relação ao insumo, o pode fazer com que as empresas desistam do gás para suas unidades e até mesmo decidam por transferir projetos de expansão para outras regiões do mundo. Com isso, na hora que realmente houver gás disponível, não mais estarão interessadas, o que poderá causar uma sobra de gás no mercado.No meio disso tudo, as disputas em torno da Lei do Gás também preocupam. Na visão da ABRACE, a inclusão do consumidor livre na legislação é muito importante. O problema é que ainda há muitas questões a serem definidas. Um dos grandes obstáculos é a visão das distribuidoras de que os consumidores livres teriam de continuar dependentes delas para receber o combustível.A ABRACE entende que, além de poderem optar pelo fornecedor, os grandes consumidores poderiam se ligar diretamente aos gasodutos de transporte de gás. Essa questão é particularmente importante no caso das empresas interessadas em atuar na produção de gás e que pretendam destiná-lo a suas próprias plantas produtivas.Na avaliação da ABRACE, a definição dessas questões é fundamental para garantir a competitividade do gás natural como um dos principais combustíveis da indústria brasileira. É importante que esse ambiente seja preparado de maneira adequada para que o excesso de oferta do combustível previsto para os próximos anos possa ser bem aproveitado.Não custa lembrar, por exemplo, que a Petrobras prevê ampliar o volume diário entregue no estado de São Paulo em 5 milhões de metros cúbicos a partir de 2010. Com isso, deve atender as necessidades do mercado consumidor: estimativas da Secretaria de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo indicam que a demanda por gás natural deve crescer entre 3 milhões e 4 milhões por dia até 2011; hoje está na faixa de 17 milhões de metros cúbicos. Só que até lá é preciso garantir que os consumidores continuem confiantes no combustível e de fato possam participar ativamente do desenvolvimento do mercado brasileiro de gás natural.
Ricardo Lima
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Gás Brasil

Chevron substitui BP como terceira maior petrolífera mundial
A principal petrolífera norte-americana Chevron Corp substituiu a companhia britânica BP Plc como a terceira maior petrolífera privada no mundo, após problemas na Rússia e a atual fraqueza atingirem a British Petroleum.A capitalização de mercado da BP foi 131,2 bilhões de dólares, com base no fechamento dos preços de sexta-feira, comparado a 131,3 bilhões de dólares da Chevron.A petrolífera britânica era a número dois da indústria até ser superada pela Royal Dutch Shell Plc. Isso aconteceu depois que a avaliação da BP foi prejudicada pela explosão da refinaria na cidade do Texas, em 2005, que matou 15 trabalhadores, e pelo atraso de grandes projetos.A Exxon Mobil é a maior petrolífera internacional, com uma capitalização de mercado de 358,6 bilhões de dólares.As ações da British Petroleum recuavam 0,51 por cento, cotadas a 437,75 centavos de libra-peso por volta das 12h00 (horário de Brasília) nesta segunda-feira.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Reuters

Irã aumentará capacidade de produção de petróleo em 1 milhão de barris

O Irã anunciou sua intenção de elevar sua capacidade diária de produção de petróleo em 1 milhão de barris por dia, passando dos 4,35 milhões atuais para 5,3 milhões, afirmou hoje o ministro do Petróleo iraniano, Gholam-Hossein Nozari.Em declarações à agência de notícias iraniana "Mehr", Nozari disse que seu ministério "deve" esse aumento, apesar de que atualmente algumas grandes zonas de exploração superaram a metade de sua vida útil.O anúncio do ministro iraniano ocorre quase dois dias depois de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), da qual o Irã faz parte, anunciasse uma redução de mais de 5% em sua cota de produção de petróleo.Dentro desta iniciativa, o Irã - segundo maior produtor do grupo, depois da Arábia Saudita - se comprometeu a uma redução de 199 mil barris por dia.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por EFE

CE inicia nova era do petróleo
O petróleo é mesmo um negócio fabuloso. Constitui uma verdadeira agência de fomento, gerando empregos, multiplicando riquezas e bem-estar. Sua exploração, no Brasil, se confunde com a história da Petrobras — empresa que teve a ousadia e a competência de buscar o ´ouro negro´ no fundo do mar, desenvolvendo tecnologia de ponta para isso, há exatos 55 anos.O ciclo do petróleo e do gás no País inicia nova fase, com a descoberta do combustível fóssil na camada pré-sal. Perspectivas absolutamente novas se abrem também para o Ceará que, após quatro décadas de espera, vê a tão sonhada refinaria mais perto de virar realidade.O Estado vai protagonizar, ainda, uma experiência inédita da estatal, que é a liquefação e a regaseificação em alto-mar, no Porto do Pecém. Para tentar compreender a importância da Petrobras no Estado e o atual momento de deslanchada dos projetos locais, o Diário do Nordeste foi longe. Quase 50 km da costa, na Plataforma Atum 3 (PAT-3) , em Paracuru, a 87,9 quilômetros de Fortaleza.No Campo de Atum , são produzidos 2,7 mil barris/dia de óleo e 75 mil metros cúbicos de gás. No Ceará, são nove plataformas, em quatro campos petrolíferos. Todos estão situados no litoral de Paracuru: Curimã (com duas plataformas), Espada (uma plataforma), Atum (três plataformas) e Xaréu (três plataformas). A produção cearense é pequena, comparada à de outras bacias, como Campos. Mas tem se revertido em desenvolvimento para os cearenses, seja por meio da geração de empregos ou do pagamento de royalties.No atual momento da Petrobras, os funcionários lotados no Ceará não cabem em si, de tanta satisfação. ´A cada notícia, quando a gente sabe de uma nova descoberta, de um campo de exploração, pode ser até mesmo em outra área de atividade, em outro estado, a gente sente orgulho de fazer parte desta empresa´, diz o cearense Eliezer Sampaio, 23 anos e 10 meses de estatal.´Nunca me senti tão orgulhoso em ouvir as pessoas comentando nas ruas sobre a grandiosidade destas descobertas e das novas atividades aqui no Ceará´, resume o potiguar José Maria de Sousa, 51 anos, 25 dos quais dedicados à Petrobras. Atualmente, ele é supervisor da PAT 3. O sentimento de Zé Maria é compartilhado por colegas de trabalho, que parecem formar uma verdadeira família verde-amarela.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Diário do Nordeste

Saída é a revolução tecnológica verde
O 2 está de volta. Na semana passada os preços de varejo da gasolina nos Estados Unidos recuaram abaixo dos US$ 3 o galão, para uma média de US$ 2,91, o nível mais baixo em quase um ano. Por que será que essa notícia me deixa confuso?Porque em meio a essa violenta crise econômica com a taxa de desemprego subindo e o plano 401 (k) [plano de aposentadoria patrocinado pelo empregador] declinando, seria um grande alívio para muitos americanos conseguir uma redução nas bombas de gasolina. Hoje em dia, os preços em queda da gasolina atuam como uma redução de imposto para os consumidores e podem poupar de US$ 15 a US$ 20 no tanque cheio de um utilitário esportivo da família, em comparação com o que acontecia quando a gasolina era vendida a US$ 4,11 o galão em julho.Sim, é impossível para mim ignorar o fato de que quando a gasolina atingiu US$ 4,11 o galão nós mudamos - muito.Os americanos passaram a dirigir menos, poluir menos, se exercitar mais , usar mais os transportes públicos e, o mais importante, afogar Detroit com pedidos por carros mais eficientes, híbridos e elétricos. Os setores de energia limpa e de eficiência viram um crescimento recorde - uma das poucas locomotivas que nos restaram de real criação de qualidade no trabalho.Entretanto com o pouco crédito disponível para novos empreendimentos energéticos e os preços mais baixos do petróleo dificultando a escalada para as fontes renováveis existentes como a energia eólica e a solar, e a fraca economia tornando quase impossível para o Congresso passar um imposto sobre o carvão ou a gasolina que tornaria a energia limpa mais competitiva, o que será de nossa florescente revolução da tecnologia não poluente?Para mim o momento atual lembra a exibição de um filme B ruim dos anos 80. E sei como esse filme termina - com nossa recaída no vício do petróleo e da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), assim como com a incerteza corrosiva para nossa economia, balança comercial, segurança e meio ambiente."Será que a crise econômica irá representar o fim do verde?", pergunta David Rothkopf, consultor sobre energia e autor do livro "Superclass." Ou, será o verde o caminho para acabar com a crise econômica?Precisa ser a segunda alternativa. Não podemos aceitar uma ajuda financeira que não seja também uma alavanca para o verde - alavanca de um novo setor de energia limpa que fortaleça os EUA e ajude o planeta.Mas como fazer isso sem uma norma que afete os preços da gasolina e do carvão?Eis algumas idéias: Em primeiro lugar, Washington poderia impor um parâmetro nacional de energia renovável que requisitasse de cada empresa de utilidade pública no país uma produção 20% baseada em fontes energéticas limpas, não emissoras de gases poluentes - fonte eólica, solar, nuclear, de biomassa - até 2025. Cerca de metade dos estados no país já implementou isso, mas são todos programas diferentes. Criaríamos uma gigantesca alavancagem doméstica para a energia renovável se tivéssemos uma norma nacional uniforme.Em segundo lugar, Washington poderia exigir em termos nacionais que cada estado modificasse suas empresas pública para um sistema de "decoupling-plus." Esse é o termo técnico para mudar o modo como o setor de infra-estrutura ganha dinheiro - mudando o sistema que o faz ser pago pelo volume de eletricidade ou gás que nos faz consumir e passar a ser pago pela quantidade de eletricidade e gás que nos faz poupar. Vários estados já adotaram o caminho.Em terceiro lugar, a idéia apresentada por Andy Karsner, ex-secretário-assistente de Energia, seria de modificar o código fiscal de modo que qualquer companhia que investir em nova capacidade de manufatura doméstica visando a tecnologia de energia limpa - ou que procure qualquer sistema de energia limpa ou um meio de poupança energética que seja feito por americanos - possa dar baixa contábil no custo integral do investimento por meio de um crédito fiscal e/ou depreciação acelerada no primeiro ano."Falo de tudo, desde janelas de eficiência energética a aquecedores de água para caldeiras industriais e painéis solares, e a geração de empregos e instalações fabris que produzem - qualquer coisa que nos deixe mais eficientes, enxutos e economicamente competitivos, e que seja proveniente de uma fonte americana doméstica", disse Karsner.Ele também sugeriu utilizar parte do dinheiro proveniente de qualquer pacote de estímulo para diretamente incentivar e apoiar os esforços dos estados para implementar e modernizar com inteligência seus códigos de construção a fim de obter rapidamente as já nacionalmente estabelecidas "práticas excelentes" em seus mercados.Por fim, precisamos que o próximo presidente ponha nos trilhos a eficiência energética, começando por reinventar a parada da vitória. Livre-se das limusines negras e dos Chevy Tahoe blindados que cruzam a Pennsylvania Avenue. Ao invés disso, que o próximo presidente anuncie que não usará nenhum veículo nesse dia que ande com menos de 30 milhas por galão. O mandatário poderia convidar todas as empresas de veículos a participar da parada histórica com seus melhores carros fabricados nos EUA , e eficientes.Para finalizar, se o Congresso aprovar outro pacote de ajuda, que não seja apenas para uma outra rodada de cheques de US$ 600 para comprar televisores de tela plana "made in China." Também vai precisar incluir pontes que levem a algum lugar - investimentos direcionados para a pesquisa científica, trânsito intenso, manufatura de tecnologia doméstica limpa, e eficiência energética que nos transformem em uma sociedade mais produtiva e inovadora, uma com maior capacidade, competitividade, produtividade e melhor infra-estrutura para conduzir à próxima grande revolução industrial: E.T. -- energy technology (tecnologia energética).
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por The New York Times/Thomas L. Friedman


MERCADO DE ETANOL

Delegação japonesa coleta informações sobre o etanol

Nove vereadores japoneses estiveram, nesta semana, no Brasil, com o objetivo de conhecerem um pouco mais dos benefícios ambientais da produção e utilização do etanol de cana-de-açúcar.Na última quinta-feira, a comitiva esteve na sede da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), onde o diretor de comunicação Corporativa da entidade, Adhemar Altieri, fez uma apresentação sobre a produção de etanol no País.Dentre outras coisas, os japoneses puderam entender que os canaviais brasileiros estão distantes, pelo menos, 2 mil quilômetros da Floresta Amazônica. Esta é uma grande preocupação do povo nipônico, que teme o desmatamento das florestas para o cultivo de cana de açucar.Em outro momento, Altieri informou os membros da comissão sobre o balanço energético da cana, que é quase nove vezes superior ao de outras matérias-primas usadas na produção de etanol, além do combustível emitir até 90% menos CO2 na atmosfera."Precisávamos de respostas para estas questões, pois o aspecto da sustentabilidade do etanol brasileiro é fundamental para a sua utilização em território japonês", afirmou o presidente da Câmara Municipal da cidade de Toyota, Hirotaka Sigiura. Segundo as autoridades japonesas, a visita serve para comprovar a sustentabilidade do etanol, o que pode servir de estímulo para que o Japão aumente a mistura de etanol em sua gasolina, passando a utilizá-lo em larga escala. Para Sigura, que liderou a visita ao País, "o carro flex pode ser bem-sucedido no Japão, caso os japoneses tenham consciência dos benefícios do uso do etanol para o meio ambiente".O Japão tende a se tornar um grande importador de etanol de cana do Brasil. Recentemente, após decisão de seu governo de utilizar gasolina com bio-ETBE, um aditivo produzido com 60% de isobutileno e 40% de etanol, as exportações brasileiras para aquele país saltaram de 227,7 milhões de litros, em 2006, para 367,2 milhões de litros. Em julho deste ano, a Copersucar, assinou um acordo comercial com a companhia japonesa Japan Biofuels Suppy para exportar 200 milhões de álcool anidro para o Japão.Antes de retornar ao país do sol nascente, o grupo visitou também uma usina ligada ao grupo Cosan.Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon

Piauí: Valença tem potencial para produzir álcool e cachaça
Além da potencialidade para a produção de uva em pleno semi-árido, o município de Valença tem vocação para a produção de cana-de-açúcar e fabricação de etanolO empresário do município de Valença, Rubens Alencar, pretende iniciar a produção de álcool e cachaça na região. Para isso, ele procurou o Emater para buscar uma parceria para o empreendimento. "Nós fizemos um levantamento das áreas agricultáveis de cana-de-açúcar e mandioca para que a gente possa viabilizar esta parceria", disse Francisca Souza, coordenador da regional do instituto na cidade de Valença.Dentro da proposta de revitalização da produção de cana-de-açúcar no Território do Vale do Sambito, que compreende Valença e mais 15 municípios, o empresário Rubens relata que a produção de cana-de-açúcar naquela região precisa de mais incentivos. Ele conta que estruturou uma indústria de beneficiamento com capacidade para produzir 12 mil litros de cachaça por dia e 6 mil litros de álcool.Segundo ele, o Emater vai dar assistência técnica necessária aos pequenos agricultores para incentivar o plantio de, no mínimo, 500 ha de cana-de-açúcar naquela região, assegurando ainda a geração de emprego e renda aos agricultores familiares.De acordo com Francisco Guedes, diretor geral do Emater, a parceria começa neste mês de outubro com o fomento da produção, onde o empresário vai plantar para seu consumo e o Emater vai incentivar o plantio junto aos agricultores familiares e associações de produtores que mais se identificam com o trabalho, incentivando através do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar.O potencial - Para o consultor da empresa, Marcílio Barreto, que presta serviço ao empreendimento do empresário Rubens Alencar, a cultura de cana-de-açúcar é bastante promissora naquela região, tendo em vista a existência de baixões que já produzem, embora com baixo nível tecnológico.Segundo ele, se bem elaborados e estruturados podem chegar a índices de produtividade bastante elevados. "Vamos partir de um "jardim clonal", para começar a organizar a cadeia produtiva da cana-de-açúcar naquela região. Em cima disso, vamos definir materiais que serão difundidos para servir de matéria-prima na indústria de álcool e cachaça.De acordo com o relatório da regional do Emater de Valença, a produção de cana-de-açúcar existe no Território do Vale do Sambito, onde é praticada em pequenas áreas pelos agricultores familiares em indústrias artesanais para a produção de rapadura e aguardente. Existem baixôes frios e úmidos com mancha de solos profundos de aluvião, que formam um micro-clima ameno propício para produção, tanto de cana-de-açúcar como de horticultura. O relatório faz referência ainda a outras áreas de vazantes como o Vale do Berlenga (cana-de-açúcar) e o Vale do São Vicente (cana-de-açúcar e arroz).
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Jornal Meio-Norte

Brasil e Colômbia estreitam laços econômicos e troca de experiências
Tráfico de drogas, desordem urbana, favelização, confrontos no campo, desejo de expandir relações comerciais e ganhar mercados, avanço econômico. Embora a Colômbia tenha extensão territorial menor que a de São Paulo, as semelhanças entre o vizinho e o Brasil são imperativas, com uma diferença importante: nos últimos seis anos, o número de colombianos armados caiu de 60 mil para 13 mil graças a um esquema de segurança que privilegiou a ação social no país. Agora, o gigante parece ter muito a aprender com o colega. E as relações entre os dois se fortalecem em ritmo acelerado.Destacando o país latino como um importante alvo de investimento brasileiro, o embaixador da Colômbia no Brasil, Tony Jozame Amar, enumera nesta entrevista ao Jornal do Brasil as possibilidades de trocas econômicas e políticas entre os dois países, sobretudo nos campos energéticos e de biocombustíveis. Amar lista os acordos assinados este ano, e vislumbra as possibilidades do campo bilateral. Como o senhor avalia a relação entre Brasil e Colômbia hoje?Desde que cheguei, há 10 meses, houve grande avanço. O presidente Lula esteve em Bogotá duas vezes, e foram feitos acordos de luta contra o tráfico de drogas, armas e mulheres. Há convênios para benefícios dos povos de fronteira em saúde, educação, infra-estrutura, aquedutos, saneamento básico e eletrificação, além de acordos comerciais e tecnológicos importantes, como o entre Senai e a colombiana Sena.A perspectiva é de avanço?No ano passado, a Colômbia vendeu ao Brasil US$ 470 milhões em produtos. Este ano vamos vender entre US$ 800 e 900 milhões. Há grande empresários brasileiros no país, como Votorantim, Ocean Air, Gerdau, Odebrecht, Tigre, e outros já interessados. O turismo está crescendo muito entre os dois.O modelo de segurança adotado na Colômbia é aplicável ao Brasil?A normalização na Colômbia das favelas se fez sobre uma base: recuperar o território com a autoridade do Estado. É preciso arrumar todo o entorno urbanístico da área, energia, aqueduto, telefone, habitações, construções de escolas, postos de saúde, centros de trabalho e de capacitação, bibliotecas. E é importante privilegiar uma política de assistência social direta a crianças e mães solteiras. Para fazer isso é preciso ter decisão política, e pedir verba federal, estadual, municipal e privada. Houve processos de paz e outros de enfrentamentos. Usamos o pagamento de recompensas para as informações prestadas pela comunidade. Cabe a cada país escolher seus caminhos, não posso dizer se isso tudo se aplica ao Brasil ou não.Quais as oportunidades de investimento para nós na Colômbia?Hoje, produzimos 2 milhões de litros de etanol e biodísel, mas queremos chegar a 10 milhões. Os brasileiros podem comprar terras lá. Outros investimentos bons são em hotelaria, siderurgia e educação à distância. A Colômbia tem topografia, geografia e águas para construir hidrelétrica e exportar energia. O Brasil pode se aproveitar disso e de compras de participação de empresas da área, como já tem ocorrido. Há países que estão se fechando para empresas estrangeiras, numa política de estatização. Não é nosso caso.E quanto às oportunidades para os colombianos?No Brasil, podem comprar terras para plantar soja e cana para produzir biocombustíveis. Há Estados como Tocantins, que é novo e vai se desenvolver muito. Os colombianos podem ter investimentos também em cultura e na indústria têxtil.Como a Colômbia enfrenta a crise econômica atual?O país está construindo um aparato produtivo forte há anos. A economia antes era sustentada em capitais especulativos, instáveis. O nosso banco central tem uma política ortodoxa. A maioria dos membros da junta diretiva não é do governo. Temos boas relações com órgãos financeiros internacionais também, para o caso de precisarmos de crédito. E estamos expandindo parceiros comerciais.O senhor considera o Brasil um líder no continente?A Colômbia confia muito no Brasil e sente empatia pelos brasileiros. O país tem a metade do território do subcontinente, e uma política de conciliação. Agora vem a Unasul, para mim é consolidação da região, com a criação do Parlamento e até de uma moeda para o bloco.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por JB Online

Brasileiros querem colocar etanol na China
A União da Indústria de Cana de Açúcar (Unica) e produtores de etanol brasileiros começaram movimentos preliminares para entrar no grande mercado chinês de biocombustíveis, mas várias questões precisam ser resolvidas antes que projetos conjuntos possam ter início, afirmou ontem o presidente da Unica, Marcos Jank, que está em visita à China. "Estamos aqui na China para iniciar as discussões. Isso não ocorrerá em uma semana, isso pode acontecer em um ano", disse. Segundo ele, os problemas que precisam ser superados incluem as pesadas tarifas de importação da China e o fato de que a mistura de etanol e a distribuição no País são controladas por um grupo muito pequeno de empresas.A China começou a introduzir uma mistura de 10% de etanol à gasolina em algumas partes do país. Mas a introdução da mistura em todo o País exigiria mais etanol do que a produção atual de 2 milhões de toneladas por ano. No entanto, como a maior parte do etanol na China é produzida a partir de milho, uma decisão do governo para interromper a produção de etanol a partir de lavouras que servem para alimentação significa que o país precisa encontrar alternativas, e o Brasil pode oferecê-las, segundo Jank.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por UNICA

MERCADO DE ENERGIA

Greenpeace: energias renováveis são o paraíso dos investidores
O investimento em massa em energias renováveis pode dar origem a uma indústria com um faturamento anual de 360 bilhões de dólares, indica um estudo apresentado pela organização ecológica Greenpeace nesta segunda-feira em Berlim.Esta indústria de energias renováveis forneceria metade da eletricidade mundial e permitiria economizar no futuro 18 trilhões de dólares em gastos de petróleo, além de proteger o clima, de acordo com este relatório que esboça um plano de ação para reduzir as emissões de CO2.O investimento na proteção do clima é economicamente rentável, afirmou o Greenpeace, reforçando seus argumentos num momento em que a crise financeira levanta vozes contra os planos de combate ao aquecimento global."O mercado mundial de energias renováveis pode aumentar de tal forma que antes de 2050 já teria o tamanho da indústria fóssil de hoje", afirmou Oliver Schaefer, um diretor do Conselho Europeu das Energias Renováveis (EREC), co-autor do projeto junto com o Greenpeace Internacional."Atualmente, o mercado de energias renováveis tem um valor de 70 bilhões de dólares e duplica seu tamanho a cada três anos", acrescentou."Por causa da economia de escala, as energias renováveis, como a eólica, já estão em condições de competir com as energias convencionais", acrescentou Schaefer, que garante: não existem barreiras técnicas para este desenvolvimento, mas sim barreiras políticas. Sven Teske, especialista em energia do Greenpeace e co-autor do relatório, explicou que um investimento mundial de nove trilhões de dólares em energias renováveis criaria um sistema altamente lucrativo e faria despencar as emissões de gases causadores do efeito estufa."Essa crise financeira vai passar, mas a crise climática não vai", destacou, na entrevista coletiva na qual apresentou o estudo "(R)Evolução Energética: uma Perspectiva da Energia num Mundo Sustentável".Com investimentos dessa ordem, os custos com combustível no futuro também devem cair significativamente - cerca de 18 trilhões de dólares -, as emissões de gases causadores do efeito estufa diminuiriam até 2015 e a média de emissões de CO2 por terráqueo despencaria das atuais quatro toneladas para apenas uma até 2050, segundo o estudo."Sobretudo no contexto da atual instabilidade econômica, investir em tecnologia de geração de energias renováveis é um cenário onde todos ganham: ganhamos em segurança energética, ganhamos na economia e ganhamos no clima", estima o relatório, ressaltando que as únicas barreiras que ainda restam para que comece este processo são de natureza política.Além disso, o Greenpeace acredita que tudo isso pode ser alcançado ao mesmo tempo em que garantirá que China, Índia e outras nações em desenvolvimento tenham acesso a toda a energia de que precisam para se expandir."Países como China e Índia estão em uma boa posição para aproveitar a oportunidade trazida pelos enormes investimentos que serão feitos para a revolução energética", indica G. Ananthapadmanabhan, diretor do programa do Greenpeace Internacional."A revolução energética é a chave para que eles adaptem seu desenvolvimento ao clima", acrescentou.Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Greenpeace Internacional

A cana de açúcar, de etanol e de eletricidade: uma commodity global
Nas últimas três décadas, a indústria da cana-de-açúcar recebeu fortes investimentos em ciência e tecnologia, tanto do setor público quanto do privado. Hoje, a cana-de-açúcar é o insumo básico não apenas para o açúcar, como para uma variedade incrível de produtos com valor agregado, particularmente o etanol que abastece nossos automóveis e ajuda a romper o domínio dos combustíveis fósseis sobre nossa sociedade.Agora, a cana-de-açúcar está prestes a dar mais um salto, desta vez para oferecer ao mundo uma fonte dupla de energia limpa e renovável. Além do açúcar e do etanol, a cana já está fornecendo eletricidade, em um momento em que essa eletricidade é urgentemente necessária para impulsionar o crescimento econômico do Brasil.O etanol brasileiro produzido da cana não é apenas economicamente rentável como também ambientalmente consistente. Devido a ganhos de eficiência, o preço atual do etanol no Brasil é de apenas 30% do que era há três décadas, quando País tomou a decisão de utilizar o etanol em grande escala.Hoje, o etanol brasileiro é competitivo com a gasolina com o preço do petróleo a 40 dólares o barril. Isso torna o etanol viável mesmo sem subsídios governamentais.Além do etanol, a bioeletricidade também está sendo produzida a partir da cana-de-açúcar, solução que pode muito bem deflagrar outra revolução, na mesma escala do etanol. A bioeletricidade é produzida a partir da queima de subprodutos da cana - o bagaço e a palha - em caldeiras. A energia gerada nesse processo não só faz com que nossas usinas sejam 100% auto-suficientes, como também permite que elas forneçam excedentes de eletricidade para as redes nacionais de distribuição.Até recentemente, cerca de dois-terços do potencial energético da cana, contidos no bagaço e na palha, não eram utilizados. Mas isto está mudando de forma dramática. Usinas de açúcar e álcool no Brasil já têm potencial para gerar 1.800 megawatts médios em excedentes de eletricidade, o que equivalente a 3% do total necessário para abastecer o Brasil. Com a intensificação do uso da biomassa que vem da cana, e a utilização de caldeiras de alta eficiência, estima-se que a capacidade de geração do setor pode atingir até 15.000 megawatts médios até 2020. Isso seria suficiente para fornecer até 15% das necessidades do País, ou o equivalente ao consumo de países inteiros, como Suécia ou Holanda.Por todos esses motivos, nós acreditamos que o etanol da cana-de-açúcar está nitidamente à frente dos produzidos a partir de outros insumos, seja em termos de balanço energético, eficiência ambiental, produtividade e custo-benefício. É por isso que a sua produção e o uso devem ser ampliados e seu comércio internacional estimulado.O etanol de cana e a bioeletricidade não são, meramente, soluções brasileiras. Mais de 100 países, inclusive os Estados Unidos, cultivam cana-de-açúcar ao redor do mundo, e a maioria são países emergentes em regiões tropicais e subtropicais. A adoção por esses países do etanol de cana em vez da gasolina aumentaria sua independência energética e daria mais segurança energética para países que importam etanol, porque o número de fornecedores seria ampliado e diversificado.Nesse cenário, 100 países em desenvolvimento poderiam fornecer biocombustíveis para o mundo, ao invés dos 20 países produtores de petróleo que fazem isso hoje, a maioria deles localizados em regiões conturbadas. A cana-de-açúcar, portanto, pode fazer uma contribuição significativa para o desenvolvimento desses países, ao transformar muitos deles em produtores e exportadores de etanol.O etanol de cana-de-açúcar preenche todos os requisitos para se tornar uma commodity global, mas para que isso aconteça, países desenvolvidos precisam colocar de lado a lógica distorcida que prevalece hoje - uma lógica que aplica impostos sobre biocombustíveis, mas permite que combustíveis fósseis transitem livremente ao redor do mundo, sem obstáculos tarifários ou outras barreiras comerciais.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon

Estado avalia energia gerada pelos ventos
A Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), ligada à Secretaria de Estado do Saneamento e Energia, encomendou a elaboração de um Atlas Eólico de São Paulo. Inédito, o estudo identificará áreas com potencial para a geração de energia elétrica através dos ventos, um recurso farto e renovável, por depender de um combustível de custo zero.
Saem as células fotovoltaicas e os grandes painéis solares instalados nos telhados dos edifícios e entram árvores e plantas artificiais, tão parecidas com as naturais que facilmente enganam quem olha rapidamente. Só que essas árvores artificiais fazem mais do que decorar a paisagem: elas são verdadeiras usinas geradoras de eletricidade limpa e renovável, capturando continuamente a energia do Sol, do vento e da chuva. Uma cobertura com as plantas solar-eólicas de 6m² será suficiente para gerar eletricidade para abastecer uma residência.Por enquanto esse cenário não é mais do que um projeto e ainda não é possível comprar essa nova maravilha da tecnologia. Mas a empresa emergente Solar Botanic espera que as suas árvores geradoras de eletricidade tornem-se uma realidade o quanto antes. Segundo os pesquisadores que criaram a empresa, toda a viabilidade técnica já foi avaliada. Agora é uma questão de encontrar os investidores.A unidade básica dessas árvores solares são as folhas artificiais, que a Solar Botanic chama de nanofolhas. Cada folha possui sensores capazes de capturar a energia do Sol tanto radiante (células fotovoltaicas) quanto térmica (células termovoltaicas). Simultaneamente, quando o vento ou a chuva agitam as nanofolhas, o movimento aciona cristais piezoelétricos instalados na sua fixação ao caule, transformando a agitação mecânica em eletricidade. Mesmo que cada célula individualmente não gere mais do que alguns poucos microwatts, milhares de folhas juntas, formando a árvore solar-eólica, poderão gerar uma quantidade considerável de energia. A empresa já patenteou diversas inovações incorporadas em suas nanofolhas, incluindo o biomimetismo utilizado, a própria tecnologia das nanofolhas e os materiais e mecanismos de coleta da energia até sua chegada a um cabo para distribuição da eletricidade. Agora só falta o dinheiro para construir os primeiros protótipos.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por A tribuna Online

Árvores artificiais podem ser alternativa na geração de energia limpa
Saem as células fotovoltaicas e os grandes painéis solares instalados nos telhados dos edifícios e entram árvores e plantas artificiais, tão parecidas com as naturais que facilmente enganam quem olha rapidamente. Só que essas árvores artificiais fazem mais do que decorar a paisagem: elas são verdadeiras usinas geradoras de eletricidade limpa e renovável, capturando continuamente a energia do Sol, do vento e da chuva. Uma cobertura com as plantas solar-eólicas de 6m² será suficiente para gerar eletricidade para abastecer uma residência.Por enquanto esse cenário não é mais do que um projeto e ainda não é possível comprar essa nova maravilha da tecnologia. Mas a empresa emergente Solar Botanic espera que as suas árvores geradoras de eletricidade tornem-se uma realidade o quanto antes. Segundo os pesquisadores que criaram a empresa, toda a viabilidade técnica já foi avaliada. Agora é uma questão de encontrar os investidores.A unidade básica dessas árvores solares são as folhas artificiais, que a Solar Botanic chama de nanofolhas. Cada folha possui sensores capazes de capturar a energia do Sol tanto radiante (células fotovoltaicas) quanto térmica (células termovoltaicas). Simultaneamente, quando o vento ou a chuva agitam as nanofolhas, o movimento aciona cristais piezoelétricos instalados na sua fixação ao caule, transformando a agitação mecânica em eletricidade. Mesmo que cada célula individualmente não gere mais do que alguns poucos microwatts, milhares de folhas juntas, formando a árvore solar-eólica, poderão gerar uma quantidade considerável de energia. A empresa já patenteou diversas inovações incorporadas em suas nanofolhas, incluindo o biomimetismo utilizado, a própria tecnologia das nanofolhas e os materiais e mecanismos de coleta da energia até sua chegada a um cabo para distribuição da eletricidade. Agora só falta o dinheiro para construir os primeiros protótipos.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Rss


MERCADO DE BIODIESEL

Duto de biodiesel em teste nos EUA
A norte-americana Kinder Morgan Energy (KMP) realiza testes para avaliar o transporte comercial de biodiesel por dutos nos EUA. A expectativa é que o o resultado do trabalho seja conhecido até o final do ano. A experiência envolve o B-5 em um trecho do sistema Plantation Pipe Line, que leva gasolina e diesel do estado do Mississipi à Carolina do Sul. A companhia também analisa o transporte em Oregon. A partir de novembro, a KMP pretende começar outro empreendimento: o escoamento de etanol através de uma tubulação de 40 cm entre Tampa e Orlando, na Flórida. O ramal também levará gasolina. Os testes das adaptações do tubo duraram 18 meses e foram concluídos recentemente. Cerca de 5 mil barris do álcool passaram pelo equipamento no início de outubro.Até agora, o transporte de biocombustíveis nos Estados Unidos ocorria apenas por caminhões-tanque, vagões de trem e embarcações. A companhia já investiu mais de US$ 60 milhões em projetos ligados ao serviço de condução do álcool, que incluem alteração em tanques e expansão do serviço em vários terminais.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por EnergiaHoje

Apex-Brasil organiza exposição inédita sobre biocombustíveis
A busca por alternativas aos combustíveis fósseis têm feito crescer o interesse mundial pelos biocombustíveis. E o etanol brasileiro é uma das melhores alternativas para atender esse mercado potencial. Para apresentar a tecnologia brasileira no segmento, o Governo reunirá, pela primeira vez, em São Paulo, chefes de Estado, autoridades públicas, representantes de grandes empresas nacionais e internacionais, da sociedade civil e de ONG´s. A 1ª Exposição Internacional sobre Biocombustíveis terá a participação de 30 empresas, 11 entidades setoriais, 10 órgãos de governo, além da demonstração de veículos e um avião que utilizam o biocombustível. Durante a exposição, as melhores tecnologias de produção serão apresentadas por empresas e instituições que investem em soluções para a busca da energia sustentável. Com esta iniciativa, a Apex-Brasil (Agência de Promoção de Exportações e Investimentos) pretende mobilizar formadores de opinião internacionais para o assunto, apoiando, inclusive, a vinda de profissionais conceituados ao evento.O visitante poderá conhecer, ainda, a cadeia de produção, a adaptação realizada para o uso do etanol na indústria automobilística (flex fuel), além da exposição de veículos com esta tecnologia e de um avião movido a etanol. Para a realização da Mostra, a Apex-Brasil conta com a parceria das Associações Brasileiras das Indústrias de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), Química (ABIQUIM), da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Arranjo Produtivo do Álcool (APLA), Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) e da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica).A mostra acontecerá paralela à 1ª Conferência Internacional sobre Biocombustível, organizada pela Casa Civil, Ministérios das Relações Exteriores, de Minas e Energia, do Meio Ambiente, da Agricultura, da Ciência e Tecnologia, do Desenvolvimento Agrário, além de BNDES e Apex-Brasil.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Aquidauana News

Com novos projetos, Paraná tenta engrenar no biodiesel
O Paraná é o principal Estado produtor de grãos do país e o segundo maior na produção de soja, matéria-prima que é a base da indústria nacional de biodiesel, mas sempre manteve uma presença irrisória no mercado do combustível. Projetos em andamento, contudo, podem mudar a relevância do Paraná para o setor. Ao menos uma dezena de projetos estão em análise no Estado, três deles de forma mais concreta. A estreante Companhia Brasileira de Energias Alternativas e Renováveis (CBEAR) apresentou ao governo paranaense o projeto de uma usina com capacidade de 600 milhões de litros anuais, que exigirá investimento de 250 milhões de euros a 300 milhões de euros. Essa capacidade é idêntica à da usina da empresa espanhola Infinita Renovables, a maior do mundo. O volume equivale também a metade de toda a demanda do mercado brasileiro, que passou a cerca de 1,2 bilhão de litros anuais desde que a mistura obrigatória de biodiesel ao diesel convencional passou a ser de 3%, em julho. A CBEAR foi criada há quase dois anos, mas um ano antes disso já estudava o investimento no mercado brasileiro, segundo a diretora-executiva da companhia, Christianne Fullin. Seu nascimento ocorreu a partir da união de cinco sócios, brasileiros e estrangeiros. O início da produção está previsto para fevereiro de 2010. Quase todos os recursos necessários para o projeto já foram garantidos pelos cinco sócios da companhia e também por financiamentos acertados antes do estouro da crise, segundo a executiva. Com isso, afirma ela, o projeto está garantido mesmo em meio a um cenário de escassez de crédito. Toda a produção da planta paranaense terá o mercado externo como destino. "Nosso foco não serão os leilões da ANP", diz a executiva. A exigência tem inviabilizado as atividades de muitas usinas, segundo crítica corrente no setor. Com capacidade sempre superior à venda acertada nos leilões, muitas das usinas acabam ficando meses fora de operações. Uma das conseqüências da crise econômica atual tem sido a queda vertiginosa do preço do petróleo. Isso poderia desestimular a compra de biodiesel por clientes no exterior, já que o combustível acabaria perdendo na vantagem comparativa. Segundo a executiva, também o contrato com o comprador externo já foi fechado, o que garante a demanda pela produção da CBEAR no Paraná. A companhia ainda mantém detalhes de sua composição sob sigilo. Nomes dos sócios, do comprador no exterior e também a cidade escolhida para a construção da planta serão apresentados na primeira quinzena de novembro. A Petrobras também tem projeto de uma usina de biodiesel para o Paraná. A cidade escolhida foi Palmeira, na região de Ponta Grossa. O investimento será de R$ 120 milhões e a capacidade, de 113 milhões de litros por ano, o dobro da capacidade de cada uma das três usinas já inauguradas pela estatal, localizadas em Candeias (BA), Quixadá (CE) e Montes Claros (MG). "A definição por Palmeira foi exclusivamente técnica e considerou principalmente aspectos de infraestrutura, logística de transporte, concentração e potencial produtivo da agricultura familiar e proximidade de centros distribuidores e consumidores", afirma Richardson de Souza, coordenador do programa de biodiesel da Secretaria de Agricultura do Paraná. Segundo ele, o diagnóstico inicial e os estudos de viabilidade técnica já foram realizadas pelas equipes do governo e da Petrobras. O projeto está em fase final de estudos pela estatal. A Companhia Paranaense de Energia (Copel) tem também projeto de uma mini-usina no sudoeste do Estado. O plano inicial é que a unidade tenha capacidade de 5 mil litros diários e atue em parceria com a agricultura familiar. O investimento ainda não foi definido. Até agosto, segundo os dados mais recentes da ANP, o Paraná produziu 805 mil litros de biodiesel, ou meros 0,1% do total do país, o que coloca o Estado na 11ª colocação do ranking. Desse volume, 800 mil litros foram da Biopar, de Rolândia, produzidos todos no mês de julho.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Valor Econômico

Governo reduz em 18,3% impostos sobre biocombustíveis
O governo reduziu em 18,3% as alíquotas do PIS/Pasep e da Cofins que incidem sobre a comercialização e importação de biodiesel. Com isso, o PIS/Pasep cobrado sobre o metro cúbico do combustível do biodiesel passou de R$ 38,89 para R$ 31,75, enquanto a Cofins recuou de R$ 179,07 para R$ 146,20. A medida consta de decreto presidencial publicado na edição de quarta-feira (22/10) do Diário Oficial da União.Segundo a Receita Federal e o Ministério de Minas e Energia, a desoneração foi feita para que a carga tributária do biodiesel fosse equiparada à do diesel comum. A legislação do setor determina que sobre o biodiesel devem incidir impostos equivalentes ao do diesel mineral.Em maio passado, o governo reduziu a alíquota da Contribuição de Intervenção sobre o Domínio Econômico (Cide) cobrada do diesel comum, para minimizar os efeitos da alta do preço do óleo nas refinarias da Petrobras. Como o biodiesel não paga Cide, a decisão de hoje de reduzir o PIS/Pasep e a Cofins sobre a venda do biocombustível foi tomada para retomar a simetria, do ponto de vista tributário, entre os dois tipos de óleo.No que se refere às importações, o Ministério de Minas e Energia informa que a redução não tem efeitos práticos, pois o Brasil não importa biodiesel.

Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por O Estado de S. Paulo

Usina de Quixadá começa a produzir biodiesel
O primeiro carregamento com 73 mil litros de biodiesel produzido pela Usina de Quixadá, no Ceará, chega ao mercado nesta semana. A unidade da Petrobras Biocombustível tem capacidade para produzir 57 milhões de litros por ano, usando matérias-primas como óleos vegetais brutos, sebo bovino e óleos e gorduras residuais. Com as usinas de Quixadá, Candeias (BA) e Montes Claros (MG), em fase final de construção, a capacidade de produção da Petrobras Biocombustível é de 170 milhões de litros por ano. A maior parte da matéria-prima utilizada na produção provém de pequenos agricultores.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Maracajú News

Marubeni evapora seus biocombustíveis
Os planos da Marubeni para a produção de biocombustível no Brasil viraram vapor. Na semana passada, a trading japonesa desistiu em cima da hora da compra da usina de álcool e açúcar Rio Vermelho, localizada em Junqueirópolis (SP). A Trevisan já havia concluído o laudo de avaliação e o estudo de viabilidade técnica e o contrato seria assinado até o fim deste mês. A Marubeni jogou a culpa nas costas da Agrenco, que seria sua sócia na aquisição da usina. Em processo de recuperação judicial, a companhia brasileira teria roído a corda. Sem recursos,queria entrar no negócio apenas com tecnologia, proposta não aceita pelos japoneses. O rompimento da parceria com a Agrenco praticamente joga uma pá de cal no projeto da Marubeni de instalar três usinas de biodiesel no país.A trading nipônica não vai bancar os investimentos sozinha e as recentes sondagens para a busca deum sócio fracassaram.A suspensão da compra da Rio Vermelho e da construção das usinas de biodiesel terá um efeito cascata nos planos da Marubeni para o Brasil. Estes movimentos eram a base de um projeto de verticalização na área de energia. Os investimentos do grupo japonês previam a construção de um alcoolduto e de terminais marítimos e a criação de uma comercializadora de etanol e biodiesel.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por BrasilAgro

Programa de Biodiesel no Maranhão em debate na Sinc
As novas fontes de energia alternativas e as potencialidades do Maranhão para a produção de Biodiesel foram temas da reunião de trabalho da Comissão de Elaboração do Programa de Biodiesel do Maranhão (ProBio-MA), que aconteceu na última quarta-feira, 22, na Secretaria de Estado da Indústria e Comércio (Sinc). Fazem parte da comissão entidades do setor público e privado, que na ocasião ficaram sob o comando do superintendente de Promoção do Agronegócio da Sinc, Carlos Feitosa."Durante a apresentação da minuta do programa foram acolhidas várias sugestões, que serão incorporadas à versão final do documento", explicou o superintendente. O Programa de Biodiesel do Maranhão contemplará as diversas fontes alternativas de biodiesel produzidas a partir do pinhão manso, babaçu, mamona, amendoim, algodão, girassol e soja.O ProBio-MA tem como objetivo estimular o desenvolvimento regional por meio dessas fontes alternativas, atraindo investimentos para o setor, além de promover a cadeia produtiva do biodiesel, integrando o pequeno produtor rural na produção dos biocombusíveis.O Comitê Executivo e o Conselho Gestor do ProBio-MA promoverão novas rodadas de discussões, tendo em vista a finalização dos trabalhos para a publicação do programa, que acontecerá em novembro próximo.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Jornal Pequeno

MERCADO DE AÇUCAR & ÁLCOOL

Crise paralisa o crescimento da indústria sucroalcooleira no Brasil
A crise paralisa o crescimento da indústria brasileira de açúcar e álcool. O diagnóstico aparece em relatório divulgado pela consultoria britânica Czarnikow.Com menor capacidade de processamento, a safra de cana 2008/2009 foi revisada para 475 milhões de toneladas, ante a estimativa de agosto, de 485 milhões.Segundo a consultoria, um volume significativo de cana deve ser deixado nas lavouras este ano. O relatório avalia que, embora a região Centro-Sul tenha quase dobrado sua capacidade de processamento desde 2001/2002, está cada vez mais difícil levantar fundos para investimento futuro.Os analistas britânicos estimam que no período 2008/2009 um total de 22 novas usinas iniciem operações. O número representa uma queda em relação a projeção.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Canal Rural

Empresas terão 70% dos ganhos "engolidos" por câmbio e juros

As empresas brasileiras com ações em Bolsa deverão destinar cerca de 70% de seus ganhos para cobrir despesas financeiras com juros e variação cambial no terceiro trimestre de 2008, segundo estudo da consultoria Economática, informa o repórter Toni Sciarretta, em matéria publicada na Folha (a reportagem está disponível apenas para assinantes do jornal e do UOL). Esse cenário poderá acarretar corte de custos e menos investimentos, o que comprometerá o crescimento econômico. Estima-se que as dívidas das empresas em moeda estrangeira estejam hoje na casa dos US$ 60 bilhões. Com a alta de 20% da moeda americana no terceiro trimestre, a expectativa é que as despesas com juros e câmbio batam facilmente em R$ 17,067 bilhões, montante que deve consumir 71% do lucro operacional das empresas abertas. A Economática analisou dados de 241 empresas, excluindo Vale e Petrobras, nos últimos nove trimestres. BNDES Na última sexta-feira, durante uma palestra no Rio de Janeiro, o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, disse que a instituição pretende ajudar empresas exportadoras que tiveram perdas com derivativos cambiais. Ele explicou que o processo está em discussão e será feito em conjunto com outros bancos. 10 questões para entender o tremor na economiaLeia a cobertura completa sobre a crise dos EUA "É uma parte de empresas exportadoras, que tinham gestão financeira mais sofisticada que entraram nesse tipo de derivativo. É um conjunto limitado e é um processo que está em curso. A grande maioria está renegociando com a própria rede bancária condições para solucionar isso", afirmou. Coutinho explicou que o BNDES vai avaliar caso a caso e acrescentou que o setor bancário privado está disposto a refinanciar as perdas dessas empresas e "diluir isso na frente". "Uma vez que isso seja solucionado vai desaparecer um elemento de incerteza que tem travado um pouco o processo de concessão de crédito dentro do sistema bancário", completou. Empresas perdas na casa dos R$ 5 bilhões com as chamadas operações de "hedge" (proteção) cambial. O governo, porém, já estimou em torno de 200 as empresas que podem estar expostas a este tipo de ativo. Açúcar e álcool Neste sábado, o secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento, João Sampaio, afirmou que metade das usinas de álcool e açúcar que estavam previstas para entrar em funcionamento nesta safra no centro-sul do país teve seus projetos adiados ou o ritmo das obras desacelerado em razão da crise de crédito que atinge a economia. O secretário acredita que a onda de fusões e aquisições entre usinas em São Paulo deve ser ampliada nos próximos anos, como forma de sobrevivência das empresas. "Há uma tendência de as usinas pequenas serem incorporadas. Era um processo de consolidação que iria ocorrer nos próximos anos. Isso vai ser acelerado. Provavelmente, se a crise continuar por um período mais longo, algumas usinas farão a safra de maneira diferente, vão se buscar, se juntar", disse.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Folha Online

Cadeia produtiva de açúcar e álcool vai apelar ao governo
Assim como anunciado pelos produtores de grãos na semana passada, o setor sucroalcooleiro e a indústria de base fornecedora do segmento estão traçando o mapa de suas necessidades para buscar a ajuda do governo federal diante do cenário da crise financeira mundial.O documento deve ser apresentado ao governo esta semana, provavelmente na quarta-feira. A junção de agendas dos elos da cadeia tem como objetivo organizar e fortalecer a ofensiva para a busca de soluções, entre elas, para a retomada do fluxo de crédito. Antes do estouro da crise financeira, muitas usinas já estavam endividadas por conta dos dois últimos anos ruins e de preços baixos do açúcar e etanol.Na última sexta-feira, durante reunião de representantes do setor em Sertãozinho (SP), organizado pela Brasilagro, o gerente de biocombustíveis do BNDES, Paulo Favere, afirmou que há um esforço concentrado do banco para atender às necessidades dos projetos do setor que já foram aprovados e dependem da contratação de recursos."Essa é a ação que o BNDES vem fazendo no curtíssimo prazo. No médio prazo, dependerá das reivindicações que forem apresentadas pelo segmento ao banco e de negociações que forem feitas junto ao governo federal", avaliou. Favere lembrou que na semana anterior foram liberados recursos para dois projetos de grande porte e também disse que ainda não há nenhum sinal de inadimplência por parte dos tomadores de crédito."Em meio a uma crise como esta todo mundo está sujeito, mas não há nenhum sinal de inadimplência até agora", afirmou. Até setembro deste ano, o banco liberou R$ 4 bilhões para o setor, mais do que em 2007, quando a verba liberada foi de R$ 3,7 bilhões. Em 2004, o montante de recursos destinados ao setor chegou a R$ 600 milhões.Atualmente, o departamento de biocombustíveis do BNDES tem sob sua alçada 78 projetos de grande porte, tanto para expansão de unidades como para construção de novas plantas. Desse total, 27 usinas entraram em operação em 2007, outras 27 deveriam iniciar os trabalhos neste ano e, para 2009 e 2010, há previsão de as 24 unidades restantes começarem a operar. "Esses projetos tem parte dos recursos garantidos e, outra parte, muito provavelmente certos." A participação do setor nos desembolsos totais feitos pelo banco subiu consideravelmente nos últimos anos. Até metade deste ano, o segmento abocanhou 5,6% da verba total concedida a projetos, enquanto que em 2004 a fatia foi de 1,2%.IncertezasHá ainda um clima de bastante incerteza para os representantes de elos do segmento, em relação ao real tamanho das dimensões da crise para o setor. O diretor da Unica, Sérgio Prado, presente ao evento, ilustrou que o momento é de cautela e acrescentou que um processo de concentração do setor, já esperado, por meio de fusões e aquisições, pode ocorrer mais rapidamente diante deste cenário.De acordo com expectativas do mercado, os atuais 200 grupos que formam o setor sucroalcooleiro brasileiro podem cair para 100 em cerca de 15 ou 20 anos. Os investidores estrangeiros têm o controle de 7% das empresas do setor atualmente. O diretor da Unica informou aos participantes do evento sobre o documento que será entregue ao governo pelos representantes do segmento nesta semana.O empresário Maurílio Biagi, presidente do Grupo Maubisa, acredita que talvez o setor sucroalcooleiro seja mais atingido do que os outros pela crise financeira por conta do volume de investimentos que recebeu nos últimos anos devido ao boom do etanol e da demanda por energia renovável. No entanto, lembra, hoje o setor enfrenta um quadro de fundamentos melhor do que no ano passado. "Há um ano atrás o quadro era muito pior do que o de hoje. O câmbio está mais favorável para quem exporta e os preços do etanol no mercado interno estão muito firmes", avaliou Biagi. Além disso, com estoques apertados para a entressafra, espera-se reação de preços do combustível.O açúcar também tem quadro favorável, sobretudo no mercado externo, com queda de produção da Índia."Os fundamentos para o setor estão normais, embora a questão do crédito seja séria. No entanto, se soubesse os efeitos dessa crise me candidataria a um prêmio Nobel. Nossa esperança é que o pacote norte-americano seja suficiente para reduzir os efeitos dessa crise", disse.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por DCI - Comércio, Indústria e Serviços

Tecnologia permite produção de diesel de cana-de-açúcar
A cana-de-açúcar já é utilizada em larga escala no Brasil para a produção de álcool combustível. Até 2010, a cana deve tornar-se matéria-prima para mais um combustível renovável, um tipo de diesel. A nova tecnologia foi desenvolvida pela empresa norte-americana Amyris em sociedade com a Votorantim e a Usina Santa Elisa, de Sertãozinho (SP).A meta de produção é de 400 milhões de litros no primeiro ano e um bilhão de litros até 2012. A idéia é que a produção aumente e ganhe espaço mundial gradativamente, com custo igual ou inferior ao do diesel feito à base de petróleo. O custo inicial do barril está previsto para US$ 60.O processo de produção é muito parecido com o do álcool combustível. A única modificação é que a levedura (fungo microscópico) que fermenta os açúcares da cana e secreta o álcool tem seu DNA geneticamente modificado para secretar diesel.Além da não dependência do petróleo para a produção de combustíveis, o diesel de cana-de-açúcar tem a vantagem de ser bem menos poluente. Enquanto o biodiesel de óleos vegetais e o diesel de petróleo têm uma mistura de diversas substâncias, o diesel feito à base de cana tem apenas o farneceno. A substância é uma molécula com 12 átomos de carbono que tem todas as propriedades essenciais do diesel de petróleo, mas nenhuma das indesejadas.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Folha de Londrina

Fornecedores se articulam para defender agenda única para o setor canavieiro
Reunidos nesta sexta-feira (24) em Sertãozinho (SP), representantes dos fornecedores de cana, máquinas, equipamentos, insumos, serviços e tecnologia das usinas sucroalcooleiras decidiram atuar em bloco em defesa do setor canavieiro, que já sofre fortemente os efeitos da crise financeira internacional.Segundo Sérgio Prado, diretor da União da Agroindústria da Cana-de-Açúcar, cerca de 20% dos novos projetos de usinas já estão cancelados. As usinas estão descapitalizadas, inadimplentes e criticam a excessiva burocracia do BNDES para a liberação de recursos que já deveriam estar irrigando toda a cadeia produtiva do setor.O gerente de Biocombustíveis do BNDES, Paulo Faveret, presente no encontro, ouviu fortes críticas dos produtores. De acordo com Flávio Henrique Ribeiro, superintendente do Grupo Andrela, que é fornecedor de cana de várias usinas e sócio em uma unidade industrial da Brenco, "se em 15 dias os recursos do BNDES não forem liberados, a empresa poderá ser fechada".Cláudio Morari, presidente da Noroesthe Bioenergética S/A, confirmou que há dificuldades em conseguir liberar recursos para financiamento da unidade industrial que está sendo construída na cidade gaúcha de São Luiz Gonzaga. "Criam toda a sorte de empecilhos e dificuldades", afirmou.Também Antonio Carlos Christiano, vice-presidente de Operações da Dedini, reclamou dos procedimentos do BNDES. Para o consultor Sebastião Macedo, o BNDES está agindo na contramão do que vem sendo defendido pelo presidente Lula. "O BNDES deve agir também politicamente e não se restringir às normas burocráticas que podem causar prejuízos ainda maiores às usinas", afirmou.Para o presidente da Organização dos Plantadores de Cana da Região Centro-Sul, Ismael Perina Junior, esta é a pior crise que o setor já viveu em toda a sua história de mais de 500 anos. "Trabalhamos com prejuízo nas duas últimas safras e nossa expectativa era de recuperação do preço da cana a partir de setembro. Aí surge a crise internacional que nos tirou qualquer expectativa de mudança no quadro que é muito ruim", afirmou.O empresário Maurílio Biagi Filho sugeriu que os fornecedores das usinas que tiverem condições de se sustentar, façam acordos de parcerias com usinas, com o objetivo de recuperar o prejuízo quando a situação mudar. No encontro de Sertãozinho, ficou entendido que a recuperação não se dará antes de dois anos. Maurílio Biagi criticou o sistema bancário dizendo que "nas crises, eles fecham as portas de saída e só mantêm abertas as portas de entrada". DocumentoAs indústrias de Sertãozinho, representadas pelo Ceise, estão fazendo um levantamento do montante dos valores já devidos pelas usinas inadimplentes. Este valor constará do documento que será redigido, juntamente com a Única (União da Indústria da Cana-de-Açúcar e a Orplana, para ser encaminhado ao governo Lula.Todos os participantes do encontro de Sertãozinho também irão subscrever o documento, que cria, pela primeira vez no setor, um movimento que reúne todos os elos da cadeia produtiva da cana-de-açúcar. A liberação dos créditos retidos pelo BNDES pode dar início ao plano de recuperação do setor, mas não será suficiente para manter os investimentos anteriormente anunciados.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Brasil Agro

NE: 40 milhões de toneladas de cana ficarão em pé em 2008/09
Um volume em torno de 40 milhões de toneladas de cana-de-açúcar será deixado em pé no fim da safra 2008/09, cujo processamento deve se encerrar em meados de novembro. A informação é do presidente da Datagro, Plínio Nastari, que falou antes do início da oitava Conferência Internacional Datagro de Açúcar e Álcool, que ocorre hoje e amanhã em São Paulo.Segundo Nastari, o clima mais úmido do que o previsto e o atraso da entrada em operação de algumas usinas vão deixar um volume superior à metade da safra do Nordeste em pé. A previsão anterior era de que 34 milhões de toneladas seriam deixadas sem colher na safra 2008/09. Nastari informou que, das 35 usinas que deveriam entrar em operação na atual safra, apenas 23 começaram a moer até o momento.Capital de GiroA falta de capital de giro está fazendo com muitas usinas vendam seus estoques de etanol antecipadamente, para gerar fluxo de caixa. "Isto está fazendo com que os preços do etanol caiam nesse momento apesar do aumento do consumo", explicou Nastari. Segundo o presidente da Datagro, isto não é bom porque os volumes de álcool disponíveis nos meses de entressafra serão menores do que o esperado, o que vai fazer com que o impacto nos preços seja expressivo."Se os preços recuam agora terão que subir em algum momento para equilibrar a equação. O etanol ia registrar alta de preços na entressafra mas com este movimento novo, esta alta será muita rápida e maior que o esperado". Nastari disse que as empresas estão se esforçando muito para conseguir fluxo de caixa mas os recursos estão escassos e caros. "Linhas de crédito passaram de 6% a 8% ao ano para um patamar de 20% a 23%", disse.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Estado

Chuva novamente atrapalha moagem de cana
A exemplo do que ocorreu no início da atual safra de cana-de-açúcar, a incidência de chuvas na região Centro-Sul, que concentra quase 90% da produção brasileira, levou a um baixo aproveitamento de moagem pelas unidades produtoras. Devido às condições meteorológicas, o aproveitamento do tempo disponível para moagem entre 01 e 15 de outubro ficou em 72,7%, contra mais de 85% de aproveitamento na quinzena anterior (15 a 30 de setembro). A queda equivale a uma perda de dois dias de moagem.A quantidade de cana processada no Centro-Sul na primeira quinzena de outubro foi de 28,76 milhões de toneladas, 3% inferior ao total da mesma quinzena na safra anterior. No estado de São Paulo, principal produtor do país, a moagem da quinzena ficou 7,52% inferior à do mesmo período na safra anterior, e 14,34% abaixo do total registrado na segunda quinzena de setembro.A quantidade de açúcares obtidos por tonelada de cana esmagada também caiu 6,2% se comparada com a mesma quinzena da safra 2007/08, ficando em 153,02 quilos contra 163,15 quilos um ano atrás. No acumulado desde o início da safra 2008/09, o total de cana moída na região Centro-Sul atingiu 378,8 milhões de toneladas, 7,4% acima do total para o mesmo período na safra anterior. Já o volume de produtos obtidos por tonelada de cana continuou inferior ao registrado na safra anterior, chegando a 2,16% no período.As reduções no total de cana moída e na quantidade de produtos obtidos em relação à mesma quinzena na safra passada influenciaram principalmente a produção de açúcar, que foi inferior em 24,21% à registrada no mesmo período da safra 2007/08. No acumulado desde o início da safra, a produção de açúcar este ano está 6,03% ou 1,3 milhão de toneladas inferior à do mesmo período no ano passado, indicando que a produção de açúcar na safra 2008/09 será inferior ao total produzido na safra anterior, quando o total chegou a 26,2 milhões de toneladas. Na quinzena de 01 a 15 de outubro, 38,79% da cana processada no Centro-Sul foi destinada à produção de açúcar. Desde o início da safra 2008/09, 40,61% da cana moída foi direcionada para açúcar e 59,39% para etanol, números que mais uma vez confirmam as projeções iniciais de que a safra deste ano seria voltada prioritariamente para a produção de etanol. Até 15 de outubro, a produção do etanol anidro atingiu 6,2 bilhões de litros enquanto a de etanol hidratado totalizou 12,28 bilhões de litros. A produção total de etanol está 14,53% acima do total atingido até 15 de outubro na safra passada. As condições climáticas observadas na segunda quinzena de outubro têm sido mais favoráveis, apontando para a possibilidade de uma recuperação nas perdas ocorridas na primeira quinzena do mês devido às chuvas.Novas unidades produtorasA moagem de cana nas unidades que iniciaram operações durante a atual safra respondeu, até 15 de outubro, por apenas 2,43% do total de cana processada no periodo. Cinco novas unidades iniciaram a moagem na primeira quinzena de outubro, elevando o total de novas unidades iniciando atividades na atual safra para 25. Outras quatro unidades mantêm sua programação de início de atividades durante a atual safra, enquanto três unidades efetivamente postergaram o início para a safra 2009/10. São elas:-Camem (Grupo Camargo & Mendonça) – Morrinhos, Goiás-Paranaíba (Arauna Agroindustrial) – Paranaíba, Mato Grosso do Sul-Bonin (Grupo Bonin) – Umuarama, ParanáMercado InternoO mercado interno de etanol continua aquecido, com uma média de vendas pelas unidades produtoras da região Centro-Sul de 1,7 bilhão de litros mensais, sendo 0,5 bilhão de etanol anidro e 1,2 bilhão de hidratado. Do início da atual safra até 15 de outubro, as unidades produtoras embarcaram para o mercado externo 3,16 bilhões de litros, sendo 50% de anidro e 50% de hidratado. Os maiores volumes destinados à exportação foram registrados em julho e agosto, quando 650 milhões de litros/mês foram embarcados. Em outubro, a projeção é de que os embarques cheguem a cerca de 400 milhões de litros. Do total exportado nesta safra até 30 de setembro, 1,27 bilhão de litros seguiram diretamente para os Estados Unidos, enquanto 1,09 bilhão de litros foram exportados para a região do Caribe.Nas últimas duas semanas, o preço do etanol hidratado registrou queda acumulada de 7% no produtor, em função de maior oferta do produto proporcionada pela falta de liquidez. Atualmente, o mercado interno de etanol e de açúcar responde por mais de 62% da receita das empresas do setor na região Centro-Sul, enquanto as exportações respondem por 38%.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por UNICA

Parceiros de três cidades visitam obras da Usina Rio Pardo
Os proprietários rurais das cidades de Iaras, Águas de Santa Bárbara e Cerqueira César, que cultivam cana-de-açúcar em parceria com a
Usina Rio Pardo S/A, tiveram a oportunidade de conhecer, no dia 18 de outubro, o local onde está sendo construído o parque industrial do empreendimento. Essa foi a segunda visita de parceiros às obras da Usina que, em julho, recebeu um grupo de Avaré. Entre parceiros e familiares, o evento contou com a presença de cerca de 90 pessoas, que foram recepcionadas por um dos sócios e presidente do Grupo Usina Rio Pardo/Agrícola Tatez, Antonio Dias Felipe, o sócio e diretor Lodovico Trevisan e pelo diretor José Meyer, bem como por gerentes e funcionários da empresa. Depois de conhecerem as obras de instalação da Usina Rio Pardo, todos foram convidados para um almoço no restaurante Nossa Chácara, em Águas de Santa Bárbara. "Estamos realizando essas visitas para que parceiros, agricultores e amigos possam acompanhar as obras e conhecer o empreendimento", afirmou José Meyer, anunciando que a previsão é que o parque industrial da Usina Rio Pardo esteja pronto em abril de 2009. A Usina Rio Pardo mantém sua área administrativa em Avaré e está instalando, em Cerqueira César, seu parque industrial, cuja construção encontra-se em estágio bem avançado, sendo que cerca de 60% das obras já foram executadas. Atualmente, a Usina Rio Pardo possui uma área de 15 mil hectares cultivados com cana-de-açúcar e, em 2009, serão incorporados mais 5 mil hectares. Em 2011, alcançará a casa dos 28 mil hectares de área cultivada. A expectativa é que, na primeira safra, a moagem seja de 1,3 milhão de toneladas de cana-de-açúcar. Para 2010, a previsão é que essa produção aumente para 1,8 milhão de toneladas de cana. "A Usina Rio Pardo irá produzir, diariamente, 600 mil litros de álcool e 12 mil sacas de açúcar", informou o diretor José Meyer.Resultado de uma parceria entre os grupos empresariais Tavares de Almeida, Tejofran e Zogbi, a Usina Rio Pardo inaugurou seu escritório no final de 2006. O empreendimento está exigindo um investimento de cerca de R$ 300 milhões.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por A Voz do Vale

RJ: Apesar do aumento, safra já preocupa

Se por um lado a Cooperativa Agroindustrial do Estado do Rio de Janeiro (Coagro) está comemorando aumento de 30% na produção de açúcar e álcool este ano, contra uma expectativa de aumento em torno de 10% na região, por outro a própria cooperativa, assim como outros setores ligados a plantação de cana-de-açúcar, já mostra preocupação com a safra do próximo ano. O governo federal continua falando de incentivo e pregando o etanol, mas isto não tem refletido em apoio ao produtor. A alta dos preços dos adubos e a crise mundial refletiram nas plantações em Campos e em todo o Brasil. Sem dinheiro para investir, devido aos prejuízos acumulados ao longo dos anos e a crise financeira que levou a redução de crédito nos bancos, na próxima safra, a quantidade de cana poderá não ser suficiente. Até mesmo com o aumento do consumo de álcool pelos carros bicombustíveis, o valor do produto nas bombas não foi alterado, sendo sustentado pelo preço estável da gasolina, e é mais um motivo de alerta para o produtor. "Temos uma política do governo federal de manutenção da inflação com o sustento do preço da gasolina sem elevação, o que leva o valor do álcool não ter reajuste. Acompanhado disso, a crise que assolou as bolsas elevou o preço da saca de açúcar diminuindo a exportação. Daí, a oferta de açúcar internamente está bem maior que a de costume o que leva os valores caírem e serem repassados até o produtor", explicou o presidente de Coagro, Frederico Paes. Já pelo lado dos produtores, o não reajuste nas bombas acaba refletindo no preço recebibo na hora da venda de seu produto. Segundo a Asflucan, hoje as usinas estão pagando R$ 32 pela tonelada de cana. Este valor era ainda menor antes do acordo feito, para tentar reduzir as perda,s entre produtores e usineiros. Mesmo com este reajuste, o custo total de uma tonelada, envolvendo preparação do solo, plantio, colheita e transporte, é de R$ 45, ou seja, R$ 13 a menos do que o valor pago.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Folha da Manhã- Rio de Janeiro

ECONOMIA & MERCADO

US$ 4 trilhões é pouco
Foi a mais sombria de todas as sextas-feiras deste outubro também sombrio. Uma avalanche de vendas medrosas inundou o mercado, com todo mundo correndo para o dólar e os títulos do Tesouro, em busca da segurança. Poderia ter sido pior, houve ligeira recuperação à tarde, mas foi ruim, muito ruim, mesmo porque projeta dias ainda mais difíceis na semana que se inicia.O Índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, mesmo se recuperando um pouco no meio da tarde, fechou a semana com queda de 5,6% e é também de 5,6% a queda do índice que mede as bolsas mundiais. Aqui, nem se fala, 6,9%. O petróleo despencou e a Petrobrás foi junto.Está confirmado: não foram suficientes as medidas urgentes e quase desesperadas dos governos americano e europeu, injetando enormes somas de dinheiro no sistema. E, olhem, até agora, foram mais de US$ 4 trilhões. Todos acreditavam até algumas que esse valor seria bastante para acalmar o mercado. Não foi o que aconteceu. Os investidores estão supertensos e continuam se desfazendo de suas aplicações em busca de segurança. Até quando isso vai durar, não se sabe. Em Wall Street falava-se que Paulson deve anunciar uma surpresa para este fim de semana. Isso, somado ao fundo soberano europeu de mais de US$ 600 bilhões, pode ajudar. A Ásia também criou um fundo, de US$ 80 bilhões, para estabilizar a moeda. Só que o mercado parece cansado delas.A esta altura, ninguém mais duvidava em Wall Street de que o banco central americano vai reduzir a taxa de juros na reunião de terça e quarta-feira; fala-se em 0,50 ponto porcentual, muitos admitem 0,75. BC LUTA NO BRASIL DIA DIAO Banco Central (BC) divulgou na quinta-feira um balanço dos efeitos da crise no Brasil. Há mais fatos negativos que positivos, mas o saldo ainda é bom. Negativos: o grau de contaminação, com forte saída de recursos estrangeiros da bolsa, moderada de títulos públicos, aceleração da remessas de dividendos e lucros, mas com melhora nos últimos dois dias. Positivos: as empresas brasileiras estão conseguindo rolar no exterior 100% das dívidas com prazo superior a um ano e, apesar de tudo, investimentos diretos continuam entrando com força. Isso é importante porque, somados ao superávit comercial, menor, compensam em parte a saída de investimentos financeiros e sustentam as reservas cambiais. Hoje, elas estão sendo usadas para reforçar a liquidez do sistema e financiar o mercado interno, do qual depende o crescimento.Em resumo, continuamos sendo menos atingidos pela crise externa, temos instrumentos de defesa e o Banco Central está agindo bem.GOLDMAN, VISÃO EQUILIBRADAMas, como os investidores externos estão vendo o Brasil em tudo isso? A coluna procurou a visão de um analista nacional ligado aos mercados externos, Sergio Goldman,chefe de análise da Bulltick Capital Markets, um banco de investimento dos Estados Unidos com foco na América Latina. Para ele, o investidor externo esperava um impacto menor no Brasil, mas o mercado não está reagindo assim."Eu também estou surpreso. A bolsa, por exemplo, reflete e amplifica os fatos negativos. Foi o que se viu na sexta-feira,um movimento de vendas provocado por nervosismo exagerado; não houve nenhum fato novo importante para justificá-lo", afirma.Para ele, o governo está no caminho certo ao aumentar a liquidez, financiar a produção e o consumo. "Esta fase difícil passará", afirma. Quando? Em um ou dois semestres. "É esse o sentimento lá fora." Há grande confiança no Brasil, como revela esse significativo aumento dos investimentos diretos e isso em plena crise. O analista da Bulltick atribui isso ao fato de estarmos seguindo uma política macroeconômica e monetária correta e coerente. Não é hora, então, de o governo gastar mais? "Não muito, mas a liquidez na economia é mais importante que a situação fiscal por um tempo determinado, num período de emergência", diz Goldman, dando a entender que a prioridade no momento é aquecer a demanda e criar empregos.E O INVESTIDOR FINANCEIRO?"Eles esperam a situação ficar mais clara, mas, pelo que vejo aqui no dia-a-dia na Bulltick, voltarão logo simplesmente porque o Brasil está bem posicionado nessa turbulência."E como a Bulltick vê tudo isso? "Estamos cautelosos, mas não assustados. Nos impressiona o tamanho da reação negativa aqui dentro. Há empresas cancelando planos de investimento. Ora, isso é uma decisão precipitada, pois são planos que não visam o curto, mas o longo prazo. E o que estamos vendo, hoje, decididamente, é uma situação transitória", afirma Sergio Goldman. VAI SER PRECISO MAIS Mesmo assim, ele acredita que o governo vai ter de injetar muito mais liquidez nos bancos e no consumo, razão pela qual o Banco Central não vai elevar os juros agora. Mas continua faltando crédito. "Esta é uma situação temporária; o governo está fazendo a sua parte, mas ainda é cedo para saber se o dinheiro está irrigando a economia, o que certamente deverá acontecer", responde Goldman. PREVISÕESA Bulltick projeta o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil de 5% neste ano e 3% no próximo, câmbio mais desvalorizado, nos R$ 2,00 no fim do ano e nos R$ 2,10 em 2009. A taxa de juros ainda deverá ficar em 13,75% este ano e em 12,75% no próximo.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por O Estado de S. Paulo/Alberto Tamer

Países pobres já estavam marginalizados e ficarão ainda mais com a crise, diz economista

Os países pobres já estavam "marginalizados" antes da desestabilização dos mercados internacionais e, na nova conjuntura, ficarão ainda mais – uma vez que se inserem na economia mundial como simples exportadores de matérias primas, com investimentos estrangeiros exatamente na exploração desses recursos.A avaliação foi feita hoje (27) pelo professor do Departamento de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Clélio Campolina, ao comentar os reflexos da crise financeira mundial. "A crise mundial também afetará os países pobres, mas a esperança é que, em uma retomada do sistema – e a gente tem que esperar que ele retome – isso se faça em novos padrões de organização da economia mundial que possam, de certa forma, reconhecer o direito político desses países de ter algum tipo de apoio".Em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, Campolina reforçou que o alcance da atual crise financeira é maior do que o de qualquer crise precedente, já que a economia mundial está extremamente integrada. O impacto, segundo ele, será generalizado e os efeitos serão em cadeia. De acordo com o especialista, à medida que aumenta o peso do comércio internacional, das relações internacionais e da integração do sistema financeiro internacional, tocar em qualquer um dos "pontos de relevância", "contamina" o restante do sistema.Ele negou que a decisão do passado de globalizar a economia mundial possa ser considerada um equívoco e acrescentou que as mudanças tecnológicas da época apontavam para uma integração crescente. Para Campolina, o problema vivenciado pelo neoliberalismo na atualidade é que os grandes países "relaxaram" na atuação do Estado na economia."O sistema terá que estabelecer novos mecanismos de regulação mundial e não será mais sob a liderança de um único país, como foi o caso dos Estados Unidos [depois da ] Segunda Guerra Mundial. As forças econômicas que se reconstroem seguramente vão levar à formação de um sistema multipolar de poder, o que é bom porque dá mais estabilidade, mais solidariedade e um pouco mais de cuidado e juízo na tomada de decisões".Para o economista, o Brasil será "indiscutivelmente" afetado pela crise, mas ele considera que a atual posição internacional em que se encontra o país é "relativamente confortável", diante de uma certa estabilidade institucional e política que permite a busca de caminhos "de maneira mais racional". "Nossa fonte de US$ 200 bilhões [de reservas internacionais] não é inesgotável, mas os bancos brasileiros estão em uma situação relativamente sólida. Pela perversidade da nossa dívida interna, os bancos brasileiros são, hoje, os grande detentores de títulos da dívida interna – não estão no mercado privado de títulos, o que aconteceu com os bancos norte-americanos e europeus".Campolina afirmou que não há um risco exagerado de corrida de estrangeiros tirando dinheiro do Brasil, o dinheiro não tem muito para onde ir. "O outro lado do mundo está pior do que a gente. Os detentores de capitais internacionais vão pensar duas vezes antes de repatriar dinheiro. Como a situação do vizinho é pior do que a nossa, temos uma situação de relativo conforto".
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Brasil - ABr

Crise ameaça viabilidade de projetos de US$ 63 bi no
País
A crise financeira global ameaça a viabilidade dos principais projetos de investimento previstos para os próximos anos no Brasil. De dez grandes empreendimentos programados e identificados por um levantamento realizado pela Agência Estado, no valor de US$ 80 bilhões, pelo menos oito, que demandam US$ 63 bilhões, ainda não possuem empréstimo contratado suficiente para o cumprimento dos planos. Por serem estratégicos, parte deles tem garantia de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que ganha o papel de "salvador" no meio da crise. Outros contam com uma forte geração de caixa dos empreendedores, como Vale e Petrobras, o que poderia dar uma certa folga financeira em momentos de dificuldade. Porém, mesmo nessas circunstâncias, a avaliação de especialistas é de que, no mínimo, o cronograma desses projetos deve ser afetado.Os oito maiores projetos, que precisarão de novos recursos para serem mantidos, são: usina hidrelétrica de Belo Monte, que ainda não foi licitada; usinas de Jirau e Santo Antonio, ambas no rio Madeira; a concessão das rodovias paulistas; três refinarias a serem construídas pela Petrobras (Maranhão, Ceará e Pernambuco) e o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Os dois empreendimentos em situação mais tranqüila, por conta do desempenho histórico das empresas nos últimos anos, são Carajás Serra Sul, da Vale, e a nova usina de placas da Usiminas. Mas, ainda assim, os executivos das duas empresas admitem que podem ocorrer postergações.Há ainda outros projetos, que estão atrás dos dez que estão no topo do ranking, que dependerão da evolução do economia interna para serem mantidos, apesar de terem sido confirmados pelas empresas. Esse é o caso das montadoras, que planejam investir US$ 23 bilhões nos próximos quatro anos no País. Uma revisão desses aportes, segundo especialistas, é provável devido à mudança de cenário econômico, com a escassez de crédito que pode afetar as vendas.A alteração nas perspectivas macroeconômicas, com a expectativa de recessão nos países desenvolvidos e de desaceleração no ritmo de crescimento das economias emergentes, contribui para a formação de um ambiente marcado, além da escassez de crédito, pela falta de confiança, fator fundamental na tomada de decisão. "O mundo está em recessão, esse é o problema. Com recessão, a demanda cai, não tem jeito. E diante dessa perspectiva, as empresas revisam os seus investimentos", afirma o economista Simão Davi Silber, professor da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP). Para Silber, a falta de crédito já comprometeu os investimentos previstos para terem início no curto prazo (entre um e dois anos). "Não haverá funding suficiente para levar adiante todos os projetos", diz. Já os aportes previstos para um prazo um pouco mais longo, na avaliação dele, ficam à espera da melhora no cenário econômico mundial. "A percepção generalizada é de que a crise, apesar de grave, é transitória. Viabilizar os projetos é o novo desafio", analisa o economista Antonio Corrêa de Lacerda, professor da PUC-SP, referindo-se à dificuldade que as empresas têm encontrado para obter financiamentos.O levantamento realizado pela Agência Estado mostra as hidrelétricas encabeçando a lista dos maiores investimentos previstos para os próximos anos. Juntas, Santo Antonio e Jirau, ambas no rio Madeira (RO), consumiriam aproximadamente R$ 18,5 bilhões, o equivalente a US$ 9,3 bilhões, considerando uma taxa de câmbio de R$ 2,00. O BNDES se comprometeu a financiar 75% do projeto, em 20 anos, a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). Estaria prestes a aprovar empréstimo para o consórcio Energia Sustentável do Brasil (Enersus), vencedor do leilão de Jirau, que já apresentou carta-consulta ao banco de fomento. O grupo, formado por Suez, Camargo Corrêa, Chesf e Eletrosul, não tem nenhum outro financiamento amarrado com qualquer instituição financeira, mas prevê formalizar o empréstimo com o BNDES em novembro. Já o consórcio Madeira Energia, responsável pelo projeto de Santo Antonio, liderado por Furnas e Odebrecht, iniciou as obras e pretende começar a gerar energia a partir de 2012. Mas também ainda não obteve aprovação do BNDES, que deve liberar R$ 190 milhões para o empreendimento. Mas o grupo já garantiu financiamento no valor de mais de R$ 503 milhões para o projeto.Em pior situação estaria a hidrelétrica Belo Monte, que exigiria R$ 14,87 bilhões para ser construída, segundo estimativa da Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib). O leilão da usina está previsto para setembro de 2009, mas a crise de crédito pode contribuir para adiar o processo, que já sofre com a demora na liberação da licença ambiental por parte do Ibama. "A viabilidade para a licitação de Belo Monte tornou-se muito remota", afirma o professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e ex-presidente do BNDES, Carlos Lessa. Apesar da experiência à frente do banco de fomento nos primeiros anos do Governo Lula, Lessa diz que não está clara a forma como o BNDES deve se posicionar nesse momento de crise, mas destaca a importância da participação governamental nos projetos de infra-estrutura. "Eu acredito que o governo federal vai acabar retomando o papel de investidor no setor de energia elétrica", afirma. O problema é que, diante da falta de crédito no setor privado, a tendência é de que haja uma corrida de todos os segmentos ao banco de fomento. "O setor privado é muito arrogante nas horas de sucesso e corre para o Governo em momentos de dificuldade", diz Lessa. Com o aumento do custo de captação e a perspectiva de crescimento no volume de consultas, o BNDES já estaria negociando com empresas juros acima da TJLP para parte dos projetos.Entre os empreendimentos que precisarão de recursos do BNDES e que também constam no levantamento preparado pela AE está a reforma na malha rodoviária brasileira. Como ainda é impossível mensurar quanto as concessionárias deverão gastar caso desejem levar os lotes de rodovias federais que ainda irão a leilão, pois melhorias estão sendo feitas pelo governo antes de entregar à iniciativa privada, as rodovias integram a lista com uma cifra de R$ 11,5 bilhões, ou US$ 5,75 bilhões, que são os investimentos privados estimados para as rodovias paulistas a serem leiloadas no próximo dia 29. Os candidatos a levar a Marechal Rondon, Dom Pedro I, Raposo Tavares, Ayrton Senna e Carvalho Pinto correm contra o tempo e o cenário desfavorável para levantar recursos para formular as suas propostas. A realização do leilão chegou a ser ameaçada por causa da crise, mas o governo paulista garante que haverá disputa.A Petrobras, que investiu quase R$ 1 bilhão por semana nos últimos dois anos, não poderia deixar de marcar presença na lista. Quatro refinarias a serem construídas pela estatal e parceiros estão entre os maiores empreendimentos previstos para os próximos anos, somando US$ 42 bilhões, aproximadamente. São elas: refinarias do Maranhão (US$ 18 bi), do Ceará (US$ 11,1 bi), de Pernambuco (US$ 4,5 bi) e o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (US$ 8,4 bi). A estatal petrolífera é uma empresa com forte geração de caixa e está com uma alavancagem baixa, mas a avaliação é de que, sem uma captação ou operação de dívida, dificilmente a companhia conseguirá levar adiante todos os seus projetos. Isso sem contar o pré-sal, cujas necessidades de despesas para a exploração da área ainda são desconhecidas, e os investimentos na cadeia do gás natural, que somam US$ 19,6 bilhões de 2008 a 2012. Pela mudança recente de cenário no crédito, a companhia decidiu adiar a divulgação de seu planejamento estratégico, que estava prevista para este mês, para até o final de 2008.Um projeto de mineração e outro de siderurgia também estão na relação. A Vale pretende gastar US$ 11 bilhões com o projeto de Carajás Serra Sul, com a construção de mina, porto e ferrovia. Já a Usiminas investirá US$ 5,7 bilhões em uma nova usina de placas. Pelo desempenho histórico que essas companhias apresentaram nos últimos anos e por operações de financiamento já estruturadas antes do agravamento da crise, a percepção é de que elas não terão dificuldades para financiar os seus projetos. A mudança nas perspectivas macroeconômicas e de preço para as commodities metálicas, no entanto, pode causar algum retardamento nos planos, segundo os especialistas.Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Gazeta do Povo - Curitiba/PR

Analistas reduzem projeção de alta dos juros, mesmo esperando aumento da inflação
Apesar de esperar por aumento da inflação, analistas de mercado reduziram a projeção de alta da taxa básica de juros, a Selic, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que começa amanhã (28) e prossegue na quarta-feira. A informação consta do boletim Focus, publicação do Banco Central com base em pesquisa realizada semanalmente com analistas de mercado sobre os principais indicadores da economia.Anteriormente, os analistas esperavam que a Selic subiria dos atuais 13,75% para 14,25%. A nova projeção divulgada hoje é de 14%. Os analistas esperam também outra elevação de 0,25% na próxima reunião, em dezembro, de modo que a taxa feche o ano em 14,25%. Anteriormente, a projeção para o final do ano era de 14,50%. Para 2009, é mantida a projeção de 13,50% há três semanas.Entretanto, no caso das instituições "Top 5", as que mais acertam suas projeções, a expectativa é de manutenção da Selic em 13,75% na reunião deste mês. Anteriormente, a estimativa desse grupo era de 14,25%. Para o final do ano, a projeção desses analistas passou de 14,75% para 14,25% e em 2009 a expectativa foi mantida em 13,75%. Segundo o boletim, a projeção de analistas de mercado para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2008 subiu pela terceira semana consecutiva. A estimativa passou de 6,23% para 6,29%. Para o próximo ano, a estimativa foi ajustada, pela segunda semana seguida, de 4,90% para 5%. As informações são do boletim Focus, publicação semanal, elaborada pelo Banco Central com base em consulta a analistas de mercado sobre os principais indicadores da economia. A meta de inflação do governo, medida pelo IPCA, é de 4,5% com margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos, ou seja, o limite superior é de 6,5% e o inferior de 2,5%. Na hora de definir os juros básicos, o Copom do Banco Central leva em consideração, entre outros fatores a trajetória e perspectivas de inflação e o cenário internacional. A taxa é usada pelo Banco Central para controlar a inflação, restringindo o acesso ao consumo, com encarecimento do crédito. Mas a crise financeira internacional têm reduzido o crédito, o que levou o governo a adotar várias medidas para aumentar os recursos disponíveis na economia. Com isso, analistas argumentam que o BC não deveria usar a mesma estratégia de elevação da Selic como fez em reuniões anteriores do Copom neste ano. Além disso, há o argumento de que vários bancos centrais no mundo reduziram os juros básicos por conta da crise financeira internacional.

Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Brasil - ABr

Copom deve aumentar juros para 14% nesta semana, diz pesquisa do BC
Os economistas ouvidos pelo Banco Central prevêem um aumento menor da taxa básica de juros na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do BC) da próxima quarta-feira. Segundo a pesquisa semanal Focus, os juros devem subir dos atuais 13,75% ao ano para 14% ao ano. Até a semana passada, a previsão era de que os juros subiriam para 14,25% ao ano. Os economistas consultados também esperam um aumento dos juros na reunião do Copom em dezembro para 14,25% ao ano (o Copom se reúne a cada 45 dias aproximadamente). A previsão anterior era de que os juros subiriam para 14,50% ao ano. A previsão para a taxa básica no final de 2009 ficou estável em 13,50% ao ano. PIB A piora na crise financeira internacional levou os economistas ouvidos pelo Banco Central a reduzirem suas previsões para o crescimento da economia em 2009. A expectativa para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas) no próximo ano caiu de 3,35% para 3,10%. Para 2008, teve um pequeno aumento de 5,22% para 5,23%. O governo ainda prevê um crescimento de até 4,5% no próximo ano e uma expansão de até 5,5% neste. Dólar e inflação A previsão para o dólar no final de outubro subiu de R$ 2,03 na semana passada para R$ 2,10. Há quatro semanas, estava em R$ 1,74. Para o final de novembro, a estimativa é que a moeda norte-americana recue para R$ 2,00. A expectativa para o dólar no final do ano passou de R$ 1,90 na semana passada para R$ 1,95. Há quatro semanas, estava em R$ 1,70. Para dezembro de 2009, a estimativa ficou estável em R$ 1,90. Em relação à inflação, a expectativa para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) em 2008, que serve como meta para o BC, passou de 6,23% para 6,29%. A estimativa para a inflação para os próximos 12 meses passou de 5,25% para 5,27%. A meta de inflação é de 4,5%, podendo chegar a 6,5% no intervalo de tolerância (teto da meta). Para o próximo ano, a taxa prevista subiu de 4,9% para 5%. A queda da inflação em 2009 para o centro da meta de 4,5% é um dos principais motivos que tem levado o BC a aumentar os juros neste ano. IGPs A previsão para outros índices de inflação em 2008 também teve alta na pesquisa. A expectativa do mercado para o IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) subiu de 10,55% para 10,59%; o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) teve a previsão aumentada de 10,53% para 10,65%. O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômica) subiu de 6,40% para 6,44%. Para 2009, a previsão para o IGP-DI subiu de 5,50% para 5,57%. A do IGP-M ficou em 5,50%. A do IPC-Fipe está em 4,70%. Outros indicadores A estimativa para o saldo da balança comercial em 2008 ficou em US$ 24 bilhões. Para 2009, passou de US$ 12,7 bilhões para US$ 12,5 bilhões. A expectativa para o déficit em conta corrente neste ano ficou em US$ 29 bilhões. Para 2009, passou de US$ 33,23 bilhões para US$ 33,20 bilhões. Foi mantida a expectativa de investimentos estrangeiros diretos de US$ 35 bilhões em 2008 e US$ 30 bilhões em 2009. A previsão para a relação dívida/PIB neste ano caiu de 40,45% para 40,00%. Para 2009, passou de 38,9% para 39,0%.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Folha Online

Petrobras deve dar prioridade para a área de exploração
Diante da crise financeira internacional, a Petrobras terá de escolher quais projetos de investimento desejará levar adiante no curto e médio prazo. Com o acesso a crédito mais restrito, mesmo para uma gigante como a petrolífera, e com dificuldades no mercado de capitais em razão de fatores conjunturais, a empresa terá dificuldades para levar adiante todos os projetos anunciados, pelo menos no cronograma previsto inicialmente. Desta forma, a companhia terá de reavaliar os novos projetos e dar prioridade a alguns deles. Na avaliação de especialistas do setor de petróleo, a companhia deve optar pela área de exploração e produção em sua análise, com destaque para o pré-sal."A Petrobras terá dificuldades para tocar todos os projetos ao mesmo tempo. Eu acredito que ela priorizará a exploração, com foco nos projetos do pré-sal, a não ser que a atividade em águas ultraprofundas se torne inviável pelo comportamento do preço do petróleo", afirma o analista do Banco do Brasil Investimentos (BBI) Nelson Rodrigues de Matos.Executivos da Petrobras e integrantes do primeiro escalão governo federal já deram indícios de que a exploração do pré-sal é viável entre US$ 35 e US$ 40 o barril. "Ainda estamos muito longe disso", observa o analista.Matos explica que, do ponto de vista estratégico, avançar em exploração é mais importante para a companhia. Ele lembra que o pico de produção dos campos do pré-sal é esperado para 2020, período para o qual espera-se um novo patamar para os preços do óleo. "A Petrobras sempre priorizou a inovação, buscou novos horizontes em seus investimentos. Não é à toa que ela é líder mundial em águas profundas", acrescenta.Para o analista do setor de petróleo da Ágora Corretora, Luiz Otávio Broad, a restrição de crédito deve fazer com que a companhia priorize projetos com expectativa de retorno mais rápido, situação na qual se enquadra a atividade de exploração. No refino, as margens são mais apertadas no Brasil, porque ainda há a necessidade de importar óleo leve para a produção de derivados.O diretor do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura (CBIE), Adriano Pires, ressalta que a construção das cinco refinarias programadas pela Petrobras precisa ser repensada. "É um investimento muito alto para pouco retorno. Se a Petrobras tem que colocar dinheiro em algum lugar, que seja no pré-sal", diz.A crise de crédito, para ele, pode ser uma boa oportunidade para a Petrobras abandonar, ou pelo menos postergar, projetos considerados "políticos", ou menos interessantes do ponto de vista econômico.A queda no preço do petróleo, pelo menos por enquanto, ainda não inviabilizaria o pré-sal, considerando a linha de corte dos US$ 40 - patamar pouco provável para a commodity, segundo os analistas, que acreditam em um corte de produção pela Opep para sustentar os preços. O professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Giuseppe Bacoccoli, observa que a queda do óleo cru, em relação aos patamares históricos alcançados em meados do ano, pode inclusive contribuir para alguns avanços em exploração no Brasil, à medida que pode resultar em uma queda no custo dos equipamentos. Por outro lado, no entanto, a valorização do dólar frente ao real pode equilibrar essa equaçãoEm um tom destoante dos demais especialistas ouvidos pela Agência Estado, Bacoccoli avalia que a Petrobras deve manter as refinarias em seu programa. "É preciso atender ao mercado nacional, que está em expansão", diz. Para viabilizar a construção das unidades, o especialista destaca a possibilidade de uma renúncia fiscal, por parte do Governo Federal, lembrando a elevada participação dos impostos no mercado de combustíveis.Setor "protegido"A importância estratégica das usinas hidrelétricas do rio Madeira para o crescimento futuro do País deve fazer com que esses projetos tenham prioridade na liberação de recursos por parte do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Portanto, apesar das dificuldades e dos empréstimos ainda não terem sido liberados, especialistas consultados pela Agência Estado avaliam como de média a alta a viabilidade desses investimentos no prazo previsto inicialmente."Não é possível estruturar o crescimento da economia privada sem a resolução de duas questões fundamentais: energia elétrica e logística", afirma o professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e ex-presidente do BNDES, Carlos Lessa. Por essa razão, Lessa acredita que o banco de fomento deve escorar os projetos das hidrelétricas e do complexo do petróleo, que é "onde estão as apostas brasileiras", segundo ele.Na mesma linha, o diretor da Coppe/UFRJ, Luiz Pinguelli Rosa, acredita que o setor de energia elétrica deva ser o menos afetado pela crise de crédito, destacando a participação das empresas do grupo Eletrobrás nos projetos, assim como a importância do BNDES no financiamento. Rosa foi presidente da Eletrobrás.Lessa, no entanto, diz ter dúvidas sobre a conclusão do projeto no prazo previsto. As obras da usina de Santo Antonio já foram iniciadas, enquanto os trabalhos em Jirau aguardam a emissão de licenças ambientais, por parte do Ibama, para ter início. O consórcio responsável pelo projeto, liderado por Suez e Camargo Corrêa, já demonstrou a intenção de adiantar as obras, mas ainda não obtiveram aval do órgão ambiental. "O risco de os projetos não serem concluídos no prazo é anterior à crise internacional", diz ele, referindo-se aos freqüentes impasses com o Ministério do Meio Ambiente. "Agora há uma dificuldade adicional", acrescenta ele, sobre o crédito.Nesta semana, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) adiou o leilão de linhas de transmissão do rio Madeira, que estava previsto para o próximo dia 31, para o final de novembro. Empresas interessadas em participar da licitação pediram o adiamento da disputa, devido a dificuldades para obter crédito, o que poderia reduzir o nível de competitividade no leilão. Um sinal de que, mesmo tratando-se de um investimento estratégico, a crise internacional já tem conseqüências no setor. Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Gazeta do povo

Debacle de bancos llega al Golfo Pérsico
Kuwait—El Banco Central de Kuwait decidió dar respaldo a uno de los bancos principales del país y anunció que está considerando garantizar depósitos en otros bancos, en una clara señal de que la crisis financiera global está llegando a la rica zona del Golfo Pérsico.Mientras tanto, en Arabia Saudí, el gobierno dijo que depositaría 10 mil millones de riads (2 mil 700 millones de dólares) en el Banco de Crédito Saudí para ayudar a ciudadanos con pocos recursos a lidiar con dificultades financieras, informó el diario saudí Al-Ektisadiya. Ambas acciones ocurrieron un día después de que los ministros de finanzas del Consejo de Cooperación del Golfo se reunieron para asegurar que los bancos de la región no sufren crisis de liquidez. Sin embargo, la decisión de Kuwait de dejar de cotizar acciones del Banco del Golfo sugería un panorama distinto y provocó gran asombro en el mercado bursátil del país, que cerró con una caída de casi el 3.5 por ciento. Fuente: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por El Diario

Dr. Marcílio Novaes Maxxon
O combate à corrupção está intimamente vinculado à transparência.



*Leituras para Análise Estratégica eo Desenvolvimento do País:

Altos Estudos BrasileirosPor MARCÍLIO NOVAES MAXXONI- POLÍTICA E GESTÃO PÚBLICA:
http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/fevereiro_29.htmII- PPP-PARCERIAS PÚBLICO PRIVADAS:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/marco_28.htmIII- O PAPEL DA CÂMARA DOS DEPUTADOS:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/maio_09.htmIV- CÓDIGO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR DA CÂMARA DOS DEPUTADOS:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/maio_16.htmV- SENADO FEDERAL E CONGRESSO NACIONAL:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/junho_01.htmVI- PROCESSO LEGISLATIVO DO CONGRESSO NACIONAL, POR MARCÍLIO NOVAES MAXXON:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/junho_16.htmVII- O QUE É A LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL, E A LEI DE CRIMES FISCAIS. O ESPÍRITO DA LEI:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/julho_01.htm

Artigo: FBI - A Ciência da Inteligência e da Informação:
http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/abril_11.htm
Por Marcílio Novaes Maxxon


Comissão de Assuntos Econômicos - CAE
Audiências Públicas e Reuniões Técnicas

03.06.2008 – Audiência Pública "Debate sobre o Marco Regulatório do Petróleo diante da perspectiva de descoberta e desenvolvimento de novas bacias petrolíferas na Camada do Pré-Sal”
ANPHaroldo Borges Rodrigues Lima, Diretor-Geral da Agência Nacional de Petrólio
IBPJõao Carlos França de Lucca, Presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustiveis
PetrobrasJosé Sérgio Gabrielli, Presidente da Petrólio Brasileiro S.A.
03.06.2008 – Audiência Pública "Debate sobre o Marco Regulatório do Petróleo diante da perspectiva de descoberta e desenvolvimento de novas bacias petrolíferas na Camada do Pré-Sal monetária”
(Notas)
13.05.2008 – Audiência Pública “Diretrizes, implementação e perspectivas futuras da política monetária”
Banco Central do BrasilHenrique Meirelles, Presidente do Banco Central do Brasil

15.04.2008 – Audiência Pública "Critérios técnicos de repartição dos royalties provenientes da atividade de exploração petrolífera"
IBGEEduardo Pereira Nunes, Presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ANPHaroldo Borges Rodrigues Lima, Diretor-Geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
PetrobrasGuilherme de Oliveira Estrella, Diretor de Exploração e Produção da Petróleo Brasileiro S.A.
15.04.2008 – Audiência Pública "Critérios técnicos de repartição dos royalties provenientes da atividade de exploração petrolífera"
(Notas)

14.05.2007 - Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
Petrobras Paulo Roberto Costa, Diretor de Abastecimento
Única Eduardo Pereira de Carvalho, Presidente
Abegás Carlos Eduardo de Freitas Brescia, Diretor

28.05.2007 - Petróleo e Gás Natural
MME João José de Nora Souto, Secretário de Petróleo e Gás
PETROBRAS Guilherme de Oliveira Estrella, Diretor de Exploração e Produção
SHELL John Haney, Vice-Presidente
Institucional
Em 20 anos, Congresso fez 62 emendas à Constituição
O fracasso da revisão constitucional de 1994
Emendas "paralelas" e fatiadas, soluções para os impasses políticos do Congresso
Algumas mudanças que o Congresso fez na Constituição

Fonte: ANERTT por Agência Senado

O BRASIL E OS BIOCOMBUSTÍVEIS
O BRASIL E OS BIOCOMBUSTÍVEISINTERATIVO PARA VOCÊ:
http://www.discoverybrasil.com/discover yhoje/viciados_em_petroleo.shtml?vMenu=0 &vPrograma=6&vContenido=0_1ANERTT/DISCOVERY*


*A ANERTT, é signatário do Pacto Global: O Pacto Global é essencial para a parceria entre o setor privado e as Nações Unidas no combate efetivo a CORRUPÇÃO.

http://www.pactoglobal.org.br/pg_principio.php

http://www.unglobalcompact.org/