segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Notícias ANERTT/Petróleo & Gás Natural N° 0324, Por Marcílio Novaes Maxxon.

"Na democracia, o processo de formação das políticas públicas demanda participação de todos os segmentos da sociedade civil, informação confiável, representação qualificada, transparência e ética."
ANERTT - Associação Nacional das Empresas de Rádio, Televisão e Tecnologia
A Serviço do Desenvolvimento do BRASIL

Relatório INFORMATIVO DIÁRIO PARA INVESTIDORES DO MERCADO DE CAPITAIS N° 0324

Notícias ANERTT/Petróleo & Gás Natural
Por Marcílio Novaes Maxxon



São Paulo, 16 de outubro de 2008

GESTÃO LEGISLATIVA & AÇÃO POLÍTICA

Plenário - Votações
Aprovadas normas para criação de municípios
57 municípios correm contra o tempo para continuar existindo
Municípios que dependem da regulamentação federal
Mais de 800 distritos já pediram emancipação
Garibaldi comemora aprovação de projeto que regulariza situação de municípios

Comissões - Constituição e Justiça
Investigado que mentir em depoimento a CPI poderá ser preso
Aprovado projeto que amplia combate a abuso sexual de menores
CCJ aprova criação de cadastro de empresas impedidas de contratar com o poder público
CCJ mantém proibição do uso de DDT
Aprovado projeto que ajuda a aproximar Ministério Público da sociedade

Comissões - Constituição e Justiça
Proposta que condena prática do overbooking é aprovada na CCJ
Aprovado projeto que regulamenta participação do capital estrangeiro no sistema financeiro nacional
Projeto aprovado isenta novo proprietário de veículo de multa atribuída ao antigo dono
Edital de convocação de réu poderá ser divulgado pela Internet
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Senado

Plenário abre caminho para combate à crise
A Câmara aprovou mais quatro MPs que trancavam a pauta. Assim, fica aberto o caminho para analisar a MP de combate aos efeitos, no Brasil, da crise financeira mundial. Outro projeto que terá prioridade depois das eleições é o do fundo soberano. As MPs aprovadas dão reajustes a servidores e reforçam investimentos do BNDES.

Projeto - 16/10/2008 11h07
Trânsito: projeto beneficia resgate e salvamento com recursos de multas

O Projeto de Lei 3920/08, do Senado, inclui as atividades de salvamento e resgate no trânsito entre as destinações possíveis dos recursos arrecadados com as multas de trânsito.A proposta altera o Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97), que já prevê a destinação desses recursos para sinalização, engenharia de trânsito e de campo, policiamento, fiscalização, controle e educação de trânsito.Redução de fatalidadesO autor da proposta, senador Renato Casagrande (PSB-ES), considera as atividades de salvamento e resgate fundamentais para a redução de fatalidades no trânsito. "A rapidez e a qualidade do atendimento prestado às vítimas de acidentes influem dramaticamente na possibilidade de reversão plena das lesões sofridas", argumenta o parlamentar.TramitaçãoO projeto será votado em Plenário, em regime de regime de prioridade. Como tramita em conjunto com os PLs 279/03 e 3052/04, a proposta seguirá para análise das comissões de Defesa do Consumidor; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.Íntegra da proposta:- PL-3920/2008Notícias anteriores:Projeto disciplina ações de segurança em área residencialPlenário aprova penas específicas para crimes de trânsitoSTF deve julgar até o final do ano ação contra a lei seca
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Câmara

Na Espanha aprovada á política brasileira de biocombustíveis

A política brasileira de biocombustíveis conta com o apoio e a colaboração da Espanha, declarou na terça-feira, em Brasília, o ministro espanhol de Assuntos Exteriores, Miguel Moratinos."Há investimentos de empresas espanholas no setor [de biocombustíveis no Brasil]. O Brasil produz um ´etanol bom´ e, neste sentido, é singular", assegurou o ministro, concordando com a metáfora feita pelo chanceler brasileiro Celso Amorim."Há o colesterol ruim e o colesterol bom. E há o etanol ruim e o etanol bom. O colesterol ruim mata e o colesterol bom cura. É a mesma coisa com o etanol. E o do Brasil é bom", comparou Celso Amorim.O ministro brasileiro fazia referência ao fato do etanol brasileiro ser produzido a partir da cana-de-açúcar - e não do milho, como nos Estados Unidos.As plantações de cana-de-açúcar no Brasil destinadas à produção de etanol ocupam apenas 1% do total de área cultivável - 3,6 milhões de hectares de um total de 355 milhões -, sendo suficiente para abastecer metade do consumo de combustível dos automóveis.As críticas aos biocombustíveis se devem à utilização de culturas tradicionais para a produção, como milho e trigo, e de vastas áreas cultiváveis, causando um aumento sem precedentes no preço dos alimentos.Moratinos e Amorim disseram que não conversaram diretamente sobre a questão dos biocombustíveis, mas o tema está vinculado a outro que abordaram - a conclusão do acordo Mercosul - União Européia.As negociações deste acordo estão suspensas e não avançam pela falta de conclusão da Rodada de Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC).Na altura em que as negociações foram paralisadas, o acordo previa uma "cota grande", segundo Amorim, para a entrada do etanol brasileiro na Europa. Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon, 16/10/2008

PETRÓLEO & GÁS

Frota mundial de veículos a GNV supera 9 milhões
No final de setembro, a frota mundial de veículos a GNV atingiu mais de 9 milhões de unidades. De acordo com os números divulgados pelo "Gas Vehicles Report", o Brasil ocupa o terceiro lugar, depois da Argentina e do Paquistão, cujas frotas já somam 1.714. 901 e 1.650.000 veículos, respectivamente. Alguns outros países, também representativos, incluem o Irã, a Índia, e a Itália, os quais já dispõem de frotas superiores a 500 mil veículos, cada um, como mostrado no diagrama acima.O crescimento das frotas de veículos a gás natural, em todo o mundo, é resultante de políticas de diversificação do uso de combustíveis derivados de petróleo, por alternativas, como forma de garantir maior segurança energética, redução do nível de emissões e menores custos para o país e a população. Em alguns países próximos a nós, como a Colômbia e o Peru, o uso de gás natural é fortemente estimulado pelo governo como forma de reduzir custos de importação de petróleo. Em alguns outros casos, muito embora o país disponha de recursos internos de petróleo, como de gás, julga-se mais fácil e lucrativo exportar o petróleo disponível e usar o gás internamente, como substituto do combustível líquido. Esses países acreditam que o resultado final é melhor para a economia e o seu desenvolvimento social e econômico.Um fator importante a se observar é o fato de que o total de veículos a GNV das frotas da Argentina e do Paquistão, que estão à frente do Brasil, representam 22,5% e 58,7% de suas frotas totais, respectivamente, segundo a mesma fonte. No Brasil, a frota de veículos a GNV representa somente 4,4% da frota total. Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por GVN

Petrobras assina acordo com a portuguesa Galp Energia
Petrobras Biocombustível e a portuguesa Galp Energia SGPS assinaram na última sexta-feira em Lisboa um acordo para a criação de uma nova empresa, com capital dividido igualmente entre as duas companhia, para a exploração de biocombustíveis no Brasil. A Galp é antiga parceira da Petrobras e possui 10% do bloco Tupi, 20% de Júpiter, 20% do BM-S-21 (conhecido como Caramba) e 14% do BM-S-9 (Bem-te-vi). A Petrobras Biocombustível e a portuguesa Galp Energia SGPS assinaram na última sexta-feira em Lisboa um acordo para a criação de uma nova empresa, com capital dividido igualmente entre as duas companhia, para a exploração de biocombustíveis no Brasil. A Galp é antiga parceira da Petrobras e possui 10% do bloco Tupi, 20% de Júpiter, 20% do BM-S-21 (conhecido como Caramba) e 14% do BM-S-9 (Bem-te-vi).O acordo já era esperado, uma vez que faz parte de um memorando de entendimento, com foco no desenvolvimento de projetos para a produção, comercialização e distribuição de biodisel , assinado em maio de 2007 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo primeiro ministro de Portugal, José Socrátes. No entanto, ainda faltam acertar questões importantes como o montante de investimentos que será destinado por cada empresa para a produção anual de 600 mil toneladas de óleo vegetal. "Sabemos apenas que serão necessários algumas centenas de milhões", afirma Alan Kardec, presidente da Petrobras Biocombustíveis. A expectativa é que a produção comece em 2012, ressalta o executivo.De acordo com Rogério Mattos, gerente da Petrobras Biocombustíveis, a produção terá como principal destino atender à demanda européia, com foco na produção de 500 mil toneladas/ano de biodiesel 2ª Geração. Metade desse volume será produzido em Portugal, afirmou a empresa em comunicado. "O restante, em local a ser definido, para comercialização na Europa, prioritariamente no mercado ibérico".O presidente da Galp Energia, Manuel Ferreira de Oliveira afirmou no 13 Meeting Internacional, do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), organizado pela Doria Associados, que aconteceu entre os dias 8 e 11 de outubro, em Lisboa, que o acordo deverá gerar receitas da ordem de € 740 milhões de euros a partir de 2015, quando a produção tiver atendido sua plenitude. Para o executivo, o biodiesel da segunda geração será comercializado por US$ 300 a US$ 400 a tonelada.A parceria da Galp com a Petrobras está em linha com os planos do governo português para o setor de bioenergia. "Passamos por muitas transformações nos últimos três anos, e Portugal tornou-se um dos países com maior ambição de crescimento no campo de energias renováveis", afirmou o primeiro ministro de Portugal, José Socrátes, no encontro. A meta é conseguir em três anos 40% de sua mariz energética seja proveniente de energias renováveis, especialmente eólica e hidrelétrica.O governo português detém 7% do capital da Galp, em um patrimônio avaliado em aproximadamente 700 milhões de euros. A empresa foi constituída em 1999 com resultado da reestruturação do setor energético do país, e em julho deste ano, o governo manifestou o intenção de vender sua participação, como parte de um plano de privatizações e vendas de participações em empresas não-estratégicas para arrecadar cerca de 900 milhões de euros.A Petrobras é considerada uma das potenciais candidata para a aquisição dos ativos da Galp. Segundo Mello, a empresa deve liberar no final de outubro o plano de investimentos até 2020, que "certamente contará com recursos para investimentos na expansão orgânica da companhia". Por enquanto, ele afirma, a incorporação da Galp não foi considerada. Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Gazeta Mercantil

Aprovado incentivo para produção de biocombustível
Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural aprovou na última quarta-feira (8) a concessão de incentivos especiais ao proprietário rural que desenvolver projetos de pecuária intensiva associados ao cultivo de lavouras destinadas à produção de biocombustíveis. A proposta (PL 1056/07), do deputado Eliene Lima (PP-MT), altera a Lei Agrícola (8.171/91), que já prevê o benefício para os produtores que preservam o meio ambiente em suas propriedades. Eliene Lima acredita que sua proposta vai ajudar a diminuir o aquecimento global e reduzir a dependência brasileira do petróleo.Entre os incentivos previstos na proposta estão prioridade na obtenção de apoio financeiro oficial, através da concessão de crédito rural e outros tipos de financiamentos; prioridade na concessão de benefícios associados a programas de infra-estrutura rural, como energização, irrigação, armazenagem, telefonia e habitação; fornecimento de mudas de espécies nativas e/ou ecologicamente adaptadas produzidas com a finalidade de recompor a cobertura florestal; preferência na prestação de serviços oficiais de assistência técnica e de fomento; e apoio técnico-educativo no desenvolvimento de projetos de preservação, conservação e recuperação ambiental.O relator, deputado Vitor Penido (DEM-MG), defendeu a aprovação do projeto. Em sua avaliação, o estímulo à produção de biocombustíveis irá, ao contrário do que afirmam os críticos do etanol, ajudar a reduzir o preço dos alimentos. "É o preço do petróleo que influencia diretamente os preços das commodities agrícolas, tanto na produção quanto na distribuição." Tramitação O projeto, que tramita em caráter conclusivo, também já foi aprovado nas comissões de Minas e Energia; e de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural. Agora a matéria será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon


MERCADO DE ETANOL

Republicano pede fim de taxação a etanol brasileiro

John McCain diz que Barack Obama que uma "guerra de classes". Anertt/Marcílio Novaes Maxxon.


O republicano John McCain lançou os mais duros ataques contra o democrata Barack Obama no último dos três debates presidenciais realizados nesta quarta-feira na Universidade Hofstra, em Hempstead, no Estado de Nova York.
O senador republicano procurou caracterizar o rival como um extremista em diferentes tópicos e usou até os impostos de US$ 0,54 por barril que o etanol brasileiro enfrenta para entrar no mercado americano como exemplo do suposto protecionismo de Obama.
''Eu me oponho aos subsídios para o etanol porque acho que eles distorceram o mercado e criaram inflação. O senador Obama apóia esses subsídios. Eu eliminaria as tarifas sobre o etanol de cana importado do Brasil'', disse McCain.
McCain também afirmou que o rival é favorável à cobrança de mais impostos, acusou-o de ter se aliado às ''mais extremas'' posições pró-aborto, chegou a dizer que ''a premissa por trás dos planos de Obama é a guerra de classes'' e lembrou da suposta associação do democrata com o ex-ativista radical dos anos 60 William Ayers.
"Quero eliminar a tarifa sobre a importação de etanol de cana-de-açúcar do Brasil e eliminar os subsídios ao etanol daqui (de milho), que distorce o mercado e infla os preços", disse o candidato presidencial republicano John McCain, ainda nos primeiros minutos do debate de ontem, acusando seu rival democrata de defender o protecionismo.McCain acrescentou que o fim do subsídio à produção do etanol dos EUA traria como resultado "bilhões de dólares" em economia para os contribuintes americanos. Logo depois, McCain criticou Obama por nunca ter viajado para a América Latina e defendeu o estabelecimento de tratados de livre comércio com Peru e Colômbia. Também atacou o rival por querer "reunir-se sem condições prévias" com o presidente venezuelano, Hugo Chávez. O democrata não mordeu a isca. Sobre a questão energética, limitou-se a defender a eliminação da dependência americana do petróleo até 2020, substituindo-o por energias alternativas e limpas.
Joe, o encanador
O republicano também transformou um americano médio em protagonista do debate, o encanador Joe Wurzelbacher, que cruzou com Obama em um evento de campanha e abordou o candidato.
''Joe quer comprar o negócio no qual ele trabalha por todos esses anos, por 10,12 horas por dia. Mas ele olhou para seu plano e viu que ele iria pagar impostos bem mais altos.''
Obama respondeu dizendo que ''na conversa que tive com Joe, o encanador, o que eu disse a ele foi que 'há cinco anos, quando você tinha condições de comprar o seu negócio, você precisava de uma isenção fiscal'. E o que eu quero fazer é garantir que o encanador, a enfermeira, o bombeiro, o professor, o jovem empreendedor que ainda não tem dinheiro, que tenham um corte de impostos agora.''
O encanador ainda foi mencionado em diversas ocasiões por McCain ao longo do debate. E Obama chegou a afirmar em um trecho: ''Se Joe, estiver assistindo...''
Conteúdo negativo
O democrata voltou, assim como já tinha feito no embate anterior, a afirmar que o republicano pretende oferecer isenções fiscais para grandes corporações e afirmou que o rival tem divulgado comerciais cujo conteúdo é ''100% negativo''.
Nesta terça-feira, uma pesquisa realizada pelo jornal New York Times e a rede CBS mostrou que 60% dos americanos acreditam que McCain tem passado mais tempo atacando o rival do que apresentando suas propostas.
McCain criticou Obama por este não ter repudiado as declarações do congressista democrata John Lewis, que associou o conteúdo supostamente inflamatório de alguns comícios de McCain e da candidata a vice, a governadora Sarah Palin, com os pronunciamentos racistas do ex-governador segregacionista do Alabama George Wallace.
O democrata disse não endossar a comparação feita por Lewis, mas acrescentou que o tom de alguns correligionários de McCain foi extremado e a governadora Sarah Palin nada fez para contê-los.
''Todos os relatos deram conta de que republicanos estavam gritando, quando o meu nome era mencionado, coisas como 'terrorista' e 'matem-no' e que sua companheira de chapa não parou e disse 'espere um segundo, isso é completamente inapropriado'.''
William Ayers
Como muitos na mídia americana já haviam antecipado, McCain também levantou a suposta associação de Obama com William Ayers, um ex-militante do grupo radical dos anos 60 Weather Underground, que lançou atentados à bomba contra o Congresso e o Pentágono.
Anos mais tarde, Ayers pertenceu à diretoria de uma organização não-governamental da qual o democrata participou.
O republicano afirmou que os eleitores precisavam o saber o quão longe vai a relação entre Obama e Ayers.
Obama retrucou dizendo que Ayers ''não está envolvido com essa campanha, nunca esteve envolvido em minha campanha e não me dará conselhos na Casa Branca''.
Petróleo venezuelano
McCain comentou que os Estados Unidos podem e devem eliminar a sua dependência em petróleo do Oriente Médio e da Venezuela.
Para o republicano, uma das formas de fazer isso é ''construindo 45 novas usinas nucleares, o quanto antes (...) O senador Obama dirá a você, como fazem os ambientalistas extremados, que é preciso ser seguro. Olhe, nós navegamos navios da Marinha com usinas nucleares dentro deles há 60 anos, senador Obama, não há problema.''
Obama disse trabalhar com um prazo de dez anos, um período que ele qualificou como ''realista'', para que os Estados Unidos reduzam sua dependência em petróleo estrangeiro, de modo a não precisar mais importar combustível do Oriente Médio ou da Venezuela.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por CNN

Etanol impressiona presidente da Mitsubishi
Na primeira visita de um presidente mundial da montadora japonesa Mitsubishi ao Brasil, o "passeio turístico" incluiu visitas a postos de combustíveis. No cargo desde 2005, Osamu Masuko, 59 anos, queria entender como as pessoas abastecem os carros flex no Brasil. "Fiquei impressionado ao ver as bombas de álcool espalhadas pela cidade", disse Masuko. "A capacidade de produzir etanol é a grande arma do Brasil." O passeio, na verdade um deslocamento entre reuniões nos três dias de visita ao País, foi feito em uma Pajero flex, cujo motor foi desenvolvido por meio de uma parceria entre Brasil e Japão. "Foi um grande trunfo para nós desenvolver esse motor flex e isso está abrindo mercado para nós na Europa", afirmou Masuko, que hoje visita a fábrica em Catalão, Goiás. "O modelo flex que teremos na Europa não terá a mesma tecnologia, mas a engenharia básica e o método de desenvolvimento brasileiro serão aproveitados."Questionado sobre o futuro da tecnologia flex e a preferência do Japão pelo carro elétrico, Masuko respondeu que o Japão "não pode se dar ao luxo de desistir do etanol". "Mas, como vendemos para todo mundo, temos de ter produtos para todos os segmentos: flex, elétrico, híbrido", completou. Responsável por reerguer a montadora, que há cerca de quatro anos estava à beira da falência, Masuko veio ao País reafirmar o compromisso com os investidores brasileiros Eduardo Souza Ramos e Paulo Ferraz, responsáveis pela produção e as vendas da marca no Brasil. Recentemente, a revelação de que Ramos se associou à Suzuki levou à especulação sobre o rompimento na parceria. "Jamais pensamos em comprar a empresa no Brasil, nem passou pela nossa cabeça concorrer com eles."O Brasil é o sétimo maior mercado para a Mitsubishi. A montadora tem 1,3% do mercado nacional e deve registrar, este ano, crescimento de 48%. A venda de nacionais e importados deve passar de 31 mil para 46 mil veículos. "Apesar de toda essa crise mundial, nossa política para o Brasil não muda."Ferraz e Souza Ramos estiveram no Japão recentemente avaliando alternativas de modelos para fabricar no Brasil. Atualmente, a empresa produz apenas quatro modelos: os utilitários esportivos Pajero Sport e TR4 e as picapes Triton e L200. "Estamos discutindo a possibilidade de vir a fabricar um modelo pequeno e urbano", afirmou Souza Ramos. A empresa também pretende realizar estudos de viabilidade para trazer o Miev, modelo de carro elétrico que chega ao mercado mundial em julho do ano que vem.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por O Estado de S. Paulo

MERCADO DE ENERGIA

Térmicas a óleo não serão mais ligadas este ano
As usinas termelétricas movidas a óleo diesel ou óleo combustível não serão ligadas mais em 2008, informou ontem o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp. Segundo ele, os níveis dos reservatórios são satisfatórios e as primeiras indicações apontam que as térmicas movidas a óleo permanecerão desligadas no primeiro trimestre de 2009. "Desde maio não geramos térmicas a óleo e não há nenhuma previsão. Vamos conseguir atingir o mínimo previsto nos reservatórios, sem precisar despachar térmicas a óleo. Segurança a menor custo é a meta do operador", afirmou, após participar de evento do Grupo de Estudos do Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ. O mínimo destacado por Chipp nos reservatórios é o chamado nível-meta estipulado para dezembro. A margem mínima de segurança prevê que os reservatórios do sistema Sudeste/Centro-Oeste estarão com 53% da capacidade ocupada no fim do ano, e os do Nordeste, estarão 35% cheios. Chipp comentou ainda sobre a possibilidade de adiamento do leilão de linhas de transmissão que vão ligar as usinas do rio Madeira ao restante do sistema elétrico nacional, Na semana passada, a Agência Nacional de Energia Elétrica admitiu que empresas do setor estão relatando ao governo dificuldades para obter recursos para o leilão, em meio à crise financeira. Para Chipp, um eventual adiamento seria feito dentro de um prazo curto, o que não prejudicaria o cronograma de implementação das usinas de Santo Antônio e Jirau.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Valor Econômico

União Europeia lança megaprojecto de 1.000 milhões de euros
A União Europeia (UE) acaba de lançar um ambicioso projecto de 1000 milhões de euros destinado a tornar a Europa líder mundial nas tecnologias ligadas às células de combustível e ao hidrogénio, que para muitos especialistas poderão ser a base energética de um futuro sem emissões de gases com efeito de estufa e sem combustíveis fósseis. O investimento será feito em conjunto pela UE, 60 empresas industriais e 60 centros de investigação no âmbito da Joint Technology Iniciative (JTI). Durante os próximos seis anos, esta parceria público-privada vai apostar na investigação, desenvolvimento tecnológico e demonstração nas células de combustível e no hidrogénio, de modo a que estas tecnologias se generalizem a todo o mercado energético europeu entre 2010 e 2020. Segundo Janez Potocnik, comissário europeu para a Ciência e Investigação, "o desenvolvimento destas tecnologias é crucial para respondermos com sucesso aos desafios das alterações climáticas e da energia", porque as células de combustível "são uma tecnologia de conversão eficiente" e o hidrogénio "pode ser uma fonte de energia limpa".
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Reuters

MERCADO DE BIODIESEL

Brazil’s Petrobras, Portugal’s Galp Energia, sign JV for Euro biodiesel production
In Brazil, Petrobras and Portugal’s Galp Energia signed a joint venture agreement to develop a capacity of 142 Mgy for biodiesel that will be produced in or exported to the EU. Half of the venture’s capacity will be produced in Portugal and the remainder in a location to be determined. The companies will be 50/50 equity partners in the venture, called Projecto Belém.
Font: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon

Produção de biodiesel insuficiente
A produção de biodiesel poderá ficar abaixo da necessidade do mercado, sobretudo para o setor de transporte rodoviário. Essa é a conclusão de um estudo da NTC&Logística, publicado recentemente. A pesquisa estima um consumo do biocombustível para 2008 de 1,160 bilhões de l, considerando o início da adição de 3% ao diesel mineral. A produção até agosto deste ano, contudo, foi de 662 milhões de l, 57% da demanda prevista. "Se o ritmo de produção persistir, não haverá produto suficiente para suprir a demanda", afirma a pesquisa.A análise se baseou nos números divulgados pela ANP. Segundo o estudo, o consumo poderá ser ainda maior, pois espera-se incremento do PIB e da venda de caminhões. A pesquisa critica ainda os leilões para o abastecimento promovidos pela agência entre dezembro de 2007 e agosto de 2008. Nas cinco concorrências, foram arrematados 736 milhões de l, o que representa 63% da demanda prevista.O Brasil possui capacidade instalada de produção de 3 nilhões de l por ano, mas utiliza apenas 25% dessa produção. O trabalho sugere a revisão das estimativas de demanda do biocombustível para 2008 e 2009, a fim de garantir o abastecimento dos setores dependentes.Procurada pelo Energia Hoje, a ANP garantiu que a oferta será compatível com a demanda, podendo até ocorrer uma sobra de biodiesel. Segundo dados da agência, a produção desse ano já ultrapassou em 64% a do ano passado. Até agosto deste ano, já foram produzidos 662 milhões de l de biodiesel, ante 402 milhões de l no total do ano passado.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Energia Hoje

Vietnam OKs five new ethanol, biodiesel plants
In Vietnam, the national government said that it would complete five new biodiesel and ethanol plants by 2010 to meet a target of 0.4 percent on annual fuel consumption. Officials said that the country would produce a total of 26 Mgy of ethanol and 13 Mgy of biodiesel, which would be distributed as E5 ethanol and B5 biodiesel. The country has a set a target of replacing 1 percent of the nation’s gasoline with cassava and sugarcane based ethanol. Petrovietnam is constructing a 22 Mgy facility in Phu Tho for a reported project cost of $85 million.
Font: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon by Biofuels Digest

MERCADO DE AÇUCAR & ÁLCOOL

Centro procura pesquisadores para bioetanol
O Centro de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), em fase de implantação em Campinas (SP), está a procura de pesquisadores para compor sua equipe. As áreas de investigação incluem a hidrólise enzimática para produção de etanol a partir de bagaço e palha de cana-de-açúcar e sustentabilidade social, ambiental e econômica da produção em larga escala de bioetanol da cana-de-açúcar, entre outras.O candidato deve ter pós-doutorado em química, bioquímica, microbiologia, física, engenharia química ou de materiais, ou em outras áreas correlatas. Inicialmente, todas as vagas são para um período de cinco anos, com possibilidade de renovação. As contratações acontecem a partir de outubro e até que todos os postos sejam preenchidos.Os interessados devem enviar uma carta descrevendo seus interesses de pesquisa, uma lista de três referências, e seus currículos para o e-mail researchpositions@bioetanol.org.br. Estas informações devem ser enviadas em um único arquivo pdf ou doc.CTBEA ser instalado no campus do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) e financiado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, o CTBE tem como objetivo estratégico contribuir para assegurar a liderança brasileira na produção sustentável de bioetanol da cana-de-açúcar através do estado-da-arte de pesquisa, desenvolvimento e inovação. Para alcançar esse objetivo, atuará em cooperação com universidades, centros de pesquisa e empresas privadas.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Centro de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE)

Empresa espanhola irá investir 130 milhões de euros na produção de álcool
A empresa espanhola Alcohespa pretende investir, a partir deste ano, 130 milhões de euros na produção de álcool em Angola, numa unidade fabril a ser construida na província do Zaire.A informação foi avançada terça-feira, em Luanda, pelo presidente da Alcohespa no final de um encontro mantido com o ministro angolano da Indústria, Joaquim David, que visou a apresentação do projecto. De acordo com Francisco López Molina, o investimento a efectuar vai proporcionar uma média de 500 empregos directos e garantir uma produção anual de 150 milhões de litros de álcool. Francisco López Molina disse que a Alcohespa pretende arrancar com os trabalhos iniciais de instalação logo obtenha resposta positiva das autoridades angolanas.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Pro Cana

CPA Trading inaugura terminal de álcool e açúcar no Paraná
A exportadora CPA Trading inaugurou no dia 2, um terminal de armazenagem e transbordo de álcool e açúcar. O empreendimento ocupa uma área de 168 mil m², na divisa dos municípios de Sarandi e Marialva. A estrutura, servida por linha férrea, fica ao lado da rodovia BR-376, na região de Maringá, PR.Segundo o presidente da empresa, Dagoberto Delmar Pinto, o empreendimento custou R$ 100 milhões e vai desafogar a atual estrutura de armazenagem do Paraná, facilitando o escoamento e a comercialização dos produtos. Os produtos serão transportados por rodovia e ferrovia.A capacidade inicial de armazenagem é de 100 milhões de litros de álcool e 200 mil toneladas de açúcar. Com o crescimento da demanda, a estrutura poderá ser ampliada, respectivamente, para 200 milhões de litros e 500 mil toneladas.As obras começaram em meados de 2007 e geraram 150 empregos. A estrutura deve ser totalmente concluída no final do abril, quando serão iniciadas as operações de captação e escoamento de açúcar e álcool provenientes das 10 empresas associadas, gestoras da CPA.A empresa também planeja a construção de uma estrutura de armazenagem e preparo de álcool para exportação no Porto de Paranaguá, com capacidade para 65 milhões de litros. O empreendimento deve começar a operar no final do segundo semestre.O início das obras está previsto para o final de abril em uma área de 22 mil m², localizada no setor de inflamáveis líquidos do Porto. A estrutura possui uma peneira molecular para atender diferentes segmentos e demandas do mercado. Segundo Dagoberto, o empreendimento vai gerar 45 empregos diretos.A trading prevê a movimentação de 1,5 bilhão de litros de álcool na safra 2008/09, sendo 600 milhões para exportação. Na safra 2007/08, a CPA foi responsável pela logística de 1,1 bilhão de litros de álcool, o equivalente a cerca de 60% do total produzido no Estado do Paraná. Desse montante, 430 milhões foram exportados.A CPA, criada em 2002, é formada pelas cooperativas Copagra (Nova Londrina), Nova Produtiva (Astorga), Coopcana (Paraíso do Norte), Coocarol (Rondon) e Cooperval (Jandaia do Sul), além das usinas Vale do Ivaí (São Pedro do Ivaí), Usaciga (Cidade Gaúcha), Goioerê (Moreira Salles), Dasa (Nova América da Colina) e Santa Terezinha (Maringá).
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon

Setor sucroalcooleiro estimula investimentos em Goiás
Até 2011, Goiás poderá receber investimentos de aproximadamente R$ 26,19 bilhões em projetos dos setores industrial e de serviços. Açúcar e álcool, mineração, alimentos e bebidas representam 29,17% dos projetos anunciados para o Estado.Para os próximos quatro anos serão investidos R$ 12,76 bilhões (48,74% do total) em 86 projetos direcionados para a produção de açúcar e álcool, tanto para novos projetos de instalação de usinas quanto para a ampliação ou modernização de unidades já existentes no Estado.Os números fazem parte de uma pesquisa realizada por técnicos da Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação (Sepin) da Secretaria do Planejamento e Desenvolvimento (Seplan).A expansão do setor sucroalcooleiro em Goiás se justifica pelos incentivos fiscais do governo, além da produtividade na cana-de-açúcar, que chega a 80 toneladas de cana por hectare. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2007 a produção de cana no Estado aumento 35,5%. Já a área plantada cresceu 43,6%.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon

Reunião discute geração de energia com bagaço de cana
Um encontro hoje vai discutir as regras para quem gera energia elétrica por meio de usinas de cana-de-açúcar. O pessoal ligado às usinas termelétricas (UTEs), projetistas de usinas e engenheiros vai se reunir durante toda a manhã na Associação Comercial e Industrial de Goiás (Acieg). Organizado pela AGR e Aneel o encontro será técnico e gratuito, para orientar os geradores de energia a base de biomassa sobre a regulação do setor elétrico. E ainda vai integrar a força produtiva das usinas de cana-de-açúcar e a cadeia técnica envolvida nela em relação ao parque gerador nacional de eletricidade.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon

CTC lança três variedades de cana em Ribeirão Preto
O CTC (Centro de Tecnologia Canavieira) lançou ontem (14), em Ribeirão Preto, SP, a quarta geração de variedades de cana-de-açúcar. Denominadas CTC16, CTC17 e CTC18, têm capacidade de adaptação a diferentes regiões produtoras. Uma série de lançamentos será realizada até o dia 11 de novembro, em nove cidades brasileiras. Hoje (15) é a vez de São José do Rio Preto. Amanhã, Araçatuba.As novas variedades apresentam avanços em relação ao teor de sacarose, produtividade e resistência a doenças, além de favorecer a colheita mecanizada de cana crua. De acordo com o diretor superintendente do CTC, Nilson Zaramella Boeta, a série de lançamentos foi programada para comemorar o desempenho do órgão de pesquisa nos últimos anos e mostrar produtos e serviços para as 180 usinas associadas.O diretor de pesquisa e desenvolvimento do CTC, Tadeu Andrade, explica que as três variedades foram desenvolvidas com base em critérios edafoclimáticos, considerando diversas combinações entre solo e clima encontradas nos diferentes ambientes de produção do Brasil. "Nos últimos quatro anos aconteceram pelo menos 50 ensaios em 24 usinas. Ao final obtivemos excelentes cultivares, capazes de impulsionar a produtividade em todas as áreas de cana-de-açúcar", afirma.Segundo o diretor de mercados e oportunidades do CTC, Osmar Figueiredo Filho, nos últimos quatro anos o CTC lançou 18 variedades de cana-de-açúcar para plantio. "As três variedades que chegam agora para plantio comercial trazem opções inéditas de manejo para unidades produtoras de açúcar, etanol e energia", conta Figueiredo.Atualmente, o CTC mantém unidades regionais e pólos de seleção varietal instalados em pontos estratégicos da produção nacional de açúcar, etanol e energia, nas regiões Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste. As empresas associadas ao centro respondem por 60% da cana moída no Brasil.Variedades A CTC16 apresenta alto teor de sacarose, produtividade e rápido fechamento. As soqueiras mostraram boa brotação e longevidade na colheita mecanizada de cana crua. De PUI (Período Útil de Industrialização) longo e alto teor de fibra, é recomendada para cultivo na maior parte da safra. Adapta-se a ambientes com alto potencial de produção e também no sistema cana de ano. É resistente à ferrugem, ao carvão, à escaldadura e ao amarelecimento, além de responder bem aos maturadores químicos. A CTC17 se destaca quanto à precocidade e ao alto teor de sacarose. Recomendada preferencialmente para colheita no início da safra, apresenta bom desempenho em solos arenosos e ambientes de baixo potencial produtivo. Mostrou-se estável em ambientes restritivos. Com teor de fibra médio, é resistente ao mosaico, à escaldadura e ao amarelecimento e responde bem a maturadores químicos. A CTC18 possui alta produtividade em todos os cortes, inclusive em regiões de déficit hídrico, com boa tolerância à seca. Possui bom perfilhamento, brotação e longevidade de soqueira, inclusive na colheita mecanizada de cana crua. Recomendada para colheita até o meio da safra, conta com alto teor de fibra. É resistente à ferrugem, à escaldadura, ao mosaico e ao amarelecimento e também responde bem a maturadores químicos.Biofábrica O CTC contará em breve com uma nova Biofábrica, projeto de alta tecnologia que será instalado em Piracicaba, SP. O local servirá de suporte à produção de mudas e ao desenvolvimento varietal. "Com a Biofábrica teremos capacidade extraordinária de produzir mudas, para atender à crescente demanda dos associados", observa BoetaOutro serviço de destaque será o CTCSat, sistema que possibilitará a obtenção de mapas gerenciais gerados através de imagens de satélite, nos 3,2 milhões de hectares de cana-de-açúcar cultivados pelas 180 associadas ao órgão. A ferramenta permitirá a identificação de falhas nas lavouras, ataques de pragas, entre outras ocorrências. A partir de 2009, com apoio da tecnologia denominada Marcadores Moleculares e de um novo Laboratório de Biotecnologia, o CTC passará a promover a seleção de variedades de cana com base em DNA − e igualmente aplicada a ambientes de produção edafoclimáticos.Os lançamentos das três variedades de cana também serão realizados em Goiânia, GO (21/10), Maceió, AL (23/10), Maringá, PR (28/10), Dourados, MS (30/10), São Mateus, ES (4/11) e Piracicaba, SP, (11/11).
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por CTC

ECONOMIA & MERCADO

O Brasil do pré-sal
Nas últimas semanas, o pré-sal tornou-se o assunto da moda. Só se fala no pré-sal, todos conhecem, todos têm a solução e todos sabem onde buscar os recursos e como aplicar essa riqueza que Deus deu ao Brasil. Isso lembra a seleção brasileira de futebol. Todos os brasileiros são técnicos, do presidente ao mais humilde cidadão. É aí que reside o perigo. Porque nem todos nós conhecemos futebol a ponto de escalarmos o melhor time, nem tampouco possuímos a capacidade de dar a melhor solução a um assunto da complexidade do pré-sal. E por que isso ocorre? Porque no Brasil a meritocracia está cada vez mais sendo deixada em segundo plano, em favor das discussões estritamente políticas e ideológicas. Daí o que se vê são pessoas despreparadas tecnicamente e com muito pouca experiência sobre o assunto dando opiniões como se fossem especialistas tanto em pré-sal como em seleção brasileira. Conclusão: foi um vexame o resultado da seleção brasileira na Olimpíada da China e corremos um enorme perigo de que o pré-sal, em vez de ser um presente de Deus, seja obra do diabo. Para que isso seja evitado, é preciso tomar algumas providências de imediato. A primeira é sermos menos ufanistas. A segunda é nosso presidente ser menos populista. E, por fim, tratarmos esse assunto com mais cautela e precaução. Ou seja, vamos deixar de lado a discussão política e ideológica e substitui-la por uma mais técnica. Para transformar o pré-sal de potencial em verdadeira riqueza, vamos ter de enfrentar dois grandes desafios. O primeiro é o desafio tecnológico. A profundidade em que se encontram os reservatórios de petróleo fará com que a exploração dos campos do pré-sal seja um dos maiores desafios tecnológicos já enfrentados pelas empresas de petróleo. Um dos principais problemas é em relação à composição geológica das áreas a serem perfuradas. Após uma lâmina de água de 2 mil metros de profundidade, é preciso perfurar uma camada de mais 2 mil metros de rochas, e depois ainda mais 2 mil quilômetros de sal. Segundo técnicos, a esse nível de profundidade existe uma pressão intensa e o sal possui características fluidas que dificultam enormemente a perfuração. Outra barreira tecnológica são os dutos que conectam as unidades de produção até as plataformas. Esse talvez seja um dos maiores obstáculos a serem superados. Os dutos precisam ser muito leves, já que serão carregados por navio ou plataforma a que estiverem conectados e terão que resistir a anos de correnteza e corrosão resistindo à presença de dióxido de enxofre que se encontra na camada pré-sal. Enfim, as empresas petrolíferas, incluindo a Petrobras, que talvez seja a mais bem preparada, terão uma tarefa nada fácil para extrair o petróleo da camada do pré-sal de maneira economicamente viável. O segundo desafio é de ordem econômica. Como e onde conseguir o dinheiro para transformar o pré-sal em riqueza. Os investimentos necessários, calculados por bancos e por inúmeros especialistas, são astronômicos. Variam de US$ 600 bilhões a um US$ 1 trilhão nos próximos 30 anos. Essa variação depende dos volumes de petróleo que poderão ser extraídos. As estimativas são de 50 bilhões a 100 bilhões, a um custo de capital da ordem de US$ 12 por barril. Isso significa de 40% a 60% do PIB brasileiro. Mas, ao invés de estar preocupado em dar solução a esse desafio, o governo fica preso ao discurso de que é preciso garantir que o petróleo do pré-sal, que ainda não existe, seja do povo brasileiro. Dentro dessa linha, propõe a criação de uma nova estatal, recursos para educação, resgate de dívidas sociais, dentre outras promessas políticas. Colocaram o pré-sal no palanque. Para o benefício de todos, é urgente retirá-lo de lá. O primeiro passo é manter o atual marco legal. Nunca é demais lembrar que, com esse marco legal, a Petrobras alcançou recordes de produção e lucro. Investiram no país cerca de 71 empresas privadas, o país tornou-se auto-suficiente e o campo de Tupi foi descoberto. O atual regime jurídico de concessões dá maior garantia aos investidores, permite parcerias e é o mais transparente no que se refere à captação e distribuição da renda petrolífera que fica em poder do Estado brasileiro. Sendo esse regime jurídico o mais adequado, não tem o menor fundamento econômico, nem tampouco estratégico, a criação de uma nova empresa estatal. A única motivação que enxergamos é a política. Com a estatal, o governo teria mais liberdade de gastar a riqueza do pré-sal em projetos políticos. A nova estatal faz parte de um projeto de poder do atual governo e, com certeza, o pré-sal será um dos grandes temas da próxima eleição presidencial. Quando o governo afirma que se baseia no modelo da Noruega para a criação da nova estatal, tenta nos seduzir com um exemplo de país que possui uma realidade que todos desejamos para o Brasil. No entanto, as declarações lembram mais o modelo venezuelano do que o norueguês. As propostas que fazem sentido são o aumento das participações especiais e capitalizar a Petrobras. A idéia de não utilizar a Petrobras para atingir as metas do superávit primário é boa. É correto, também, o governo adiar as licitações do pré-sal, enquanto não existirem maiores informações de ordem técnica e econômica. Vamos discutir o pré-sal em etapas. Primeiro, vamos investir no conhecimento tecnológico, na construção de modelos que financiem os investimentos e na segurança regulatória, mantendo o atual regime jurídico de concessões. Depois, vamos discutir a melhor sistemática para distribuir toda essa riqueza para a sociedade brasileira. Com menos politização e menos ideologia, com certeza o pré-sal poderá transformar para melhor o Brasil.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Gás Net

Unica diz que biomassa não terá reflexos da crise financeira internacional
O presidente da União da Indústria da Cana-de-Açúcar, Marcos Jank, disse que a crise financeira internacional não deve afetar os investimentos de empresas que fecharam contratos no leilão de energia de reserva, realizado em agosto. Segundo Jank, os fornecedores de equipamentos estão se reestruturando para atender o excesso de pedidos que estão verificando nos últimos meses. O executivo, que participou na última quarta-feira, 14 de outubro, de evento promovido pela Fiesp, observou que há negociação de energia de biomassa no mercado livre - um dos sinais de que a crise ainda não refletiu no setor. O executivo destacou que a previsão de investimentos no setor sucroalcooleiro, de forma geral, estava estimado em US$ 33 bilhões
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência CanalEnergia

Commodities voltam aos preços de 2007
O movimento intimamente ligado ao das declinantes bolsas de valores, os preços de soja, milho e trigo no mercado futuro mantiveram ontem a rota de forte baixa das últimas semanas, motivada pelas incertezas sobre a resposta da economia à crise atual. Nas três commodities agrícolas, os preços desta quarta-feira não eram registrados desde 2007. A cotação da soja já caiu praticamente pela metade desde que atingiu seu pico histórico, há apenas três meses. Na bolsa de Chicago, os contratos com vencimento em janeiro de 2009 recuaram 38,75 centavos de dólar, ou 4,25%, para US$ 8,7250 por bushel. Segundo o Valor Data, esse patamar não era atingido pelos contratos de segunda posição de entrega (normalmente os de maior volume negociado, posição atualmente ocupada pelos papéis para janeiro) desde 28 de agosto de 2007, quando o papel foi negociado por US$ 8,7225 o bushel. Preço baixo como o de ontem estava ainda mais distante no caso do trigo. Os contratos com vencimento em março de 2009 caíram 17,75 centavos de dólar na bolsa de Chicago, ou 2,98%, para US$ 5,76 o bushel. O patamar para os contratos de segunda posição manteve-se intocado desde 11 de junho de 2007. Os contratos de milho para março do próximo ano caíram 23,50 cents, para US$ 4,0550 - os papéis de segunda posição não desciam a esse nível desde dezembro. Analistas crêem que o andamento das commodities agrícolas continuará ligado ao das bolsas, já que há muitas incertezas sobre a demanda global em meio ao desaquecimento da economia. O índice Dow Jones, da bolsa de Nova York, caiu 7,87%, a mais forte em 21 anos.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Valor Econômico

Leilão de biodiesel
O leilão da Agência Nacional do Petróleo (ANP) de compra de biodiesel, que ocorreria ontem, permanece sem nova data. A Brasil Ecodiesel foi punida pela ANP e perdeu o direito de vender 63,6 milhões de litros, que seriam repostos pelo novo leilão, mas obteve liminar em contrário.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Valor Econômico

A exploração de petróleo e gás abaixo da camada de sal no mar gera demanda de conhecimento e tecnologia


Pesquisa FAPESP - CONPETRO

Plataforma P-34 e navio transportador de petróleo
Do interior de um conjunto de salas no prédio da Engenharia Mecânica da Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo, na capital paulista, está saindo parte das soluções que vão permitir o transporte do gás natural extraído das profundezas da camada pré-sal na bacia de Santos, nas novas reservas petrolíferas confirmadas pela Petrobras desde o final de 2007. A equipe do professor Kazuo Nishimoto, coordenador do Tanque de Provas Numérico (TPN), um laboratório especializado em hidrodinâmica formado por aglomerados ou clusters de computadores, desenvolve sistemas para simular o futuro transbordo do gás natural das plataformas para os navios, uma das alternativas levadas em conta pela Petrobras para transportar esse tipo de recurso mineral. A outra opção seria fazer grandes tubulações ao longo do fundo do mar, mas essa é uma solução cara e de difícil execução, com a necessidade de dutos com diâmetro muito grande e de longa distância no ambiente marinho. O produto que está associado ao petróleo deverá ser transformado do estado gasoso para o líquido em plena plataforma petrolífera para facilitar o transporte em um navio especializado em gás liquefeito. Um sistema para funcionar em pleno alto-mar, a mais de 300 quilômetros da costa, num ambiente hostil em meio a ondas e ventos fortes e a uma profundidade, da superfície até o chão do mar, de 2.200 a 3.000 metros, a chamada lâmina d’ água, fator que dificulta a ancoragem e a estabilidade dos risers, que são as tubulações presas a equipamentos no fundo do oceano que levam petróleo e gás para a plataforma na superfície.“Não existe no mundo um sistema em funcionamento em alto-mar para transformar o gás em líquido. Nesse estado, o gás natural líquido (GNL) tem que estar preservado a baixas temperaturas, num ambiente criogênico e de baixa pressão. Todo o sistema e o duto de transferência da plataforma que fará o transbordo para o navio precisarão estar a uma temperatura de -120° a -160° Celsius (C). O tanque também deverá ser resfriado. O problema é que o metal quando muito frio se torna frágil e pode trincar”, diz Nishimoto, que é do Departamento de Engenharia Naval e Oceânica da Poli. Outro desafio é fazer o transbordo em condições críticas, com o movimento do mar e das plataformas, que podem ser as semi-submersíveis ou navios-tanques fundeados, conhecidos por FPSOs, sigla de Floating, Production, Storage and Offloading, ou sistema flutuante de produção, armazenamento e descarga, e do navio de GNL, que terá comportamento diferente com os tanques cheios e vazios.O TPN, que faz parte do grupo de desenvolvimento de sistemas da Petrobras, produz cálculos e simula situações sobre esses futuros eventos considerando as diversas variáveis do ambiente marinho e dos equipamentos envolvidos. Ele foi montado com recursos da Petrobras e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência e Tecnologia em 2002. Dele fazem parte também pesquisadores da Coordenação dos Programas de Pós-graduação de Engenharias (Coppe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o Grupo de Tecnologia e Computação Gráfica (Tecgraf), da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). O aproveitamento do gás natural é um dos desafios tecnológicos que está posto à Petrobras e demais empresas do processo de exploração, além das parcerias com a academia ou fornecedores. Eles buscam soluções para a produção, a extração e o transporte de petróleo e gás em situações até agora inéditas com reservatórios abaixo da camada de sal, um conjunto de rochas sólidas com cerca de dois quilômetros de espessura. A camada de sal funciona como um selante natural para o petróleo e para o gás que se formaram abaixo, nas chamadas rochas carbonáticas (leia quadro na página 75), numa profundidade de 5 a 7 mil metros. Embora líder na exploração de petróleo em alto-mar, com poços comerciais na profundidade de 1.800 metros de lâmina d’água, a Petrobras experimenta um período de verificação das reservas nos novos poços e a quantidade que será aproveitada comercialmente na região que se estende da costa do estado do Espírito Santo até Santa Catarina. Também verifica a tecnologia para extrair gás e petróleo em condições extremas e levar esses produtos até as refinarias e distribuidoras de gás. Para esse processo, a empresa criou o Programa Tecnológico para o Desenvolvimento da Produção dos Reservatórios Pré-sal (Prosal). Com 23 projetos em áreas distintas, como engenharia de poço, engenharia de re­servatório e garantia de escoamento de gás e petróleo, a empresa divulga informações cercadas de muito cuidado e mistério. “Muitos detalhes ainda estão guardados a sete chaves”, diz Osvair Tre­visan, diretor do Centro de Estudos de Petróleo (Cepetro) da Unicamp. “A empresa está definindo o tratamento, os padrões e os parâmetros de engenharia e de produção, mas estimamos que não haverá grandes barreiras tecnológicas para a exploração da camada pré-sal”, diz Trevisan, ex-superintendente de exploração da Agência Nacional de Petróleo (ANP).

Novos desafios marinhos

O sigilo que cerca os detalhes mais técnicos, inclusive para os setores da comunidade científica que têm parceria com a Petrobras, está provavelmente ligado às decisões sobre os rumos da exploração do pré-sal no contexto econômico porque o país poderá ter um crescimento nas suas reservas de petróleo dos atuais 14 bilhões para até 50 bilhões de barris ou mais. Poços como os de Tupi e Iara, na bacia de Santos, já garantiram algo entre 9 e 12 bilhões de barris em reservas. As descobertas, que tiveram os primeiros indícios confirmados de petróleo de excelente qualidade, capaz de oferecer produtos mais nobres para a petroquímica, ainda precisam ser quantificadas com mais exatidão. De toda forma, elas já podem alçar o Brasil para um dos dez grandes produtores de petróleo do planeta. Hoje o país está em 24° lugar. As perspectivas sobre gás natural anunciadas pela empresa, apenas no campo de Tupi, na bacia de Santos, na área de pré-sal, são de 176 bilhões a 256 bilhões de metros cúbicos (m3), quase a mesma quantidade das reservas atuais de 330 bilhões de m3, grande parte ainda de poços que não estão em produção. O Brasil ainda importa 60 milhões de m3 de gás, sendo a metade da Bolívia. A viabilidade de exploração comercial e as reais reservas somente vão ser delineadas com os testes de longa duração (TLD), que devem permanecer por um ano e meio a partir de março de 2009 no poço de Tupi. Só então entram em ação os sistemas piloto de produção com início previsto para o segundo semestre de 2010. Depois, se tudo estiver comprovado e ajustado, virá a fase de produção que deve acontecer em novas plataformas que estarão funcionando entre 2013 e 2014, produzindo inicialmente, cada uma, 100 mil barris de petróleo e 5 milhões de metros cúbicos de gás por dia.
“Entre os desafios de explorar as novas jazidas está o de perfurar a camada de sal porque ela sofre deformações e pode colapsar a coluna de perfuração. É preciso monitorar a cada hora”, diz Nishimoto. “Por isso cada poço precisa ter um modelo numérico experimental feito por programas de computador que reproduza as condições do mar, do solo e calcule a dinâmica dos navios e plataformas.” Essa é uma das funções dos profissionais da área de perfuração da Petrobras que são auxiliados pelas instituições de pesquisa como o IPT e a USP. “Muitas vezes as instituições recebem e-mails dos profissionais que estão nas plataformas perfuradoras na bacia de Santos para a elaboração de previsões de cálculos.” Tudo é feito com muito cuidado porque, além de o sal ser facilmente fraturável, é preciso perpetuar e preservar o poço evitando o aprisionamento da broca. “Perfurar o sal não é difícil, o problema é o deslocamento que pode ocorrer, fechando o poço”, diz o professor Giuseppe Bacoccoli, da área de petróleo e gás da Coppe-UFRJ e ex-funcionário da Petrobras. Conter o desmoronamento é uma missão particularmente difícil num tipo de rocha salina chamada de taquidrita. As outras duas são a halita e a carnalita, mais resistentes. Para isso, as equipes de exploração têm que ser rápidas para preservar o poço e recuperar as brocas, peças muitas vezes perdidas na exploração da camada pré-sal na bacia de Santos.Cimento e aço - Ao se furar um terreno é preciso colocar um revestimento de aço e preencher o espaço entre essa camada e a rocha com um cimento especial. Mesmo com esses cuidados, a pressão do sal pode deformar o aço. Para evitar isso, a empresa está estudando materiais mais resistentes. “Se o aço ou o revestimento for muito pesado, isso vai influir na capacidade da sonda em descer esses materiais pelo poço. É preciso encontrar um equilíbrio”, relatou o geólogo Cristiano Sombra, coordenador do Prosal. Por todo o ineditismo e pelos cuidados necessários que envolvem muito estudo de engenharia e a coordenação do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes) e da área de exploração e produção, ambos da empresa, o custo da perfuração do primeiro poço foi de US$ 240 milhões. No total, a Petrobras gastou US$ 1,7 bilhão em 15 poços. As próximas perfurações devem cair para US$ 60 milhões. “Em Campos, em poços no pós-sal o custo chega a no máximo US$ 15 milhões”, diz o professor Bacoccoli. Um dos desafios que parecem estar parcialmente resolvidos para a exploração em águas ultraprofundas são os risers, as tubulações flexíveis que levam petróleo e gás do poço às plataformas. “Os risers para operação em profundidades superiores a 2.500 metros estão em fase de desenvolvimento final e homologação”, diz o professor Celso Pesce, do Departamento de Engenharia Mecânica da Poli. “Os novos serão úteis, independentemente se a exploração ocorre ou não no pré-sal”, diz. Com outros pesquisadores da Poli, Pesce desenvolve estudos com o objetivo de analisar o comportamento estrutural e mecânico dos risers, em projetos de parceria com a Petrobras e as empresas fabricantes desses artefatos, com financiamento da FAPESP, Finep e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), inclusive os risers para grandes profundidades. Os estudos envolvem a relação do movimento das unidades flutuantes sujeitas à acão dos ventos e das ondas, além da transmissão dos esforços às tubulações que vibram com a correnteza. A maneira de manter essas estruturas em operação, em lâminas d’água de 3 mil metros, e fazer com que elas não tenham fadiga mecânica são alguns dos fatores estudados na Poli.

Pesce aponta outro desafio para os risers que vão operar no pré-sal. “A temperatura do óleo a ser extraído está entre 60 e 70° C e numa pressão interna muito grande. A camada externa do tubo em contato com a água do fundo mar é muito mais fria com temperaturas que giram em torno dos 4° C e a perda de calor favorece a formação de parafinas que obstruem o duto. Isso acontece também nos poços de pós-sal. A solução utilizada hoje é remover a parafina do interior do tubo com um equipamento chamado de PIG que funciona como um desentupidor. “É preciso desenvolver novas concepções de tubulações, mas que tenham isolamento ou controle térmico e evitem a formação de parafinas”, diz Pesce, que participa da Rede de Estruturas Submarinas, uma das 40 redes que a Petrobras mantém com dezenas de instituições de pesquisas no país (leia em Pesquisa Fapesp n° 127). A corrosão é outra questão que os engenheiros vão ter que enfrentar para perfurar poços há 6 ou 7 mil metros de profundidade. “Os tubos e as válvulas instaladas no fundo do mar, as chamadas árvores-de-natal, terão que ser mais resistentes porque naquele ambiente existe muito dióxido de carbono (CO2) e enxofre”, diz o professor Nishimoto. “Esses componentes mais a agressividade química e instabilidade estrutural do sal não são usuais para a Petrobras”, diz o professor Trevisan, da Unicamp.
Há vagas - Os vários desafios devem envolver muitos profissionais. Os números ainda são incertos, mas as áreas já estão definidas. “Serão necessários profissionais nas áreas da indústria metalomecânica, química de petróleo, logística e serviços, por exemplo”, diz Trevisan. Os formandos das universidades e institutos de pesquisa continuarão a ter grande procura por parte da empresa. “Em mais de 20 anos, o Cepetro já formou mais de 300 mestres e doutores que foram trabalhar na Petrobras.” Números também significativos aparecem na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, na UFRJ, na USP e na Universidade Estadual Paulista (Unesp), onde se iniciou, no campus de Rio Claro, a construção do Unespetro, um complexo voltado para a pesquisa e o ensino aplicados à indústria do petróleo, com foco na geologia e no ambiente. O investimento inicial para a edificação e para a compra dos equipamentos é de R$ 5 milhões totalmente bancados pela Petrobras. Num prédio de 1.600 m² vão funcionar o Centro de Geologia Sedimentar (CGS) e o Núcleo de Excelência em Petrologia Carbonática (Nopec). “A Petrobras entrou em contato com a Unesp em maio de 2007 depois de tomar a decisão de estabelecer no país um centro de pesquisa em rochas carbonáticas, aquelas que estão na camada pré-sal e são responsáveis por abrigar o petróleo e o gás recentemente descobertos”, explica o professor Dimas Dias Brito, do Departamento de Geologia Aplicada do Instituto de Geociências e Ciências Exatas e responsável pelo projeto Unespetro. “O curso de geologia de Rio Claro tem quase 40 anos e vários de nossos docentes, inclusive eu, já trabalharam na Petrobras”, conta Dias Brito. Os investimentos da Petrobras já permitiram que 18 geólogos da empresa fizessem na Unesp, neste ano, um curso sobre rochas carbonáticas com duração de seis meses. “No centro, nós vamos estudar todo o tipo de rocha calcária da margem atlântica brasileira, do pré-sal ao pós-sal. Os desafios da geologia são enormes e espetaculares. Hoje o geólogo brasileiro, representado pelos colegas da Petrobras, vive um momento mágico”, conclui Dias Brito.

Uma história antiga Uma conjunção interessante de fatores geológicos e climáticos preparou de forma aleatória o petróleo e o gás que estão no subsolo marinho, abaixo de uma camada de sal no litoral sudeste-sul sob águas profundas e distantes da costa. O reservatório é composto por rochas carbonáticas que foram formadas pela ação de cianobactérias há milhões de anos. Com o desmembramento do supercontinente Gondwana, que resultou na América do Sul e na África, lagos se formaram ali no período entre 145 milhões e 113 milhões de anos. Logo depois começou a invasão de água salgada do mar. As bactérias começaram então a interagir e a crescer no ecossistema carbonático raso recém-formado, onde imperavam temperaturas e salinidades elevadas. Dessa ação microbiana foram gerados pacotes calcários, que mais tarde vieram a “hospedar” o petróleo gerado pela transformação da matéria orgânica de plânctons, microorganismos que vivem nas águas, acumulada nos antigos lagos. Assim, ao longo de milhões de anos, o soterramento progressivo das rochas lacustres aqueceu e pressionou essa matéria que se transformou em hidrocarbonetos (gás e petróleo), depois expulsos em direção às rochas carbonáticas onde ficaram confinados. “A espessa camada rochosa de sal, impermeável, com centenas de metros de espessura, que funcionou como um escudo e impediu o petróleo de migrar para as rochas do pós-sal, se formou num espaço de tempo geológico curto, algo na ordem de 500 mil anos, possivelmente entre 113 e 112 milhões de anos atrás, quando aconteceu uma grande evaporação da água do oceano juvenil primitivo”, explica o professor Dimas Dias Brito, da Unesp. A camada de sal também existe em outras regiões, mesmo em terra, como, por exemplo, no município de Carmópolis, em Sergipe, onde a Petrobras extrai óleo em vários poços. “Mesmo o petróleo da bacia de Campos (extraído desde os anos de 1970) tem origem em camadas abaixo do sal. Trata-se de hidrocarbonetos que escaparam para as rochas superiores, calcários e arenitos, por meio de rasgos existentes na camada de sal, em áreas sob mar mais raso, onde a camada é mais fina. Assim, a maior parte do petróleo extraído no Brasil tem origem nos lagos antigos que precederam o Atlântico Sul.” Ele lembra que os reservatórios carbonáticos do pré-sal, iguais a outros, não são enormes cavidades cheias de petróleo. Tanto o petróleo como o gás estão alojados em camadas de rochas que apresentam poros interligados. Embora não tenha maiores detalhes sobre as novas jazidas, Dias Brito lembra que essas formações carbonáticas com cianobactérias são únicas no mundo, porque as outras formações calcárias existentes, também associadas a petróleo, têm outras origens.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por FAPESP


Dr. Marcílio Novaes Maxxon
O combate à corrupção está intimamente vinculado à transparência.



*Leituras para Análise Estratégica eo Desenvolvimento do País:

Altos Estudos BrasileirosPor MARCÍLIO NOVAES MAXXONI- POLÍTICA E GESTÃO PÚBLICA:
http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/fevereiro_29.htmII- PPP-PARCERIAS PÚBLICO PRIVADAS:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/marco_28.htmIII- O PAPEL DA CÂMARA DOS DEPUTADOS:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/maio_09.htmIV- CÓDIGO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR DA CÂMARA DOS DEPUTADOS:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/maio_16.htmV- SENADO FEDERAL E CONGRESSO NACIONAL:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/junho_01.htmVI- PROCESSO LEGISLATIVO DO CONGRESSO NACIONAL, POR MARCÍLIO NOVAES MAXXON:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/junho_16.htmVII- O QUE É A LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL, E A LEI DE CRIMES FISCAIS. O ESPÍRITO DA LEI:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/julho_01.htm

Artigo: FBI - A Ciência da Inteligência e da Informação:
http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/abril_11.htm
Por Marcílio Novaes Maxxon


Comissão de Assuntos Econômicos - CAE
Audiências Públicas e Reuniões Técnicas

03.06.2008 – Audiência Pública "Debate sobre o Marco Regulatório do Petróleo diante da perspectiva de descoberta e desenvolvimento de novas bacias petrolíferas na Camada do Pré-Sal”
ANPHaroldo Borges Rodrigues Lima, Diretor-Geral da Agência Nacional de Petrólio
IBPJõao Carlos França de Lucca, Presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustiveis
PetrobrasJosé Sérgio Gabrielli, Presidente da Petrólio Brasileiro S.A.
03.06.2008 – Audiência Pública "Debate sobre o Marco Regulatório do Petróleo diante da perspectiva de descoberta e desenvolvimento de novas bacias petrolíferas na Camada do Pré-Sal monetária”
(Notas)
13.05.2008 – Audiência Pública “Diretrizes, implementação e perspectivas futuras da política monetária”
Banco Central do BrasilHenrique Meirelles, Presidente do Banco Central do Brasil

15.04.2008 – Audiência Pública "Critérios técnicos de repartição dos royalties provenientes da atividade de exploração petrolífera"
IBGEEduardo Pereira Nunes, Presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ANPHaroldo Borges Rodrigues Lima, Diretor-Geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
PetrobrasGuilherme de Oliveira Estrella, Diretor de Exploração e Produção da Petróleo Brasileiro S.A.
15.04.2008 – Audiência Pública "Critérios técnicos de repartição dos royalties provenientes da atividade de exploração petrolífera"
(Notas)

14.05.2007 - Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
Petrobras Paulo Roberto Costa, Diretor de Abastecimento
Única Eduardo Pereira de Carvalho, Presidente
Abegás Carlos Eduardo de Freitas Brescia, Diretor

28.05.2007 - Petróleo e Gás Natural
MME João José de Nora Souto, Secretário de Petróleo e Gás
PETROBRAS Guilherme de Oliveira Estrella, Diretor de Exploração e Produção
SHELL John Haney, Vice-Presidente
Institucional
Em 20 anos, Congresso fez 62 emendas à Constituição
O fracasso da revisão constitucional de 1994
Emendas "paralelas" e fatiadas, soluções para os impasses políticos do Congresso
Algumas mudanças que o Congresso fez na Constituição

Fonte: ANERTT por Agência Senado

O BRASIL E OS BIOCOMBUSTÍVEIS
O BRASIL E OS BIOCOMBUSTÍVEISINTERATIVO PARA VOCÊ:
http://www.discoverybrasil.com/discover yhoje/viciados_em_petroleo.shtml?vMenu=0 &vPrograma=6&vContenido=0_1ANERTT/DISCOVERY*


*A ANERTT, é signatário do Pacto Global: O Pacto Global é essencial para a parceria entre o setor privado e as Nações Unidas no combate efetivo a CORRUPÇÃO.

http://www.pactoglobal.org.br/pg_principio.php

http://www.unglobalcompact.org/



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