sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Notícias ANERTT/Petróleo & Gás Natural N° 0359, Por Marcílio Novaes Maxxon.

"Na democracia, o processo de formação das políticas públicas demanda participação de todos os segmentos da sociedade civil, informação confiável, representação qualificada, transparência e ética."
ANERTT - Associação Nacional das Empresas de Rádio, Televisão e Tecnologia
A Serviço do Desenvolvimento do BRASIL


Relatório INFORMATIVO DIÁRIO PARA INVESTIDORES DO MERCADO DE CAPITAIS N° 0359

Notícias ANERTT/Petróleo & Gás Natural
Por Marcílio Novaes Maxxon

São Paulo, 05 de dezemembro de 2008

GESTÃO LEGISLATIVA & AÇÃO POLÍTICA

Lula volta a afastar corte em investimento
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva descartou hoje qualquer perspectiva de corte de investimentos por conta da crise financeira e se comparou a Dom Quixote, do livro homônimo do espanhol Miguel de Cervantes. "Me sinto um Dom Quixote, tentando pregar o otimismo." Segundo ele, é importante que o País não entre em clima de desespero. "Os analistas de plantão ficam dizendo que é preciso cortar gastos, mas não dá para fazer isso num país que tem tudo por fazer. Quanto maior a crise mais é preciso investimento. Não vamos deixar de investir nenhum centavo", disse.Lula reiterou também que "o investimento que cria posto de trabalho gera maior consumo e a roda da economia começa a girar". "Quando pára é que vem a crise. A gente está num momento em que o funcionário público não compra porque está ouvindo falar em crise. Ele vai perder emprego justamente por não comprar, porque alguma hora isso vai estourar justamente na produção industrial", afirmou.Ele analisou a crise, dizendo que o Brasil tem condições de superá-la tranqüilamente. "Temos um sistema financeiro capaz de dar aula e que não está comprometido com subprime (crédito de alto risco)", completou, lembrando que o Brasil tem R$ 207 bilhões de reservas e uma dívida pública de 26% do Produto Interno Bruto (PIB), "enquanto a Itália tem 106% e os EUA, quase 70%"."O Brasil diversificou a exportação. Tomamos a decisão de não ficar dependendo apenas de um bloco no mundo. O problema é que o mundo tem um PIB de US$ 65 trilhões, enquanto o PIB do mercado (financeiro) tinha US$ 650 trilhões. Essa diferença desapareceu. Será que este dinheiro todo que desapareceu está nas Ilhas Cayman? Se fosse, a ilha já teria afundado. Meus neurônios não conseguem entender", completou.CréditoLula criticou hoje o fato de a liberação de reservas do compulsório não terem conseguido atingir o objetivo junto ao sistema financeiro, com barateamento do crédito. Em discurso, o presidente disse que a escassez e o encarecimento atual do crédito cria uma situação temerária e obriga o governo "a agir com mais rigor". Foi o crédito caro o motivo pelo qual, segundo Lula, a Petrobras recorreu aos recursos da Caixa Econômica Federal (CEF). Em outubro, a estatal contraiu financiamento de R$ 2 bilhões na CEF."Disponibilizamos US$ 100 bilhões das reservas do compulsório. Acontece que esse dinheiro chega no banco - e esses são dados de uma reunião que tive ontem com o (presidente do Banco Central, Henrique) Meirelles e o (ministro da Fazenda) Guido (Mantega) e que agora nós vamos começar a discutir mais profundamente -, e como tem pouco dinheiro no sistema financeiro, fica mais caro, porque o banco escolhe clientes seis, sete, até oito estrelas. Até empresas clientes do banco têm dificuldade para pegar dinheiro", disse Lula.Em seguida, o presidente rebateu as críticas da operação entre a Petrobras e a Caixa: "Você pega dinheiro onde tem e onde é mais barato. Antigamente, a Petrobras pegava no exterior porque tinha dinheiro fácil e juro mais barato, era normal. Isso está nos levando a uma situação mais temerária e está obrigando o governo a agir com mais rigor. Em época de crise a gente não se acovarda", declarou.Lembrando que "o dinheiro desapareceu no mundo", o presidente comentou que mesmo "empresas importantes no mundo inteiro estão a procura de crédito que está cada vez mais escasso e caro" e enumerou as razões pelas quais o governo decidiu lançar mão de medidas de apoio setoriais. "Tomamos algumas medidas há mais ou menos 30 dias que foram medidas imediatas. Resolvemos cuidar do financiamento de automóveis, porque a cadeia automobilística é muito ampla e representa 24,5% do PIB brasileiro; da agricultura, em razão da importância que tem para produzir alimentos e no fluxo da balança comercial brasileiro; da construção civil, que depois de 20 anos paralisada voltava a crescer de forma extraordinária financiada pelo setor privado para habitação da classe média; e colocamos capital de giro para as pequenas e médias empresas", afirmou.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Estado

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PETRÓLEO & GÁS

Petróleo barato não limita exploração do pré-sal, diz presidente da Petrobras
O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse nesta sexta-feira (5) que o preço do petróleo não vai limitar o desenvolvimento de projetos da companhia na área pré-sal."Bancos e imprensa discutem muito essa questão de que até que preço do petróleo a produção no pré-sal será viável. Esse não é o maior problema. Custo de produção não é limitador para a produção do pré-sal. O maior problema é desenvolver um novo modelo de produção para explorar essas gigantescas reservas", disse Gabrielli durante palestra em evento em São Paulo.Segundo o executivo, cada sistema de produção tradicional, incluindo plataformas flutuantes, custa de US$ 6 bilhões a 8 bilhões. Um sistema de produção inclui plataformas, dutos, unidades de processamento de gás e "árvores de Natal" (válvulas instaladas no fundo do mar), entre outros equipamentos."É um investimento gigantesco. Teremos que otimizar o sistema de produção para o pré-sal", avaliou.O pré-sal é uma espessa faixa que se estende do Espírito Santo a Santa Catarina em águas ultraprofundas, com reservatórios gigantes de petróleo e gás natural que podem colocar o Brasil entre os grandes produtores mundiais.Nesta sexta, o barril do petróleo operava em queda, em torno dos US$ 43, depois de ter atingido o recorde de US$ 147 o barril em julho.Gabrielli informou que o primeiro campo em produção no pré-sal, Jubarte, na bacia de Campos, está produzindo de 15 a 20 mil barris por dia.Apesar de ser na área pré-sal, Jubarte tem uma camada menos espessa de sal, de apenas 200 metros, contra os dois quilômetros da bacia de Santos, onde estão importantes descobertas da companhia, como o campo de Tupi, com reservas entre 5 e 8 bilhões de barris de petróleo."Jubarte já está nos dando informações muito importantes sobre a dinâmica dos reservatórios do pré-sal, sobre geofísica, que serão fundamentais para o desenvolvimento dos outros campos", disse Gabrielli sobre o primeiro campo a produzir na região do pré-sal.Em plena elaboração do plano de negócios da companhia para os próximos cinco anos, o executivo afirmou que a expectativa é de que a produção da Petrobras cresça 7,7% ao ano."Baseados apenas nas reservas provadas que temos, de 14 bilhões de barris, ou seja, sem considerar o pré-sal, podemos ter um crescimento orgânico de 7,7% ao ano", afirmou o presidente da Petrobras."Podemos crescer organicamente e sair de 2,3 ou 2,4 milhões de barris por dia de produção atualmente para 4,1 milhões até 2015, sem considerar o pré-sal. Isso já seria praticamente a metade da produção de uma Rússia", comparou.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Reuters

Petróleo: Regime de exploração deve ser duplo A crise não mudou os planos do governo para o petróleo descoberto na camada pré-sal. A comissão interministerial criada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para propor um novo marco regulatório concluirá seu trabalho dentro de dez dias. Em janeiro, o presidente tomará a decisão sobre o modelo a ser adotado e, em fevereiro, o governo enviará ao Congresso Nacional um projeto de lei propondo mudanças na legislação atual.O presidente Lula ainda não tomou uma decisão, mas a tendência, segundo apurou o Valor, é o governo propor ao Congresso a convivência de dois regimes de exploração de petróleo no país: o de concessão, para as áreas exploradas atualmente, inclusive, as da camada pré-sal já licitadas; e o de partilha, para as áreas de pré-sal não-leiloadas. No primeiro caso, o petróleo descoberto pertence às empresas e sobre ele são cobrados participações especiais e royalties. No segundo caso, mesmo sendo descoberto por uma empresa pública ou privada, o petróleo pertence à União, que decide em que condições ele será explorado.O governo, segundo um ministro, deve se inspirar no modelo adotado pela Noruega, onde convivem uma estatal de capital misto, como a Petrobras (a Statoil), e uma companhia 100% do governo (a Petoro), que administra as reservas de petróleo. No Brasil, o governo pode abrir mão de ter uma estatal, mas criar, em seu lugar, um escritório (uma autarquia) para gerir as futuras reservas do pré-sal.Para fortalecer a Petrobras, dando-lhe condições de competir no novo ambiente regulatório, o governo estuda uma maneira de aumentar o capital da empresa para permitir que a ela eleve sua capacidade de endividamento e investimento.Uma das idéias em estudo prevê o aumento da participação da União no seu capital mediante utilização de parte das reservas de petróleo das áreas adjacentes aos campos da camada pré-sal já licitados.Essas áreas, antes mesmo de possíveis mudanças na Lei do Petróleo (9.478), pertencem à União, mas são separadas por linhas imaginárias de poços já leiloados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Para explorar o produto nessas áreas, a Petrobras, seus sócios privados e outras empresas detentoras de licenças para atuar ali terão que, antes, negociar com o governo federal acordos de "individualização". O objetivo é evitar que extraiam petróleo das áreas adjacentes, pertencentes à União.Em geral, nesse tipo de acordo, define-se previamente que uma determinada quantidade de petróleo extraída num local deve ser transferida ao vizinho, no caso, à União, dona das áreas da camada pré-sal ainda não-leiloadas. O plano que está sendo estudado no governo é que, nos acordos de "individualização", o Tesouro use o petróleo a que tem direito nessas áreas para aumentar o capital da Petrobras.O projeto do pré-sal será, segundo um ministro ouvido pelo Valor, o principal item da agenda legislativa do governo em 2009. O presidente Lula não abre mão de mudar o marco regulatório do setor de petróleo ainda em seu mandato. Como 2010 é ano eleitoral, o governo avalia que só terá chance de aprovar as mudanças pretendidas no próximo ano.Lula quer que a campanha do pré-sal seja, ao lado do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a principal bandeira de seu candidato à sucessão - até este momento, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. "A crise não mudou um centímetro dos planos do governo para o pré-sal", assegurou um assessor direto do presidente.A crise financeira internacional dificulta o financiamento das empresas de petróleo, mas os investimentos para a exploração do pré-sal, ponderou um ministro, só serão realizados nos próximos anos. O que se investiu até agora foi nas descobertas dos campos dessa camada. "O plano de investimento da Petrobras para o período 2008-2012 (de US$ 97,4 bilhões) ainda não inclui o pré-sal", explicou uma fonte.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Valor Econômico

Queda do petróleo já ameaça produção e pode se aprofundar
O mercado de petróleo, já em queda livre, está enfrentando uma combinação de pressões que pode empurrar o preço por barril ainda mais para baixo nos próximos meses. O preço do barril caiu US$ 3,12, ou 6,7%, ontem, fechando em US$ 43,67 na Bolsa Mercantil de Nova York. Muita gente do setor petrolífero, inclusive traders, agora esperam que os preços caiam ainda mais, para a casa dos US$ 30, antes que os cortes na produção os puxem para cima outra vez, em algum ponto do ano que vem. Isso devido a uma combinação de fatores de grande combustão. Uma delas é que o mercado está numa rara situação em que os estoques estão em alta, a qualidade do petróleo que as refinarias podem usar no ano que vem está mudando e a demanda tem deteriorado severamente. A queda do petróleo é um ganho de curto prazo para os consumidores e para as empresas. Mas o declínio sustentado também tem conseqüências dolorosas. Economias impulsionadas pelo setor de energia - em áreas tão diversas quanto Texas, Colorado, Alasca, Venezuela, Irã e Rússia - podem enfrentar grandes quebras, com perda de empregos não só para engenheiros e petroleiros nas zonas de perfuração, como também para os contadores, hotéis e restaurantes que prestam serviços a eles. O declínio da cotação também diminui a vontade política de impulsionar custosos projetos de energia renovável e reduz a urgência para priorizar debates sobre políticas energéticas em tópicos que vão do aumento da eficiência dos automóveis à exploração de petróleo em alto-mar. O problema é que, quando a cotação volta a subir, as comunidades estão menos preparadas para lidar com as conseqüências. O óleo cru atingiu o recorde de US$ 147 há cerca de três meses, e sua rápida queda já está afetando os participantes do setor. Eles estão com menos capital para gastar em projetos, já que seu faturamento caiu, e têm menos incentivo para investir, porque as margens de lucro emagreceram. Há dois dias, a Schlumberger Ltd, a maior empresa mundial de prestação de serviços na exploração de petróleo, anunciou que o lucro de 2008 vai ficar abaixo da estimativa dos analistas diante da desaceleração da produção de petróleo e gás no mundo todo. A empresa de pesquisa Sanford C. Bernstein & Co. considera que, na média, o ponto de equilíbrio do custo do setor de petróleo se situa na faixa entre US$ 35 e US$ 40 o barril, embora o número varie de acordo com o projeto e o produtor e os analistas tenham diferentes estimativas. Para os pequenos produtores norte-americanos, por exemplo, Bernstein situa o ponto de equilíbrio entre US$ 40 e US$ 45. Se a cotação cair abaixo de US$ 38, 800.000 barris podem deixar de ser produzidos no Canadá por dia, e outros 750.000 barris mais se o preço chegar a menos de US$ 30, segundo a Merrill Lynch. O fechamento de ontem ficou bem abaixo da faixa entre US$ 70 e US$ 75, com a qual os produtores poderiam ganhar este ano o esperado retorno de cerca de 9% em novos projetos de perfuração. Há pouco tempo, os traders ficaram mais pessimistas quando à possibilidade de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo conseguir organizar os países-membros para cortar a produção e conter a queda de preço. Estoques têm crescido dos EUA até Cingapura, e muitos dizem que os cortes na produção podem levar meses para ser postos em prática, aumentando a abundância. Mesmo na China, um dos poucos mercados em crescimento no mundo, o aumento dos estoques está se tornando um problema. Um colapso maior no preço pode ser evitado, claro, com inesperadas rupturas no suprimento de petróleo. A Opep pode conseguir, nas próximas semanas, a adesão de novos membros e, como isso, reforçar os planos de corte na produção, especialmente diante do fato de que os preços mais baixos dão uma mordida nos cofres dos governos dos países produtores. O rei Abdullah, da Arábia Saudita, país que é o maior exportador mundial de petróleo, recentemente disse que US$ 75 é um "preço razoável". Mas imprevisibilidade é a única certeza nos mercados de petróleo atualmente. Um dos mais surpreendentes impulsionadores das mudanças de curto prazo na cotação do petróleo é uma condição do mercado de futuros chamada "contango". Em poucas palavras, quer dizer que o petróleo é muito mais barato para entrega imediata do que para entrega nos próximos meses ou anos. O preço para entrega em janeiro está cerca de US$ 14 mais baixo do que o para daqui a um ano, US$ 23 mais baixo do que para daqui a dois anos e US$ 39 menor que as encomendas para 2016. O mais comum é o contrário, em que o mercado à vista é mais caro. O contango incentiva a estocagem de petróleo - e quando os estoques aumentam o preço à vista cai porque seus donos precisam se desfazer da commodity
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Valor Econômico

Petróleo cai com preocupação de recessão e demanda Os preços dos contratos futuros do petróleo apresentam volatilidade nesta manhã. Permanece a preocupação com a queda na demanda pela commodity, fator que contribuiu amplamente para o declínio de 70% nos preços do barril desde o mês de julho. Às 11h32 (de Brasília), o contrato do petróleo com vencimento em janeiro negociado na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex) caía 2,04%, para US$ 42,77 o barril. Em Londres, o contrato do petróleo tipo Brent para janeiro recuava 1,14%, para US$ 41,80 o barril.De acordo com Glen Ward, corretor da ODL Securities em Londres, o "fator dominante" no mercado ainda era o temor de recessão econômica. "O mercado não reage a notícias que serviriam como suporte para o aumento nos preços, mas se sente confortável em reagir a notícias pessimistas", disse Ward.Entre as notícias negativas para os preços está a revisão da perspectiva para a demanda mundial por petróleo da Agência Internacional de Energia entre 2008 e 2013. A agência diminuiu a estimativa de crescimento médio no consumo de 1,6% para 1,2%.Os investidores acompanham atentamente os dados sobre o nível de emprego nos EUA, em busca de indicadores de enfraquecimento na economia. Analistas mencionaram também a crescente influência do mercado de ações sobre os preços do petróleo. "Como o mercado de ações serve como um termômetro de confiança econômica e o mercado de petróleo está concentrado na demanda, a commodity seguirá os movimentos das bolsas", acrescentou Tchilinguirian, do BNP Paribas. De acordo com Marius Paun, analista da ODL Securities em Londres, os dados técnicos mostram poucos sinais de inversão da tendência de baixa. "O fato de atingirmos novas mínimas pelo quarto dia consecutivo somente reforça a gravidade deste movimento de queda", disse Paun.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por ODL Securities em Londres

Mercado já vê barril de petróleo a US$ 30 O mercado de petróleo, já em queda livre, enfrenta uma combinação de pressões que pode empurrar o preço do barril para a casa dos US$ 30 antes que os cortes na produção puxem os preços para cima outra vez, em algum momento de 2009 - a cotação caiu ontem para US$ 43,67 em Nova York. Isso deve ocorrer graças a uma conjunção de fatores: aumento dos estoques, grandes mudanças na qualidade do óleo que as refinarias podem usar no próximo ano e queda severa da demanda. O preço mais baixo do petróleo é um ganho de curto prazo para consumidores e empresas. Mas seu declínio sustentado tem conseqüências dolorosas para economias impulsionadas pelo óleo, como Texas, Colorado, Alaska, Venezuela, Irã e Rússia.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Valor Econômico

Portugal: Refinarias vendem gasolina abaixo do preço do petróleo
É possível o preço de um produto acabado ser mais barato do que o material usado para o fazer? O mercado de retalho da gasolina prova que sim. Nos últimos dois meses, o valor a que o combustível é vendido em Amesterdão, um dos mercados de referência da Europa, é inferior ao preço do Brent, o petróleo extraído no Mar do Norte. O que significa que as margens de comercialização são negativas, penalizando a rentabilidade do negócio.A análise é da agência Bloomberg, que disponibiliza um gráfico que mostra a diferença entre o preço de retalho da gasolina em barcaças para o noroeste da Europa, disponibilizado pela Argus, e o contrato "swap" do Brent para o mesmo mês, em dólares por barril. E desde o início de Outubro que o preço é mais baixo do que o Brent.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Jornal de Negócios- Portugal

Merrill Lynch prevê petróleo a US$ 25
O preço do barril de petróleo voltou a cair ontem devido às preocupações com a recessão dos Estados Unidos e atingiu o seu menor valor desde janeiro de 2005. Ontem, a cotação recuou 6,7% em Nova York, valendo US$ 43,67 no fim do pregão -o menor preço desde 4 de janeiro de 2005. O banco Merrill Lynch prevê que, caso a crise se agrave, o preço pode chegar a US$ 25 no ano que vem, o que não ocorre desde 2003.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Merrill Lynch/New York

MERCADO DE ETANOL

ETH, do grupo Odebrecht, obtém US$ 1,15 bi do BNDES
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou, na quinta-feira, a aprovação de financiamento de R$ 1,8 bilhão para o setor sucroalcooleiro. Desse total, R$ 1,15 bilhão será repassado para a ETH Bioenergia, do grupo Odebrecht. A ETH vai usar a linha de crédito para implantar três usinas que estão em construção nas cidades de Nova Alvorada do Sul (MS), Mirante do Paranapanema (SP) e Caçu (GO). Os três projetos "greenfield" (construção a partir do zero) deverão entrar em operação a partir de junho de 2009, afirmou ao Valor Eduardo Pereira de Carvalho, diretor da ETH. Esses três projetos do grupo somam investimentos de R$ 1,9 bilhão, dos quais 60% são financiados pelo BNDES. "Os outros 40% são recursos dos acionistas [Odebrecht e a trading japonesa Sojitz]", afirmou Carvalho. Cada usina deverá moer 5 milhões de toneladas de cana por safra. Criada em 2007, a ETH possui duas usinas em operação - a unidade Alcídia, na região do Pontal do Paranapanema (SP), e a Eldorado, em Rio Brilhante (MS). Juntas, as duas plantas devem processar 3,5 milhões de toneladas nesta safra, a 2008/09. Para 2009/10, o grupo deverá moer cerca de 8 milhões de toneladas de cana, incluindo as duas unidades existentes e as outras três usinas que vão entrar em operação no ano que vem. A meta do grupo é processar 45 milhões de toneladas até a safra 2015/16. Além das três usinas da ETH, o BNDES liberou financiamento para outros dois grupos, que juntos receberão R$ 634 milhões. O Iaco Agrícola, que tem como acionistas os grupos Grendene, Irmãos Schmidt e o empresário André Esteves, está construindo uma planta em Chapadão do Sul (MS), com capacidade para 1,9 milhão de toneladas de cana na safra 2011/12. Já o projeto São Fernando, que pertence aos grupos Bertin e Bumlai, deverá entrar em operação em 2009/10, e terá capacidade de processar 2,3 milhões de toneladas de cana. Segundo Júlio Ramundo, superintendente da área de indústria do BNDES, esses financiamentos começam a ser liberados para as usinas entre este mês e janeiro. A expectativa é de que os desembolsos do BNDES para o setor sucroalcooleiro fique em até R$ 6,2 bilhões em 2008, 72% acima dos desembolsos de 2007. A carteira do BNDES para 2009 já tem R$ 6 bilhões para o setor, mas os desembolsos poderão chegar até R$ 7 bilhões. Neste ano, as aprovações para projetos de implantação de usinas alcançaram cerca de R$ 4,5 bilhões, valor que supera em 80% o total registrado em 2007. Desde 2004, o banco financiou 38 usinas de açúcar e álcool do país. Apesar da forte liberação de recursos do BNDES para o setor sucroalcooleiro verificada este ano, sobretudo a partir deste segundo semestre, o banco deverá ser mais criterioso ao avaliar novos projetos de usinas. Desde a safra 2007/08, marcada por baixos preços do açúcar no mercado internacional, as usinas enfrentam uma situação financeira delicada, que foi agravada pela crise global. Muitos grupos de setor estão revendo seus projetos de construção de usinas. De acordo com Júlio Ramundo, do BNDES, o banco não registrou nenhuma desistência de projetos que o banco está analisando. Conforme Carvalho, da ETH, há no país várias usinas em construção, que não tiveram seus projetos adiados, mesmo com a forte crise que afeta vários setores da economia. "Esses grupos realizam investimentos pensando a longo prazo, sustentados pela demanda global pelos biocombustíveis", afirmou.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Valor Econômico

BNDES empresta US$ 1,8 bi para usinas O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamentos de R$ 1,8 bilhão para a construção de cinco usinas de açúcar e álcool no País. Todos os projetos, porém, foram iniciados antes da crise econômica e já estão com as obras em estágio avançado. "É um sinal de que haverá manutenção dos investimentos. Os projetos em andamento não estão sendo abandonados", diz o superintendente de indústria do banco, Júlio Ramundo. O BNDES, por sinal, espera um crescimento em torno de 15% dos desembolsos para o setor no próximo ano: o volume emprestado deve chegar a R$ 7 bilhões, ante os R$ 6 bilhões esperados para 2008, sendo que R$ 4,5 bilhões foram destinados a novas usinas. Dentre os projetos aprovados ontem estão três unidades da ETH, do grupo Odebrecht, em Mato Grosso do Sul, Goiás e São Paulo. A ETH receberá R$ 1,15 bilhão. Os R$ 634 milhões restantes serão emprestados ao grupo Iaco, para a construção de uma usina em Mato Grosso do Sul, e para a Usina São Fernando, que está construindo duas usinas também em Mato Grosso do Sul. Os três projetos terão capacidade para produzir 2,9 bilhões de litros de etanol a partir da safra 2014/2015. Segundo o diretor da ETH e ex-presidente da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), Eduardo Pereira de Carvalho, as usinas financiadas pelo BNDES iniciam produção já em 2009. Os projetos foram iniciados com empréstimos-ponte no mercado financeiro, que agora serão trocadas pela dívida com o banco de fomento, que tem prazo mais longo. O valor aprovado ontem representa 60% do investimento total, de R$ 1,921 bilhão. Na prática, diz o diretor-técnico da Unica, Antônio de Pádua, essa é a estratégia adotada por outros grupos com pedidos no BNDES: obter recursos de prazo mais longo para projetos já iniciados com capital próprio ou empréstimos-ponte.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por O Estado de S. Paulo

Unica: fundamentos do etanol de cana continuam fortes Os fundamentos do setor sucroenergético brasileiro são bons em comparação com a realidade de outras indústrias de bicombustível. A avaliação foi feita pelo representante-chefe da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) na América do Norte, Joel Velasco, em duas apresentações realizadas no Canadá: uma durante o "Canadian Renewable Fuels Summit", em Ottawa, a outra para o "Canadian Council of the Americas", em Toronto.Com o comentário, o executivo da UNICA respondeu às preocupações quanto ao impacto dos altos custos de produção e da crise no sistema financeiro global sobre a produção de etanol, manifestadas especialmente por produtores de etanol dos Estados Unidos e do Canadá que vem pedindo socorro a seus governos. Conforme noticiado pelo diário The Hill, que circula nos meios políticos de Washington, os produtores americanos querem não só um aumento no limite de etanol de milho que pode ser misturado à gasolina (hoje, o limite é de 10%), mas também pedem mais incentivos fiscais (leia-se subsídios) do governo americano. Entre os fatos apresentados por Velasco que exemplificam os fundamentos do etanol brasileiro está o que mostra que o setor sucroenergético produz açúcar e bioeletricidade, além do etanol a partir da cana-de-açúcar. "Em breve vamos ter outros produtos, como plásticos e hidrocarbonetos, todos originados da cana", afirmou.A expansão sustentável do setor sucroenergético no Brasil também figurou nas argumentações apresentadas. "Tanto do ponto de vista ambiental como econômico e social, a indústria de cana brasileira tem se mostrado sustentável. Por isso, continuamos recebendo novos investidores, como ADM e Monsanto, apenas para citar duas grandes empresas que anunciaram investimentos no setor recentemente", concluiu Velasco.Nesta semana, o JP Morgan divulgou um relatório que dá sustentação ao discurso feito por Velasco no Canadá. O documento demonstra claramente que o setor sucroenergético brasileiro oferece muitas oportunidades, como o número crescente de outros produtos, além do etanol, que podem ser produzidos a partir da cana-de-açúcar."No Canadá", informou o executivo da UNICA, "ainda se usa muito milho e trigo para produzir etanol, embora haja também muito investimento em tecnologias para produção do etanol celulósico. Talvez a mais bem sucedida usina de etanol celulósico seja a da IOGEN.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por UNICA

BNDES deve desembolsar R$ 7 bi para etanol em 2009
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deverá desembolsar em 2009 um volume de recursos em torno de R$ 7 bilhões para o setor sucroalcooleiro, um montante 15% acima dos R$ 6 bilhões liberados em 2008, de acordo com o superintendente da área industrial do banco de fomento, Julio Ramundo. Segundo Ramundo, a crise financeira internacional não vai alterar a estratégia do BNDES de financiamento para o etanol. "A crise não altera a perspectiva para o etanol, que é excelente, tanto no mercado doméstico como no internacional", disse. Ramundo informa que a crise não provocou a desistência de nenhum investidor contemplado com linhas do banco, o que cria o sentimento de que os desembolsos irão aumentar em 2009. "Pode ser que novas decisões de investimentos sejam postergadas, mas os contemplados pelo BNDES continuam seus projetos", explica.O executivo ressalta que a carteira de biocombustíveis do BNDES, envolvendo grande projetos de implantação e expansão de usinas, já soma R$ 12,4 bilhões. Deste total, o conjunto de operações já enquadradas e em fase de análise totaliza R$ 3,4 bilhões. Outros R$ 1,4 bilhão estão em fase de consulta e em perspectiva, somando um estoque de R$ 4,8 bilhões ainda não contratados para 2009. Entre análise, perspectiva e consulta e enquadramento, são 30 projetos. "Todos estes projetos que esperam aprovação para breve prevêem produção de etanol e a grande maioria também co-geração", disse. Ramundo explica que a importância do setor tem levado a um aumento da parcela do volume de recursos liberados pelo BNDES nos últimos anos. Em 2008, estes recursos somaram 8% do total desembolsado pelo banco de fomento. Em 2004, esta participação foi de apenas 1,6%. Em volume nominal, o desembolso para o setor cresceu, no período de R$ 590,52 milhões para R$ 6 bilhões. O BNDES informa que, com os cinco novos projetos contemplados anunciados hoje, já são 43 o número de novas usinas aprovadas pelo banco desde 2004. O BNDES anunciou hoje a aprovação de R$ 1,8 bilhão para o setor, sendo R$ 1,15 bilhão para a ETH que investirá em três novas usinas; e R$ 634 milhões para a IACO Agrícola e para a Usina São Fernando. Do total de R$ 6 bilhões aprovados em 2008, cerca de R$ 4,5 bilhões foi destinado à implantação de novas usinas, um volume 80% maior que o total registrado em 2007 e aproximadamente 30 vezes o valor aprovado em 2004. Segundo dados do BNDES, o tamanho médio das novas unidades industriais vem crescendo neste período. Em 2007, as usinas aprovadas tinham capacidade média de moagem de 1,7 milhão de toneladas de cana-de-açúcar, enquanto em 2008 a média atingiu 2,5 milhões.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Estado

MERCADO DE ENERGIA

Governo prepara incentivos para energia, agro, veículos e construção
O governo federal prepara medidas de incentivo fiscal para alguns setores da economia prejudicados pelos efeitos da crise financeira internacional e deve divulgar os pontos na semana que vem. O assunto estaria sendo debatido pelo ministro Guido Mantega (Fazenda) com empresários na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), nesta sexta-feira. As medidas incluiriam incentivos para os setores de agronegócio, energia (principalmente petróleo de gás), automotivo, de bens de capital e de construção civil (incluindo liberação para capital de giro das empresas). A reunião onde o ministro apresentou as medidas também teve como assunto a desaceleração da economia mundial. Os empresários teriam demonstrado ao ministro seus temores em relação ao riscos de desemprego, queda da balança comercial e instabilidade do câmbio.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Folha de S. Paulo

Suinocultura vai evitar 25,6 milhões de t de CO2 Produtores de suínos de diversos Estados estão dando exemplo de como o País pode contribuir para reduzir a emissão de gases de efeito estufa, que provocam as mudanças climáticas. Eles vêm participando, de forma crescente, do chamado mecanismo de desenvolvimento limpo (MDL) previsto no Protocolo de Kyoto, que permite aos países em desenvolvimento que não têm metas obrigatórias de redução de emissão de gases desenvolver projetos mais limpos de produção. Cada tonelada de dióxido de carbono (CO2) evitada é vendida aos países que têm metas obrigatórias. Os dejetos suínos, normalmente armazenados em lagoas, emitem o gás metano, 21 vezes mais agressivo em termos de aquecimento global que o CO2. O Brasil já conta com 55 projetos, envolvendo dezenas de suinocultores, que vão devem evitar a emissão de 2,73 milhões de toneladas de CO2 por ano, ou 25,66 milhões de toneladas durante o período que durarem os projetos. Apenas para comparação, esse número é 163% superior às emissões totais de gases-estufa na cidade de São Paulo durante um ano. Os mais recentes projetos a entrar na pauta de aprovação do MDL foram desenvolvidos pela Amazon Carbon, com suinocultores de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso Santa Catarina e Rio Grande do Sul, prevendo inicialmente a captura e queima de 51,32 mil toneladas de CO2 por ano. Na segunda fase, em algumas propriedades, o metano deverá ser transformado em energia, informa Thiago Othero, responsável pelos projetos. A suinocultura é um bom exemplo para explicar uma das exigências do Protocolo de Kyoto para reconhecer um projeto que contribui para a redução das emissões de gases-estufa, a chamada adicionalidade. Os suinocultores brasileiros armazenam os dejetos suínos em lagoas. Esses dejetos liberam gás metano, que tem um poder 21 vezes superior ao gás carbônico de reter calor na terra, causando o aquecimento global. O MDL permite que esse produtor invista em equipamentos capazes de capturar o metano, que é queimando ou usado na geração de energia. Cada tonelada de CO2 ou seu equivalente em outros gases-estufa permite a emissão de um crédito de carbono, cotado hoje em cerca de 14 euros.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Mercado Carbono - Terra

O clima ainda em compasso de espera Estas linhas são escritas ainda sob o impacto das notícias sobre o mais grave desastre climático em Santa Catarina, problemas da mesma ordem nos Estados do Espírito Santo e do Rio de Janeiro e com centenas de municípios do Nordeste em estado de emergência por causa da seca - no mesmo momento em que pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais, da Embrapa e da Fiocruz prevêem (Estado, 26/11) que as mudanças no clima nas próximas décadas podem agravar a situação no Semi-Árido, com perdas superiores a 60% nas áreas aptas para a agricultura em vários Estados. E tudo isso acontece no mesmo momento em que 192 países discutem em Poznan, na Polônia, caminhos para novo acordo que permita reduzir no mundo as emissões de gases que intensificam o efeito estufa.Continua muito difícil. Mesmo dentro do bloco europeu, o mais favorável a compromissos obrigatórios de redução (pelo menos 20% até 2020), a própria Polônia, a Itália e alguns outros países acham difícil assumir compromissos agora, em meio à crise financeira. O Japão só quer assumir compromissos no ano que vem. O presidente do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) e Prêmio Nobel da Paz, Rajendra Pashauri, acha "espantoso" que os países industrializados em poucas semanas mobilizem trilhões de dólares para salvar instituições financeiras, quando não se consegue reunir algumas dezenas de bilhões de dólares anuais para resolver o problema da fome no mundo ou algumas centenas de bilhões para desenvolver tecnologias que reduzam emissões. Uma das razões está em que todos aguardam que mude o governo norte-americano para definir rumos: só à última hora, na conferência de Copenhague (dezembro de 2009), cada país vai abrir o jogoParece temerário. O IPCC considera indispensável baixar as emissões de poluentes em pelo menos 66% até 2050 para evitar que a temperatura suba mais que 2 graus. O relatório sobre efeitos do clima na economia, preparado pelo ex-economista chefe do Banco Mundial sir Nicholas Stern, concorda - e acha que temos menos de uma década para baixar as emissões em 80%, sob pena de enfrentarmos a mais grave recessão econômica da História, que poderá levar à perda de até 20% do produto mundial bruto (mais de US$ 10 trilhões). Diagnóstico divulgado em outubro pela insuspeita Agência Internacional de Energia é ainda mais contundente: não será possível conter a concentração de poluentes na atmosfera em 450 partes por milhão (ppm), será preciso muito esforço para ficar em 550 ppm - e com isso a temperatura planetária subirá pelo menos 3 graus Celsius, com efeitos ainda mais desastrosos. Mas se nada for feito ela poderá subir até 6 graus. Por enquanto, as emissões seguem subindo, por causa do aumento no consumo de energia, que será de 45% até 2030, gerada em 80% pela queima de combustíveis fósseis, principalmente nos países "em desenvolvimento", que passarão de 51% para 62% do consumo total. Para amenizar esse quadro seria preciso investir pelo menos US$ 4,3 trilhões em tecnologias e outros programas.O Brasil foi à Polônia, mais uma vez, sem compromisso de aceitar metas obrigatórias de redução das emissões, embora já esteja entre os cinco maiores emissores, principalmente por causa de mudanças no uso do solo, desmatamentos e queimadas, que respondem por 75% das emissões. Segundo o inventário oficial referente a 1994, nossas emissões totais eram de 1,03 bilhão de toneladas anuais. Novo inventário está prometido para este ano. Mas sir Nicholas Stern, em sua recente visita ao País, afirmou que nossas emissões estão entre 11 e 12 toneladas anuais por pessoa - o que significaria mais de 2 bilhões de toneladas/ano.Nossa delegação levou a Poznan uma meta interna (não proposta de compromisso) de reduzir as emissões por desmatamento em 40% entre 2006 e 2010, calculados sobre a média do período 1996-2005, que foi de 19,5 mil km2; mais 30% entre 2010 e 2013; e outros 30% entre 2014 e 2017. Para tanto seria preciso baixar o desmatamento para 9,2 mil km2 em 2009 (em 2008 foi de 12 mil km2, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais; e em 20 anos nunca esteve abaixo de 11 mil km2). E se chegaria a 2017 com 5 mil km2 anuais de desmatamento. Até lá, como observou este jornal, teriam desaparecido (cumprida a meta) mais 70 mil km2, equivalentes aos Estados do Rio de Janeiro e Sergipe, juntos. Mas, diz o Ministério do Meio Ambiente, seriam reduzidas em 4,8 bilhões de toneladas as emissões por esse caminho ("mais do que os países desenvolvidos"). Em troca, o Brasil se candidataria a contribuições de outros países para um fundo destinado a criar sistemas de monitoramento, fiscalização e repressão do desmatamento ilegal (que está entre 80 e 90% do total).A proposta do Plano Nacional de Mudanças Climáticas recebeu fortes críticas de cientistas e organizações ambientalistas, que a julgam insuficiente e até "uma forma de respaldar e legitimar um fato" - o desmatamento (Amigos da Terra); de "conviver com a ilegalidade até 2017" (Greenpeace); de ser "muito insuficiente" (Vitae Civilis); de não ter metas para redução do desmatamento no Cerrado (que está perdendo mais de 20 mil km2 por ano). Mas ela tem outros componentes: até 2020 plantar 3,5 milhões de hectares com pinus e eucalipto e 2 milhões de hectares com espécies nativas; trocar em dez anos 10 milhões de geladeiras por outras mais eficientes no consumo de energia; reduzir impostos sobre carros menos poluidores; aumentar o consumo de etanol combustível de 20,2 bilhões de litros anuais para 52 bilhões, em uma década; financiar a compra de equipamentos solares para residências - tudo como metas internas.Por ora, no plano global vai-se continuar à espera das definições dos países industrializados, até Copenhague. No plano interno também será preciso esperar para ver no que dá.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Washington Novaes

A força dos renováveis A energia é consumida mundialmente em maior proporção à oferta. Mesmo com a expectativa de menor crescimento econômico, o consumo deve manter uma trajetória ascendente. Paralelamente, há a constante ameaça ao meio ambiente, com o predomínio das energias fósseis. Como resultado, a degradação do solo, esgotamento de poços de petróleo e o aumento da poluição atmosférica traçam um cenário no qual, cada vez mais, é necessário viabilizar mudanças rápidas na matriz energética global.A criação de novos projetos e investimentos em fontes alternativas de energia é constante. Com grande diversidade e fácil acesso às matérias-primas, as fontes renováveis, que incluem a energia solar, a energia eólica, a energia hídrica e a biomassa, são uma saída ao acúmulo de problemas futuros.O interesse ao uso de fontes alternativas de energia começou nos anos 90, defendido principalmente por países em desenvolvimento, que mostraram ao mundo a tendência futura nos trabalhos de cenarização. A energia de fontes renováveis passou a representar cerca de 20% do suprimento total de energia no mundo, sendo 14% provenientes de biomassa e 6% de fonte hídrica.A energia adquirida a partir do processo de biomassa - colhida de resíduos agrícolas, derivados da madeira e plantas como a cana-de-açúcar - pode ser convertida em combustível para o transporte, indústrias e mesmo residências. Para o uso desta fonte, no entanto, é preciso salientar os aspectos de viabilidade econômica, sustentabilidade e a disponibilidade dos recursos, que variam entre as diferentes regiões do globo.O Brasil, que conta com uma rica geodiversidade e mão-de-obra especializada, ocupa uma posição diferenciada, quantitativa e qualitativamente, no panorama mundial. Segundo dados do Ministério de Minas e Energia (MME), em 2007, as fontes renováveis (incluindo Hidráulica e Eletricidade; Lenha e Carvão Vegetal; Derivados da Cana-de-açúcar; e Outros Renováveis) representaram 45,9% da Oferta Interna de Energia (OIE). Somente a lenha, o carvão vegetal, derivados da cana-de-açúcar e outras fontes que representam a biomassa responderam por 31,1% da OIE no ano passado.A participação da biomassa na matriz energética brasileira é uma das mais altas do mundo. De acordo com os dados do MME, em 2007, a média mundial de participação da biomassa na OIE foi de 12,9%. Considerando os países que fazem parte da OECD, a diferença é ainda maior. Nestes países, as fontes renováveis representaram apenas 6,7%.Somente bioeletricidade produzida a partir da queima do bagaço da cana-de-açúcar representou 3% da matriz elétrica brasileira no ano passado, o que mostra um grande potencial de crescimento.Para as empresas, principalmente indústrias, investir na geração de energia a partir da biomassa é uma alternativa viável. Além da grande disponibilidade de recursos naturais, há no Brasil expertise para a aplicação destas novas fontes em linha de produção. O que falta é a disseminação desse conhecimento.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Portal Nacional de Seguros

Cemig negocia com usinas a queima do bagaço da cana O encontro promovido pela Cemig com empresários do setor sucroenergético da região, ontem, em Uberaba, marcou a abertura de negociações para a geração de energia a partir da queima do bagaço da cana.O intuito da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) com o evento é viabilizar a co-geração da energia renovável e divulgar as vantagens e os caminhos para a formatação de negócios na comercialização dessa energia e de créditos de carbono.De acordo com Túlio Marcus Machado Alves, gerente-geral da Efficientia, empresa ligada à Cemig e que cuida de assuntos de desenvolvimento da estatal focados na preocupação socioambiental, é preciso conscientizar os usineiros de que é possível incrementar ao processo de fabricação de álcool e açúcar a geração de energia."Essas usinas já produzem a energia que utilizam para o funcionamento interno. A Cemig quer parceria no fomento dessa energia limpa, em maior escala, como isso as usinas saem ganhando com a venda da energia excedente e a empresa pode contar com uma fonte limpa e renovável para fornecer energia a muitos consumidores", explica Túlio.Com o encontro que contou com a presença de cerca de 150 representantes de empresas do setor, a Cemig reforçou não só a proposta de parceria na co-geração, mas se comprometeu a garantir a comercialização de energia e buscar atender à questão mais crítica levantada pelo setor: solução para a conexão ao sistema elétrico.O presidente da Cemig, Djalma Bastos de Morais, abriu o encontro e em seu discurso salientou que a crise mundial que assola setores da economia e já atinge os usineiros não pode interferir nos avanços do setor. "Confiamos na capacidade de recuperação da economia brasileira e no setor elétrico e sucroenergético como segmentos que podem ajudar o país a minimizar os efeitos de uma recessão", afirmou.Hoje, os participantes do evento terão a oportunidade de conhecer a Usina Hidrelétrica e a Estação Ambiental de Volta Grande, ambas da Cemig.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Jornal da Manhã


MERCADO DE BIODIESEL

Itapegipe/MG debate uso de pinhão-manso na produção de biodiesel
O coordenador-geral de Agroenergia da Secretaria de Produção e Agroenergia, Denílson Ferreira, participará nesta sexta-feira (05/12), em Itapagipe/MG, de seminário sobre o cultivo do pinhão-manso e a produção de biodiesel no Triângulo Mineiro. O objetivo do encontro é inserir a região mineira na produção de biodiesel a partir do pinhão-manso, cultura sustentável que pode ser consorciada com o plantio de alimentos.Além da apresentação do projeto Itapagipe Bio, estão programadas palestras sobre temas como o panorama mundial do biodiesel, os ciclos do pinhão-manso desde o cultivo até a comercialização, pragas e doenças. Será abordado também o Sistema de Integração Lavoura-Pecuária, pinhão- manso como alternativa de renda na propriedade rural.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Secretaria de Produção e Agroenergia
UE destrava caminho para biocombustíveis
A União Européia encerrou na quinta-feira a batalha interna que travava sobre o futuro dos biocombustíveis - etanol e biodiesel - em seus planos de maior utilização de energias renováveis. A conclusão do impasse, menos restritiva à agroenergia, foi comemorada pelo Brasil e deverá ajudar na criação do mercado global para o etanol. A briga envolvia a meta obrigatória proposta pela Comissão Européia de uso de 10% de energia renovável nos transportes até 2020 para combater o aquecimento global. Grande parte disso deve vir de etanol e biodiesel, criando um amplo mercado que deve ser atendido por exportadores como o Brasil. Mantida a meta, vem a exigência de critérios de sustentabilidade para etanol e biodiesel, que pode se transformar em uma "armadilha ecológica". Dai a importância do acordo, já que os critérios propostos pelo Parlamento Europeu eram tão restritivos que a produção de etanol só seria possível no deserto, pelos cálculos brasileiros. Parlamentares queriam reduzir a parte de biocombustíveis e atribuir uma fatia maior da meta para a promoção de energia eólica e solar, entre outras. Mas na quinta-feira, enfim, as três grandes instituições do bloco - Comissão Européia (braço executivo da UE), Conselho (que reúne os governos), e Parlamento - chegaram a outro compromisso. "Pelas informações de que dispomos, os resultados foram muito satisfatórios para os interesses do Brasil e de outros países em desenvolvimento", afirmou o embaixador brasileiro junto à UE, Ricardo Neiva Tavares. Já o deputado Claude Turmes, negociador pelo Parlamento Europeu, disse que o percentual de 10% para os biocombustíveis foi "seriamente minado", e que o "futuro dos carros será elétrico na Europa". Na verdade, o Parlamento chegou a propor acabar com a meta para uso de biocombustíveis, e depois tentou limitá-la a 6%. A novidade no acordo de quinta-feira é que nada disso prosperou. Foi mantida a meta de 10% de energia renovável, sem meta determinada para etanol. Ainda assim, a primeira grande ameaça contra o produto foi superada. Energia renovável usada em trens será levada em conta, mas isso representa menos de 1%. E o espaço para etanol e biodiesel só será reduzido se as montadoras de fato conseguirem produzir um carro elétrico competitivo, o que na situação atual parece distante. Ambientalistas tinham aberto uma guerra contra o etanol e o biodiesel também por causa do impacto sobre o uso da terra, apontando os produtos como culpados pela explosão do preço de alimentos e desmatamento de florestas. Mas as emendas do Parlamento para restringir o uso da terra na produção do etanol no cerrado brasileiro, por exemplo, também foram excluídas do texto final. Está valendo a restrição original da Comissão Européia, de não produção de etanol nas áreas úmidas e florestais, para que ele seja considerado sustentável. Só que aí também houve mudanças comemoradas pelo Brasil. A proposta do Parlamento sobre definição de floresta para produção sustentável de etanol era de área com 10% de cobertura de árvores. Em área com mais de 10%, a produção deveria ser proibida. Esse conceito foi rejeitado. Prevaleceu a definição da Comissão Européia, que considera floresta tudo que tem pelo menos 30% de árvores com mais de cinco metros. Essa restrição não é considerada muito preocupante para o Brasil, porque vegetação com densidade maior não passaria em outro critério. Para serem enquadrados nas exigências de sustentabilidade e combate ao aquecimento, os biocombustíveis têm de garantir um mínimo de redução de efeito de gases estufa. Assim, a exigência estabelecida é que o álcool tem de reduzir as emissões em 35% ou mais quando comparado à gasolina, passando para 50% em 2017. As fábricas novas que entrarem em operação a partir de 2018 terão de reduzir as emissões em 60%. Para o etanol brasileiro, é algo tranqüilo, pois no mínimo o produto reduz as emissões em 70% - o percentual pode chegar a 90% -, segundo especialistas. A situação muda para o biodiesel de soja. Outra preocupação envolvia restrições sobre mudança de uso da terra para biodiversidade. O Parlamento queria deixar em aberto a possibilidade de incluir novas exigências. Agora, a redação final veta a produção de etanol em áreas de de alto valor para biodiversidade, como florestas primárias, pradarias e parques nacionais. Ponto igualmente sensível e combatido pelo Brasil envolvia o efeito indireto do biocombustível por mudanças no uso da terra. Alguns deputados europeus consideram que a produção de etanol no Nordeste brasileiro, por exemplo, escasseia a terra para produzir alimentos e leva agricultores a desmatar a Amazônia. Dessa forma, o cálculo da eficiência ambiental do etanol importado do Brasil teria que incluir o volume de emissões de gases estufa no desmatamento da Amazônia, mesmo se não foi para produzir biocombustível. Agora, foi aprovada uma sugestão para que a Comissão Européia apresente um relatório em 2010 primeiro analisando se o problema é importante e como lidar come ele, sem pré-julgamentos. Com relação a critérios sociais na produção de biocombustíveis, o Parlamento queria introduzir uma lista enorme de exigências. O acordo podou boa parte. Sobraram duas exigências. Uma da Comissão Européia, que vai ter de analisar o impacto da produção de biocombustíveis - posse da terra, preços dos alimentos, condições de trabalho - a cada dois anos tanto nos países exportadores como nos países-membros do próprio bloco. Nesse caso, o relatório deve indicar se os países exportadores ratificaram as principais convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Só uma o Brasil não ratificou, sobre unicidade sindical. A Constituição brasileira estabelece que um município só pode ter um sindicato para uma categoria. A Comissão Européia também deve relatar o impacto dos biocombustíveis em outros aspectos ambientais - água, solos e poluição do ar, queimada de canaviais na região etc. Para os brasileiros, isso é inofensivo comparado ao que os ambientalistas queriam. Em contrapartida, o segundo relatório detalhado sobre critérios sociais deve vir dos produtores do combustível. Uma usina de álcool em Sao Paulo vai ter de explicar ponto por ponto se respeita - e como - as condições de trabalho. Resta uma cláusula atenuante, pela qual a Comissão Européia pode determinar quais informações são realmente relevantes. Por um acordo na Rodada Doha, o Brasil terá entre 4% e 10% do mercado de etanol europeu ao longo de sete anos. Com regras claras de sustentabilidade, fica difícil para a UE dar com uma mão (as cotas) e tirar com a outra (por meio de exigências duras). Atualmente, o Brasil já tem 70% do mercado do velho continente. Com critérios de sustentabilidade considerados equilibrados, a tendência é de o comércio ter previsibilidade. O diálogo do Brasil com a Comissão Européia é bom, comparado às dificuldades com o Parlamento. Uma recente reação do Brasil e outros seis países, que chegaram a ameaçar denunciar a UE na Organização Mundial do Comércio (OMC), teve efeito no acordo final, acreditam técnicos. Na prática, as duas diretivas européias - de energias renováveis e qualidade de carburantes - são centrais para o desenvolvimento da política européia para o biocombustível e para o projeto do Brasil de tornar o etanol uma commodity global. O problema agora é nos Estados Unidos, com os planos da futura administração de Barack Obama de supostamente reduzir os subsídios para a produção americana.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Valor Econômico

Biocombustível brasileiro pode substituir 10% da gasolina mundial O Brasil tem condições de produzir biocombustível suficiente para substituir pelo menos 10% de toda a gasolina consumida mundialmente. Mas, para que isso ocorra, a tecnologia tem que estar no campo e na própria planta, a cana-de-açúcar.Essa foi uma das conclusões do Workshop Instrumentação e Automação Agrícola e Agroindustrial na Cadeia Cana-Etanol, realizado no âmbito do Projeto de Pesquisa em Políticas Públicas (PPPP) da Cadeia Cana-Etanol apoiado pela FAPESP na sexta-feira (28/11), na Embrapa Instrumentação Agropecuária, em São Carlos, interior de São Paulo. As informações partem da Agência Fapesp.Para atingir a meta dos 10% da gasolina mundial, o país precisaria cultivar cerca de 35 milhões de hectares de cana-de-açúcar. "Mas, com a introdução das novas tecnologias no campo, seja em instrumentação e automação agrícola ou na pesquisa genômica da cana-de-açúcar, esse número poderá cair para 20 milhões de hectares ou menos. Por isso, é fundamental identificar as principais necessidades de pesquisa para que possamos nos consolidar como o maior produtor mundial de etanol", disse Luís Augusto Barbosa Cortez, professor da Faculdade de Engenharia Agrícola da Universidade Estadual de Campinas e coordenador do PPPP da Cadeia Cana-Etanol.Os Estados Unidos são atualmente o maior produtor mundial de etanol, com o combustível produzido a partir do milho. O Brasil ocupa a segunda posição, com o álcool combustível derivado da cana-de-açúcar. "Neste momento, em que o mundo discute o forte potencial das energias renováveis, a agricultura e a ciência brasileira estão juntas, assim como também vem acontecendo com os setores público e privado, contribuindo para o desenvolvimento do país. A agricultura não vai avançar se não tiver a ciência ao seu lado", disse Silvio Crestana, presidente da Embrapa, na abertura do workshop.Para Crestana, a cana tem um forte potencial de ser reconhecida como uma importante fonte de energia. A planta é composta por três partes: a sacarose, a palha e o bagaço, sendo um terço para cada uma. A primeiro já tem um número grande de utilização, o que não acontece com as outras duas partes. Trabalhar o conceito de cana-energia é o grande desafio da ciência hoje, ressalta o presidente da Embrapa. Mas não é só isso. "Também é necessário definir estratégias para alavancar o setor", defendeu Orlando Castro, coordenador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA). Entre elas ele sugere a criação de novos institutos dedicados à pesquisa em cana-de-açúcar.Entretanto, o Brasil lidera com folga quando se trata do números de artigos científicos publicados referentes às pesquisas com cana-de-açúcar. Considerando apenas o Estado de São Paulo, ele disputa a segunda colocação com os Estados Unidos. Entretanto o Brasil amarga uma terceira posição quando se trata de artigos científicos relacionados ao etanol extraído da biomassa e fora do grupo dos três primeiros quando o assunto é pesquisas de etanol de segunda geração (em ambos os casos os Estados Unidos lideram). Não é a toa que os setores público e privado vêm se esforçando em ações conjuntas quando o assunto é biocombustível."É o conhecimento científico que vai estimular políticas públicas e o investimento de recursos", afirmou Castro.Também participaram da abertura do evento Álvaro Macedo da Silva, chefe-geral da Embrapa Instrumentação Agropecuária, o prefeito de São Carlos, Newton Lima Neto, o coordenador do workshop, Ladislau Martin Neto, a vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), sede Ribeirão Preto-SP, Alessandra Bernuzzi, o diretor do Centro de C&T do Bioetanol, Marcos Aurélio Pinheiro Lima e Dioníso Maraguti, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de São Carlos.O workshop atendeu às expectativas dos organizadores, de funcionar como um espaço para discussões técnicas de orientação de pesquisa. Foram debatidos quatro temas, tendo como objeto principal a instrumentação e a automação agrícola na produção do etanol a partir da cana-de-açúcar.As pesquisas apresentadas destacaram o que vem sendo desenvolvido nas universidades, institutos de pesquisas e nos departamentos de pesquisa e desenvolvimento de empresas do setor de cana, açúcar e álcool, tendo em vista o forte potencial do etanol e sua posição no mercado mundial em um futuro próximo.O primeiro tema foi Biorrefinaria virtual, que teve como palestrante Antonio Bonomi, do Centro de Ciência e Tecnologia do Bioetanol. Em seguida, Rubens Maciel Filho, do Departamento de Engenharia Química da Universidade Estadual de Campinas, falou sobre Etanol de segunda geração: desafios para a instrumentação e automação. As palestras "Agricultura de precisão em cana-de-açúcar" e "Logística na produção de cana-etanol" completaram o workshop.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Safras & Mercado

MERCADO DE AÇUCAR & ÁLCOOL

Evolução dos combustíveis
Ao longo dos 25 anos de existência do JC, o tema combustíveis sempre esteve em alta. No Brasil, acompanhamos o sucesso e declínio do Proálcool e o recente fenômeno chamado bicombustível.Nossas páginas também mostraram a evolução da tecnologia híbrida, elétrica e, mais recentemente, da propulsão a hidrogênio e a pilhas a combustível.Quando o jornal foi lançado,em 1982, a indústria nacional apostava suas fichas no álcool combustível para driblar os altos preços do barril de petróleo. Já nos anos 90, quase toda nossa frota voltou a rodar com gasolina.Mas as constantes oscilações do preço do petróleo, assim como o risco iminente da falta do combustível mineral impulsionaram pesquisas de alternativas energéticas em todo do mundo.Entre os exemplos recentes, no Brasil a Fiat lançou o Siena Tetrafuel no ano passado. O sedã está à frente dos bicombustíveis (sistema que estreou no Brasil em 2003 no VW Gol). Além de poder rodar com álcool e/ou gasolina (a brasileira tem até 25% de álcool), o modelo conta com cilindros para GNV e aceita gasolina pura.No exterior há experiências mais ousadas. É o caso do Prius, híbrido (tem motor a combustão associado a outro, elétrico) da Toyota que faz muito sucesso nos EUA. O resultado é um menor consumo de gasolina e, conseqüentemente, menos emissão de gases poluentes. Na Europa a Peugeot lançará, em 2010, o hatch 308 híbrido que terá um motor a diesel.A alemã BMW testa 100 unidades do sedã de luxo Série 7 movidos a hidrogênio líquido. O motor V12 do protótipo também pode rodar com gasolina.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Estado

Ribeirão Preto: 8% da cana fica no pé
A safra 2008/2009 da cana-de-açúcar deve terminar com números positivos e bem próximos às expectativas do setor. Porém, 8% da cana deve ficar no pé até o ano que vem. De acordo com levantamento da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), até a primeira quinzena de novembro, cerca de 438,4 milhões de toneladas já haviam sido processadas pelas usinas do Centro-Sul. A estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), é que 487,4 milhões de toneladas sejam moídas até o encerramento da safra. Mas mudanças de clima e de projetos de novas usinas devem deixar até 40 milhões de toneladas de cana para a próxima safra."Mudanças climáticas e problemas em relação a equipamentos atrasaram a moagem de algumas usinas e fizeram com que essa quantidade de cana seja deixada para a próxima safra", disse Oswaldo Alonso, pesquisador técnico da Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo (Canoeste). Para Ismael Perina, presidente da Organização dos Plantadores de Cana da Região Centro-Sul (Orplana), a sobra para a próxima safra também foi causada por projetos de usinas adiados. "Algumas indústrias não conseguiram concluir seus projetos, o que ocasionou sobra de cana no pé."A usina São Francisco, do Grupo Balbo, em Sertãozinho, terminou sua safra na primeira quinzena de novembro com cana para ser moída na próxima safra. Por causa de uma estiagem, a sobra de produção da cana foi de 6%. Ao todo, a usina processou 1,3 milhão de toneladas de cana. De acordo com o pesquisador da Canoeste, a cana que ficou no pé para ser processada no próximo ano, pode ter uma qualidade um pouco inferior. "Quando passa do período de colheita, essa cana pode ser afetada, mas se ela for manuseada devidamente não há problemas", disse Alonso. Segundo o presidente da Orplana, para evitar a perda de qualidade da cana, usinas devem moer mais cedo em 2009.Atraso da moagem não deve comprometer produtividadeA cana-de-açúcar que deve ficar no pé para o próximo ano não afeta a produtividade da safra 2008/2009. "Foi uma safra com grande produção e superior à safra passada. E está terminado com números bem próximos das expectativas", disse o pesquisador da Canaoeste Oswaldo Alonso. O empresário do setor sucroalcooleiro Maurílio Biagi Filho disse que, apesar da crise, a safra foi muito boa. "Foi uma safra recorde, o ano correu muito bem. A crise surtiu efeito somente na área econômica e afetou o fluxo de recursos, não a produção." Porém, segundo o presidente da Orplana, Ismael Perina, os fatores econômicos podem afetar a produção de cana nos próximos anos. "Em relação ao setor financeiro esta safra foi muito ruim, com uma remuneração muito baixa, e a crise veio somar mais dificuldades. A conseqüência é uma grande dificuldade nas próximas safras", disse Perina. Segundo o pesquisador da Canoeste, o crescimento da safra 2009/2010 deve ser menor do que o ocorrido neste ano.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Gazeta de Ribeirão

Subvenção ao Nordeste equivale ao preço da cana em SP
A garantia de preço mínimo para a tonelada da cana-de-açúcar processada na região Nordeste do país, recém anunciada pelo governo federal, terá valores próximos ao da tonelada paga ao produtor do estado de São Paulo. Entre os produtores paulistas, o preço da tonelada, conforme o método Consecana, está em R$ 40. Para o produtor nordestino, a subvenção de R$ 5,00 garantirá um preço de comercialização de R$ 40,92. A Medida Provisória 449, publicada na edição desta quinta-feira (4) do Diário Oficial da União, sobre a renegociação dos débitos tributários da União, inclui a possibilidade de o governo federal conceder subvenção econômica para os produtores independentes do nordeste na safra vigente, que vai até março de 2009. Pela medida, o governo garante um preço de comercialização e R$ 40,92 por tonelada e a subvenção está limitada em R$ 5 por tonelada e a 10 mil toneladas por produtor.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agroind

MP 449 não traz operação de crédito do Bird ao BNDES O procurador-geral da Fazenda Nacional, Luiz Inácio Adams, informou hoje que o governo decidiu retirar da Medida Provisória (MP) 449, publicada hoje no Diário Oficial da União (D.O.U.), que trata da renegociação dos débitos tributários da União, a possibilidade de a União contratar uma operação de crédito no valor de R$ 5 bilhões junto ao Banco Mundial (Bird) para repassar ao Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Adams disse que essa é uma medida de "conveniência do governo, que decidiu que não há necessidade de ir para o Congresso agora".O procurador afirmou que os recursos não chegarão ao Brasil este ano. O empréstimo tem como objetivo ampliar os recursos do BNDES para oferta de crédito ao setor produtivo. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, havia antecipado há semanas que os recursos seriam destinados principalmente para financiar o setor exportador.Cana-de-açúcarA MP 449 incluiu, entre outras medidas, a possibilidade de o governo federal conceder uma subvenção econômica para os produtores independentes de cana-de-açúcar da região Nordeste na safra 2008/2009. Segundo o secretário-adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, a medida, na prática, funciona como uma garantia de preço mínimo em função da dificuldade que o setor vem enfrentando para comercializar o produto.Pela MP, o governo irá garantir um preço de comercialização de R$ 40,92 por tonelada de cana-de-açúcar. A subvenção está limitada a R$ 5,00 por tonelada e a 10 mil toneladas por produtor. Bittencourt explicou que o governo vai incluir a cana-de-açúcar no Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf) para que o produto também possa estar no Programa de Garantia de Preços.A MP também autoriza a União, em caráter excepcional, a comprar açúcar das usinas da região Nordeste da safra 2008/2009 por preço não superior ao preço médio praticado na região. O secretário disse que essa medida, na verdade, funcionará como capital de giro para as usinas nesse momento de escassez de crédito. A Conab irá adquirir o açúcar e depois comercializá-lo.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Estado

ECONOMIA & MERCADO

´O problema está muito sério´
O economista Nathan Blanche estuda a evolução do câmbio há 40 anos. Hoje, está intrigado com a forte oscilação da cotação e sustenta que nesse nível de incertezas, querer baixar os juros "é delírio".Há um descontrole cambial?Volatilidade quer dizer incerteza de preços relativos. Nessa situação, comprador fala, vendedor cala. Ou seja, nesse nível de volatilidade, só há uma ponta, a do comprador. Quem acreditou, por exemplo, quando o Banco Central interferiu a R$ 2,10, que ele estaria mantendo a volatilidade, perdeu muito dinheiro. Em linguagem de mercado, se diz o mercado está virando em cima do Banco Central. Ele (o BC) não está controlando a volatilidade, ou seja o barco da taxa de câmbio está à deriva e isso é muito ruim, porque o principal formador de preços relativos numa economia é a taxa de câmbio.Adianta o BC interferir de novo?Vivi outras muitas crises, onde a gente não tinha o mínimo instrumental para defender a moeda e saímos dela. Tinha operação que contribuía para diminuir a volatilidade. Para autoridade interferir e deixar esse nível de volatilidade, ou ele (BC) não está tendo a informação necessária, ou está vendo o tamanho do monstro e resolveu deixar à deriva.Isso é possível?Não sei, sinceramente. Pelos indicadores que tenho, não vejo como conviver com esse nível de volatilidade. Na taxa de juros, em relação ao empoçamento de crédito, o governo tinha instrumentos claros e falou para o mercado o que queria, abrindo R$ 80 bilhões de linhas de compulsório. De outro lado, chegou a fazer intervenções setoriais no setor automobilístico, imobiliário. Disse a que veio. Não consigo ler o recado agora na política cambial. O problema está muito sério.O que ocorreu em novembro? A saída em novembro, apesar da crise, foi muito menor na conta financeira do que no ano passado.Aconteceu que a entrada (de dólares)foi muito menor. O que está havendo é falta de vendedor. Entrou pouco câmbio. Então, qual é a do BC senão a de nos deixar assustados, quando o câmbio passa de R$ 2,50? Nessa volatilidade só tem comprador, não tem vendedor. Isso assusta?Fico muito mais assustado quando o presidente da República declara que quer que o BC baixe os juros. Nesse nível de incertezas, fazer política com taxa de juros é delírio.A marola virou tsunami?Se a marolinha se transformou em marola e vai se transformar em tsunami, isso já é incompetência, porque os fundamentos da economia nunca antes neste País estiveram melhores.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por O Estado de S. Paulo

Queda da moeda brasileira segue desvalorização das commodities O dólar subiu ontem pelo sexto dia seguido e superou, pela primeira vez em três anos e meio, a marca de R$ 2,50. A alta de 1,78% levou a moeda americana para R$ 2,519, maior cotação desde 29 de abril de 2005. Em 2008, o ganho é de 41,9%.Diferentemente do que ocorreu na quarta-feira, o Banco Central (BC) não interveio no mercado. A única operação realizada pela autoridade monetária ocorreu após o encerramento dos negócios, o que não é usual e surpreendeu analistas. O BC vendeu o equivalente a US$ 314,6 milhões em contratos de swap cambial, um tipo de papel no qual a instituição é remunerada pela variação da taxa de juros e a contraparte (mercado), pela trajetória do dólar. Desde que o banco de investimentos americano Lehman Brothers pediu concordata, no dia 15 de setembro (o que agravou a crise global), o dólar avançou 40% em relação ao real. É um porcentual superior ao de países que, como o Brasil, são exportadores de commodities. O ganho da moeda americana é de 28% ante o dólar australiano e de 26% ante o peso chileno e o dólar neozelandês. Em relação à lira da Turquia - país emergente que não é exportador de commodity, mas costuma ser usado para comparações com o Brasil -, a valorização do dólar também é de 26%.O vice-presidente da mesa de operações do Banco WestLB, Alexandre Ferreira, explicou que o real tem acompanhado de perto o índice que mede a evolução dos preços das commodities, conhecido como CRB. De 15 de setembro até ontem, o indicador perdeu 65%. Um índice derivado do principal, que exclui commodities do setor energético, desvalorizou 43% no período. Portanto, explicou Ferreira, a queda das commodities é um dos fatores que explicam a expressiva desvalorização do real. As razões, porém, não param aí. Ferreira avalia que o BC deveria ser mais agressivo nas intervenções no mercado. "Não se trata de impor uma cotação para o dólar, mas o País tem US$ 200 bilhões em reservas e o BC deveria dar liquidez para os investidores que querem deixar o País", defendeu. O presidente BC, Henrique Meirelles, disse ontem que a autoridade monetária já vendeu US$ 6,7 bilhões em dinheiro vivo entre outubro e o fim de novembro. A instituição, afirmou ele, também colocou US$ 11,7 bilhões em operações de compra com compromisso de revenda, nas quais o dólar volta para os cofres do governo. O total vendido em swaps cambiais chegou a US$ 31,1 bilhões (mais informações abaixo). Outro fator que tem pressionado para baixo a moeda brasileira é o calendário. Normalmente, nos meses de dezembro, multinacionais enviam dólares ao exterior por causa do fechamento do caixa anual. Além disso, explicou Alexandre Póvoa, diretor da Modal Asset, companhias brasileiras que fizeram operações no mercado futuro de câmbio (os chamados derivativos cambiais) estão tentando "limpar" seus balanços. Aliás, o fantasma dos derivativos tóxicos sempre volta a rondar o mercado quando o dólar engata uma tendência de forte alta, como agora. A exposição total das companhias a esse tipo de operação caiu em relação ao nível original - estima-se que hoje sejam US$ 55 bilhões, ante US$ 98 bilhões no dia 30 de setembro. Mesmo assim, a elevação da moeda americana produz uma corrida ao mercado daqueles que estão expostos à variação cambial. Na avaliação de Póvoa, o mercado está buscando um novo nível para o dólar. O problema, tanto para ele quanto para a maioria dos especialistas, é que ninguém ainda tem uma idéia de qual seria. "Há uma nova realidade no balanço de pagamentos brasileiro (que mede as transações do País com o exterior e inclui, entre outros pontos, as balanças comercial e de serviços)", observou. "Hoje, a (perspectiva para a) balança comercial é um grande ponto de interrogação."O principal efeito do dólar na vida das pessoas se dá nos índices de inflação. Estima-se que cada 10% de valorização da moeda americana provoque alta de um ponto porcentual nos preços ao consumidor. Se essa regra se confirmar agora, os IPCs poderiam ter elevação de até quatro pontos porcentuais nos próximos meses. Alguns analistas ponderam, no entanto, que dificilmente essa alta será repassada de forma integral, por causa da queda das commodities no exterior e da desaceleração da atividade econômica no Brasil.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por O Estado de S. Paulo

Brasil será menos afetado entre grande economias, diz OCDE O Brasil é a única grande economia analisada no Indicador Composto Avançado (CLI, na sigla em inglês), divulgado nesta sexta-feira pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), que, segundo uma previsão da organização, uma forte desaceleração de sua atividade econômica nos próximos seis meses. Para o Brasil, a OCDE prevê uma "leve desaceleração". Já em relação à China, Índia e Rússia, as perspectivas de crescimento econômico para os próximos seis meses "se deterioraram consideravelmente" e esses países agora "devem enfrentar uma forte desaceleração", segundo a organização.Ou seja, a economia desses países continuará crescendo, mas terá uma frenagem acentuada, de acordo com as conclusões do Indicador Composto Avançado, elaborado para detectar viradas no ciclo econômico.Para o economista brasileiro Marcos Poplawski Ribeiro, professor de finanças internacionais do Instituto de Estudos Políticos de Paris e pesquisador do Centro de Estudos, Perspectivas e Informações Internacionais (Cepii, na sigla em francês), o cenário econômico mais otimista em relação ao Brasil pode ser explicado pelo fato de que a demanda interna continua forte no país. "A diminuição do crédito no Brasil já acontece, mas ela ainda não é tão forte como nos outros países. Por enquanto, os consumidores brasileiros continuam comprando, o que estimula a atividade econômica", disse Ribeiro.A questão, segundo ele, é saber quanto tempo o consumo interno poderá continuar aquecido. "Os dados atuais de fuga de capital externo do Brasil devem levar a uma diminuição mais acentuada do crédito, o que causará a redução da demanda".Segundo ele, a diminuição do crédito, a redução das exportações brasileiras e a queda nos preços das commodities devem começar a ter impacto no crescimento econômico do Brasil somente a partir da metade do próximo ano. CálculosPara os cálculos do Indicador Composto Avançados, a OCDE se baseia em diferentes indicadores de movimentos econômicos de curto prazo ligados ao PIB. O nível de 100 pontos é utilizado como referência para classificar o nível de atividade econômica.Os países que sofrerem queda e ficarem com CLI abaixo de 100 recebem a classificação de "desaceleração".Dos 35 países analisados no Indicador Composto Avançado (29 países membros e seis não membros da OCDE), o Brasil é o único que escapa da previsão de forte desaceleração econômica.O indicador em relação ao Brasil diminuiu 0,3 ponto em outubro de 2008 e é 0,4 ponto menor do que o registrado há um ano, segundo os dados anunciados nesta sexta-feira pela OCDE, com sede em Paris. Mas o índice do Brasil é de 103,6 - que rendeu ao país a classificação de "leve desaceleração" pela OCDE - enquanto os das demais economias analisadas estão abaixo de 100.No caso da China, o indicador diminuiu 1,7 ponto em outubro deste ano e está 7 pontos abaixo do nível verificado há um ano.O Indicador Composto Avançado da Índia caiu 1,1 ponto em outubro e está 6,6 pontos abaixo do observado no período de um ano. A maior queda ocorre em relação à Rússia. Segundo a OCDE, o índice caiu 4 pontos em outubro passado e 10,5 pontos em relação ao ano passado.Brasil, China, Índia e Rússia não são membros da organização, que reúne 30 países. A OCDE também prevê uma forte desaceleração econômica nos países ricos nos próximos seis meses.Os Estados Unidos tiveram uma queda de 1,2 ponto em outubro e de 6,6 pontos no nível registrado há um ano. O indicador da zona euro revela diminuição de 0,9 ponto em outubro e de 6,3 pontos no último ano.Em outubro, o Indicador Composto Avançado em relação ao Japão teve queda de 0,9 ponto e está 3,3 pontos abaixo do nível registrado há um ano, segundo a OCDE.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por BBC Report

O Brasil no alvo Depois do Equador, o Paraguai também sinaliza que pretende rever suas dívidas contraídas com o Brasil. O presidente Fernando Lugo disse que fará "auditoria" na dívida externa do país, sem descartar a possibilidade de incluir o valor referente à usina de Itaipu.Começa, assim, a se unificar um discurso comum de nações sul-americanas contra o Brasil, tendência que foi reforçada no último dia 26, quando os países da Alba (Alternativa Bolivariana para as Américas) defenderam o Equador em seu pleito de impugnar os "créditos lesivos".O grupo -que inclui Venezuela, Bolívia e Cuba- não citou o Brasil, mas ficou evidente o apoio às bravatas do presidente equatoriano contra Brasília. Quito contesta o débito contraído no BNDES, garantido pelo Tesouro brasileiro, para a construção da hidrelétrica de San Francisco.Tem alguma razão o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, em atribuir os questionamentos a um "incômodo" com a nova projeção regional do país.Foram empréstimos internacionais efetuados por bancos estatais brasileiros, em larga medida, que deram conteúdo à plataforma da integração latino-americana -o montante emprestado pelo BNDES chega a US$ 3 bilhões. Esses aportes são, também, uma conseqüência da expansão de interesses empresariais brasileiros na região.Até certo ponto, é natural que o Brasil seja alvo de ressentimento onde a presença de empresas brasileiras começa a ser expressiva. A ascensão de um populismo nacionalista, antimercado, na vizinhança aumenta o potencial de conflito. Os líderes açulam a antipatia popular contra estrangeiros, em nações que foram, de fato, superexploradas no passado, numa associação entre capital externo e elite local.Cabe ao governo brasileiro tentar dissuadir, no nível mais geral e com uma diplomacia atenta, esses arroubos antibrasileiros que por vezes surgem. Em casos extremos, contudo, o Itamaraty não pode prescindir de respostas duras, como o foi a retirada do embaixador de Quito.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Folha de S. Paulo

Fluxo cambial e desvalorização O fluxo cambial, em novembro, apresentou saldo negativo de US$ 7,159 bilhões, ante US$ 4,639 bilhões no mês anterior. É o pior resultado desde janeiro de 1999 e contribuiu para acentuar a desvalorização do real ante o dólar.Mas é preciso analisar com cuidado os dados do fluxo cambial, especialmente quando se comparam com o passado. O saldo comercial em novembro ficou positivo em US$ 3,139 bilhões: exportação de US$ 13,492 bilhões e importação de US$ 10,353 bilhões - valores bastante próximos dos dados aduaneiros (US$ 14,7 bilhões e US$ 13,1 bilhões), indicando que o financiamento do comércio exterior foi bastante restringido, especialmente no caso das exportações. Não se pode comparar com 1999, quando o volume do comércio exterior era muito menor.O que levanta preocupação é o movimento financeiro, com a entrada de US$ 18,690 bilhões e a saída de US$ 28,988 bilhões, deixando saldo negativo de US$ 10,298 bilhões, 218% maior do que na média dos dez primeiros meses. O fluxo de saídas não é anormal, mas sim o de entradas, o que bem reflete a crise financeira mundial. Na verdade, apenas em fevereiro deste ano as saídas foram menores de que em novembro.Essa análise leva a indagar se se justifica a forte desvalorização da moeda nacional. Podemos estranhar que, dado o vulto dessa desvalorização, o mercado de juros futuro acuse queda - anteontem e ainda ontem -, sugerindo que ele não acredita que essa desvalorização continuará. Na verdade, acredita que o dólar no final do ano ficará entre R$ 2,00 e R$ 2,10.É provável que a opinião do mercado seja de que as fortes saídas deste ano não prosseguirão por muito tempo: de um lado, porque o capital estrangeiro que saiu para socorrer as suas matrizes em dificuldades já está sendo esgotado; de outro, porque as remessas de lucros e dividendos tendem a diminuir em face da piora da conjuntura interna. No entanto, não se pode contar com grandes entradas financeiras.Tudo indica que há movimentos especulativos no mercado para forçar o Banco Central (BC) a oferecer mais dólares, especialmente em operações de swap, que dão maiores oportunidades de ganhos aos operadores. O BC percebeu isso e forçou os bancos a reduzirem suas posições compradas. Podemos assistir ainda a um braço-de-ferro entre o mercado e o BC, mas com a redução das posições compradas dos bancos a taxa cambial deveria cair.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por O Estado de S. Paulo

Mundo terá recessão até o fim de 2009, diz UBS
Mundo afunda mais na recessão, que dura até o final de 2009, e a recuperação, depois disso, vai ser lenta." Essa é uma das conclusões do relatório global do suíço UBS Wealth Management com projeções para 2009, divulgado no Brasil com exclusividade para a Folha. Mercados emergentes também não escapam de uma desaceleração prolongada. O banco estima que o Brasil cresça 2,8% no ano que vem, porém acima da projeção mundial, de 2%. "Quase todos os países desenvolvidos entram em recessão", diz Juliana Braga, estrategista do banco. O relatório do ano passado já dizia que 2008 seria um ano ruim, mas que 2009 seria melhor. Não será, ao menos antes do final do ano. É hora de investir em Bolsa?"Ativos estão desvalorizados, têm valor, mas pode ser cedo para comprar, principalmente em emergentes", afirma a estrategista do UBS. "A hora é de agir com cautela e de só assumir riscos bem calculados." Leia destaques da entrevista: BRASILCrescer 2,8% é relativamente bom. Os indicadores vão piorar, haverá algum momento de inadimplência. Com certeza, haverá aumento do desemprego, embora moderado; teremos uma piora na conta corrente. As commodities caíram muito, houve a alta do dólar.Nossa recomendação é que os investidores no Brasil permaneçam mais alocados em ativos conservadores ligados ao CDI, pós-fixados, sejam eles títulos públicos, sejam um CDB indexado ao CDI.Dentro do mercado latino-americano, provavelmente, o mercado brasileiro é o que está mais barato relativamente. Tem empresas saudáveis, uma economia que, provavelmente, ainda tem uma dinâmica melhor que a mexicana e a chilena, tem ativos baratos, mesmo. Em termos de valor, caiu muito, mas os riscos são enormes. Quando você pondera pelo risco, a gente acha que ainda não é o momento de começar a aumentar a exposição à Bolsa. CENÁRIO Tem uma boa chance de que as notícias ainda piorem, de que se materialize um cenário pior. A liquidação de ativos emergentes, incluindo os brasileiros, vai continuar. Ainda há muita indefinição com relação à liquidez, à aversão ao risco, às decisões do governo Obama. Boa parte do temor com a recessão global já está bem precificada pelos mercados globais. Mas, num horizonte longo, ações de mercados desenvolvidos estão particularmente atraentes, o que não significa que esteja na hora de comprar. Isso vale também para o Brasil. REAL Houve uma mudança de percepção de risco em relação a emergentes. O carregamento da moeda não vale mais a pena para o estrangeiro. As forças que atuam hoje são de aversão a risco, há o déficit em conta corrente e o dólar está mais forte. O dólar deve voltar a cair no final de 2009 ante o euro. O real pode se valorizar em relação à moeda americana, mas não ante outras divisas. LIQUIDEZ O dinheiro continua caro e escasso, mas está fluindo mais. No Brasil, a remuneração dos CDBs, que está muito alta, mas já esteve mais ainda, é sinal de que a necessidade de dinheiro dos bancos está caindo. DESEMPREGO O mercado de trabalho vinha melhorando, houve aumento de renda real. Nos Estados Unidos, o emprego foi o último a sofrer. Mas, com certeza, será afetado aqui também. COMMODITIES Subiram e caíram exageradamente. Não voltam ao patamar de junho. Metais básicos, como minério de ferro, níquel, cobre e zinco, vão sofrer mais. Petróleo, a longo prazo, deve subir. Não é sustentável abaixo de US$ 63. As commodities agrícolas já começaram a subir e vão sofrer menos que os metais.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Folha de S. Paulo

"Entre os Brics, o Brasil se sairá melhor"
Que diferença um ano fez na história do mais importante banco de investimentos do mundo. No fim de 2007, o co-presidente do Goldman Sachs, Gary Cohn, comemorava ter escapado dos prejuízos bilionários no mercado de hipotecas. O banco era lucrativo e, no fim do ano, Cohn recebeu bônus de US$ 68 milhões. Um ano depois, as coisas estão mais complicadas. O Goldman não perdeu com as hipotecas, mas o crédito secou, suas ações despencaram e o banco teve de recorrer ao pacote bilionário de ajuda do governo americano. Cohn abriu mão dos bônus de 2009. O Goldman Sachs exerce papel central em Wall Street. Além de ser a maior referência do mercado, de lá costumam sair alguns dos principais nomes do governo americano, como o secretário do Tesouro, Henry Paulson. Cohn é interlocutor freqüente de governantes sobre a crise. Ele diz que "por obrigação" está se preparando para uma recessão longa e profunda nos EUA. Mas as coisas podem começar a melhorar no fim de 2009. O Goldman criou o termo Brics (Brasil, Rússia, Índia e China) para descrever os emergentes mais promissores. Mas, agora, alguns dos Brics estão ficando pelo caminho e, para Cohn, nenhum país está imune à crise. O Brasil, diz ele, é uma forte aposta de quem pode sair bem do período de turbulências. Cohn deu a seguinte entrevista.Há pouco mais de um ano, o sr. nos disse que não haveria uma grande crise nos EUA, muito menos no Brasil. O que deu errado?Falamos disso há uma ano e meio! (risos) Isso foi em março de 2007. Todos, eu inclusive, calculamos mal a extensão do problema do crédito. Nenhum de nós pensou que as hipotecas imobiliárias fossem ficar numa situação tão ruim. Achamos, oito meses atrás, que o crédito estava em um nível fora da realidade e iria oscilar em direção à normalidade. O que calculamos mal foi que oscilamos para um ambiente completamente anormal, na direção oposta. Saímos de 100% de crédito disponível para zero crédito disponível, sem nenhuma parada no meio do caminho. Esse foi meu erro, assim como de outros. O Goldman é o mais importante banco de investimentos do mundo e não foi capaz de prever essa crise. Por que isso aconteceu?Claramente vimos algo. Mas não vimos tudo, e admito isso. Vimos o problema do subprime, nós nos protegemos. Mas não vimos, assim como ninguém viu, a total evaporação de crédito corporativo. Outra coisa em que todos falhamos é que vimos grandes empresas, oferecemos crédito a essas grandes empresas, mas por alguma razão, por causa do desaparecimento do crédito no mercado, ninguém quer comprar ativos, ao preço que for. Nunca visualizamos passar, em semanas, de muito crédito para nada. Fizemos acordos financeiros para nossos clientes mais importantes baseados no que acreditamos ser premissas conservadoras, e adivinhem: não eram nem de longe conservadoras o suficiente. O problema foi detonado pela quebra do banco Lehman Brothers?Para ser honesto, o Lehman Brothers foi só um problema a mais. E é interessante porque falamos sobre o Lehman Brothers e o Bear Sterns, falamos um pouquinho sobre o Merrill Lynch, mas não falamos quase nada sobre o Citigroup e o JP Morgan, que têm portfólios de empréstimos ainda maiores, muito mais problemáticos, mas que ainda não foram marcados a valor de mercado.E, agora, o que o sr. acha que vai acontecer com a economia?Este fim de ano será muito difícil. Há muita coisa sendo percebida no mercado, que serão relatadas em 31 de dezembro. Acredito que vai levar ao menos dois trimestres no próximo ano para digerir o que aconteceu no fim deste ano. Serão dois trimestres muito difíceis. Estou cautelosamente otimista com a segunda metade de 2009. Começaremos a ver melhoras e entraremos em uma seqüência de ciclos de melhorias. O grande problema agora é que os bancos precisam voltar a emprestar. Quando virmos a possibilidade de pegar dinheiro emprestado e ter capital para trabalhar, o sistema todo vai se auto-recuperar relativamente rápido. Foi impressionante a velocidade com a qual caiu, e será impressionante a velocidade com a qual voltará ao normal, mas isso ainda não vai acontecer por um certo tempo.O sr. prevê uma recessão longa ou essa crise se resolverá em um ou dois anos?Você tem de estar preparado para uma recessão forte e longa. Preparado para o pior, esperando o melhor. A maneira como guiamos nosso negócio é assumindo que veremos o pior no próximo ano e talvez no seguinte. Estamos otimistas, mas, realisticamente, acho que 2009 será um ano difícil.Os srs. criaram a tese dos Brics e a do descolamento deles em relação à crise global. Quais são suas previsões para os Brics?Como você sabe, não sou economista. Estou tentando me manter afastado de muitas previsões econômicas (risos). Criamos, sim, o termo Bric, e ainda estamos entusiasmados com as oportunidades nos países do Bric. Mas os níveis de entusiasmo variaram um pouco, baseados em realidades geopolíticas e fatos do último ano. Especificamente sobre o Brasil, o País continua a ter oportunidades, tem aspectos geopolíticos estáveis. Os eventos da semana passada na Índia chocaram o país e também sacudiram nossos clientes. Ainda temos negócios, mas temos de ser realistas e saber o que é e o que não é oportunidade na Índia, embora não tenhamos planos de sair de lá. Na Rússia, a mesma coisa. Eles passaram por uma reformulação total de sua economia nos últimos seis meses. Muitas grandes empresas russas, muito ativas no mercado de capitais, e em fusões e aquisições, estão passando por dificuldades. A China, o Brasil e o Oriente Médio são muito, muito interessantes para nós. Dizem que a China é a mais imune. Mas é difícil ser exportador quando ninguém quer importar, e eles passarão por tempos difíceis. Há um ano, quando encontrei os 40 maiores empresários do Brasil, todos queriam comprar ativos fora do País. O preço das ações estava alto, eles queriam usar o dinheiro para comprar ativos lá fora. Seis meses depois, o câmbio mudou e eles querem vender aqui. Mas há oportunidades no Brasil?Completamente diferentes. Estamos monetariamente tristes, mas não tão tristes. Não participamos da onda de IPOs (oferta de ações de empresas na Bolsa) do Brasil porque não se encaixavam nos nossos planos. Ainda temos na memória a crise da bolha da internet nos EUA. Agora acontece o oposto. Muitas empresas públicas do Brasil precisam ser recapitalizadas e querem ser privadas de novo. Como será a reestruturação?O Brasil tem uma estrutura empresarial impressionante, é um grande campo de empresas, muitas do ramo de commodities, muitas com ativos que precisam ser reestruturados, ativos com os quais querem fazer parcerias. Como temos abrangência global, podemos facilitar esses negócios. As oportunidades no Brasil não acabaram. A outra oportunidade está no mercado financeiro. Com os efeitos do câmbio, há mais interesse para investidores externos no Brasil. Há recursos extraordinários saindo da Europa e de Nova York e há interesse em ativos no exterior. O Brasil está na lista.As pessoas dizem aqui que, quando o mercado voltar ao normal, o Brasil será um dos primeiros países a sentir a melhora. Concorda?Concordo. Olhando o mix de empresas, o Brasil está em boa posição para quando a economia se recuperar. Quando virmos crescimento global de novo, veremos os preços das commodities subirem. e o Brasil está avançado no etanol, que é uma das próximas grandes decisões a serem tomadas pela nova administração americana. Muito do crescimento mundial virá das commodities, e o Brasil tem muitas. Se a medida para recuperar a economia americana for similar à do pós-guerra, colocar os americanos para reconstruir a infra-estrutura do país, vão precisar de níquel, cobre, ferro. Veja só, o Brasil tem e pode exportar. O mesmo vale para uma recuperação chinesa. Coloco o Brasil no topo da lista.Quem são os outros?O Oriente Médio.Vários integrantes da equipe econômica americana vieram do Goldman. O que faria diferente?Eles não estão ignorando o problema e estão fazendo o melhor que podem. Nenhuma medida foi perfeita, e eles sabem disso, porque não tiveram todas as ferramentas que queriam. É muito difícil estimular uma economia tendo que atender a centenas de congressistas, banco central, Tesouro. O Tarp (Programa de Recuperação de Ativos Problemáticos) é o mais polêmico. Infelizmente, a premissa do Tarp era comprar US$ 700 bilhões de papéis problemáticos. O governo tentou fazer isso, mas percebeu que era impossível. E após horas pensando no problema, não acharam uma solução, e foram criticados por muitos. Então, começaram a injetar dinheiro nos bancos. Fizeram o que puderam. Infelizmente, não foi suficiente. Mas não tenho solução mágica. Falamos sobre isso o tempo todo, e todos querem a poção mágica, mas ela não existe.O negócio dos bancos de investimento mudou drasticamente nos últimos dois anos. Qual o futuro dos bancos de investimentos?Não sei por que você diz que mudou drasticamente. Não sentimos que tenha mudado. Nossa instituição tem 140 anos, e a cada cinco anos nosso negócio muda. Nunca "dramaticamente". Há cinco anos, os hedge funds eram uma indústria muito pequena. Private equity era algo pequeno. Há cinco anos, não tínhamos esse crescimento no Brasil, na China, na Rússia, no Oriente Médio. Tudo isso mudou em cinco anos! E adivinhe: vai mudar tudo de novo daqui cinco anos! A quantidade de dinheiro disponível no mercado diminuiu, não nego. Mas nosso negócio principal, banco de investimentos, aconselhamento de negócios, fechamento de acordos, isso não mudou. Vamos fazer isso em mais mercados, mas não achamos que nosso negócio mudou. Se tivesse mudado, eu teria notado. Os analistas projetam perdas de US$ 2 bilhões para o Goldman neste trimestre. Como está a situação financeira do banco?Estamos para publicar os resultados. Lembre-se que estamos adicionando US$ 21 bilhões em capital e nos transformando em holding (como prevê o plano do governo). Sejam quais forem os resultados, estaremos mais fortes do que nunca. O sr. recebeu no ano passado US$ 68 milhões em salário e bônus. Neste ano, escolheu não receber os bônus. Por quê?A maneira como pagamos bônus no Goldman Sachs é simples. Pagamos 48% dos lucros como bônus. Em anos como este, em que os lucros vão cair substancialmente, os 48% fariam o processo de pagamento ficar complicado. Nós, top executivos, decidimos não ganhar bônus e usar para pagar os dos outros funcionários.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por O Estado de S. Paulo

Adaptação a mudança climática gera impasse
Há uma crise de confiança em Poznan, a cidade polonesa que abriga a megaconferência da Organização das Nações Unidas sobre mudanças climáticas até 12 de dezembro. O heterogêneo bloco dos países menos desenvolvidos e mais afetados pelo impacto do aquecimento da Terra quer ver o que os ricos e industrializados se comprometem a fazer antes de dizer como podem contribuir para reduzir o problema. O nó de sempre - quem paga a conta e como - nestas negociações internacionais continua empacando a decisão. Até agora, por exemplo, não se sabe quanto vai custar para que os países possam se adaptar ao impacto da mudança do clima - desde a construção de abrigos para refugiados de enchentes a melhores sistemas de meteorologia. O que ficou acertado nas edições passadas deste evento foi um fundo de adaptação com um percentual sobre o valor dos projetos de tecnologia limpa ligados ao mercado de créditos de carbono (os chamados MDL). Os 2% seriam cerca de US$ 5 bilhões e, segundo países mais vulneráveis e ONGs, não dão nem para o começo deste drama. ONGs como a Oxfam falam em US$ 50 bilhões ao ano. Outro número que circula em Poznan é de US$ 85 bilhões anuais. No primeiro dia da conferência na Polônia, Ian Fry, da pequena Tuvalu e representando a Aliança dos Pequenos Países-Ilhas (AOSIS, em inglês) foi contundente. "Como uma demonstração de boa fé dos países do Anexo 1 precisamos começar a ver números sendo colocados sobre a mesa", disse, em plenário, referindo-se aos países ricos e industrializados, que têm responsabilidade histórica sobre o aquecimento e têm de reduzir emissões de gases-estufa pelo Protocolo de Kyoto. "Precisamos atualizar nossa compreensão sobre o que diz a Ciência, simplificar as regras e estabelecer metas de redução de emissão de gases-estufa para os países ricos", disse. "Nós, as ilhas de alta vulnerabilidade à mudança climática precisamos da garantia das grandes nações industrializadas para termos futuro." Como o primeiro período de Kyoto acaba em 2012, os países industrializados deveriam estar discutindo cortes que virão depois disso - e algo novo deveria sair da conferência na Polônia. Mas eles estão adiando a tarefa, dizem países em desenvolvimento. Em parte para para ver o que Barack Obama fará. Em parte porque querem ver as movimentações de emergentes como China e Índia. E em parte por conta da crise financeira. "Para os países-ilha, dois graus a mais na temperatura pode definir um cenário difícil demais para sobreviver", disse o cientista Bill Hare, do instituto alemão para mudanças climáticas de Potsdam, o PIK, uma das mais famosas instituições científicas que pesquisa o tema. Segundo ele, o quadro é bem pior do que se imaginava. Um aumento de 2 graus seria suficiente para elevar em até 4 metros o nível médio dos mares do planeta. E é esta meta - reduzir as emissões dos gases-estufa a níveis que não provoquem um aumento de temperatura de 2 graus em 2100 que os negociadores internacionais não parecem estar levando em conta. Segundo a ONG GermanWatch, Bangladesh, Coréia do Norte e Nicarágua foram os países que mais sofreram impactos da mudança climática em 2007, considerando eventos como tufões e tempestades. Ao todo, 15.240 pessoas morreram em 2007 pelas mudanças do clima, diz a ONG. "Temos que preparar a adaptação às mudanças climáticas", diz Maarten van AQalst, diretor associado da Cruz Vermelha. "Isso significa não só erguer abrigo para que as pessoas em Bangladesh possam se proteger das tempestades, como melhorar os sistemas de aviso e prevenção."
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Valor Econômico

Chile lança plano contra mudança climática A presidente do Chile, Michelle Bachelet, anunciou nesta quinta-feira um plano para enfrentar as mudanças climáticas do planeta, garantindo que "é possível crescer em harmonia com a natureza".A presidente disse estar convencida de que o clima "é a grande questão ética da humanidade neste século, dadas as severas conseqüências que o descaso para com o tema traria à espécie humana"."É a vida humana que está em jogo", declarou Bachelet, advertindo que "hoje está claro que se paga muito caro pela negligência ambiental"."Estamos todos no mesmo barco, e os custos do desleixo pagaremos todos", acrescentou a mandatária chilena.O plano anunciado abarca três âmbitos: adaptação aos impactos da mudança climática; diminuição das emissões de gases estufa; e criação e fomento de capacidades para abordar o problema no Chile.Bachelet sustentou que esse é um programa concreto de ação, com metas, prazos e recursos, e mencionou investimentos de US$ 10 milhões em pesquisas aplicadas no desenvolvimento de biocombustíveis.Além disso, haverá um fundo de US$ 400 milhões para investimentos em outros tipos de energia renovável e um projeto para a instalação de painéis solares em novas casas, por meio de benefícios tributários.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Ansalatina
Dr. Marcílio Novaes Maxxon
O combate à corrupção está intimamente vinculado à transparência.


*Leituras para Análise Estratégica eo Desenvolvimento do País:

Altos Estudos BrasileirosPor MARCÍLIO NOVAES MAXXONI- POLÍTICA E GESTÃO PÚBLICA:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/fevereiro_29.htmII- PPP-PARCERIAS PÚBLICO PRIVADAS:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/marco_28.htmIII- O PAPEL DA CÂMARA DOS DEPUTADOS:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/maio_09.htmIV- CÓDIGO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR DA CÂMARA DOS DEPUTADOS:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/maio_16.htmV- SENADO FEDERAL E CONGRESSO NACIONAL:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/junho_01.htmVI- PROCESSO LEGISLATIVO DO CONGRESSO NACIONAL, POR MARCÍLIO NOVAES MAXXON:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/junho_16.htmVII- O QUE É A LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL, E A LEI DE CRIMES FISCAIS. O ESPÍRITO DA LEI:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/julho_01.htm

Artigo: FBI - A Ciência da Inteligência e da Informação: http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/abril_11.htm
Por Marcílio Novaes Maxxon


Comissão de Assuntos Econômicos - CAE
Audiências Públicas e Reuniões Técnicas

03.06.2008 – Audiência Pública "Debate sobre o Marco Regulatório do Petróleo diante da perspectiva de descoberta e desenvolvimento de novas bacias petrolíferas na Camada do Pré-Sal”
ANPHaroldo Borges Rodrigues Lima, Diretor-Geral da Agência Nacional de Petrólio
IBPJõao Carlos França de Lucca, Presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustiveis
PetrobrasJosé Sérgio Gabrielli, Presidente da Petrólio Brasileiro S.A.
03.06.2008 – Audiência Pública "Debate sobre o Marco Regulatório do Petróleo diante da perspectiva de descoberta e desenvolvimento de novas bacias petrolíferas na Camada do Pré-Sal monetária” (Notas)
13.05.2008 – Audiência Pública “Diretrizes, implementação e perspectivas futuras da política monetária”
Banco Central do BrasilHenrique Meirelles, Presidente do Banco Central do Brasil

15.04.2008 – Audiência Pública "Critérios técnicos de repartição dos royalties provenientes da atividade de exploração petrolífera"
IBGEEduardo Pereira Nunes, Presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ANPHaroldo Borges Rodrigues Lima, Diretor-Geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
PetrobrasGuilherme de Oliveira Estrella, Diretor de Exploração e Produção da Petróleo Brasileiro S.A.
15.04.2008 – Audiência Pública "Critérios técnicos de repartição dos royalties provenientes da atividade de exploração petrolífera" (Notas)

14.05.2007 - Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
Petrobras Paulo Roberto Costa, Diretor de Abastecimento
Única Eduardo Pereira de Carvalho, Presidente
Abegás Carlos Eduardo de Freitas Brescia, Diretor

28.05.2007 - Petróleo e Gás Natural
MME João José de Nora Souto, Secretário de Petróleo e Gás
PETROBRAS Guilherme de Oliveira Estrella, Diretor de Exploração e Produção
SHELL John Haney, Vice-Presidente
Institucional
Em 20 anos, Congresso fez 62 emendas à Constituição
O fracasso da revisão constitucional de 1994
Emendas "paralelas" e fatiadas, soluções para os impasses políticos do Congresso
Algumas mudanças que o Congresso fez na Constituição

Fonte: ANERTT por Agência Senado

O BRASIL E OS BIOCOMBUSTÍVEIS
O BRASIL E OS BIOCOMBUSTÍVEISINTERATIVO PARA VOCÊ:http://www.discoverybrasil.com/discover yhoje/viciados_em_petroleo.shtml?vMenu=0 &vPrograma=6&vContenido=0_1ANERTT/DISCOVERY*


*A ANERTT, é signatário do Pacto Global: O Pacto Global é essencial para a parceria entre o setor privado e as Nações Unidas no combate efetivo a CORRUPÇÃO.

http://www.pactoglobal.org.br/pg_principio.php

http://www.unglobalcompact.org/


CONPETRO - Confederação Nacional do Petróleo, Gás Natural, Biocombustíveis e Energias Renováveis
A Serviço do Desenvolvimento do BRASIL
www.conpetro.com.br