segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Notícias ANERTT/Petróleo & Gás Natural N° 0330, Por Marcílio Novaes Maxxon.

"Na democracia, o processo de formação das políticas públicas demanda participação de todos os segmentos da sociedade civil, informação confiável, representação qualificada, transparência e ética."
ANERTT - Associação Nacional das Empresas de Rádio, Televisão e Tecnologia
A Serviço do Desenvolvimento do BRASIL

Relatório INFORMATIVO DIÁRIO PARA INVESTIDORES DO MERCADO DE CAPITAIS N° 0330

Notícias ANERTT/Petróleo & Gás Natural
Por Marcílio Novaes Maxxon




São Paulo, 24 de outubro de 2008

GESTÃO LEGISLATIVA & AÇÃO POLÍTICA

Sarkozy diz que crise põe em perigo futuro da humanidade
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, disse nesta sexta-feira que "o mundo está mal" e vive "uma crise sem precedentes".A persistente crise financeira "põe em perigo o próprio futuro da humanidade", afirmou Sarkozy na abertura da 7ª edição da ASEM (Encontro Ásia-Europa), que acontece até sábado em Pequim, capital chinesa, com a participação de 43 países dos dois continentes.Sarkozy, que detém a presidência da União Européia até ao final do ano, pediu a participação na anunciada cúpula internacional sobre a crise financeira global, que será realizada em Washington, capital norte-americana, em 15 de novembro.A Europa "vai apresentar-se unida" e "deseja que a Ásia apóie este esforço", disse o presidente francês.A resposta da comunidade internacional à crise - afirmou Sarkozy - poderá assinalar "o momento em que o mundo entrou no século 21".O presidente da Comissão Européia(braço executivo do bloco europeu), José Manuel Durão Barroso, que discursou na mesma cerimônia, defendeu também "uma resposta global" à crise e condenou o protecionismo.Não podemos enfrentar os desafios atuais fechando a porta e olhar apenas para a nossa casa (...) Abertura e interdependência são as duas faces da moeda da globalização", frisou Durão Barroso."No globalizado mercado de hoje" - concluiu o presidente da Comissão Européia ? "todos necessitamos de estar envolvidos".
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Lusa


PLENÁRIO / Pronunciamentos24/10/2008 - 12h
Adelmir Santana quer debate sobre comércio, serviços e turismo na agenda do Congresso

Em discurso nesta sexta-feira (24), o senador Adelmir Santana (DEM-DF) apresentou um estudo recém-realizado pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), com o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Pequenas e Micro Empresas (Sebrae), sobre os setores de comércio, serviços e turismo. Segundo Adelmir, trata-se do mais completo trabalho já realizado a respeito do tema no Brasil e que tem por objetivo apresentar os entraves de cada setor e propor ações para eliminá-los.
O senador considera importante que o Congresso Nacional esteja atento ao tema e que esses setores façam parte da agenda de discussões do Parlamento. Adelmir Santana deseja criar uma agenda pública focada no desenvolvimento do comércio, dos serviços e do turismo, levando em conta todo o potencial para a geração de emprego e riqueza.
- Estamos convencidos de que esse debate deve transcender os limites desses setores para atingir outros segmentos políticos e empresariais. Estamos falando em criar uma agenda pública para o desenvolvimento que, para gerar projetos e ações, deve mobilizar toda a sociedade - afirmou.
O estudo da CNC e do Sebrae busca encontrar caminhos para consolidar aqueles setores como fatores estratégicos do desenvolvimento nacional. De acordo com o documento, os esforços devem ser concentrados em nove eixos principais, que vão das reformas tributária, trabalhista e da previdência às melhorias em infra-estrutura - transportes, energia elétrica e comunicações - e também em áreas como educação, saúde e inclusão digital.
Intitulado "A competitividade nos setores de comércio, de serviços e do turismo no Brasil - perspectivas 2007-2015", o estudo tem cerca de 600 páginas e define uma agenda para orientar a formulação de políticas, ações e estratégias a fim de tornar esses setores mais competitivos e, conseqüentemente, inseri-los de forma mais efetiva no desenvolvimento sustentável do país.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Senado

Congresso quer mais transparência no PAC
As consultorias de Orçamento da Câmara e do Senado avaliam que o Congresso tem dificuldades de controlar o andamento e a qualidade das obras do PAC devido à falta de transparência na divulgação das ações pelo governo. O presidente da Comissão de Orçamento e o relator da proposta orçamentária pedem mais acesso aos dados.

Projeto - 24/10/2008 09h40
Projeto obriga bares a oferecerem bafômetros aos clientes
Elton Bonfim

Para Goetten, a medida é educativa e incentiva o consumo responsável de bebidas alcóolicas.
A Câmara analisa o Projeto de Lei 3999/08, do deputado Nelson Goetten (PR-SC), que obriga todos os estabelecimentos comerciais que servem bebidas alcoólicas, como bares e boates, a oferecerem um bafômetro para os clientes que quiserem medir a quantidade de álcool que já consumiram. O objetivo da proposta é evitar o excesso do consumo de bebidas alcoólicas, principalmente antes de dirigir. O estado de embriaguez é acusado quando a concentração de álcool é igual ou superior a 0,3 mg por litro de ar expelido dos pulmões. O projeto determina que o resultado dos testes seja impresso juntamente com a razão social e o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) do estabelecimento. No mesmo recibo deverá constar o nome e o documento de identidade do cliente, a data e a hora em que foi realizado o teste e o nome e a identidade do operador do aparelho.O Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97) já prevê a utilização do bafômetro para testar o nível de álcool em motoristas que possam estar sob a influência da bebida. No entanto, Nelson Goetten lembra que o condutor não é obrigado a fazer para teste, já que a Constituição garante o direito de ele não se auto-incriminar. Segundo o parlamentar, a disponibilidade e o uso opcional do instrumento podem convencer um número maior de pessoas a utilizá-lo. "A sociedade cobra maior responsabilidade dos consumidores de bebidas alcoólicas. Com a medida, os próprios estabelecimentos comerciais também se empenharão em contribuir para controlar os excessos", avalia. TramitaçãoO projeto será analisado, em
caráter conclusivo, pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.Íntegra da proposta:- PL-3999/2008Notícias anteriores:Fotos e testemunhas poderão servir como prova no trânsitoCâmara mantém restrição à venda de bebidas em rodoviasProjeto reduz o rigor da Lei Seca
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Câmara

PETRÓLEO & GÁS

Preço do petróleo caiu pela metade em um mês; entenda por quê

O preço do petróleo caiu pela metade em um mês, indo de US$ 120 para US$ 66,75 na Bolsa de Nova York. O motivo que levou a essa mudança brusca divide a opinião de especialistas.Segundo um estudo feito pelo analista do setor de petróleo da Corretora Souza Barros Clodoir Vieira, no momento que o barril de petróleo atingiu o pico máximo de pontuação, de US$ 140 (em junho), a cada dez contratos, apenas um tinha a liquidação física realizada."Isto significa que na época havia uma especulação muito forte, todo mundo achava que o preço do barril iria explodir", afirma.A opinião é compartilhada pelo analista da corretora Agora Sênior Luiz Otávio Broad."A subida do petróleo para US$ 140 certamente foi especulação, até porque, quando começou essa escalada, já existia um cenário de provável desaquecimento da economia e redução da demanda e mesmo assim o barril subia forte. Com o agravamento da crise, a procura passou a cair efetivamente e as posições especulativas em cima do petróleo foram desmontadas", afirma.Mas, para o analista da consultoria Tendências Walter de Vitto, existiram outras forças maiores que levaram o petróleo do "céu ao inferno" nas últimas semanas."Sempre existiram pessoas apostando no petróleo, mas não dá para dizer que a disparada ou o desabamento dos preços foi uma conseqüência da especulação. Acredito que quem especula pode apenas acelerar o movimento de flutuação dos preços, para cima ou para baixo, mas não ser o causador desse fenômeno", diz.Vitto avalia que houve dois principais fatores que contribuíram para que a cotação do barril despencasse à metade em um período de tempo tão curto.A demanda por petróleo é muito sensível ao desempenho da economia. Como houve uma deterioração no quadro de crescimento mundial, com a escassez de crédito e queda da intenção de consumo, algumas indústrias já reduziram seus investimentos e cortaram parte da demanda por petróleo, pressionando os preços para baixo.Na outra ponta, a valorização expressiva do dólar frente às demais moedas também contribuiu para o abrandamento nos preços do petróleo."O petróleo é vendido em dólar, e, quando a moeda se valoriza, o produto fica mais caro para quem opera com outras divisas e, por isso, é preciso que o barril fique mais barato para haver um equilíbrio"Na opinião da analista da corretora Ativa Mônica Araújo, existe uma terceira causa responsável por reduzir os preços do petróleo, que é a sensação de insegurança que se proliferou entre os investidores."Todas as commodities têm seus negócios baseados em perspectivas de crescimento da economia. Como esse cenário hoje é uma incógnita, os investidores optam por tirar seus recursos do mercado de petróleo, no caso, para alocá-los em aplicações consideradas mais seguras em momentos de crise, como os títulos do Tesouro norte-americano", diz.PreçosSe a recessão nos Estados Unidos se concretizar, o preço do petróleo pode cair a preços mais baixos do que os que estão sendo observados nos últimos dias, por conta de uma desaceleração mais profunda da demanda, explicam analistas do setor de energia.Segundo Luiz Otávio Broad, os Estados Unidos correspondem a 25% da demanda total por petróleo e derivados no mundo. Portanto, qualquer problema mais grave na economia norte-americana, sobretudo uma recessão, deverá causar impactos importantes na cotação da commodity."Sempre diziam que o preço do petróleo era ditado pelo consumo na China. Mas a demanda chinesa equivale a apenas 10% de todo o mercado, portanto, não é tão representativa como a dos Estados Unidos e não deve ser responsável por manter um preço muito alto", afirma.Broad."Os países emergentes devem continuar sustentando o mercado de petróleo, mas, se as economias desenvolvidas pararem de crescer como está sendo previsto, a demanda será afetada de forma incisiva e vai causar queda nos preços, porque esses países têm um peso importante", diz o analista do setor de petróleo da Consultoria Tendências, Walter de Vito.Com a redução no nível de atividade econômica mundial,a projeção é que os preços do petróleo continuem abaixo de US$ 100, a menos que haja um problema de oferta muito grande, como uma explosão em dutos, que seja capaz de causar nova alta nos preços."Vejo o preço do petróleo entre US$ 70 e US$ 80 até o fim do primeiro semestre, pelo menos. Acima disso, já é caro", diz Vieira.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por UOL Notícias

Irã deve ser país mais afetado por baixa de petróleo, dizem analistas

O Irã deve ser o mais afetado entre os países produtores de petróleo com a queda do preço do produto causada pela crise econômica global, segundo analistas ouvidos pela BBC Brasil."A indústria iraniana já sofre por falta de investimentos e a redução do preço do petróleo sem dúvida terá conseqüências para o orçamento interno", afirma Abdel Moneim Said, diretor do Centro de Estudos Políticos Al Ahram, no Cairo, que lembra que o Irã já vinha sofrendo por causa das sanções internacionais impostas contra o país.Para o diretor do centro político jordaniano Al Quds, Oraib Al Rantawi, os programas militares e nuclear iranianos vão ser os mais afetados."O programa nuclear do Irã deve se tornar mais vulnerável à pressão internacional", afirma ele.GolfoOs analistas divergem quanto às possíveis conseqüências políticas da queda do preço do petróleo nos outros países produtores. "Os países do Golfo não vão ser afetados. Eles possuem mais de US$ 1 trilhão em reservas e seu problema é como gastar esse dinheiro", diz Said. Já Al Rantawi acredita que esses países podem ver um aumento da instabilidade interna se a crise se prolongar."Existem muitos motivos para a instabilidade na Arábia Saudita e estes focos de problema são mantidos sob controle pelo poderio econômico", disse ele. "Os países do Golfo perderam praticamente metade de suas receitas nas últimas semanas e, se o preço do petróleo continuar caindo, será um sério teste para sua estabilidade interna", afirma Rantawi.OpepA Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) se reúne nesta sexta-feira em Viena para discutir o corte na produção de petróleo como medida para evitar que o preço do produto continue a cair.A crise financeira internacional vem sendo responsabilizada pela queda das últimas semanas no preço do combustível, que estava sendo negociado a US$ 65,48 o barril em Londres na quinta-feira, uma redução de mais de 50% em relação a julho de 2007. Em 2007, o produto alcançou a maior alta de todos os tempos, sendo comercializado a US$ 147,5.Espera-se que países como o Irã e a Venezuela pressionem por um corte de 2 milhões de barris por dia, enquanto que os países do Golfo, liderados pela Arábia Saudita, devem defender uma redução menor.No entanto, a possibilidade de cortes foi criticada pelo primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, que classificou qualquer eventual redução como "escandalosa".Os cortesApesar de sinalizarem com um corte na produção, os países da Opep têm um histórico de produzir mais petróleo do que o estipulado por suas próprias metas. Analistas calculam que atualmente sejam produzidos mais de 200 mil barris por dia além das metas oficiais da Opep. O presidente da Opep, Chakib Khelil, disse que, embora o corte deva ser discutido, existe a preocupação de não se adotar qualquer atitude que possa agravar a crise econômica global.Um possível cenário é que os países decidam por uma redução agora e outra em dezembro, se existir a necessidade, quando se reunirem na Argélia. "O preço deve se estabilizar entre US$ 75 e 100, o que é muito bom para os países do Golfo por causa do baixo custo da produção e seus relativamente modestos gastos internos", afirma o analista egípcio Abdel Said.A Opep responde por cerca de 40% do petróleo mundial, produzindo diariamente quase 29 milhões de barris. A organização inclui Argélia, Angola, Equador, Irã, Iraque, Kuwait, Líbia, Nigéria, Catar, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Venezuela.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por BBC Report

Produtores "radicais" querem cortar dois milhões de barris
Os produtores de petróleo deverão anunciar, esta sexta-feira, a redução da produção diária de crude para travar a descida do preço do petróleo. Só não se sabe se o corte é de um milhão a dois milhões de barris por dia, como pedem a Venezuela ou o Irão, ou menor, como deverá defender a Arábia Saúdita. Certo é que a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) de antecipar a reunião marcada para 18 de Novembro, em três semanas, está a influenciar as cotações do petróleo, que estão em sentido descendente há três meses meses. Depois de ter atingido o valor mais alto de sempre, ao cotar nos 147,50 dólares, a 11 Julho, o crude desvalorizou perto de 60%, entre Julho e Outubro, e está 19% abaixo dos valores registados em 2007, por esta altura.A hipótese de corte na produção voltou a inflacionar o petróleo. Ontem, o Brent, em Londres, ganhou mais de 4%, tendo sido negociado a 67,11 dólares. Em Nova Iorque, o "light sweet crude" fechou em alta de 1,09 dólares, nos 67,84 dólares, depois de ter tocado durante o dia, o valor mais baixo desde 13 de Junho de 2007, nos 65,90 dólares.A garantia do corte na produção foi dada pelo presidente em exercício da OPEP. "Nós vamos cortar. Em quanto? Não sabemos. É a única coisa que vamos decidir hoje", explicou o ministro argelino do Petróleo, Chakib Khelil. O responsável realçou, também, que a OPEP está empenhada em evitar que a redução da produção agrave a crise financeira mundial.Confrontados com a crise e a queda da procura dos países emergentes, e depois de terem investido fortemente em infra-estruturas para aumentar a capacidade produtiva, a facção mais dura da OPEP, Irão, Líbia, Venezuela exigem cortes na produção entre um a dois milhões de barris diários. Uma redução que, para o gestor da Partex, António Costa e Silva, "é muito significativa e levaria a uma subida acentuada do preço do petróleo". Lembra, contudo, que a Arábia Saúdita, o maior produtor de petróleo do mundo e que "domina" a OPEP, não adiantou metas de redução. "É um país mais moderado. Se decidir reduzir em 500 mil barris diários não provoca muitos problemas no mercado". A Venezuela adiantou igualmente que o preço médio do barril de crude deveria fixar-se entre 80 e 100 dólares, enquanto o Iraque sugeriu uma média de 90 dólares.Valores que, na análise de António Costa e Silva, afastam a possíbilidade de, a curto prazo, o preço dos combustíveis no consumidor, como o gasóleo, recuarem abaixo de um euro, como recentemente anunciou o Governo espanhol.Para esta descida se verificar, o preço do barril de crude teria de se situar nos 50 dólares, meta que, segundo Costa e Silva, só deverá ser alcançada no final deste ano ou início de 2009.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Jornal de Notícias

Os cortes de produção da Opep em cada país

Os ministros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) decidiram reduzir nesta sexta-feira a produção em 1,5 milhão de barris diários.O corte entrará em vigor em novembro para frear o "dramático colapso dos preços", informou o presidente da Opep, Shakib Khelil, que também é ministro do Petróleo da Argélia. O corte significa que a Opep reduzirá sua produção de 28,8 mbd a 27,3 mbd, para responder a previsões de queda da demanda, provocada pela recessão que afeta vários países da Europa e se aproxima dos Estados Unidos.A redução será proporcional à produção de cada país membros.Volume das reduções por país (em barris diários, bd):Arábia Saudita 466.000 bdIrã 199.000Emirados Árabes Unidos 134.000Kuwait 132.000Venezuela 129.000Nigéria 113.000Angola 99.000Líbia 89.000Argélia 71.000Qatar 43.000Equador 27.000Total 1.500.000 bd
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência AFP

Crise vai comprometer projetos do Brasil no pré-sal, diz Opep
O desenvolvimento dos campos de petróleo em águas profundas na plataforma continental do Brasil deverá ser adiado, num momento em que a crise do crédito dificulta o financiamento de projetos, disse Chakib Khelil, presidente da Opep.O desenvolvimento dos campos petrolíferos brasileiros em águas profundas deverá envolver um investimento de US$ 100 bilhões, para o qual é necessário obter financiamento de bancos estrangeiros, disse hoje em Viena Khelil, que é também ministro do Petróleo da Argélia. O principal executivo da Petrobras, José Sergio Gabrielli, disse no dia 20 que parte dos projetos da empresa deverá ser adiada devido à crise internacional do crédito."Muitas empresas não vão obter financiamento para desenvolver campos", disse Khelil. Os preços do petróleo bruto se reduziram a menos da metade desde seu recorde, de US$ 147,27 o barril, alcançado a 11 de julho, e essa queda deve também afetar alguns projetos. Os projetos canadenses de extração de petróleo do arenito betuminoso exigem preços de US$ 90 o barril e as prospecções em águas profundas, a cotação de US$ 70 o barril para serem viáveis, segundo Khelil.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Folha de S. Paulo

Petróleo no preço atual já inviabiliza explorar pré-sal
A queda do petróleo - que ontem fechou em US$ 67,84 o barril, 53% abaixo do recorde de US$ 147,27 - pode postergar o sonho da Petrobras de extrair, em grande escala, o petróleo na camada pré-sal do litoral brasileiro, a maior descoberta já ocorrida no mundo em 30 anos. Analistas ouvidos pela Gazeta Mercantil dizem que o barril entre US$ 50 e US$ 70 inviabiliza a exploração na região. "O bilhete continua premiado, mas a retirada do prêmio pode demorar", afirmou o analista Adriano Pires, para quem o petróleo a US$ 70 já impede a extração no pré-sal. José Marcusso, diretor da Petrobras, porém, disse que "qualquer especulação sobre a viabilidade da região ainda é prematura". A estatal prevê explorar comercialmente o óleo só em 2015. Ontem, o presidente da Opep afirmou que a crise financeira mundial adiará a exploração na fronteira brasileira.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Gazeta Mercantil

Os desafios do mercado interno de gás natural

O gás natural (GN) é o produto cuja participação mais cresceu na matriz energética brasileira nos últimos 30 anos. Passou de 0,3% em 1970 para 9,3% em 2007, um crescimento de 3.000%. As recentes descobertas do pré-sal abriram uma nova perspectiva para o infante mercado de GN em expansão no País. A auto-suficiência e a transformação do Brasil em exportador de gás passaram a fazer parte das previsões de respeitados especialistas. Nesta conjuntura, a assinatura dos contratos de fornecimento da Petrobras com as distribuidoras estaduais de gás natural irá interferir decisivamente na formatação deste mercado promissor e na vitalidade dos seus atores. Em 2007, quando se iniciaram as celebrações dos termos de compromisso da Petrobras com as distribuidoras para o fornecimento de gás, uma realidade estava posta para os agentes: a participação cada vez maior das térmicas no uso de GN como complemento do sistema de geração elétrica. Um importante dilema se colocou: como compatibilizar a expansão da demanda, com restrição de oferta, a prioridade governamental de fornecimento de gás para o setor elétrico e o compromisso das distribuidoras com o mercado, principalmente no fortalecimento das políticas estaduais de desenvolvimento industrial proporcionadas pelo gás.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Gazeta Mercantil

Projeções para os papéis da Petrobras sentem o peso dos desdobramentos da crise
Há cerca de dez meses, uma série de análises extremamente otimistas davam a impressão de que 2008 seria o ano da Petrobras. Eufóricos com os primeiros indícios dos gigantescos poços descobertos pela estatal, os analistas contavam com projeções altamente favoráveis para a companhia e seus papéis nos próximos meses.O desempenho dos ativos em 2007 corroborava ainda mais o otimismo. Impulsionadas principalmente pela descoberta no campo de Tupi e pelos altos preços do petróleo, tanto as ações preferenciais (PETR4) quanto as ordinárias (PETR3) da petrolífera encerraram o ano com altas superiores a 80%, bem acima da variação do Ibovespa no período.Entre tantas referências positivas, era praticamente consenso que a trajetória de ganhos da empresa ia continuar. No entanto, o tempo foi passando e, junto com ele, o cenário que antes parecia magistral se transformou em um dos piores já vistos nos últimos tempos. Culpa da crise.Avaliações sentem o peso da criseAssim como no início do ano, o termômetro para o atual cenário da Petrobras pode ser dado pelas opiniões dos especialistas. A diferença é que agora o teor dos comentários não é mais tão animador como há alguns meses. Basta olharmos as últimas avaliações que a percepção mais cautelosa fica evidente.De um modo geral, a desaceleração da economia global e conseqüente redução nos preços do petróleo têm sustentado uma percepção cada vez mais cuidadosa dos analistas com os ativos da companhia no curto prazo, ainda mais tendo em vista a forte volatilidade que perdura nos mercados.A queda recente das ações e ADRs (American Depositary Receipts) da petrolífera também é levada em conta. Somente em outubro, os papéis ordinários e preferenciais listados na BM&F BOVESPA acumulam expressiva desvalorização de mais de 33%, desempenho parecido ao verificado nos títulos negociados na Bolsa de Nova York.Diante deste nebuloso contexto, as avaliações envolvendo a Petrobras foram prejudicadas e, nos últimos 30 dias, nada menos que 4 instituições - entre corretoras e bancos de investimento - decidiram reduzir seus preços-alvo para os ativos da estatal.4 cortes em menos de 30 diasA primeira a cortar as projeções foi a Merrill Lynch. Na ocasião, os analistas do banco afirmaram que o forte aumento da aversão global ao risco diminuiu de forma considerável o potencial de valorização dos ativos do setor.Em seguida, a Itaú Corretora também reduziu seu target afirmando que o menor crescimento da produção doméstica de petróleo, uma significativa redução adicional na produção internacional da commodity e os maiores custos de extração deverão impactar negativamente os resultados da Petrobras.O Citigroup apontou a expectativa de redução dos investimentos previstos no plano estratégico da companhia em função da crise, além da forte queda nos preços do petróleo e do baixo patamar de seus ativos.Já o Credit Suisse, última instituição a diminuir as projeções da petrolífera, levou em conta a expectativa de que os reduzidos preços do óleo bruto possam impactar negativamente os próximos resultados da empresa.Vale mencionar também que, durante o período, Unibanco e Banif introduziram seus preços-alvo para as ações da Petrobras. A exemplo das instituições acima, ficou evidente certa cautela para o curto prazo em seus relatórios.Sincronia também nas recomendaçõesSe por um lado os analistas demonstram sincronia em suas projeções para os papéis, o mesmo pode ser dito para as perspectivas de longo prazo para a Petrobras. Neste quesito, a cautela dá lugar novamente ao otimismo do passado, baseado principalmente nos resistentes fundamentos da companhia. As recomendações para os ativos não deixam dúvidas.Para os especialistas, após o desfecho da crise, os investidores voltarão a focar os bons fundamentos da empresa e as boas expectativas em torno das reservas descobertas. Além disso, consideram que o atual patamar dos papéis sustenta uma oportunidade de compra sem precedentes.Segundo o Credit Suisse, a petrolífera brasileira continua como uma das melhores opções de investimento do mundo em seu setor no longo prazo, principalmente graças ao forte potencial de exploração e produção das novas descobertas da região do pré-sal.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por UOL Notícias

MERCADO DE ETANOL

SP pode ampliar créditos de ICMS a frigoríficos e sucroalcooleira
O governo do Estado de São Paulo estuda três projetos pontuais para liberar ao menos R$ 465 milhões em créditos retidos de exportação do Imposto de Circulação sobre Mercadorias e Serviços (ICMS) para financiar e dar capital de giro aos grupos frigoríficos
Bertin e Minerva e à companhia sucroalcooleira Açúcar Guarani. Com a escassez de recursos após a crise internacional, as companhias pediram, nos processos já protocolados na Secretaria da Fazenda de São Paulo, a liberação mensal acima dos R$ 4 milhões autorizados em créditos do ICMS retidos. O Grupo Bertin, por exemplo, que tem R$ 260 milhões em créditos, pediu R$ 225 milhões divididos em parcelas mensais de R$ 12,5 milhões, ao longo de um ano e meio. Os recursos seriam investidos no projeto de ampliação da unidade de Lins (SP), sede do frigorífico, para finalizar a construção de uma linha de pratos prontos. O Minerva, com sede em Barretos (SP), solicitou em torno de R$ 120 milhões para serem injetados na joint venture com a irlandesa Dawn Farms Food, na cidade.Já a Açúcar Guarani também pediu a liberação de R$ 120 milhões ao governo paulista. A empresa pretende aplicar o recurso no projeto de ampliação da estrutura de co-geração de energia elétrica de uma de suas unidades sucroalcooleiras. A resposta do governo é aguardada para até o início de novembro.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Estado

Grã-Bretanha quer produzir biocombustíveis de algas
A agência do governo britânico responsável por promover uma economia com menos emissões de carbono, a Carbon Trust UK, anunciou planos de desenvolver biocombustíveis feitos a partir de óleo de algas.A organização planeja comercializar o produto como alternativa aos combustíveis fósseis até 2020. No momento, a agência quer recrutar cientistas especialistas em algas para desenvolver o "óleo verde". O desafio é produzir o combustível de algas em larga escala e com custo viável.A Carbon Trust acredita que biocombustíveis de alga têm potencial para substituir até 12% dos combustíveis usados em aviões, ou 6% do diesel usado em estradas em todo o mundo, até 2030.A quantia seria equivalente a uma redução de emissão de 160 milhões de toneladas de gás carbônico por ano em todo o mundo, com um valor de mercado de mais de 15 bilhões de libras (cerca de R$ 57,2 bilhões).Alternativa sustentável"Nós precisamos encontrar uma alternativa economicamente viável e sustentável para nossos carros e aviões, se formos cortar as emissões de carbono ao nível necessário para combater as mudanças climáticas", disse Mark Williamson, diretor de Inovações da Carbon Trust."As algas podem providenciar uma parte significativa desta resposta e representam uma oportunidade multibilionária." A agência estima que, se o projeto for bem sucedido, as algas poderiam garantir de 6 a 10 vezes mais energia por hectare do que as plantações para a produção de biocombustíveis convencionais, e reduzir em até 80% as emissões de carbono em relação aos combustíveis fósseis.Além disso, a Carbon Trust alega que, ao contrário da matéria prima dos biocombustíveis tradicionais, as algas podem ser cultivadas em terras não aráveis, usando água do mar ou do esgoto. "Assim o uso da alga como matéria prima de biocombustível evita muitos dos impactos ambientais, ecológicos e sociais negativos associados à primeira geração de biocombustíveis", diz o comunicado da agência. Para o secretário britânico dos Transportes, Andrew Adonis, "todo mundo concorda que para combater mudanças climáticas precisamos desenvolver combustíveis novos e mais limpos. Mas está claro que os biocombustíveis só vão ter um papel nesta questão se eles forem produzidos de maneira sustentável". O projeto quer acelerar a comercialização do biocombustível feito de alga em duas fases. A primeira será identificando as melhores espécies para o produto e métodos de produção que maximizem os resultados; e a segunda, prevendo a construção de uma usina para testes e demonstração.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por BBC Report

Empresa americana adapta duto de gasolina para transportar etanol
A Kinder Morgan Energy Partners, empresa americana que atua no transporte de combustíveis por dutos, fez o que é considerado um desafio extremo pelas empresas de seu ramo nos Estados Unidos (EUA): transportar etanol por tubulações também utilizadas para levar gasolina. Por meio de adaptações simples, a companhia passou a usar um duto de gasolina entre Orlando e Tampa, na Flórida, para testar o escoamento de etanol e, devido ao sucesso da iniciativa, pretende operar o sistema para valer, com os dois combustíveis alternadamente, a partir de novembro.O consultor de emissões e tecnologia da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Alfred Szwarc, diz que o uso de tubulações para combustíveis é a maneira mais econômica e ambientalmente correta para o transporte de grandes volumes. "O resultado conseguido pela Kinder Morgan reproduz um procedimento conhecido no Brasil há várias décadas e que poderá ser seguido por outras empresas distribuidoras, seja nos EUA ou em outros países, com ganhos para os consumidores, graças à redução dos preços", afirmou Szwarc. "Isso tende a aumentar a competitividade do etanol e, com isso, o impacto positivo de seus benefícios ambientais".Os operadores de dutos americanos têm sido relutantes com a idéia de trafegar etanol pelas mesmas tubulações usadas para derivados de petróleo, alegando riscos de danos aos dutos e contaminação dos combustíveis fósseis. Apesar disso, há 18 meses a Kinder Morgan está testando e adaptando os dutos da Flórida, nos quais já injetou mais de US$ 10 milhões em melhorias tecnológicas, incluindo a substituição de peças e componentes, como conectores e selagem.Além disso, para não comprometer a qualidade dos produtos, antes de trocar o combustível que vai ser transportado, um equipamento chamado "pig" realiza uma varredura mecânica e química do duto, eliminando resíduos. Foram transportados pelo duto da Kinder Morgan na Flórida, no início de outubro de 2008, o equivalente a 5 mil barris de etanol.Até agora, o transporte de biocombustíveis nos Estados Unidos ocorria apenas por caminhões-tanque, vagões de trem e embarcações. Já havia, porém, uma preocupação de buscar alternativas economicamente viáveis para acompanhar o crescimento constante do setor de combustíveis renováveis.Apesar dos testes bem-sucedidos da Kinder Morgan, sabe-se que a empresa e também suas concorrentes ainda terão que ampliar significativamente o transporte de etanol em dutos para tornar essa prática uma operação tão trivial com biocombustíveis quanto é com derivados de petróleo.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por UNICA

Análise: Etanol deixa de ser visto como vilão do preço do milho
A forte demanda por milho de produtores de etanol nos Estados Unidos foi considerada o catalisador para os futuros do cereal atingirem altas recordes em junho, mas desde então a queda das commodities mostra que aquela idéia estava errada."Os preços recordes foram uma bolha especulativa", disse Stewart Ramsey, economista sênior da Global Insight."Tivemos várias razões para os preços subirem, e muito, e a utilização de etanol foi uma delas", completou.Os preços dos alimentos nos EUA, que normalmente sobem 2,5 por cento por ano, avançaram 4 por cento em 2007, o maior aumento em 17 anos. Os preços mundiais dos alimentos saltaram 40 por cento, causando distúrbios e estocagens de produtos em alguns países.O governo estimou que os preços dos alimentos nos EUA subirão 5,5 por cento neste ano e 4,5 por cento em 2009.Os futuros do milho na bolsa de Chicago atingiram o recorde de 7,65 dólares por bushel para o contrato referencial no final de junho. Mas o preço do contrato spot agora é negociado por volta de 3,85 dólares.O uso do milho para produzir etanol nos EUA de fato influencia o preço do grão. Analistas, incluindo alguns do setor de álcool, afirmam que a demanda adiciona de 75 centavos a 1 dólar por bushel ao preço do milho.Essas estimativas indicam que o milho a 4 dólares por bushel pode ser precificado a apenas 3 dólares sem a demanda por álcool.Uma lei federal exige a produção de 9 bilhões de galões de biocombustíveis neste ano e de 10,5 bilhões no ano que vem. A exigência passa para 36 bilhões de galões até 2022, com a oferta de etanol a partir de milho limitada a 15 bilhões de galões.É preciso cerca de 1 bushel de milho para produzir 2,8 galões de etanol.O Departamento de Agricultura registrou 4 bilhões de bushels de milho, ou cerca de um terço da safra dos EUA neste ano, indo para a produção de etanol no ano que vem, contra 3 bilhões de bushels, ou 23 por cento da safra recorde do ano passado de 13,1 bilhões.DINHEIRO VAI PARA COMMODITIESAnalistas afirmaram que os altos preços do milho são um sintoma de grandes mudanças nos investimentos, passando para o milho e outras commodities. Quando grandes quantidades de dinheiro começaram a deixar as ações há alguns anos, os mercados de commodities, como os futuros de milho, começaram a subir."Houve uma bolha especulativa no mercado, e essa foi uma das grandes coisas que aconteceram no mercado, de que os mercados acionários não estavam bons, e por um tempo o dinheiro foi para commodities", disse Ramsay.Por volta de meados de fevereiro, investidores não comerciais, incluindo especuladores, índices e fundos de hedge, detinham quase 484 mil posições compradas em futuros de milho na CBOT, ou 2,42 milhões de bushels de milho.Isso seria o suficiente para produzir mais de 6,7 bilhões de galões de etanol e mais de 20 milhões de toneladas de ração animal, de acordo com a Associação de Combustíveis Renováveis.Em outubro esses investidores tinham cerca de 240 mil posições compradas no mercado de milho, menos da metade do nível visto na primavera e início do verão, disse a associação."Tínhamos estoques de milho adequados, não havia escassez, não era esse o problema", disse Don Roose, analista e presidente do U.S. Commodities."O que temos é que o dólar caiu tanto, o petróleo subiu e isso inflou um monte de coisas...".A capacidade dos EUA de produzir etanol subiu 60 por cento desde o ano passado, para 11,2 bilhões de galões por ano, e se todas as novas usinas e expansões entrarem em produção, a capacidade total será de 13,8 bilhões.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Reuters


MERCADO DE ENERGIA

Brasil está próximo de acordo com a União Européia em fusão nuclear
O Brasil ficou mais próximo de um acordo com a Comunidade Européia de Energia Atômica (Euratom) no domínio específico de fusão nuclear, faltando resolver alguns aspectos de propriedade intelectual, segundo diplomatas. O acordo dará ao Brasil acesso ao consórcio internacional que desenvolve a tecnologia do futuro para geração de eletricidade renovável e limpa através da fusão nuclear. O embaixador brasileiro na União Européia, Ricardo Neiva Tavares, estima que a área do relacionamento bilateral que mais tem avançado nos últimos tempos é justamente no campo da ciência e tecnologia. Uma delegação brasileira levou à União Européia a mensagem de que o país quer participar do Euratom, mas que precisa agora submeter a uma comissão interministerial o anexo de propriedade intelectual proposto pela UE. Os europeus são normalmente mais exigentes do que as regras previstas em acordos internacionais, sobretudo quando se trata de produção científica e inovação. Mas diplomatas dizem que as cláusulas do anexo são muito parecidas com o documento que estabeleceu a cooperação de ciência e tecnologia entre os dois parceiros, em 2004. Para o diretor do Departamento de Temas Científicos e Tecnológicos do Itamaraty, ministro Hadil da Rocha Vianna, as cláusulas propostas pelos europeus são mais de procedimento do que de substância, como nomeação de funcionário para questões de propriedade intelectual. O Brasil se comprometeu a dar uma resposta até o início de dezembro aos europeus, depois de passar um pente fino no anexo. Se tudo der certo, o acordo poderia ser assinado no primeiro trimestre de 2009. O entendimento com a Euratom é pré-requisito para o Brasil participar do projeto do Reator Experimental Termonuclear Internacional (Iter, em inglês), que está sendo construído na França. O projeto de pesquisa e desenvolvimento visa demonstrar que é possível técnica e cientificamente a fusão nuclear, ou seja, reproduzir reações de fusão que acontecem em estrelas, para produzir energia limpa. Os parceiros do projeto são a UE, o Japão, a China, a Índia, a Coréia do Sul, a Rússia e os Estados Unidos. Só que para aderir, o Brasil precisa pagar sua cota de pelo menos US$ 1 bilhão. Será então outra negociação, porque o país quer pagar com produto, por exemplo com nióbio, material usado no reator em construção no sul da França. Na cooperação com os europeus, Bruxelas se mostrou muito interessada, como todos os outros países, em pesquisa envolvendo etanol, quando havia a febre por biocombustível. Já o Brasil quer também alavancar as atividades de cooperação em outras três áreas: fusão nuclear, nanotecnologia e tecnologia da informação e comunicação. No fim de reunião ontem em Bruxelas, o embaixador Ricardo Neiva propôs que o Brasil e a União Européia cooperem na área científica com terceiros países, sobretudo da África. A delegação brasileira foi composta de representantes do Ministério da Ciência e Tecnologia, Itamaraty, Comissão Nacional de Energia Nuclear, Ipea, CNPq, Fiocruz, Embrapa e Conselho Nacional das Fundações de Amparo e Pesquisa, refletindo a importância dada ao tema.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Valor Econômico

Portugal: CPLP deve usar experiência do Brasil em energia, diz líder
Os membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) devem refletir em conjunto sobre o problema energético e aproveitar a experiência do Brasil no setor, defendeu em Brasília o secretário-executivo da organização, o guineense Domingos Simões."O nível de desenvolvimento que o Brasil apresenta nessa matéria é simplesmente espantoso e é quase um atentado não colocar esta experiência à disposição dos demais Estados, até porque todos têm problemas graves a nível energético", salientou à Lusa Domingos Simões, que faz visita oficial ao Brasil.Atualmente, o Brasil e os Estados Unidos são responsáveis por 81% da produção mundial de biocombustíveis, seguidos pela União Européia, Índia e China.O Brasil, porém, é o único com potencial para se transformar em exportador por causa da abundância de terras e da maior produtividade do etanol a partir da cana-de-açúcar, em comparação com o etanol de milho ou de beterraba.O Brasil é o primeiro país que Domingos Simões visita desde que assumiu o cargo, há dois meses, em substituição do cabo-verdiano Luís Fonseca."Antes da elaboração do nosso primeiro plano de intervenção queremos ter em conta o que pensam as autoridades de cada um dos países", disse Domingos Simões, que cumpriu em Brasília uma extensa agenda na terça e quarta-feira.Reafirmou, no entanto, pretender incrementar a cooperação dos oito países da CPLP nas áreas de formação profissional, cultura, agricultura e energia.Domingos Simões citou que, após 12 anos de existência, "é preciso transformar a CPLP, que até hoje é uma comunidade de nações, numa comunidade de povos" e para isso é fundamental que os cidadãos dos diferentes países se conheçam melhor."Precisamos criar uma interação muito forte entre os cidadãos desta comunidade e, nesse sentido, é quase um consenso a necessidade de se criar um portal da CPLP na internet. Mas queremos ir mais longe. Já estamos a falar da TV da CPLP, da produção conjunta de documentários", disse à Lusa.Domingos Simões defendeu ainda uma maior circulação de obras literárias entre os países lusófonos e a necessidade de "criar ecos de ressonância do Instituto Internacional de Língua Portuguesa (IILP) em todos os Estados-membros".No encontro com o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Celso Amorim, o representante da CPLP discutiu o plano estratégico que está a ser desenvolvido em Nova York pelas missões dos países de língua portuguesa para transformar o português numa das línguas oficiais das Nações Unidas.Domingos Simões tem o retorno a Lisboa previsto para sábado. Integram a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Lusa Agência de Notícias- Portugal

MERCADO DE BIODIESEL

Fapemig investirá R$ 3,9 milhões em biocombustíveis
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) anunciou na quarta-feira (22/10) que destinará R$ 3,9 milhões aos projetos aprovados no edital 14/2008, do Programa Mineiro de Desenvolvimento Tecnológico e Produção de Biocombustíveis.Foram 21 propostas aprovadas, voltadas para o desenvolvimento e a transferência de tecnologia de alternativa energética para os combustíveis fósseis.Dentre as instituições beneficiadas se destacaram a Universidade Federal de Lavras e a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, cada uma com cinco propostas aprovadas. A Universidade Federal de Viçosa teve três propostas aprovadas.Segundo a Fapemig, o programa pretende criar novas oportunidades de investimentos, que resultem na redução da pobreza e na expansão do desenvolvimento econômico do estado.As instituições que tiveram propostas aprovadas deverão atualizar seu credenciamento na fundação até dez dias corridos da publicação dos resultados, sob pena de desclassificação das propostas.Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Fapesp

ANP fará mais dois leilões em novembro
O Ministério de Minas e Energia (MME) publicou hoje portaria com as definição das diretrizes dos próximos leilões para contratação de biodiesel destinado à reposição de estoque no primeiro trimestre de 2009. Os leilões ainda não têm data marcada, mas deverão ocorrer em novembro.Caberá à Agência Nacional do Petróleo (ANP) definir a data e realizar as licitações. Serão leiloados, ao todo, 330 milhões de litros de biodiesel para entrega entre 1 de janeiro e 31 de março.No primeiro leilão, serão negociados 264 milhões de litros de produtores que detenham o Selo Combustível Social pequenos produtores, a maioria da agricultura familiar. No segundo leilão, destinado à contrataçào dos 66 milhões de litros restantes, poderão participar todos os demais produtores, desde que detenham autorização da ANP e da Receita Federal do Brasil.Desde 1 de julho de 2008, o óleo diesel comercializado em todo o país recebe 3% de biodiesel, em atendimento a uma determinação do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) de março de 2008.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Último Segundo

MERCADO DE AÇUCAR & ÁLCOOL

A saída para a crise que passa o segmento canavieiro pode estar no associativismo
"Cooperativismo" foi a palavra de ordem do último dia de palestras do "2º Seminário de Políticas Públicas para o Setor Canavieiro do Nordeste e Agroenergia", que foi realizado pela Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), com apoio do Banco do Nordeste, Ministério da Agricultura e Sebrae-PB. A abordagem de boa parte dos palestrantes foi centrada na necessidade de união para superação da crise. O evento que reuniu produtores, estudiosos, representantes de associações de vários estados da federação, e autoridades políticas, foi encerrado no início da noite de anteontem (21), com a inauguração da galeria de ex-dirigentes da entidade que completou 50 anos de atuação.A primeira palestra do dia, que tratou da "Viabilização dos Produtores Independentes no Contexto Atual Mediante o Sistema de Cooperativas", o presidente da Cooperativa de Colonização Agropecuária e Industrial Ltda, Klécio José dos Santos, falou sobre a importância da união de classe em busca de seus objetivos e na superação de crises. "Fundada há 52 anos pelo francês René Bertholet, e localizada no sul de Alagoas, a Cooperativa de Pindorama comporta 30 mil hectares, divididos em 1.400 lotes, com uma população de cerca de 30 mil pessoas, sendo 1.100 delas associados, onde produzem diversas culturas (cana, frutas, piscicultura, etc.), com base em dois compromissos, assistência ao associado e geração de trabalho e renda para todos eles, além de tudo ser passado pelo controle de qualidade", contou Klécio. Ele destacou também que esse apesar da crise do setor, a cooperativa de Pindorama está entre as 100 maiores contribuintes de Alagoas e deverá chegar esse ano a um faturamento anual de R$ 100 milhões.Em seguida o secretário-executivo estadual da Agricultura, José Inácio de Morais, comentou os avanços do modelo cooperativado de Pindorama. "Tudo que aqui foi exposto é um estímulo para buscarmos medidas para adequar e superar nossas necessidades. E o que é bom deve ser copiado", argumentou o ex-dirigente da Asplan. O tema "A Embrapa e suas diretrizes para a pesquisa canavieira no contexto da agroenergia" foi apresentado pelo técnico da entidade, Antônio Santiago. Ele falou da criação da Embrapa e do acompanhamento que o órgão faz do setor sucroalcooleiro, seguido das diretrizes a serem implementadas, atais como planejamento estratégico, plano diretor, etc. "Estamos intensificando a pesquisa, ampliando os esforços de zoneamento e estendendo os postos para o desenvolvimento do setor, através de assistência de produção de energia e do programa de exportação de produtos", disse Antônio. Ele lembrou também que o Governo Federal, também vem gerindo, através da Ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, o Plano Nacional de Pesquisa de Desenvolvimento e Inovação do Etanol.O bloco de palestras da manhã foi encerrado como o tema "o Brasil como oportunidade para investimento Externo no Contexto da Produção de Bioenergia", pelo consultor jurídico, Manoel Gregório Maranhão, e debatido pelo professor da UFRPE, Francisco Dutra de Melo. "O Brasil é o projeto mundial concreto, pois somos fonte de produção de uma energia totalmente renovável, produzido a partir da cana-de-açúcar. Portanto, o produtor canavieiro deve se unir, para através do ambiente de cooperativas poder melhor vender sua produção, e ainda ter um poder de barganha para negociar seus insumos e defensivos agrícolas", alertou Gregório.As palestras da tarde foram ministradas por representantes da Confederação Nacional de Agricultura (CNA). Primeiramente, o Assessor Técnico, José Ricardo Severo enfocou os "Impactos da Produção dos Biocombustíveis na Produção de Alimentos". "Hoje temos 0,1% da área total do país plantada de cana-de-açúcar e mesmo se dobrarmos a nossa produção de etanol chegaríamos a apenas 1,2% de área cultivada. Com isso, fica claro que os biocombustíveis não são os vilões desse falta de alimentos", garantiu Ricardo, lembrando que a falta de alimentos deve-se a demanda de consumo por parte dos brasileiros e a solução é aumentar a produção para suprir essa carência.O encerramento dos trabalhos foi realizado pela economista e técnica da CNA, Rosemeire Cristina dos Santos, que tratou do tema "Perspectivas do Mercado de Insumos e seu Impacto na Produção Agrícola". "O preço tanto dos fertilizantes, quanto dos defensivos agrícolas tem aumentando no mundo inteiro, e isso se deu em virtude da própria expectativa de mercado das empresas que os produzem, que atuam num espaço bastante concentradas, ou seja, quase não possuem concorrentes, pois são apenas oito", contou Rosemeire. Ela lamentou pelo fato de que essa realidade não tem previsão de ser revertida muito breve. "Também não temos como comprovar que exista um cartel de preços para se combater na Justiça. A única medida paliativa a ser tomada a médio e longo prazo é lutarmos junto aos Ministérios para que seja desburocratizada a instalação de empresas que produzam produtos genéricos para competirem com os que ai estão", disse ela, justificando que as previsões mais otimistas apontam o ano de 2011 como o início da retomada do poder de compra dos produtores. Para o presidente da Asplan, Raimundo Nonato Siqueira, o seminário superou as expectativas e, apesar da necessidade de ter que substituir dois palestrantes de última hora, o nível das explanações e dos debates e a importância dos temas deram contribuições importantes para o produtor. "Saímos daqui municiados de informações novas e que com certeza nos ajudarão a tomar decisões mais acertadas para enfrentarmos os desafios que virão", concluiu ele.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Brasil Agro

Crise pode atrasar projetos de usinas de álcool
A crise internacional deve mesmo afetar o "xodó" da economia brasileira, o agronegócio. Os reflexos já começam a ser sentidos, sobretudo no caso da indústria sucroalcooleira, a nova aposta para o desenvolvimento de Mato Grosso do Sul. O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) já está atrasando a liberação de recursos para a construção de usinas.Outros projetos a serem financiados com recursos de fundos internacionais podem estar ameaçados, caso a economia não se normalize nos próximos meses. Ao todo, segundo o governo do Estado, Mato Grosso do Sul tem 43 projetos de usinas, previstos para inauguração até 2018. A crise preocupa até mesmo o berço da indústria da cana-de-açúcar, que é a região de Sertãozinho, em São Paulo. Produtores que formam a cadeia produtiva de agroenergia e de biocombustíveis de São Paulo se reúnem hoje em Sertãozinho para discutir com autoridades, lideranças e economistas a situação real da crise do setor, que já dá sinais de desaceleração de investimentos. A queda no preço do petróleo e os pedidos de recuperação judicial de duas das maiores indústrias produtoras de etanol de milho dos Estados Unidos (Gate Way Ethanol e Greater Ohio Ethanol), aumentaram o grau de preocupação dos usineiros. Eles alegam que já vivem uma situação de inadimplência em razão dos baixos preços praticados nos mercados de açúcar e álcool nas duas safras mais recentes. Em Dourados, o agropecuarista Celso Dal Lago disse nesta quinta-feira que a liberação de recurso do BNDES para a construção da Usina Dourados está atrasada. Ele constrói a usina para moer três milhões de toneladas de cana por ano, em Itahum, em sociedade com a Unialco, que já opera no interior de São Paulo. "É uma situação que nos deixa preocupados", diz Celso. Na opinião dele, os projetos que dependem de recursos internacionais estão em situação muito mais problemática e devem ficar em compasso de espera. A situação é critica em toda a cadeia do agronegócio, segundo Dal Lago. "Vai pegar todos os setores, não só o sucroalcooleiro, mas também a soja e o bovino", diz sobre a crise. Mas, ele acredita que, se o mercado normalizar, todos os 43 projetos podem sair do papel. "O Estado tem terra e estrutura para isto; a cana está sendo plantada. O que está faltando mesmo são os recursos para as indústrias", ressalta. Para construir uma usina do porte da de Dal Lago (médio/grande) são necessários em torno de R$ 400 milhões. Mas, de acordo com avaliação do economista Carlos Alberto Vitoratti, da C&G Consultoria e professor da Anhanguera, os projetos com previsão de recursos do BNDES não devem ser afetados. Segundo ele, o governo federal deve remanejar R$ 5,5 bilhões dos fundos constitucionais do Norte, Nordeste e Centro Oeste para o BNDES. Desta forma, o banco poderá atender todas as demandas previstas, inclusive das usinas. O remanejamento é necessário para suprir a queda na captação externa. O economista reconhece a crise, mas vê com otimismo o setor sucroalcooleiro. Ele acredita que a demanda de etanol deve crescer no Brasil e no mundo. "Quem está no ramo não vê muito esse problema", ressalta. Mas, reconhece, ao mesmo tempo, que alguns projetos podem não se concretizar. Mas Vitoratti acredita que 80% deles saiam do papel. Porém, um outro setor da agroenergia que deve ter problemas, segundo ele, é o biodiesel. "Os bancos tendem a ver atividades como esta [o biodiesel], que não estão consolidadas, como de risco", ressalta. Já o economista Leonardo Mussury acha que a crise afeta a economia com um todo. Ela gera desemprego e redução da demanda de consumo a atinge a produção. Com isso, o governo arrecada menos e tem de reduzir investimentos, segundo ele. "O governo já sabe que vai ter de reduzir gastos, mas quer manter os programas de transferência de renda, que consomem R$ 10 bilhões. Então vai ter de engessar a máquina, reduzir obras e cortar aumento de salários", explica. Nesse processo de reestruturação da economia, Mussury acha que pode faltar recursos para a conclusão dos projetos de usinas. E diz também que todo o sistema pode ser prejudicado. "Com o problema envolvendo índios, quilombolas e sem-terra, ninguém mais compra terra. Tem ainda o problema dos insumos, dos fertilizantes, por exemplo, que tiveram aumento grande de preço", ressalta.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Radio Grande- Mato grosso do Sul

Dilma sinaliza socorro do governo ao setor sucroalcooleiro
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, sinalizou ontem que o governo poderá socorrer o setor de açúcar e álcool, altamente endividado e sem crédito para conseguir refinanciamento, após um boom de expansão iniciado em 2003. A junção das crises de liquidez mundial e de preços não remuneradores obrigou muitas companhias do setor a adiar projetos, o que ameaça o investimento de US$ 33 bilhões estimado para novas usinas até 2012."Se ele (setor sucroalcooleiro) procurar (o governo) e mostrar onde está o problema de crédito, seguramente (poderá receber ajuda)", disse Dilma após palestra para empresários em São José do Rio Preto (SP). Ela avisou, no entanto, que o governo será criterioso na ajuda aos usineiros. Disse que eles precisam, antes, tentar resolver seus problemas com os bancos privados - para que liberem o dinheiro da redução dos depósitos compulsórios no Banco Central (BC)."Nós achamos importantíssima a presença dos bancos privados neste momento. Achamos que os bancos privados, com a liberação do compulsório, têm de emprestar. Não há porque o Brasil assumir um risco de crédito que não é dele e não pode haver esse contágio por efeito de demonstração", disse Dilma.Além do risco para os novos projetos, a crise financeira mundial fez com que muitas companhias chegassem a situações críticas, com falta de capital de giro para os compromissos diários, atraso no pagamento de fornecedores de cana e, ainda, a impossibilidade renegociação das dívidas de curto prazo.A indústria de base do segmento de açúcar, álcool e energia fala em 30% de inadimplência ou adiamento de entregas de encomendas contratadas, o que motivou um encontro, ontem, em Sertãozinho (SP), principal pólo das "fábricas de usinas" do País.Desse encontro deve sair uma carta elaborada por representantes de toda a cadeia produtiva do setor de açúcar, álcool e energia, a ser entregue ao governo na próxima semana, em Brasília.De acordo com a ministra, o governo federal acaba de dar aos bancos públicos as mesmas condições oferecidas aos bancos privados ao editar, ontem, a Medida Provisória (MP) 443, que regulamenta a compra de participação do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal em instituições financeiras privadas."É, de fato, aumentar a transparência desse segmento e não deixar os bancos médios só nas mãos dos grandes bancos privados, para que esses imponham preços ao adquirirem esses bancos (menores)", disse Dilma. "O banco público hoje tem todas as condições dos grandes privados para atuar no mercado.RECESSÃO IMPROVÁVELDilma Roussef afirmou, ainda, que não há motivo para desespero diante do cenário negativo da crise internacional de liquidez. Ela também garantiu que "é quase impossível" que o Brasil enfrente uma recessão diante das recentes medidas tomadas pelo governo federal."Não vamos deixar ninguém especular a favor da crise, mas acho que tem gente querendo o quanto pior, melhor", concluiu a ministra, após o evento, que se configurou em ato de apoio ao candidato a prefeito do PT no segundo turno Na cidade paulista, João Paulo Rillo.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por O Estado de S. Paulo

"Concentração do setor de açúcar e álcool é bem-vinda"
O movimento de consolidação que o setor sucroalcooleiro deve atravessar por causa da crise será bem-vindo e necessário, na opinião do diretor-presidente da ETH Bioenergia, José Carlos Grubisich. Para ele, a atual fragmentação do setor é um obstáculo para investimentos em modernização e expansão. "A concentração irá permitir que o setor consolide sua migração para o setor de energia, que hoje permanece prejudicado pelas escalas insuficientes." Isso deve promover a sinergia e a geração de caixa e é um "freio de arrumação" necessário, diz Grubisich. O executivo afirma que a crise tem provocado impactos profundos. "Empresas que decidiram realizar investimentos importantes em greenfields sem ter estrutura de capital para ter um perfil de endividamento compatível com o retorno do projeto vão atravessar sérias dificuldades", disse. Segundo ele, mesmo as de grande porte devem atravessar dificuldades.Ao mesmo tempo, ressalta que o mercado de açúcar e álcool se expande a taxas expressivas, com as empresas se voltando para o mercado de energia. "O mercado de açúcar vai continuar sendo importante para o setor por conta da maior facilidade em se conseguir funding para exportação, mas o foco será cada vez mais em etanol e co-geração."Grubisich afirmou que a ETH não vai atrasar seu cronograma de investimentos nem alterar a estratégia de expansão, de chegar em 2015 moendo 40 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. As três usinas programadas para entrar em operação na safra de 2009 e 2010 não serão adiadas e contarão crédito de cerca de R$ 1,5 bilhão do BNDES.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por O Estado de S. Paulo


ECONOMIA & MERCADO

Geocapital aposta nos biocombustíveis na África
Os biocombustíveis prometem ser um dos maiores desafios de sempre da Geocapital. Ou não fosse a energia um dos principais motores da economia chinesa. O magnata do jogo macaense conhece bem a sagacidade energética asiática. Para sustentar o actual crescimento, a China constrói uma central termoeléctrica a carvão, idêntica à de Sines, de quatro em quatro dias. Quadro a que junta um agressivo programa de centrais nucleares, a par de outras soluções energéticas. Um dos seus grandes obstáculos reside, não só na escassez, como na escalada do preço de algumas das matérias-primas de origem fóssil, como o petróleo, carvão e gás natural. E é aqui que entram os biocombustíveis, afirma o presidente e accionista da Geocapital, Ferro Ribeiro. Um contexto que permite à Geocapital posicionar-se como ponte de ligação estratégica entre a China e os mercados dos países de expressão portuguesa. Em cima da mesa estão diversos projectos, com "planos bastante adiantados, para a produção e comercialização de biocombustíveis na Guiné-Bissau e Moçambique", refere Ferro Ribeiro. Em causa está, numa estimativa para todo o período de execução, um investimento acumulado que poderá atingir os 30 mil milhões de dólares (22.269 milhões de euros). Uma soma colossal que será repartida entre capitais próprios e ‘project finance’. Ainda recentemente, outro dos administradores da Geocapital, Ambrose So, garantiu que a produção será iniciada em dois ou três anos e deverá atingir a capacidade máxima dentro de dez a 15 anos, com 14 milhões de toneladas anuais – o equivalente a 10% da produção mundial.Para já, a Geocapital identificou e seleccionou um conjunto de parceiros, entre os quais algumas petrolíferas mundiais e organismos de investigação internacional. Alvos com quem iniciou a colaboração na execução dos projectos, os quais cobrem os diferentes domínios de especialidades envolvidas na produção agro-industrial, comercialização, distribuição, bem como na cadeia logística e na malha de infra-estruturas necessárias. Na linha da frente encontram-se os projectos de Moçambique e da Guiné-Bissau, fruto dos acordos assinados com as autoridades locais.Agricultores locais asseguram produçãoA matéria-prima a partir da qual a Geocapital quer produzir biocombustíveis chama-se ‘jatropha’ – Uma opção que não interfere, directa ou indirectamente, na cadeia alimentar humana. Esta planta não comestível é bastante comum em África e no continente americano e diversos especialistas apontam-na como sendo aquela que proporciona maior fiabilidade e melhor rendimento de produção de biocombustíveis. Para pôr em marcha o projecto, a Geocapital quer promover o acesso de um grupo de agricultores independentes a um quadro global de apoio financeiro e assistência técnica e tecnológica. O objectivo é garantir condições de produção optimizadas, que possam dar o melhor aproveitamento útil possível às terras afectadas ao projecto e que garantam eficiência económica ao processo de transformação agro-económica. Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Diário Econômico, Portugal

Indústria quer discutir com governo plano de redução de emissão de gases
A afirmação do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, de que o Brasil poderá assumir metas obrigatórias de redução nas emissões de gases do efeito estufa na segunda fase do Protocolo de Kyoto gerou dúvidas na indústria paulista. Uma das questões levantadas pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) foi como ficaria a geração de crédito de carbono por projetos brasileiros, hoje vendidos a países que precisam cumprir metas. Segundo a regra em vigor, apenas a redução de emissão de carbono acima da meta estabelecida gera crédito. "Perder esse incentivo não seria bom para o Brasil, é uma questão a ser negociada, mas o governo não detalhou sua estratégia", diz Nelson Reis, diretor do Departamento de Meio Ambiente da Fiesp. Segundo ele, o governo deve precisar o seu plano, pois a discussão não foi levada ao setor produtivo. "Eu acho que a postura do Minc não é errada, tem que haver uma política nacional de mudanças climáticas e a redução de emissão de carbono é irreversível. No entanto, gostaríamos de participar para que cada setor pudesse mostrar o que pode fazer", diz. Segundo Reis, para se comprometer com metas, o país precisa ter um inventário sobre as suas emissões. "Tem que haver clareza onde é possível ter mais ganhos e aí sim definir metas." O governo acenou que a meta de redução de 20% da emissão de gás de efeito estufa de 2012 a 2020 poderia ser atingida com a redução em um terço do índice atual de desmatamento da floresta amazônica. Reis diz que não seria viável aplicar a mesma meta apenas ao setor industrial. "É uma meta alta para um setor que já está se esforçando, e por isso partiria de uma base de emissão mais baixa", diz. Segundo ele, o setor químico, por exemplo, conseguiu diminuir em 7% sua emissão de carbono de 2001 a 2006 com substituição de combustíveis e ganhos de eficiência. Dessa forma, para que a indústria pudesse se comprometer com metas, Reis diz que o governo também precisaria dar garantias como a certeza de suprimento de gás natural. "Para reduzir a poluição, muitas empresas substituíram o óleo combustível pelo gás natural. O governo hoje prioriza o abastecimento das usinas termelétricas em caso de falta de gás. Nós precisamos ter condições para nos comprometer." Segundo dados do governo de São Paulo, o Estado responde sozinho por um terço das emissões de gás carbônico no país, sendo que as indústrias responderam em 2006 por 65% das emissões de dióxido de carbono no Estado. O governo paulista trabalha um projeto de lei para obrigar as empresas a reduzirem suas emissões.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Valor Econômico

Turbulência faz demanda por seguro de crédito disparar
A crise financeira internacional tende a refletir-se positivamente no setor de seguro de crédito por conta dos preços, que já estão mais altos, e pelo aumento da procura por apólices. Por outro lado, o risco de crédito será maior, o que levará as seguradoras a ficarem mais conservadoras em relação à subscrição de risco. O número de procura pelo seguro de crédito na Coface, por exemplo, cresceu 120% nos últimos nove meses, principalmente naqueles seguidos da crise. A principal carteira da Coface é a de crédito interno, que cresceu 65% nos últimos meses. "O mercado está aquecido por conta da fase aguda da crise", diz Fernando Blanco, presidente da Coface e da SBCE. Segundo ele, a crise leva as empresas a procurar o seguro de crédito, mas existem operações em que ele não é sustentável, com nível de sinistros muito grande. "Estamos dizendo não para muitas operações", diz.Segundo Blanco, a Coface já aumentou o preço do seguro, em média, em 10% devido ao risco de sinistralidade maior no atual período. Segundo ele, na pior fase da crise, em setembro, o índice sinistralidade da seguradora atingiu níveis jamais vistos. Em relação ao seguro de crédito à exportação, a seguradora cresceu apenas 0,2%. Para Blanco, o crescimento da exportação foi prejudicado pela valorização do real, pois o mesmo volume de dólares passou a valer menos em reais. "A partir de setembro deste ano, com a desvalorização do real, esperamos que volume de prêmios continue a aumentar".A Coface tem a maior concentração de risco de crédito na exportação nos Estados Unidos, 21% da carteira, seguido pela Europa, com 19%, e Argentina, 11%, estando os outros 27% diluídos nos demais países da América Latina. Resumindo, a maior concentração de riscos está em países com alta sinistralidade. "A sinistralidade aumentou muito na Coface em Paris", afirma.De acordo com Flávio Navarro, diretor da Crédito y Caución, a procura por contratos de seguro de crédito cresceu 30% ao mês nos últimos três meses. "As seguradoras, porém, vão ser mais conservadoras quanto à subscrição em conseqüência do mercado, que passou por momento de euforia", diz. Segundo Navarro, o preço tende a aumentar por conta do mercado ressegurador, que praticava taxas mais atrativas antes da crise internacional. Para ele, existe um reajuste em nível mundial.A Crédito y Caución tem cerca 40 apólices no mercado, o que representa R$ 3,5 milhões em prêmios. A maioria de sua carteira, 70%, é destinada a crédito à exportação. Para Navarro, o setor de crédito à exportação, até agosto de 2008, sofreu queda de 10%, com R$ 19,2 milhões de prêmios emitidos contra R$ 21,4 milhões em igual período de 2007. Para ele, essa perda é conseqüência da crise, já que não se conseguiu colocar no mercado externo a mesma quantidade de produtos segurados de 2007.A J.Malucelli Seguradora, controlada pelo Paraná Banco, também nota aumento acentuado na procura por cotações. "As empresas que têm carteiras de clientes sujeitas aos impactos da variação cambial e da restrição de crédito aumentaram muito a possibilidade de ter perdas com a inadimplência destes clientes", diz Silvio Honda, diretor da J.Malucelli. Segundo ele, os preços também tendem a aumentar, principalmente para empresas com carteira de clientes de maior risco de inadimplência.Segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), o setor de seguros de crédito doméstico, de janeiro a agosto de 2008, cresceu 8,4%, com R$ 179 milhões de prêmios diretos. No mesmo período de 2007, esse volume de prêmios somou R$ 165 milhões. Em relação ao mercado de seguro de crédito geral, a Susep aponta de que em 2008, de janeiro a agosto, o volume de prêmios diretos somou R$ 334 milhões, queda de 8,7% em comparação ao mesmo período de 2007, quando apresentou R$ 365,6 milhões. Para representantes do setor, essa queda foi devido ao dólar valorizado no período e ao maior conservadorismo das seguradoras em aceitar uma apólice com grande exposição a risco. Os executivos do ramo também apontam um crescimento do seguro de crédito doméstico de 38%, com R$ 65 milhões de apólices emitidas de janeiro a agosto 2008, contra R$ 47 milhões em 2007.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por DCI - Comércio, Indústria e Serviços

FMI prepara pacote de US$ 1 tri para emergentes
O Fundo Monetário Internacional (FMI) confirmou, por meio de um porta-voz, que está discutindo possíveis pacotes de empréstimos para uma série de países. O FMI não quis fornecer a lista de todos os países com os quais mantém discussões ou o valor em dólares dos potenciais empréstimos, mas o porta-voz disse que o Fundo tem "recursos consideráveis, disponíveis para empréstimos, os quais poderá conceder rapidamente, se necessário". Rumores de um suposto pacote de US$ 1 trilhão em ajuda do FMI para economias emergentes circularam esta manhã em Londres e Nova York. O porta-voz do FMI disse que o Fundo não "reconhece a cifra de US$ 1 trilhão". O FMI disse que está discutindo prováveis pacotes com Hungria, Paquistão, Ucrânia e Bielo-Rússia. O Fundo tem recursos estimados em US$ 250 bilhões disponíveis para empréstimos. "Os empréstimos do FMI têm um efeito catalisador ao gerar outros financiamentos de fontes privadas e públicas", disse o porta-voz. Ele afirmou que o Fundo está "reformando seus instrumentos de crédito para torná-los mais adequados às necessidades de financiamento de seus membros". A agência France-Presse informou esta semana que a Islândia espera conseguir rapidamente um pacote de ajuda do FMI, o que a tornaria o primeiro país desenvolvido a receber um empréstimo do FMI desde 1976.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por O Estado de S. Paulo

Greenspan admite erro ao dispensar regulamentação
Questionado por congressistas que examinam as causas da crise financeira, o ex-presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) Alan Greenspan - que estava à frente da instituição no nascimento da bolha imobiliária - admitiu nesta quinta-feira ter cometido alguns erros ao supor que a desregulamentação do sistema seria benéfica. Por outro lado, rejeitou a idéia de que tenha sido pessoalmente responsável pelo que chamou de "tsunami no crédito que ocorre uma fez a cada século". Em depoimento ao Comitê de Supervisão e Reforma do Governo da Câmara, Greenspan disse que a crise tomou proporções inimagináveis àquela época. "Ela se transformou de uma crise de restrição de liquidez em uma no qual prevalece o medo de insolvência."O presidente do conselho, deputado Henry Waxman, do Partido Democrata da Califórnia, questionou Greenspan sobre a falta de regulamentação das hipotecas. O Fed "tinha autoridade para interromper as práticas irresponsáveis de concessão de crédito que abasteceram o mercado de hipotecas subprime", disse. Greenspan se defendeu dizendo ter levantado a questão sobre os perigos da "depreciação do risco" em 2005. Mas, quando Waxman perguntou se ele "estava errado" sobre os benefícios da desregulamentação, Greenspan respondeu: "Parcialmente". A "falha" nas premissas que defendeu durante quatro décadas, disse Greenspan, foi a de que as próprias instituições de crédito eram mais bem habilitadas para proteger o interesse de seus acionistas. "Aqueles de nós que acreditaram que o interesse próprio das instituições de crédito protegeria as ações de seus acionistas - especialmente eu mesmo - estão em estado de choque."O ex-presidente do Fed disse que deveria haver maior regulamentação para os swaps de default de crédito, mas também lembrou que, excluindo esses instrumentos, o mercado de derivativos está funcionando bem. Sobre as perspectivas econômicas, Greenspan deu a entender que a crise nos EUA vai levar alguns meses para passar, o que significa aumento do desemprego e queda dos gastos dos consumidores. "Tendo em vista os danos financeiros até agora, não posso ver como podemos evitar uma alta significativa das demissões e do desemprego." Apesar de Greenspan ter assegurado aos congressistas que "a crise vai passar" e que, no fim, os EUA sairão dela "com um sistema financeiro ainda mais sólido", ele advertiu que isso não vai ocorrer tão cedo. Segundo o ex-presidente do Fed, uma condição necessária para o fim desta crise é a estabilização dos preços das residências nos EUA - o que virá "daqui a vários meses".
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por O Estado de S. Paulo

"Europa vai liderar nova ordem"
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, voltou a defender ontem a "refundação do sistema financeiro internacional" e confirmou que a primeira Cúpula do G7 (sete países mais ricos do mundo) mais o G4 (Brasil, Rússia, Índia e China) para tratar da revisão do acordo de Bretton Woods ocorrerá nos arredores de Washington, em 15 de novembro.Nessa reunião, diz o francês, a Europa deve se mostrar "proativa", disposta a liderar a economia globalizada. "A nova ordem mundial se estabelecerá em torno das proposições da Europa." Presidente em exercício da União Européia, Sarkozy também faz planos, de acordo com o jornal Le Monde, para prosseguir à frente do bloco após o fim do seu mandato, em 31 de dezembro. A presidência rotativa da UE passará ao presidente da República Checa, o "eurocético" Václav Klaus. A seguir, seria a vez da presidência sueca, país que não integra a zona euro. Pelo raciocínio da França, ao longo de um ano a UE teria um principal líder enfraquecido.A alternativa seria criar uma presidência eletiva do Eurogrupo, conjunto de 15 países que adotam o euro. "Já me disseram que eu vou rápido demais. Mas em relação à velocidade das mudanças, não estamos tão rápidos." O cargo almejado pelo francês é exercido pelo atual primeiro-ministro de Luxemburgo, Jean-Claude Juncker.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por O Estado de S. Paulo

Oil rises on expected OPEC cut
NEW YORK -- Oil prices rebounded from a 16-month low Thursday as many investors anticipated a large production cut from OPEC at its emergency to deal with falling demand in the slowing economy.U.S. crude for December delivery settled up $1.09 to $67.84 a barrel in electronic trading, rebounding from a settlement of $66.75 a barrel the day before, the lowest close since June 2007.Oil fell $5.43 on Wednesday after the Energy Department revealed a larger-than-expected increase in crude inventories - a sign that demand for crude in the United States, the world´s largest oil consumer, was low.Possible OPEC cut: The Organization of Petroleum Exporting Countries, whose member nations control about 40% of the world´s oil, pushed up an emergency meeting, originally scheduled for Nov. 18, to Friday as slowing demand sent crude oil prices plummeting.Falling demand has helped drive oil prices down more than 50% since they rose to a record high of $147.27 a barrel in mid-July, which has alarmed many of the nations whose economies depend on oil exports."I think (non-OPEC) Russia´s desperate, and it´s breakeven for (Venezuelan president Hugo) Chavez," said Tom Orr, head of research for Weeden & Co. in Connecticut."On the one hand, they want the price of oil up, but they don´t want to be the ones to have to trim a lot of production," said Orr.Russia, which is not an OPEC member, attends the organization´s meetings as an observer.OPEC officials have expressed concern that record high oil prices, followed by global economic stagnation, may have permanently impaired demand for crude products.OPEC president Chakib Khelil told reporters last weekend that any production cut could be "substantial," adding that the organization would try to stabilize prices between $70 and $90 a barrel.Iran´s oil minister, Gholamhossein Nozari, told reporters Thursday that OPEC needed to cut production by about 2 million barrels a day.Because the higher viscosity and sulfur content of Iranian oil makes it less desirable to refiners than oil from other OPEC nations, such as Saudi Arabia, the country has tended to try and keep overall prices higher.However, analysts were split on the long-term benefits of a large OPEC cut.Too large a cut, with the global economy already strained, could cause consumption to fall further, since oil would be harder to obtain, according to Phil Flynn, senior market analyst with Alaron Trading in Chicago."If they (OPEC) overreact to this selloff in the price of oil, it could hurt them more than it helps them," said Flynn.If OPEC cuts too much, it could "destroy businesses, kill the economic growth in China," added Flynn. "They have to send a message to the market that they realize that the global economy has to heal right now."On the other hand, a cut of about 2 million barrels a day could lend some stability to the oil markets, according to Orr."I think that´s what the market needs," said Orr."By the end of the day, I think (a cut of) 2 million will probably be priced into the market," he added.Gasoline: As belts get tighter, energy spending is often one of the first things consumers and businesses cut back on.In the U.S., gasoline prices have fallen from a high of $4.114 a gallon on average since July, according to motorist group AAA. By Thursday, the average U.S. price had fallen to $2.822 a gallon, AAA said.But despite the fall in prices, gas caps remained tight as Americans became used to using less.According to the Energy Department, gasoline consumption for the last four weeks averaged 8.8 million barrels a day, or 4.3% lower than the same period last year.And last week, gasoline demand was down 6.4% compared to the same week a year ago, according to a MasterCard survey of credit card swipes. It was the 26th consecutive week in which gasoline demand had declined on a year-over-year basis.
Font: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon by CNN

O sistema financeiro brasileiro é sólido
Demorou um pouco, mas a ação articulada dos governos europeus e americano, injetando recursos em seus bancos, impediu um nó danoso na liquidez e certamente devolveu a confiança necessária para os mercados voltarem a funcionar. Quanto à economia real, é quase certa a retração da atividade nos países mais ricos - os primeiros sinais estão aí -, mas esta é a conseqüência inevitável do fim das bolhas econômicas. Os problemas seriam catastróficos se os governos e os Bancos Centrais não tivessem tido a iniciativa de uma ação coordenada e conjunta. Por seu lado, agiu bem o governo brasileiro ao antecipar medidas cujo objetivo é proteger o País de uma contaminação mais severa dos problemas do exterior. O suporte aos bancos médios e pequenos, num cenário de possível encurtamento de liquidez, não apenas garante o bom funcionamento do conjunto do sistema financeiro brasileiro, como impede que qualquer traço de desconfiança atinja o sistema, como vemos. Desconfiança, como se sabe, tem um considerável poder destrutivo. A redução dos compulsórios e a possibilidade de aquisição pelos bancos oficiais de instituições privadas, caso isso se torne interessante para as partes, são ações que se complementam. Da mesma forma, o setor financeiro estatal poderá comprar partes de empresas de construção civil, ou ampliar a participação em fundos de pensão, sempre que for o caso. O agronegócio também foi contemplado e recebeu novo fluxo de recursos. Outra medida importante foi a venda de dólares das reservas internacionais. Ela se destina a apoiar os exportadores num momento em que bancos estrangeiros reduziram ou cortaram suas linhas de financiamento em função das dificuldades que enfrentam no mercado global. Com o mesmo objetivo de ampliar o fluxo de dólares, o BC anunciou a criação de um mecanismo de troca de reais por outras moedas com os demais bancos centrais e a isenção de IOF para o investimento externo. De início, o tom positivo adotado pelas autoridades foi interpretado como sinal de que o governo nada faria. No entanto, as medidas estão sendo anunciadas, com destino certo: prover liquidez ao setor financeiro e financiamento para exportadores e setores específicos. Como vemos, as decisões buscam blindar ramos econômicos-chave para a formação de empregos e renda, como exportadores, construção civil e agronegócio.É louvável o pragmatismo do governo brasileiro, que preenche os espaços vazios com medidas técnicas para evitar que a crise se espalhe. Como resultado, o Brasil passa a contar com um arsenal de instrumentos de defesa anti-crise mais abrangente, o que irá reconstruir a tranqüilidade ao mercado, gradativamente. O governo age com prudência, exatamente a mesma prudência histórica dos bancos brasileiros. Esse conservadorismo do setor bancário nos preservou e ajudou a blindar o País nos momentos agudos da crise. O sistema financeiro continua agindo com serenidade, dentro do que recomenda o manual de boas práticas bancárias. Assim, os bancos aqui permanecem sólidos e ilesos. O sinal emitido ao mundo, nesse cenário, é que o Brasil vai agir para defender suas conquistas no campo econômico e atuar no sentido de moderar os efeitos da crise mundial por aqui. É uma postura realista e só foi factível graças aos bons fundamentos de que o País dispõe: a redução do compulsório foi possível porque a inflação está controlada; o apoio aos exportadores foi possível porque o volume das reservas internacionais é mais do que satisfatório. Estamos colhendo os resultados da estabilidade econômica. Se o Brasil não está imune às seqüelas de uma recessão européia e americana, e não está, sua posição é relativamente tranqüila. O PIB cresceu no ano passado e deverá crescer em 2008 e 2009. As estimativas variam, mas não se espera uma estagnação, com redução drástica do crédito e do consumo. Em geral, as empresas privadas estão capitalizadas e o País continua atrativo para os investidores. Somos uma alternativa para as empresas globais que irão buscar rentabilidade em outros mercados num instante em que as grandes economias do Hemisfério Norte enfrentam dificuldades profundas. Entendemos que a crise pode ser aproveitada em outro sentido positivo, com a proposição das reformas constitucionais de que necessitamos. O conceito básico é tornar o ambiente mais favorável para a atração de novos investimentos e empreendimentos. É o que precisamos para aspirar por uma mudança de patamar na hierarquia econômica. Afinal, estamos maduros para isso. Nossa meta passou a ser conquistar nosso acesso à primeira divisão, sendo promovidos do grupo dos emergentes para o bloco dos países desenvolvidos. Sim, podemos pensar nisso. Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Gazeta Mercantil

Dr. Marcílio Novaes Maxxon
O combate à corrupção está intimamente vinculado à transparência.


*Leituras para Análise Estratégica eo Desenvolvimento do País:

Altos Estudos BrasileirosPor MARCÍLIO NOVAES MAXXONI- POLÍTICA E GESTÃO PÚBLICA:
http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/fevereiro_29.htmII- PPP-PARCERIAS PÚBLICO PRIVADAS:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/marco_28.htmIII- O PAPEL DA CÂMARA DOS DEPUTADOS:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/maio_09.htmIV- CÓDIGO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR DA CÂMARA DOS DEPUTADOS:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/maio_16.htmV- SENADO FEDERAL E CONGRESSO NACIONAL:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/junho_01.htmVI- PROCESSO LEGISLATIVO DO CONGRESSO NACIONAL, POR MARCÍLIO NOVAES MAXXON:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/junho_16.htmVII- O QUE É A LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL, E A LEI DE CRIMES FISCAIS. O ESPÍRITO DA LEI:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/julho_01.htm

Artigo: FBI - A Ciência da Inteligência e da Informação:
http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/abril_11.htm
Por Marcílio Novaes Maxxon


Comissão de Assuntos Econômicos - CAE
Audiências Públicas e Reuniões Técnicas

03.06.2008 – Audiência Pública "Debate sobre o Marco Regulatório do Petróleo diante da perspectiva de descoberta e desenvolvimento de novas bacias petrolíferas na Camada do Pré-Sal”
ANPHaroldo Borges Rodrigues Lima, Diretor-Geral da Agência Nacional de Petrólio
IBPJõao Carlos França de Lucca, Presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustiveis
PetrobrasJosé Sérgio Gabrielli, Presidente da Petrólio Brasileiro S.A.
03.06.2008 – Audiência Pública "Debate sobre o Marco Regulatório do Petróleo diante da perspectiva de descoberta e desenvolvimento de novas bacias petrolíferas na Camada do Pré-Sal monetária”
(Notas)
13.05.2008 – Audiência Pública “Diretrizes, implementação e perspectivas futuras da política monetária”
Banco Central do BrasilHenrique Meirelles, Presidente do Banco Central do Brasil

15.04.2008 – Audiência Pública "Critérios técnicos de repartição dos royalties provenientes da atividade de exploração petrolífera"
IBGEEduardo Pereira Nunes, Presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ANPHaroldo Borges Rodrigues Lima, Diretor-Geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
PetrobrasGuilherme de Oliveira Estrella, Diretor de Exploração e Produção da Petróleo Brasileiro S.A.
15.04.2008 – Audiência Pública "Critérios técnicos de repartição dos royalties provenientes da atividade de exploração petrolífera"
(Notas)

14.05.2007 - Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
Petrobras Paulo Roberto Costa, Diretor de Abastecimento
Única Eduardo Pereira de Carvalho, Presidente
Abegás Carlos Eduardo de Freitas Brescia, Diretor

28.05.2007 - Petróleo e Gás Natural
MME João José de Nora Souto, Secretário de Petróleo e Gás
PETROBRAS Guilherme de Oliveira Estrella, Diretor de Exploração e Produção
SHELL John Haney, Vice-Presidente
Institucional
Em 20 anos, Congresso fez 62 emendas à Constituição
O fracasso da revisão constitucional de 1994
Emendas "paralelas" e fatiadas, soluções para os impasses políticos do Congresso
Algumas mudanças que o Congresso fez na Constituição

Fonte: ANERTT por Agência Senado

O BRASIL E OS BIOCOMBUSTÍVEIS
O BRASIL E OS BIOCOMBUSTÍVEISINTERATIVO PARA VOCÊ:
http://www.discoverybrasil.com/discover yhoje/viciados_em_petroleo.shtml?vMenu=0 &vPrograma=6&vContenido=0_1ANERTT/DISCOVERY*


*A ANERTT, é signatário do Pacto Global: O Pacto Global é essencial para a parceria entre o setor privado e as Nações Unidas no combate efetivo a CORRUPÇÃO.

http://www.pactoglobal.org.br/pg_principio.php

http://www.unglobalcompact.org/


Nenhum comentário:

Postar um comentário