sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Notícias ANERTT/Petróleo & Gás Natural N° 0355, Por Marcílio Novaes Maxxon.

"Na democracia, o processo de formação das políticas públicas demanda participação de todos os segmentos da sociedade civil, informação confiável, representação qualificada, transparência e ética."
ANERTT - Associação Nacional das Empresas de Rádio, Televisão e Tecnologia
A Serviço do Desenvolvimento do BRASIL


Relatório INFORMATIVO DIÁRIO PARA INVESTIDORES DO MERCADO DE CAPITAIS N° 0355

Notícias ANERTT/Petróleo & Gás Natural
Por Marcílio Novaes Maxxon

São Paulo, 01 de dezemembro de 2008


GESTÃO LEGISLATIVA & AÇÃO POLÍTICA

Veja aqui as fotos da viagem do Presidente Lula, a Santa Catarina:
http://noticias.uol.com.br/album/081125_chuvasSC_album.jhtm?abrefoto=29

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CCJ vota proposta para reduzir acidentes nas estradas
Em decisão terminativa, a comissão analisa na quarta-feira projeto que proíbe o motorista com menos de um ano de carteira de dirigir em rodovias.
17h34 - Plenário
Papaléo quer reajuste para servidores como forma de combater a crise econômica
17h28 - Plenário
Paim comemora intenção do governo de liberar FGTS para reconstrução de casas atingidas pelas cheias em SC
16h55 - Plenário
Marcelo Crivella saúda campanha da TV Record em favor de Santa Catarina
16h40 - Plenário
Mão Santa critica empréstimos da Petrobras com a Caixa e o Banco do Brasil
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INFORMAÇÕES DA AGÊNCIA CÂMARA
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Aconteceu - 01/12/2008 17h37
Comissão rejeita novas taxas para indústria petrolífera manter ANP
J. Batista

Jilmar Tatto: as receitas da ANP são suficientes e não precisam de novas taxas
A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio rejeitou na semana passada o Projeto de Lei 2184/07, da deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), que cria taxas obrigatórias para as atividades ligadas à produção de petróleo.Pela proposta, serão criadas taxas de autorização, registro e de fiscalização, as quais serão aplicadas anualmente à indústria de petróleo e às distribuidoras responsáveis pelo abastecimento nacional de combustíveis.O objetivo da medida é assegurar fontes regulares de recursos para a manutenção e operacionalização das atividades da Agência Nacional do Petróleo (ANP), como estabelece a Lei 9478/97. Conforme a proposta, as contribuições serão pagas pelas empresas, inclusive o empresário individual.Receitas suficientesAo recomendar a rejeição da proposta, o relator, deputado Jilmar Tatto (PT-SP), argumentou que as receitas da ANP (mais de R$ 3,2 milhões em 2007) são suficientes para manutenção da agência."Acredito que a criação de novas taxas seria um peso a mais na carga tributária, e que não reverteria para o objeto específico da função da ANP, desvirtuando a proporcionalidade do valor cobrado em contrapartida com o serviço prestado e ou fiscalizado", disse.Na avaliação do parlamentar, a aprovação dessas novas taxas implicaria no aumento do preço final do combustível.TramitaçãoO Projeto ainda será analisado pelas comissões de Minas e Energia; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Se for aprovado em alguma dessas comissões, irá a Plenário.Íntegra da proposta:- PL-2184/2007Notícias anteriores:Lei sobre petróleo pode ser revista para garantir dividendos do pré-salProposta cria Fundo Nacional sobre Mudança do ClimaDeputado quer socializar divisão de royalties de petróleoANP espera novo modelo para exploração do pré-sal

A semana - 01/12/2008 10h37
Comissão debaterá distribuição de royalties do petróleoA Comissão de Finanças e Tributação realiza nesta terça-feira (2) audiência pública para discutir a distribuição dos royalties de petróleo e gás natural. O deputado Manoel Junior (PSB-PB), que solicitou a audiência, afirma que é preciso discutir o tema porque a ANP tem adotado um sistema de distribuição de royalties com valores diferentes para municípios em condições semelhantes.O deputado diz que também é necessário discutir a definição legal de gás natural, pois, segundo ele, um documento distribuído recentemente pela ANP desvirtua o conceito contido na Lei do Petróleo (9.478/97).ConvidadosForam convidados para a audiência:- o superindente da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Victor de Souza Martins;- o superintendente de Controle de Participações Governamentais da ANP, José Gutman;- os consultores técnicos Eugênio Roberto Maia e Décio Hamilton Barbosa.A audiência será realizada às 14h30, no plenário 4.Saiba como evoluiu a legislação brasileira sobre petróleoNotícias anteriores:ANP espera novo modelo para exploração do pré-salLei sobre petróleo pode ser revista para garantir dividendos do pré-salCidade que recebe royalties pode ter de reduzir gastos com pessoal Minas e Energia rejeita vinculação de receita de royaltiesPetrobras defende mudança nas leis do setorComissão aprova royalties do petróleo para setor pesqueiro

PETRÓLEO & GÁS

Pré-sal necessitará de US$ 50 bi, prevê BNDES
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) planeja mecanismos de financiamento para o setor de petróleo, com soluções específicas para o pré-sal. O Programa de Investimento do Pré-sal (PIPS), em análise pelo governo, parte da premissa de que serão necessários US$ 50 bilhões para desenvolveras reservas abaixo da camada de sal na bacia de Santos até o fim da próxima década. E sugere que os recursos sejam levantados no mercado doméstico como forma de desenvolver a indústria brasileira. Uma idéia é o lançamento de títulos do pré-sal, que poderiam ser adquiridos no mercado local com o objetivo de captar recursos para a exploração das reservas. Em palestra no Rio, o diretor de Infra-estrutura do BNDES, Aluysio Asti, revelou que o BNDES está trabalhando para criar novos produtos de financiamento para o setor. Os títulos do pré-sal poderiam ser adquiridos por pessoas físicas, mas os detalhes não foram divulgados. Também não ficou claro se o BNDES vai financiar diretamente a exploração das reservas, mas fontes do banco avaliam que um empréstimo para este fim é natural e muito provável.O executivo do BNDES citou ainda a criação de um funding. Os fundos de pensão podem, segundo ele, ser uma boa fonte de recursos. O estudo do BNDES foi feito a pedido do presidente Luiz Inácio da Silva, bem antes da crise, da queda do preço do barril e das supostas dificuldades de caixa da Petrobras.Em linha com as declarações de integrantes do grupo interministerial que cuida do assunto, uma das bases do estudo é não ter pressa para desenvolver as reservas. O pré-sal oferece a vantagem da escala de produção. Um caminho para desenvolver a indústria local e gerar emprego e renda no País. Não estamos aqui dizendo que vamos voltar à década de70, mas não temos uma escala tão grande desde a década de 70, afirmou o diretor.O estudo do BNDES estima reservas de 50 a 70bilhões de barris de óleo embaixo da camada de sal no cluster de Santos. Como as empresas não retiram o petróleo das reservas de uma vez, os investimentos são diluídos ao longo de décadas. Para explorar todas as reservas, o BNDES estima que serão investidos de US$ 600 a US$ 700 bilhões num prazo que dependerá do ritmo de produção dos campos do pré-sal. As estimativas se aproximam do que vem sendo divulgado por bancos de investimentos.A necessidade de capital próprio, portanto, terá de ser substancialmente menor que o investimento; isso vai depender da velocidade de exploração, disse Asti. Para começar, o banco estima a necessidade de US$ 50 bilhões. É aí que entra o BNDES como catalizador de recursos.Diante da crise e da escassez de crédito no mercado internacional, o BNDES pode ser umadas saídas da Petrobras para tocar seus projetos. Em setembro, a Gazeta Mercantil publicou que a Petrobras recorreu ao BNDES para a construção de cinco novas plataformas. De acordo com o mercado, as unidades podem custar cerca de US$6 bilhões. Os pedidos de financiamento envolviam a P-63, com vistas ao campo de Papa-Terra, em território capixaba; a P-62, para Roncador e outras três plataformas que não foram reveladas.Além dos cinco pedidos em consulta o primeiro passo para um financiamento do BNDES, estão análise de operações de crédito, que somam US$ 2,3 bilhões, para as plataformas P-55, P-56 e P-57, que somam investimentos de US$ 3,6bilhões.Os projetos aprovados para plataformas no BNDES neste ano somam US$ 4,2 bilhões.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Gazeta Mercantil

Aumento do preço do gás natural pode elevar em 30% o gasto do consumidor
De acordo com o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, o possível aumento nos preços do gás natural poderá chegar a um repasse ao consumidor de 30% do valor dos produtos."Se isso acontecer, essa alta não penalizará apenas as indústrias, como também a população no consumo residencial. Um encarecimento que a sociedade não aceita, especialmente diante da crise econômica que estamos enfrentando", indigna-se o presidente.Para a entidade, trata-se de um momento inoportuno, no qual o pretendido reajuste poderá trazer graves consequências à sociedade, como inflação e desemprego.IndústriasEm razão dos rumores da possibilidade de aumento dos preços, a Fiesp manifestou-se radicalmente contrária à intenção do governo estadual, que pretende acompanhar a política de reajustes periódicos da Petrobras.Porém, esse aumento no custo do gás natural causará, segundo a Federação, impacto direto em setores como cerâmica de revestimento, fertilizantes, medicamentos, vidros planos e alumínio.A entidade ainda defende que a formação de preços do gás natural seja transparente, de conhecimento e controle público, cabendo intervenção do Governo Federal, no sentido de regulamentar sua definição de valor.ReajustePara ela, deve-se buscar uma justa solução para o desequilíbrio econômico alegado pelas empresas concessionárias do estado de São Paulo.Por conta do reajuste trimestral de preços praticado pela Petrobras, elas foram levadas a buscar equivalentes aumentos na Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo).
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por InfoMoney

Petrobras corta refinarias para investir no pré-sal Apesar da crise no mercado de crédito e dos recentes problemas de caixa da Petrobras, o Palácio do Planalto avalia que a estatal terá condições de manter o cronograma de investimentos na exploração do petróleo do pré-sal nos próximos dois anos. Em contrapartida, porém, haverá um corte em outras áreas nesse período, principalmente em refinarias, para adequar o caixa da empresa a tempos de crise.A expectativa do governo se baseia num dos cenários de investimentos da estatal elaborado para o desenvolvimento do pré-sal, ao qual a Folha teve acesso.Nele, os valores de investimentos em 2009 e 2010 não são tão elevados: somam US$ 3,24 bilhões e US$ 3,30 bilhões respectivamente, montante que seria suportável mesmo dentro da nova realidade do mercado financeiro.A conta começa a ficar mais salgada a partir de 2011, quando a previsão de investimento salta para US$ 5,12 bilhões. No ano seguinte, pula para US$ 11,85 bilhões.Até lá, porém, o governo acredita que a crise tenha passado e que o acesso ao mercado de crédito internacional esteja normalizado, principalmente para projetos de geração de energia.US$ 320 bilhõesEsses dados ainda não são definitivos, mas dentro do governo a avaliação é que eles fiquem próximos disso. Nesse cenário obtido pela Folha, o total de investimentos entre 2009 e 2020 na exploração do pré-sal pela Petrobras ficaria acima de US$ 320 bilhões.Tanto no Palácio do Planalto como na Petrobras, a ordem é priorizar os projetos de exploração do pré-sal, considerado estratégico para desenvolvimento da estatal por conta de sua alta lucratividade. Nessa primeira fase do pré-sal, ressalta um assessor do presidente Lula, "não existe problema de partida", mesmo com a escassez de crédito.Os investimentos ficam ainda mais pesados a partir de 2014, data anteriormente prevista para o início de uma produção em larga escala comercial do pré-sal. Em 2015, por exemplo, os desembolsos seriam de US$ 36,54 bilhões, atingindo o pico em 2018 (US$ 50,61 bilhões).Para manter os investimentos previstos no pré-sal intactos, contudo, a Petrobras fará um "alongamento" no seu plano estratégico a ser divulgado até o fim do ano. A primeira vítima dessa revisão, segundo assessores presidenciais, serão duas refinarias "premium" (para produzir gasolina de melhor qualidade para o mercado externo), no Ceará e no Maranhão, projetos que sofrerão alterações no prazo original de implantação.Pelo cronograma inicial de desenvolvimento do pré-sal, que o governo acredita ser possível manter, em março do próximo ano começa um teste de longa duração no campo de Tupi, com produção de 30 mil barris/dia. Em dezembro de 2010, entraria em operação um sistema-piloto de produção em Tupi, de 100 mil barris/dia.Dentro da Petrobras, porém, há quem defenda uma mudança nesses prazos para adequá-los à nova realidade da economia, que já se refletiu na empresa por causa das dificuldades em obter financiamentos no mercado externo e tomada de empréstimos em bancos públicos brasileiros.Segundo análise obtida no governo pela Folha, a necessidade de recorrer a financiamentos da Caixa Econômica Federal para cobrir deficiências de caixa tem origem no ritmo forte de investimentos da estatal nos últimos anos.Antes da crise, a Petrobras vinha cobrindo facilmente eventuais buracos com recursos obtidos no mercado internacional para compensar a destinação de dinheiro de seu caixa para investimentos.Agora esse tipo de operação ficou mais complicada e a estatal terá de alongar seu plano de investimentos exatamente para que ele não comprometa e encareça as operações diárias da empresa, como o pagamento de tributos -como o que gerou o recente empréstimo na Caixa Econômica Federal- e de fornecedores.Indústria navalA maior preocupação do Palácio do Planalto, no curto prazo, está na obtenção de financiamentos para desenvolver a indústria naval brasileira que dará suporte à exploração do pré-sal.Nessa primeira etapa, os investimentos na indústria naval serão bem superiores aos necessários para a exploração. Grosso modo, o cálculo é que de US$ 100 investidos no setor, US$ 70 serão para desenvolver a indústria e US$ 30 para a exploração nos primeiros anos. Depois, essa relação começa a se inverter.Pelos cálculos iniciais, por exemplo, a meta até 2010 é concluir seis plataformas de grande porte e encomendar outras sete, contratar 28 sondas de perfuração de águas profundas e 49 navios para petróleo e derivados e dois superpetroleiros.Nos planos do presidente Lula, boa parte desses equipamentos seria produzida com elevado conteúdo nacional para fortalecer a indústria naval brasileira. Para isso, contudo, terá de garantir crédito aos empresários do país diante da secura no mercado de crédito internacional.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Folha de S. Paulo

MERCADO DE ETANOL

Petrobras está preocupada com a concorrência do etanol de celulose
O presidente da Petrobras Biocombustível, Alan Kardec Pinto, disse, em palestra na manhã desta segunda-feira, no seminário "Biocombustíveis - Energia do Século XXI", esperar do presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, uma matriz energética sustentável do maior consumidor de energia do planeta, com a participação crescente dos biocombustíveis. Além disso, Kardec disse que tem a expectativa de que o novo presidente promova a redução das taxas sobre as importações americanas do etanol brasileiro. "A responsabilidade ambiental é do mundo, principalmente dos países que são grandes consumidores de energia", afirmou Kardec. Kardec disse que a participação das fontes renonáveis de energia, como os biocombustíveis, na matriz energética mundial é uma tendência crescente, apesar de, em alguns países, esse crescimento ser mais lento do que o esperado. Segundo suas projeções, em 2100, 75% da matriz energética mundial será de fontes renováveis de energia. "Os Estados Unidos estão em uma situação, eu diria, desconfortável", alfinetou o executivo, mostrando o crescimento da produção de etanol de milho nos Estados Unidos, forma considerada não sustentável porque tem ajudado a encarecer os alimentos. Kardec lembrou que o que tem preocupado a Petrobras é o patamar de desenvolvimento das pesquisas nos Estados Unidos e no Canadá da produção de etanol de celulose, tecnologia em que o rendimento da matéria-prima na produção do combustível é maior. Segundo o diretor da Petrobras Biocombustível, essa tecnologia já está dominada e só precisa ter custos reduzidos para se tornar viável economicamente. A expectativa, segundo ele, é que os Estados Unidos tornem essa tecnologia viável economicamente em 2015 e o Brasil precisa correr para não ficar para trás na produção do etanol de celulose. "Temos de pelo menos conseguir chegar a essa produção juntos com Estados Unidos e Canadá. Temos de pelo menos empatar esse jogo ou ganhar. Não vamos perder", afirmou Kardec. Segundo o executivo, com a tecnologia de produção do etanol de celulose é possível triplicar a produção do combustível de cana-de-açucar no Brasil, sem aumentar a área plantada. Kardec lembrou que a Petrobras Biocombustível é uma empresa nova, com apenas seis meses de existência, mas que já nasceu grande porque assumiu os ativos da Petrobras nessa área. Ele lembrou que o objetivo da companhia não é realizar qualquer privatização do setor de produção de álcool mas sim atuar na comercialização e pesquisa do biocombustível.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por O Globo

Biocombustível brasileiro é o único sustentável, diz ministério
O Brasil é o único país do mundo que apresenta clara viabilidade econômica na produção sustentável de biocombustíveis e que não ameaça nem áreas de preservação ambiental e nem afeta as regiões produtoras de alimentos, afirmou o Secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Manoel Vicente Bertone. "O desafio brasileiro é produzir energia e agricultura em um ambiente sustentável, ao mesmo tempo em que negociamos a derrubada de barreiras de exportação de nossos produtos", disse Bertone. As regiões produtoras de etanol atualmente se localizam a distâncias de .2000 a 2.500 quilômetros da Amazônia e, segundo Bertone, não há qualquer risco de desmatamento da cobertura verde para cultivo de cana-de-açúcar. O secretário disse ainda que não há qualquer movimento incentivado pelo governo federal para a construção de usinas de etanol em áreas de expansão da produção de alimentos. "Plantações de cana podem substituir áreas de pastagem, não de produção de alimentos", acrescentou.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por O Globo

Confaz verá cobrança de alíquota de ICMS incidente do etanol
O Comitê de Política Fazendária (CONFAZ) poderá rever a cobrança antecipada de Imposto Sobre Circulação de Mercadoria (ICMS) recolhido das Usinas produtoras de etanol. A solicitação foi feita esta semana, em Recife, durante reunião do Grupo Técnico de Combustíveis do Confaz. O presidente executivo do Sindicato das Indústrias de Fabricação do Álcool do Estado da Paraíba (Sindalcool) e representante do Fórum Nacional Sucroalcooleiro, Edmundo Barbosa, apresentou proposta de modificação do Protocolo 17, que estabelece a cobrança antecipada de 13% de ICMS nas usinas. O setor produtivo deseja que a alíquota seja recolhida pelo comprador, ou seja, pelas distribuidoras. De acordo com Edmundo Barbosa, os Estados não perderiam receita, visto que o imposto continuaria sendo recolhido. "Propomos que o adquirente faça o recolhimento do ICMS e não a unidade produtora de etanol. A alíquota de 13% continuaria incidindo antes da remessa do combustível, porém o pagamento seria efetuado pelo comprador", explicou. Ele disse ainda que os gerentes do segmento de combustíveis das Secretarias da Fazenda, que integram o grupo técnico do Confaz, foram receptivos a proposta de modificação na cobrança antecipada do ICMS. Edmundo Barbosa afirmou ainda que a alteração da cobrança do produtor para o comprador não alteraria a receita dos Estados. "Toda produção de etanol é comercializada através de nota fiscal eletrônica, desse modo não há como as Secretarias perderem receita. Além disso, cada Secretaria sabe, antecipadamente, quem é o adquirente e qual sua situação perante o Fisco", afirma o presidente executivo do Sindalcool. Ele disse ainda que usinas da Paraíba têm um considerável desembolso de recursos com a antecipação do recolhimento do ICMS nas vendas para outros Estados. "A situação atual só tem beneficiado o Fisco dos Estados compradores e penalizado os produtores. A mesma relação é encontrada nos outros Estados. Os governos, estaduais e federal, precisam ser mais parceiros dos produtores neste momento crítico", alerta Edmundo Barbosa. O argumento do setor produtivo é de que, como a comercialização ocorre exclusivamente com nota fiscal eletrônica, não há como a alíquota deixar de ser recolhida. "A relação comercial entre usinas e distribuidoras é de total transparência. Caso existam irregularidades estas seriam em outros elos da cadeia produtiva, o que deveria justificar melhor formulação da amostragem de produtos comercializados entre as distribuidoras e os postos revendedores", disse Barbosa. A proposta de modificação na redação do Protocolo 17, passando o recolhimento antecipado para o comprador de etanol, foi acolhida para análise pelo Grupo Técnico de Combustíveis do Confaz. A proposta deve passar também pela Comissão Técnica Permanente do órgão e levada para aprovação.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Paraiba.com

Consumo de combustíveis sobe; Petrobras quer investir
O consumo de combustíveis no país este ano não foi abalado pela crise econômica mundial e até novembro acumula alta de 3,2 por cento sobre igual período do ano passado, informou nesta segunda-feira o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa.De acordo com Costa, houve uma redução sazonal do consumo de diesel, devido "à conclusão da safra agrícola", mas os demais combustíveis apresentaram um bom desempenho."Estamos vendendo no mercado brasileiro 3,2 por cento a mais do que em 2007", disse Costa a jornalistas após participar de um seminário sobre biocombustíveis no Rio de Janeiro.A venda de combustíveis no Brasil voltou a subir em 2007, depois de dois anos seguidos de queda.Às vésperas de divulgar seu plano de negócios para os próximos cinco anos, a estatal vem otimizando custos e, segundo Costa, poderá manter um nível relevante de recursos entre 2009-2013, seguindo a máxima de que crise é oportunidade."Na hora em que todo mundo deixa de investir, é a hora de investir. Esta é a avaliação que está sendo feita dentro da companhia, dentro da sua capacidade financeira de execução", completou.O plano de negócios da Petrobras será avaliado pelo Conselho de Administração da estatal no dia 19 de dezembro. Só depois de aprovado, o plano poderá ser divulgado ao mercado.Costa não quis dar detalhes sobre o novo plano de negócios, afirmando que ainda está em estudo, mas voltou a descartar adiamentos ou cancelamentos de projetos ligados ao pré-sal ou a obras iniciadas.Já as mega-refinarias de petróleo planejadas para o Nordeste, uma no Ceará e outra no Maranhão, estariam ainda sendo alvo de avaliação, como já era esperado pelo mercado. As duas juntas acrescentariam capacidade de refino de mais 900 mil litros por dia, metade da capacidade total atual."Ainda estamos estudando (as refinarias) mas elas têm um cronograma de fases, a primeira fase entra em 2013 e a segunda fase em 2016...tudo isso estamos avaliando, não batemos o martelo", disse Costa.Ele lembrou que mesmo que haja retração no consumo global, como prevê a Agência Internacional de Energia, da ordem de 500 mil barris diários em 2009, o esgotamento natural de campos de petróleo é de 8 a 10 por cento da produção total ao ano."Mesmo que o mercado fique estagnado tem que entrar 8,6 milhões de barris de petróleo novo, se não entrar não vai ter petróleo suficiente", disse Costa levando em conta o consumo de petróleo em 2008, que segundo a AIE será de 86 milhões de barris.Costa disse que, em sua avaliação pessoal, o preço de 50 dólares por barril de petróleo não é sustentável e a tendência é de alta.Nesta segunda-feira, o petróleo em Nova York era negociado por volta de 50 dólares o barril. Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Reuters

MERCADO DE ENERGIA

Cemig vai estrear em leilão de petróleo
A Cemig, companhia energética de Minas Gerais, controlada pelo governo mineiro, vai estrear nos leilões da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis na décima rodada, prevista para 17 e 18 de dezembro, quando serão ofertados 130 blocos em terra. Além da Cemig, o governo de Minas habilitou também a Codemig, que atua na realização de projetos, obras, serviços e empreendimentos, com destaque para o setor de infra-estrutura. Até ontem, 30 empresas tinham sido habilitadas. Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Folha de S. Paulo

MERCADO DE BIODIESEL

MT: Hubner diz que não faltará biodiesel
O ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hubner, assegurou na sexta-feira (28) que "não existe risco" de faltar biodiesel para suprir a demanda que será causada pela entrada em vigor, na próxima terça-feira (dia 1º), da lei que determina que todo o diesel comum vendido no País contenha 2% do biocombustível, produzido a partir de sementes oleaginosas, como mamona, soja ou girassol. "A capacidade instalada de produção de biodiesel é três vezes superior ao que é necessário para atender à exigência legal", disse Hubner. O ministro acredita que a adição do biodiesel - mais caro que o óleo comum - não deverá provocar aumento do preço do diesel. O vice-presidente executivo do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom), Alísio Vaz, admitiu, porém, que a mistura poderá causar aumento de R$ 0,01 a R$ 0,02 no preço do litro do diesel pago na bomba. Hoje, o litro do diesel custa, em média no país, R$ 1,80. "Sem querer contrariar o ministro, nossa avaliação é de que a diferença (do preço do biodiesel para o diesel) pode gerar um impacto de 1 a 2 centavos", disse Vaz. Ele ressalvou que o repasse depende da política de cada empresa. As distribuidoras filiadas ao Sindicom detém 85% do mercado de diesel no País. Vaz disse que, nos leilões de biodiesel realizados neste mês pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), o litro do produto saiu, em média, por R$ 1,86. "Isso representa uma diferença, com impostos, de cerca de 50 centavos para o preço do diesel comum (para as distribuidoras)", afirmou. Vaz, porém, ratificou a avaliação de Hubner de que não faltará biodiesel para que seja atendida a mistura de 2%. "Todas nossas associadas têm biodiesel em sua base para começar a distribuição a partir de 1º de janeiro", disse. Segundo Hubner, as usinas instaladas no País têm capacidade para produzir 2,5 bilhões de litros por ano, ante uma necessidade, para 2008, de 840 milhões de litros. Ele destacou que as distribuidoras já contrataram 99% do biodiesel de que precisarão nos próximos seis meses. "Podemos ter um ou outro problema isolado, mas a logística de distribuição está muito bem montada" afirmou. O ministro acrescentou que a ANP fiscalizará os postos e as distribuidoras para saber se a mistura de 2% está sendo cumprida. A punição para os que não fizerem a adição do biodiesel é a de não poderem comercializar o diesel comum. Pelos cálculos do governo, a adição de 2% de biodiesel terá um efeito positivo na balança comercial de R$ 900 milhões, em 2008, com a redução na importação de diesel. Em 2007, o Brasil importou 7% do diesel comum que consumiu. Hubner acrescentou que o governo pode autorizar, em 2008, o aumento da mistura para 3% de biodiesel. Nesse caso, porém, a elevação será opcional. Pela lei, depois dos 2% a partir de janeiro de 2008, postos e distribuidoras terão de aumentar a mistura para 5% em 2013. Hubner reiterou, porém, que o governo estuda a possibilidade de antecipar os 5% de 2013 para 2010.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Diário de Cuiabá

Restrições a biocombustíveis prejudicam cooperação
A redução de metas para o uso de biocombustíveis na União Européia estancou a cooperação do bloco com o Brasil neste setor, diz Ricardo Dornelles, responsável por biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia.Em setembro de 2008, a União Européia decidiu reduzir suas metas de misturar biocombustíveis tradicionais a gasolina ou diesel, parte de seu plano para combater as mudanças climáticas. Até 2020, 10% dos combustíveis usados pelo bloco deverão ser provenientes de fontes renováveis, mas neste pacote estão não apenas os biocombustíveis tradicionais – provenientes de plantações, caso do etanol brasileiro – como também os chamados biocombustíveis de segunda geração – derivados de resíduos –, veículos elétricos e hidrogênio proveniente de fontes renováveis.A medida levantou questões sobre a repercussão que teria sobre os países que mais produzem e mais investem em biocombustíveis no mundo – o Brasil na linha de frente. A nova posição da União Européia cria mais atrito no já fracionado debate global sobre os biocombustíveis, impregnado de acusações de auto-interesse e protecionismo. Ricardo Dornelles, diretor do Departamento de Combustíveis Renováveis do Ministério das Minas e Energia no Brasil, falou à DW-WORLD.DE sobre a cooperação do país com a União Européia e sobre a produção e as ambições do Brasil no cenário global dos biocombustíveis.DW-WORLD.DE: Qual é o nível de cooperação entre o Brasil e a Europa na produção de biocombustíveis? Ricardo Dornelles: A cooperação entre o Brasil e a União Européia no setor de biocombustíveis foi interrompida por causa das políticas européias para a produção e o uso de biocombustíveis. Conversas com o fim de revisar as metas para o emprego de biocombustíveis e a adoção de critérios ambientais dominaram o debate e prejudicaram o progresso de projetos de cooperação. Por causa da iniciativa brasileira no Fórum Internacional de Biocombustíveis, que congrega os principais produtores e consumidores de biocombustíveis do mundo, a área de cooperação que tem visto maiores avanços é a avaliação de condições para criar padrões metrológicos unificados entre Brasil, Estados Unidos e União Européia.Quais são as principais áreas de conflito entre a Europa e o Brasil na produção de biocombustíveis? Subsídios a produtos agrícolas na União Européia e barreiras não-tarifárias aos biocombustíveis brasileiros têm sido obstáculos para uma integração comercial entre o Brasil e o bloco europeu.Quais são as diferenças entre o Brasil e a Europa no que diz respeito à produção e promoção de biocombustíveis? No Brasil, biocombustíveis são produzidos com base no livre empresa, e apoiados e promovidos pelo governo, sobretudo em fóruns internacionais. O presidente [Luiz Inácio Lula da Silva] sempre enfatiza seu suporte à produção de biocombustíveis como um caminho para o desenvolvimento e uma opção para países mais pobres.A União Européia reduziu suas metas de uso de biocombustíveis tradicionais em gasolina e diesel, querendo ampliar o uso de biocombustíveis de segunda geração e outras fontes renováveis. Como isso afeta o Brasil e sua indústria de biocombustíveis? Diversos estudos governamentais e privados – conduzidos por agências especializadas como a EPE (Empresa de Pesquisa Energética), a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e o CTC (Centro de Tecnologia Canavieira) e por universidades como Unicamp e Coppe-UFRJ – demonstraram que o Brasil tem todas as condições de expandir sua produção de biocombustíveis a níveis muito mais altos do que os atuais. Há terra, tecnologia agrícola e tecnologia industrial para que o país atenda à demanda sem comprometer a oferta de alimentos e o aumento do plantio de grãos, como demonstrado nos últimos anos. Pesquisas também estão sendo conduzidas para produzir biocombustíveis a partir de materiais de celulose, e espera-se um salto significativo na produtividade com a transformação do bagaço de cana em etanol.Como o Brasil espera reforçar e aprimorar sua posição de segundo maior produtor de etanol do mundo? -O Brasil é atualmente o segundo maior produtor de etanol e o maior exportador do mundo. No entanto, a maior meta do Brasil é promover cooperação internacional para que o maior número de países possível possa produzir biocombustíveis, o que aumenta as chances de transformar o produto num bem de consumo. O Brasil tem feito a sua parte, através da assinatura de acordos de cooperação com países de todos os continentes, sem distinção, para promover a produção de biocombustíveis. O Brasil parte do princípio de que diversificar as fontes de energia é a chave para reduzir a dependência de combustíveis fósseis, que estão se tornando cada vez mais caros.Que medidas o governo brasileiros está tomando para garantir a sustentabilidade na produção de biocombustíveis, e evitar que represente um ônus para o ambiente e a economia? O Brasil ainda tem uma capacidade agrícola enorme que pode ser usada sem comprometer biomas sensíveis, como a Amazônia e ou o Pantanal. A pecuária no Brasil é extensiva e subutiliza a terra, criando gado numa densidade muito abaixo dos níveis que poderiam ser alcançados para garantir uma produtividade maior. Assim, pastos degradados podem ser liberados para cultivar cana-de-açúcar em áreas onde novas unidades estão sendo construídas, ou onde usinas estão sendo ampliadas. Em breve, serão publicados estudos para o zoneamento agro-ecológico da cana-de-açúcar no Brasil. Na prática, isso será um passo essencial para guiar a expansão do setor e assegurar a sua sustentabilidade.Um estudo recente disse que a produção de biocombustíveis no Brasil não vai afetar a de alimentos nos próximos anos, nem o desmatamento na Amazônia. Mas agricultores estão sendo incentivados a cultivar cana-de-açúcar em terras previamente usadas para o plantio de alimentos. Como o Brasil se posiciona em relação à expansão de plantações de cana, e no que se baseia o argumento de que essa expansão não é motivo para a crise alimentícia? Deve-se levar em consideração que sempre haverá um incentivo econômico por trás da decisão dos agricultores em relação a como usar sua terra. No entanto, há casos em que a tradição ou a vocação econômica de uma região vão preponderar e influenciar a sua decisão. Além disso, essa decisão depende de outros fatores que não estão sob seu controle.Por exemplo: independente do valor que possa ter uma colheita, não faz sentido cultivar cana-de-açúcar num terreno a não ser que fique próxima a uma unidade industrial capaz de absorver essa produção.Os estudos de zoneamento agro-ecológicos que estão para sair vão demonstrar aquilo que já sabemos: o Brasil tem terra o suficiente para expandir tanto a produção de cana-de-açúcar como a de grãos e alimentos sem comprometer ou ameaçar ecossistemas e biomas sensíveis, como a Amazônia e o Pantanal.A floresta amazônica está ameaçada? As ameaças à região da Amazônia são de natureza diferente, e não têm nada a ver com o aumento na produção de biocombustíveis no Brasil. Associar ambas as coisas pode comprometer seriamente a busca de soluções para proteger a biodiversidade da Amazônia.Quanto à produção alimentícia, a maior prova de que ela não está ameaçada, do ponto de vista brasileiro, é o fato de que, nas últimas colheitas, viu-se um aumento tanto na produção de matéria-prima para biocombustíveis quanto na produção de alimentos e de grãos para o mercado.Ambientalistas dizem que a produção de biocombustíveis no Brasil e na Europa está beneficiando grandes empresas, mas não as comunidades locais. No Brasil, por exemplo, diz-se que o aumento do cultivo de cana ocorre em detrimento à produção local, e que quatro em dez produtores de etanol têm investidores estrangeiros por trás. Como o senhor responde a estas acusações? O mercado energético é um dos que mais concentra ganhos no mundo. Há uma concentração de recursos inegável nos países ricos devido ao mercado energético, baseado sobretudo no petróleo. Os biocombustíveis são uma opção viável para reduzir a dependência de combustíveis fósseis e manter o dinheiro na região, o que certamente contribuir para a economia local. No caso do Brasil, a indústria da cana-de-açúcar é composta por mais de 400 unidades de produção, controladas por mais de 200 grupos econômicos. Mais de 60 mil produtores de cana estão envolvidos neste processo, e mais de 1 milhão de empregos diretos são gerados.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Deutsche Welle 2008

MERCADO DE AÇUCAR & ÁLCOOL

Usinas terão até R$ 500 mi do BNDES As usinas de açúcar e de álcool terão até R$ 500 milhões na nova linha de crédito a ser anunciada pelo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, na próxima segunda-feira.Fontes do setor sucroalcooleiro apontam que o valor do financiamento, no entanto, será restrito até o limite de 20% do faturamento das companhias, que ainda terão de seguir as normas da instituição, como a apresentação de certidões negativas de débito, além de ambientais. Ainda segundo essas fontes, o valor e as condições deverão ser os mesmos para todos os outros setores empresariais que contratarem a linha de financiamento do BNDES. Entre os empresários do setor sucroalcooleiro, o clima com as medidas é de desconfiança, mesmo que para algumas unidades o crédito possa ajudar no caixa em época de aumento de gastos com salários e com rescisões contratuais em após o fim da safra. No entanto, para as pequenas companhias do setor, o valor liberado não deve chegar ao limite máximo, uma vez que o valor é atrelado a um quinto do faturamento total.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Estado

BNDES projeta concentração em desembolsos para usinas
Um número menor de usinas deverá receber financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para seus novos projetos. O ritmo de aprovação dos desembolsos está mais criterioso e não somente por causa da crise global, mas, sobretudo, pela situação financeira delicada dessas empresas no mercado. Nos últimos anos, o segmento viveu clima de festa, com crédito farto, não só do BNDES, mas também de bancos comerciais. Reflexo disso é que o as usinas sucroalcooleiras foram fortemente beneficiadas por financiamentos: em 2004, respondiam por 1% dos desembolsos totais do BNDES. Neste ano, o representarão 7% dos recursos totais liberados. Mas o fato é que agora a torneira de crédito secou. Uma análise sobre os valores desembolsados pelo até novembro não dá ainda a exata dimensão dos reflexos da crise. No acumulado deste ano até o dia 26 de novembro, o BNDES liberou R$ 5,773 bilhões para as usinas. Esse valor supera em 61% todo recurso liberado ao setor nos doze meses de 2007, de R$ 3,6 bilhões. Para 2008, a perspectiva é de que os desembolsos atinjam cerca de R$ 6 bilhões. Em 2009, a previsão é de que os recurso fiquem nesta faixa ou menos. "O tíquete médio dos valores aumentou nos últimos dois anos para os novos projetos", disse uma fonte do banco. O medidor da crise é que um número menor de usinas receberá daqui para frente financiamento do BNDES. "Muitas empresas já submetem projetos para aprovação", disse a mesma fonte. A aprovação de crédito do banco está mais criteriosa - e isso vale para todos os vários setores da economia. No caso das usinas, o agravante é que o risco de classificação de muitas delas - inclusive as de grandes grupos - aumentou, o que é levado em consideração. Outro fator que deverá ser levado em conta para a liberação ou não dos recursos é o resultado dos balanços dessas empresas durante a safra 2008/09. Com uma carteira que inclui 80 usinas, o BNDES liberou de 2004 até o dia 26 de novembro cerca de R$ 13 bilhões em projetos para o setor sucroalcooleiro, que incluem construção de novas usinas, ampliação das unidades em operação, co-geração de energia e inovação tecnológica. O grande volume liberado este ano - somente entre julho e 26 novembro foram R$ 3 bilhões, ante R$ 2,7 bilhões entre janeiro e julho, reflete os muitos projetos represados no primeiro semestre. Os projetos em análise, principalmente a partir de setembro, quando a crise global se agravou, consideram o desempenho de resultados das empresas durante a temporada 2007/08, marcada por baixos preços do açúcar no mercado internacional. Nos últimos meses, muitas usinas se alavancaram para tocar seus projetos. A estratégia para conseguir recursos no mercado é considerada tanto "ortodoxa pelo mercado, ou como melhor define o BNDES: "uma gestão financeira inadequada". Muitas usinas se endividaram com financiamento de curto prazo, com ACC (Adiantamento de Crédito de Câmbio), contando que os recursos financiados pelo BNDES liquidariam essa essas dívidas. Operações mais complexas, que incluem empresas ou fundos estrangeiros, têm um grau maior de maturação para aprovação. Os projetos estruturados por vários bancos também, uma vez que inclui discussões jurídicas de várias instituições financeiras. Outros grupos, que apostaram na abertura de capital, mas tiveram seus planos foram frustrados, também têm dificuldades para conseguir recursos no mercado. Para fontes do setor sucroalcooleiro, o BNDES tem sido muito burocrático na liberação de recursos. Segundo fontes do BNDES, burocracia para a liberação de recursos sempre ocorre. No entanto, a peneira está mais fina. "Nenhuma usina quebra por conta de um ou dois anos de preços baixos. Mas por estratégias de gestão financeiras equivocadas", afirmou uma outra fonte do banco. Entre 2005 e 2006, o cenário para essas usinas era positivo. Agora tudo mudou. "O volume de garantia aumentou e muitas empresas não podem mais bancá-lo porque não tem mais as mesmas garantias de antes para oferecer", informou a mesma fonte. Embora o cenário de preços esteja positivo para o açúcar no ano que vem, o fato é que o resultado disso nos balanços das usinas só será percebido nos próximos meses. Até lá, o setor terá certa dificuldade para conseguir crédito no mercado.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Valor Econômico

Proibição da queima em Cedral/SP é inconstitucional
O Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), formado por 25 desembargadores, julgou inconstitucional a lei de Cedral (SP) que obrigava o fim da queima da palha de cana-de-açúcar no município, contrariando determinação do governo do Estado. A decisão tomada nesta terça-feira (26/11/2008) pelo TJSP libera imediatamente a queima em Cedral.De acordo com a advogada dos sindicatos da Indústria do Açúcar e da Indústria da Fabricação do Álcool, no Estado de São Paulo, Angela da Motta Pacheco, o julgamento desestimula outros municípios a editar novas leis proibitivas da queima da palha de cana. Essa decisão constitui um importante precedente para os demais casos a serem julgados, fortalecendo o início de uma tendência de jurisprudência do Tribunal de Justiça sobre a matéria, afirmou.A decisão leva em conta que apenas a União e os Estados podem legislar sobre questões ambientais. Com isso, o município fica impedido de criar leis sobre a mesma matéria, já que a proteção do meio ambiente é de interesse nacional e transcende os limites municipais. Deve-se considerar que o Estado de São Paulo tem leis que tratam da queima da palha da cana-de-açúcar permitindo-a, desde que sejam obedecidos determinados critérios, declarou a advogada.Segundo o assessor jurídico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Francesco Giannetti, a lavoura de cana está eliminando progressivamente a queima, por meio da substituição da colheita manual pela mecanizada. "Vale ressaltar que o Protocolo Agroambiental, assinado entre as usinas, produtores de cana e o Estado de São Paulo, antecipa os prazos legais para a eliminação da queima", afirmou Giannetti.O protocolo busca consolidar o desenvolvimento sustentável do setor no Estado de São Paulo, que responde por 60% da produção brasileira de cana. Um ano após a assinatura do documento em 2007, mais de 150 das 172 indústrias paulistas já aderiram aos termos do protocolo. Com isso, assumem o compromisso de eliminar, até 2014, a queima da palha na colheita de cana em áreas mecanizáveis e, até 2017, em áreas não-mecanizáveis.Outros Estados têm seguindo o exemplo de São Paulo, como Minas Gerais, que lançou seu protocolo em 2008. Além da queima controlada da palha de cana, o Protocolo dispõe sobre outros temas de enorme relevância, como: conservação do solo e dos recursos hídricos, proteção de matas ciliares, recuperação de nascentes, redução de emissões atmosféricas e cuidados no uso de defensivos agrícolas.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por UNICA

Brasil desenvolve pesquisas sobre cana de açúcar e produção de etanol
O Brasil tem condições de produzir biocombustível suficiente para substituir pelo menos 10% de toda a gasolina consumida mundialmente. Mas, para que isso ocorra, a tecnologia tem que estar no campo e na própria planta, a cana-de-açúcar.Essa foi uma das conclusões do Workshop Instrumentação e Automação Agrícola e Agroindustrial na Cadeia Cana-Etanol, realizado no âmbito do Projeto de Pesquisa em Políticas Públicas (PPPP) da Cadeia Cana-Etanol apoiado pela FAPESP na sexta-feira (28/11), na Embrapa Instrumentação Agropecuária, em São Carlos, interior de São Paulo.Para atingir a meta dos 10% da gasolina mundial, o país precisaria cultivar cerca de 35 milhões de hectares de cana-de-açúcar."Mas, com a introdução das novas tecnologias no campo, seja em instrumentação e automação agrícola ou na pesquisa genômica da cana-de-açúcar, esse número poderá cair para 20 milhões de hectares ou menos. Por isso, é fundamental identificar as principais necessidades de pesquisa para que possamos nos consolidar como o maior produtor mundial de etanol", disse Luís Augusto Barbosa Cortez, professor da Faculdade de Engenharia Agrícola da Universidade Estadual de Campinas e coordenador do PPPP da Cadeia Cana-Etanol.Os Estados Unidos são atualmente o maior produtor mundial de etanol, com o combustível produzido a partir do milho. O Brasil ocupa a segunda posição, com o álcool combustível derivado da cana-de-açúcar."Neste momento, em que o mundo discute o forte potencial das energias renováveis, a agricultura e a ciência brasileira estão juntas, assim como também vem acontecendo com os setores público e privado, contribuindo para o desenvolvimento do país. A agricultura não vai avançar se não tiver a ciência ao seu lado", disse Silvio Crestana, presidente da Embrapa, na abertura do workshop.Para Crestana, a cana tem um forte potencial de ser reconhecida como uma importante fonte de energia. A planta é composta por três partes: a sacarose, a palha e o bagaço, sendo um terço para cada uma. A primeiro já tem um número grande de utilização, o que não acontece com as outras duas partes. "Trabalhar o conceito de cana-energia é o grande desafio da ciência hoje", ressalta o presidente da Embrapa.Mas não é só isso. "Também é necessário definir estratégias para alavancar o setor", defendeu Orlando Castro, coordenador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA). Entre elas ele sugere a criação de novos institutos dedicados à pesquisa em cana-de-açúcar.Entretanto, o Brasil lidera com folga quando se trata do números de artigos científicos publicados referentes às pesquisas com cana-de-açúcar. Considerando apenas o Estado de São Paulo, ele disputa a segunda colocação com os Estados Unidos.Entretanto o Brasil amarga uma terceira posição quando se trata de artigos científicos relacionados ao etanol extraído da biomassa e fora do grupo dos três primeiros quando o assunto é pesquisas de etanol de segunda geração (em ambos os casos os Estados Unidos lideram). Não é a toa que os setores público e privado vêm se esforçando em ações conjuntas quando o assunto é biocombustível. "É o conhecimento científico que vai estimular políticas públicas e o investimento de recursos", afirmou Castro.Também participaram da abertura do evento Álvaro Macedo da Silva, chefe-geral da Embrapa Instrumentação Agropecuária, o prefeito de São Carlos, Newton Lima Neto, o coordenador do workshop, Ladislau Martin Neto, a vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), sede Ribeirão Preto-SP, Alessandra Bernuzzi, o diretor do Centro de C&T do Bioetanol, Marcos Aurélio Pinheiro Lima e Dioníso Maraguti, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de São Carlos.O workshop atendeu às espectativas dos organizadores, de funcionar como um espaço para discussões técnicas de orientação de pesquisa. Foram debatidos quatro temas, tendo como objeto principal a instrumentação e a automação agrícola na produção do etanol a partir da cana-de-açúcar.As pesquisas apresentadas destacaram o que vem sendo desenvolvido nas universidades, institutos de pesquisas e nos departamentos de pesquisa e desenvolvimento de empresas do setor de cana, açúcar e álcool, tendo em vista o forte potencial do etanol e sua posição no mercado mundial em um futuro próximo.O primeiro tema foi "Biorrefinaria virtual", que teve como palestrante Antonio Bonomi, do Centro de Ciência e Tecnologia do Bioetanol. Em seguida, Rubens Maciel Filho, do Departamento de Engenharia Química da Universidade Estadual de Campinas, falou sobre "Etanol de segunda geração: desafios para a instrumentação e automação". As palestras "Agricultura de precisão em cana-de-açúcar" e "Logística na produção de cana-etanol" completaram o workshop. Cadeia produtiva completa O tema do workshop integra um conjunto de 20 temas levantados pelo projeto Projeto de Pesquisa em Políticas Públicas (PPPP) da Cadeia Cana-Etanol ("Diretrizes de Políticas Públicas para a Agroindústria Canavieira do Estado de São Paulo"), que é apoiado pela FAPESP na modalidade Programa de Pesquisa em Políticas Públicas. O projeto integra o Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN).O objetivo do PPPP da Cadeia Cana-Etanol é propor diretrizes, estratégias e políticas para o desenvolvimento do setor sucroalcooleiro no Estado de São Paulo, sendo que, para isso, está em desenvolvimento um projeto de pesquisa integrado, a partir da cooperação de uma equipe interdisciplinar de pesquisadores e profissionais do setor.O projeto abrange a cadeia produtiva da cana, açúcar e álcool, concentrando os estudos em quatro vertentes: agrícola (melhoramento genético, tecnologia de colheita); industrial (gestão, hidrólise); produtos (alcoolquímica, etanol, energia); e ambiente externo (mercado nacional e internacional, oferta e demanda).A atuação compreende atividades de diagnóstico, análise, prospecção, desenvolvimento de indicadores e medidores de desempenho, elaboração de propostas de melhoria, mudança e ou inovação e disseminação do conhecimento.O resultado dessas atividades deverá contemplar toda a cadeia produtiva e oferecer subsídios para a elaboração de políticas públicas para o setor, além de contribuir indiretamente para a formação e capacitação de profissionais para atuar administrativamente.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por África 21

Cana de ponta
O Brasil tem condições de produzir biocombustível suficiente para substituir pelo menos 10% de toda a gasolina consumida mundialmente. Mas, para que isso ocorra, a tecnologia tem que estar no campo e na própria planta, a cana-de-açúcar. Essa foi uma das conclusões do Workshop Instrumentação e Automação Agrícola e Agroindustrial na Cadeia Cana-Etanol, realizado no âmbito do Projeto de Pesquisa em Políticas Públicas (PPPP) da Cadeia Cana-Etanol apoiado pela FAPESP na sexta-feira (28/11), na Embrapa Instrumentação Agropecuária, em São Carlos, interior de São Paulo.Para atingir a meta dos 10% da gasolina mundial, o país precisaria cultivar cerca de 35 milhões de hectares de cana-de-açúcar. "Mas, com a introdução das novas tecnologias no campo, seja em instrumentação e automação agrícola ou na pesquisa genômica da cana-de-açúcar, esse número poderá cair para 20 milhões de hectares ou menos. Por isso, é fundamental identificar as principais necessidades de pesquisa para que possamos nos consolidar como o maior produtor mundial de etanol", disse Luís Augusto Barbosa Cortez, professor da Faculdade de Engenharia Agrícola da Universidade Estadual de Campinas e coordenador do PPPP da Cadeia Cana-Etanol.Os Estados Unidos são atualmente o maior produtor mundial de etanol, com o combustível produzido a partir do milho. O Brasil ocupa a segunda posição, com o álcool combustível derivado da cana-de-açúcar."Neste momento, em que o mundo discute o forte potencial das energias renováveis, a agricultura e a ciência brasileira estão juntas, assim como também vem acontecendo com os setores público e privado, contribuindo para o desenvolvimento do país. A agricultura não vai avançar se não tiver a ciência ao seu lado", disse Silvio Crestana, presidente da Embrapa, na abertura do workshop.Para Crestana, a cana tem um forte potencial de ser reconhecida como uma importante fonte de energia. A planta é composta por três partes: a sacarose, a palha e o bagaço, sendo um terço para cada uma. A primeiro já tem um número grande de utilização, o que não acontece com as outras duas partes. "Trabalhar o conceito de cana-energia é o grande desafio da ciência hoje", ressalta o presidente da Embrapa.Mas não é só isso. "Também é necessário definir estratégias para alavancar o setor", defendeu Orlando Castro, coordenador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA). Entre elas ele sugere a criação de novos institutos dedicados à pesquisa em cana-de-açúcar.-Entretanto, o Brasil lidera com folga quando se trata do números de artigos científicos publicados referentes às pesquisas com cana-de-açúcar. Considerando apenas o Estado de São Paulo, ele disputa a segunda colocação com os Estados Unidos.Entretanto o Brasil amarga uma terceira posição quando se trata de artigos científicos relacionados ao etanol extraído da biomassa e fora do grupo dos três primeiros quando o assunto é pesquisas de etanol de segunda geração (em ambos os casos os Estados Unidos lideram). Não é a toa que os setores público e privado vêm se esforçando em ações conjuntas quando o assunto é biocombustível. "É o conhecimento científico que vai estimular políticas públicas e o investimento de recursos", afirmou Castro.Também participaram da abertura do evento Álvaro Macedo da Silva, chefe-geral da Embrapa Instrumentação Agropecuária, o prefeito de São Carlos, Newton Lima Neto, o coordenador do workshop, Ladislau Martin Neto, a vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), sede Ribeirão Preto-SP, Alessandra Bernuzzi, o diretor do Centro de C&T do Bioetanol, Marcos Aurélio Pinheiro Lima e Dioníso Maraguti, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de São Carlos.O workshop atendeu às espectativas dos organizadores, de funcionar como um espaço para discussões técnicas de orientação de pesquisa. Foram debatidos quatro temas, tendo como objeto principal a instrumentação e a automação agrícola na produção do etanol a partir da cana-de-açúcar.As pesquisas apresentadas destacaram o que vem sendo desenvolvido nas universidades, institutos de pesquisas e nos departamentos de pesquisa e desenvolvimento de empresas do setor de cana, açúcar e álcool, tendo em vista o forte potencial do etanol e sua posição no mercado mundial em um futuro próximo.O primeiro tema foi "Biorrefinaria virtual", que teve como palestrante Antonio Bonomi, do Centro de Ciência e Tecnologia do Bioetanol. Em seguida, Rubens Maciel Filho, do Departamento de Engenharia Química da Universidade Estadual de Campinas, falou sobre "Etanol de segunda geração: desafios para a instrumentação e automação". As palestras "Agricultura de precisão em cana-de-açúcar" e "Logística na produção de cana-etanol" completaram o workshop. Cadeia produtiva completaO tema do workshop integra um conjunto de 20 temas levantados pelo projeto Projeto de Pesquisa em Políticas Públicas (PPPP) da Cadeia Cana-Etanol ("Diretrizes de Políticas Públicas para a Agroindústria Canavieira do Estado de São Paulo"), que é apoiado pela FAPESP na modalidade Programa de Pesquisa em Políticas Públicas. O projeto integra o Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN).O objetivo do PPPP da Cadeia Cana-Etanol é propor diretrizes, estratégias e políticas para o desenvolvimento do setor sucroalcooleiro no Estado de São Paulo, sendo que, para isso, está em desenvolvimento um projeto de pesquisa integrado, a partir da cooperação de uma equipe interdisciplinar de pesquisadores e profissionais do setor.O projeto abrange a cadeia produtiva da cana, açúcar e álcool, concentrando os estudos em quatro vertentes: agrícola (melhoramento genético, tecnologia de colheita); industrial (gestão, hidrólise); produtos (alcoolquímica, etanol, energia); e ambiente externo (mercado nacional e internacional, oferta e demanda).A atuação compreende atividades de diagnóstico, análise, prospecção, desenvolvimento de indicadores e medidores de desempenho, elaboração de propostas de melhoria, mudança e ou inovação e disseminação do conhecimento.O resultado dessas atividades deverá contemplar toda a cadeia produtiva e oferecer subsídios para a elaboração de políticas públicas para o setor, além de contribuir indiretamente para a formação e capacitação de profissionais para atuar administrativamente.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Fapesp

Controle Biológico na Usina IACO Agrícola S.A
O setor sucroalcooleiro na região do Chapadão do Sul já é uma realidade. Com a implantação de vários canaviais na região vem também um problema muito sério que são as pragas que atacam a cultura de cana-de-açúcar.Uma delas, e que tem uma grande importância no setor, é a Broca da Cana-de-Açúcar (Diatraea saccharalis). É uma lagarta que causa danos econômicos para o setor sucroalcooleiro.Uma das formas de controle é o controle biológico, que consiste na liberação de uma vespinha chamada de Cotésia flavipes, que atua diretamente na lagarta que causa a broca da cana-de-açúcar.A Usina IACO AGRÍCOLA S.A tem implantado um canavial de 8.500 há, fechou contratos com dois laboratórios do estado de São Paulo, que irão fornecer 1.200.000 indivíduos por semana, durante os meses de novembro de 2008 a abril de 2009.As liberações são feitas através de resultados dos levantamentos de pragas feitos nos talhões. O índice de liberação da cotésia nos talhões é quando atinge 10 brocas hora/homem (método utilizado pela usina). Quando atinge esse número faz-se a liberação de 12 copos de cotésia por hectare, cada copo contém 500 indivíduos, totalizando 6.000 indivíduos por hectare. A empresa também optou por não deixar os copos (embalagem da cotésia) na lavoura, como de costume em outras usinas. Pois os copos não são biodegradáveis, deixam-se apenas as massas e as cotésias na lavoura. Estas embalagens plásticas retornam para a empresa e é encaminhada para a reciclagem.Isso contribui para a diminuição dos impactos ambientais que esses copos causariam ao meio ambiente. O método de controle biológico através da liberação de cotésia, também diminui a utilização de produtos químicos para o controle desta praga, consequentemente mantém intactos outros inimigos naturais que habitam a lavoura de cana-de-açúcar.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por O Correio Mews

Suécia pretende ampliar cooperação com o Brasil em etanol de cana-de-açúcar A vice-primeira ministra da Suécia, Maud Olofsson, afirmou que seu país quer ampliar a abrangência da cooperação que já tem com o Brasil em etanol de cana-de-açúcar, do qual é o maior importador na Europa. Olofsson participou do Congresso Internacional de Biocombustíveis promovido pelo governo brasileiro, de 17 a 21 de novembro de 2008, e aproveitou para visitar a usina Santa Elisa, do Grupo Santelisa Vale, em Sertãozinho (SP), no dia 19.A governante sueca enxerga oportunidades ainda inexploradas de cooperação entre Brasil e Suécia, especialmente em projetos mais abrangentes e de longo prazo com o etanol de cana. Olofsson acredita, no entanto, que estas parcerias devem ter como ponto de partida o entendimento entre as empresas privadas dos dois países, com o apoio dos governos de ambas as partes.A viagem ao Brasil ofereceu a Olofsson novos horizontes a respeito do setor sucroenergético brasileiro, especialmente após a visita à usina, onde pôde conferir as iniciativas de sustentabilidade nos campos social, ambiental e econômico, além de conhecer pessoalmente as fábricas de açúcar e etanol e as estruturas de produção de energia elétrica por meio da biomassa da cana.A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) organizou a visita da vice-primeira ministra da Suécia e de sua delegação, que incluiu a embaixadora do país no Brasil, Annika Markovic. Uma apresentação sobre a amplitude do setor sucroenergético no Brasil foi feita por Carolina Costa, relações institucionais da UNICA, abordando, entre outros aspectos, as oportunidades para diversos países ao tornar o etanol uma commodity global.De acordo com a UNICA, a possibilidade de comercializar o biocombustível livremente no mercado internacional, sem barreiras tarifárias e não-tarifárias, assim como ocorre hoje com o petróleo, favorecerá a inserção de economias em desenvolvimento no mercado internacional, assim como um cenário de maior segurança energética.Dois executivos do Grupo Santelisa Vale apresentaram dados sobre a companhia. Renato Carneiro, diretor de comunicação corporativa, abordou os aspectos da sustentabilidade da empresa e Celso Zanatto, diretor de energia da Cristalsev, revelou as oportunidades da empresa no segmento de co-geração de energia elétrica no mercado interno. Dados da UNICA mostram que a bioeletricidade produzida pelas usinas de cana deverá ser responsável por uma oferta equivalente à de duas hidrelétricas de Itaipu em capacidade instalada, até 2020, ou o equivalente a 28 mil megawatts.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por UNICA

O salto tecnológico do etanol
Temos a possibilidade de dobrar a produção de etanol usando a mesma quantidade de cana de açúcar. Disso ninguém tem mais dúvidas analisando a "hidrólise enzimática", um processo que acelera a formação de sacarose nos resíduos da cana-de-açúcar.De diferentes partes do mundo, as notícias que chegam são as mesmas. Os processos de hidrólise tiveram sucesso em escala laboratorial, e aguardam verificações em grandes quantidades. Vencida mais essa etapa, o resultado prometido com a adaptação das usinas é milagroso. Apenas o Brasil, maior produtor mundial de cana-de-açúcar, e ainda detentor de um potencial para significativa expansão do seu cultivo, poderá passar de uma produção de etanol de 25 bilhões de litros para algo próximo de 45 bilhões e subir rapidamente a 200 bilhões.O salto que se vislumbra com o processo de hidrólise abre as portas das usinas a qualquer biomassa como capim, folhas, palhas, cascas, restos de madeiras e até lixo urbano.Podemos imaginar também que a produção de etanol se ampliará com a seleção genética e o aproveitando do palhiço, hoje queimado para facilitar a colheita nos canaviais. Passar assim de 80 toneladas de cana por hectare a cerca de 200 toneladas, meta aguardada em poucos anos.O processo de hidrólise enzimática permitirá, ainda, a separação e recuperação da lignina, substância residual importantíssima para gerar calorias. O bagaço de cana fornece para as caldeiras das usinas cerca de 300 quilos de biomassa constituída de água, celulose, hemicelusose e lignina que, associadas, possuem poder calorífico de 1.750 kcal/kg. A lignina isolada e desidratada possui poder de 6.300 kcal/kg. Dessa forma, o balanço térmico e os coeficientes de co-geração de energia continuam equivalentes, podendo ser aumentados com a adoção de caldeiras e turbinas de 88 bar.As boas notícias chegam também do grupo Votorantin, associado ao Amrys norte-americano, que anunciou para 2010 o início da comercialização do diesel produzido da cana.Afinal, o Brasil terá nos próximos 10 anos a possibilidade de produzir combustíveis renováveis equivalentes a 3 bilhões de barris de petróleo por dia. Isso é o dobro de quanto produz hoje a Petrobras e, ainda, o etanol terá, depois do salto tecnológico, um custo de US$ 25/30 por barril, metade da cotação atual do petróleo. Se isso não resolve o problema todo do planeta, ajudará muito na geração de milhões de empregos, na aceleração econômica do interior e na distribuição de renda. Os nossos governantes, ainda, não entenderam em cheio o potencial do etanol. Ao contrário Hugo Chávez e outros que vivem de petróleo atinaram para o "risco" e passaram a gastar milhões de petrodólares em campanhas contra o etanol brasileiro. Bem por isso, em Brasília, poderíamos ter um ministério útil (entre muitos inúteis) dedicado
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por O Tempo

ECONOMIA & MERCADO

Regulação - ter ou não ter?
A crise financeira global e os trilhões de dólares, euros, libras, ienes e yuans com que os governos têm socorrido instituições financeiras ou que têm feito circular nos EUA, na Europa, no Japão e na China levaram os ideólogos da auto-regulação a recuar. Hoje os mais radicais fundamentalistas do mercado reconhecem ter sido um erro acreditar que agentes financeiros privados prescindem de regulação e fiscalização, que são capazes de zelar pela transação saudável e eficaz da profusão de derivativos que a globalização fez circular mundo afora e que os fundos de hedge dão conta sozinhos de equilibrar a liquidez de seus papéis.O mais brilhante desses ideólogos, o economista Alan Greenspan, que presidiu a maior agência reguladora do mundo, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), por quase 20 anos, prega em seu livro A Era da Turbulência (Editora Campus, 2007): "Na minha visão, de 1995 em diante, os mercados globais, em grande parte não regulamentados, com algumas notáveis exceções, parecem avançar com tranqüilidade de um a outro estado de equilíbrio (...). Infelizmente, sempre que os problemas dos fundos de hedge chegam aos noticiários, intensificam-se as pressões pela regulamentação do setor (...) não consigo depreender os benefícios que resultariam da regulamentação." E carimba com sua vastíssima experiência: "Digo isso depois de ter atuado como regulamentador durante 18 anos."A violência desta crise, que não pára de recorrer à intervenção do Estado e ao dinheiro do contribuinte, mostrou que Greenspan estava errado. Reunidos há dias em Washington, as 20 mais poderosas nações do planeta, o G-20 (Brasil entre elas), reconheceram o erro e recomendaram a cada país criar normas de regulação e monitoramento do mercado. Sobre o FMI e o Banco Mundial, que falharam e não detectaram a crise a tempo, o G-20 avaliou que precisam ser modernizados, atualizados e mais ágeis em sua ação. O presidente eleito dos EUA, Barack Obama, fez coro e cobrou de sua equipe econômica normas de controle do mercado.E o que aconteceu depois da reunião do G-20? Até agora, nada, não há notícias de novas e consistentes regras de regulação. Mas será fácil conceber essas regras? Afinal, elogiado em todo o mundo como economista formulador, criativo e brilhante, Greenspan não passou de um incompetente?Em primeiro lugar, é um equívoco imaginar que o mercado será sempre responsável e que a ação transparente de seus agentes, por si só, garante eficácia e lisura nos negócios. Instituições financeiras visam sempre o lucro, disputam clientes com taxas cada vez mais rentáveis e a concorrência é acirrada. Nem bom nem ruim, simplesmente é o papel do agente privado. Como é papel do Estado zelar pelo interesse público do investidor, das velhinhas que aplicam suas economias, do fundo de pensão de milhares de professores da Califórnia. E, principalmente, não permitir que a eclosão de uma crise financeira se espalhe pela economia real, desempregando e gerando problemas sociais. Cabe aos bancos centrais e às agências do mercado de capitais criar regras preventivas e fiscalizar seu cumprimento pelos agentes privados.Mas, se a solução é tão simples, por que o Fed e outros BCs dela abdicaram? Esse era um dilema que atormentava Greenspan, que tantas vezes o levou a alertar contra a "exuberância do mercado", a corrente de felicidade que garantiu prosperidade nos últimos anos, a bolha que agora murchou. É o próprio Greenspan que, no livro, traz a dúvida e a resposta: "Será que estamos sendo tolos em confiar na estabilidade do mercado? Ou, como um dia perguntou um ministro das finanças recém-ungido, ‘como podemos controlar o caos inerente ao comércio e às finanças internacionais sem regulamentação e sem intervenções governamentais expressivas’? Considerando os trilhões de dólares das transações fronteiriças diárias, das quais poucas estão sujeitas a algum tipo de registro público, como alguém pode ter certeza quanto ao funcionamento de um sistema global não-regulamentado? No entanto, ele funciona, entra dia, sai dia. Obviamente, não é impossível que ocorram colapsos sistêmicos, mas tais ocorrências são extremamente raras."Greenspan calculou mal. O sistema global não-regulamentado ruiu e o colapso (raro) tragou as economias mais importantes do mundo - até levou um país inteiro, a Islândia, à falência.Mas num ponto Greenspan tem razão: não será nada fácil criar regras de regulação neste mundo diferente e globalizado.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Suely Caldas - professora de Comunicação da PUC-RJ

O preço da crise
A economia brasileira caminha para um período muito difícil, mas há uma recusa quase geral em reconhecer isso. Um retrato desse estado de alienação foi a patética reunião em que o presidente da República e 37 ministros decidiram combater a crise por meio de uma campanha publicitária. Além deles, boa parte da imprensa, da opinião pública e da intelectualidade insiste em minimizar as dificuldades que se aproximam. Não me refiro a nada que possa vir a acontecer daqui a alguns anos. Refiro-me a meados do primeiro semestre de 2009.Obtivemos resultados mediocremente bons nos últimos anos porque decidimos tirar o máximo proveito do ciclo ascendente do capital especulativo internacional; altas taxas de juros atraíram esse capital, propiciando algumas benesses, mas criando um passivo externo de curto prazo que paira sobre nós como um pesadelo. Inventamos uma variante da "doença holandesa", de natureza financeira, que manteve apreciado o câmbio, aumentando o poder aquisitivo no curto prazo, mas comprometendo o sistema produtivo e a competitividade internacional. Nós nos beneficiamos do alto preço das commodities, típico do ciclo especulativo, aceitando uma especialização regressiva na pauta de exportações. Deixamos escapar, pela conta de serviços e rendas, quase todo o ganho na esfera comercial. Concluímos a desregulamentação do fluxo de capitais, dissolvendo o espaço monetário nacional e abrindo mão de preciosos graus de liberdade para fazer políticas de Estado.Formamos reservas atraindo capital de curto prazo. Para compensar o câmbio ruim, estimulamos que as empresas entrassem pesadamente na especulação com moedas.Obtivemos, assim, um desempenho paradoxal: indicadores conjunturais melhoraram, enquanto a nossa posição estrutural piorava. Fomos mais ou menos bem no período de bonança simplesmente porque o mundo ia bem, mas continuamos a perder posições relativas.A euforia especulativa acabou. A balança comercial está em queda livre, permitindo antever um grande déficit externo no próximo ano, em um contexto em que seu financiamento será caro e difícil. Ficaremos sujeitos a um ataque fulminante contra as reservas. Os balanços de fim de ano mostrarão quantas empresas tiveram prejuízos em operações especulativas. O investimento diminuirá.Com a súbita desvalorização cambial, os salários reais sofrerão grande perda.O Banco Central comanda uma adaptação passiva à crise, quando seria necessária uma reação ativa. Reagimos ativamente à Depressão de 1929, iniciando o ciclo de industrialização que alterou a nossa base produtiva e a nossa inserção internacional; fomos os primeiros a nos recuperar e, com o tempo, chegamos a constituir a oitava maior economia industrial do mundo. No choque de juros de 1981, ao contrário, optamos por nos adaptar passivamente, fazendo sucessivos ajustamentos para pagar dívidas ilegítimas e impagáveis; mergulhamos em prolongada crise e até hoje não reencontramos o caminho de um desenvolvimento sustentado.Repetiremos a trajetória da adaptação passiva, pois nos tornamos uma sociedade de vontade fraca, incapaz de enfrentar desafios em nome de um projeto de longo prazo, que sempre tem custos. Passamos a valorizar os caminhos de menor resistência, as adaptações oportunistas, as pequenas soluções. Formamos uma geração de políticos espertos, habilíssimos no marketing, porém incapazes de compreender processos históricos, tomar grandes iniciativas e mobilizar as energias da nação. O preço da crise, para nós, será muito alto.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Folha de S. Paulo

A crise e a balança comercial brasileira
Os efeitos da crise internacional sobre o desempenho exportador brasileiro são significativos, dado que as commodities têm um peso relativo direto e/ou indireto expressivo na pauta de vendas externas. A crise tem provocado queda nos preços internacionais das commodities, reduzindo a receita dos exportadores desses produtos. Nos últimos dois meses os preços das commodities caíram em média 30%, de acordo com índice CRB (Commodity Research Bureau).No entanto, é ainda precipitado concluir daí que o saldo da balança comercial brasileira vai se deteriorar na mesma proporção. Isso porque se o processo de deflação de preços no mercado mundial afeta a receita exportadora, o mesmo ocorre com os preços dos produtos importados. Além disso, como veremos, há uma série de variáveis que devem ser levadas em conta para avaliação do comportamento futuro da balança comercial.A receita de exportações brasileiras serão negativamente afetadas pelas quedas nos preços dos produtos no mercado internacional e pela retração nos mercados externos. No entanto, o mesmo efeito ocorrerá com os preços das importações. Além disso, elas tendem a ser desestimuladas pela desaceleração da demanda interna e pela desvalorização do real.Os preços dos produtos exportados pelo Brasil vinham crescendo nos últimos anos, com destaque para o período posterior a 2006. Dois fatores explicam esse desempenho, especialmente no que se refere aos produtos básicos. O primeiro é decorrente do crescimento da demanda internacional e o segundo, das especulações no mercado. As commodities se transformaram em ativos financeiros, que atraíram aplicações de fundos de hedge, nas operações carry trade, estimuladas pelas taxas de juros baixos no mercado internacional, muitas vezes negativos em termos reais. Esse fator influenciou a subida dos preços de algumas commodities e especialmente do barril de petróleo, que chegou a atingir mais de US$ 150.Os preços das exportações brasileiras cresceram 54,1% no acumulado até setembro de 2008, período anterior à recente queda observada, comparativamente à média de 2006, segundo os dados do Boletim de Comércio Exterior da Funcex. Isso significa que, se o Brasil tivesse exportado a mesma quantidade de produtos, a receita cresceria 54% somente pelo efeito do aumento dos seus preços em dólares no mercado internacional. No período, o índice acumulado de quantum das exportações, que indica o desempenho da quantidade física, cresceu apenas 13%.Sob o ponto de vista das classes de produto, o maior aumento foi o dos produtos básicos, cujos preços cresceram 84,5%. As demais classes de produtos também tiveram aumento de preços, como os semimanufaturados, com 57,4%, e os manufaturados, com 33,4%. Mas, se as exportações brasileiras tiveram impacto positivo do aumento de preços nos últimos anos, o mesmo ocorreu com as importações. Na comparação com a mesma base média de 2006, os preços médios em dólares dos produtos importados pelo Brasil cresceram 40,4%. Dentre as categorias de uso se destacam os crescimentos dos preços dos bens de consumo não-duráveis, com 46,2%, e o dos combustíveis, com 83,4%. O índice de quantum dos bens importados cresceu 62%, estimulado pelo real apreciado e também pelo nível de atividade doméstica aquecido.Portanto, diferentes variáveis determinarão o comportamento da balança comercial brasileira nos próximos anos: os preços dos produtos exportados e importados, as demandas internacional e doméstica e o nível do câmbio real. No que se refere ao mercado vale destacar que, apesar de as principais economias mundiais, como EUA, Europa e Japão, estarem em recessão, isso não significa que o mercado de exportação deixou de existir. Esses países e outros que não estarão em recessão continuarão a importar trilhões de dólares em produtos e serviços. A concorrência vai aumentar, porque todos estarão disputando um mercado que não estará se expandindo. Mas os exportadores brasileiros têm muito mais potencial do que o pífio 1,2% que representa nosso market share nas exportações mundiais!
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Antonio Corrêa de Lacerda - professor doutor da PUC-SP, é doutor em economia pela Unicamp

Dr. Marcílio Novaes Maxxon
O combate à corrupção está intimamente vinculado à transparência.


*Leituras para Análise Estratégica eo Desenvolvimento do País:

Altos Estudos BrasileirosPor MARCÍLIO NOVAES MAXXONI- POLÍTICA E GESTÃO PÚBLICA:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/fevereiro_29.htmII- PPP-PARCERIAS PÚBLICO PRIVADAS:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/marco_28.htmIII- O PAPEL DA CÂMARA DOS DEPUTADOS:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/maio_09.htmIV- CÓDIGO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR DA CÂMARA DOS DEPUTADOS:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/maio_16.htmV- SENADO FEDERAL E CONGRESSO NACIONAL:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/junho_01.htmVI- PROCESSO LEGISLATIVO DO CONGRESSO NACIONAL, POR MARCÍLIO NOVAES MAXXON:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/junho_16.htmVII- O QUE É A LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL, E A LEI DE CRIMES FISCAIS. O ESPÍRITO DA LEI:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/julho_01.htm

Artigo: FBI - A Ciência da Inteligência e da Informação: http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/abril_11.htm
Por Marcílio Novaes Maxxon


Comissão de Assuntos Econômicos - CAE
Audiências Públicas e Reuniões Técnicas

03.06.2008 – Audiência Pública "Debate sobre o Marco Regulatório do Petróleo diante da perspectiva de descoberta e desenvolvimento de novas bacias petrolíferas na Camada do Pré-Sal”
ANPHaroldo Borges Rodrigues Lima, Diretor-Geral da Agência Nacional de Petrólio
IBPJõao Carlos França de Lucca, Presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustiveis
PetrobrasJosé Sérgio Gabrielli, Presidente da Petrólio Brasileiro S.A.
03.06.2008 – Audiência Pública "Debate sobre o Marco Regulatório do Petróleo diante da perspectiva de descoberta e desenvolvimento de novas bacias petrolíferas na Camada do Pré-Sal monetária” (Notas)
13.05.2008 – Audiência Pública “Diretrizes, implementação e perspectivas futuras da política monetária”
Banco Central do BrasilHenrique Meirelles, Presidente do Banco Central do Brasil

15.04.2008 – Audiência Pública "Critérios técnicos de repartição dos royalties provenientes da atividade de exploração petrolífera"
IBGEEduardo Pereira Nunes, Presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ANPHaroldo Borges Rodrigues Lima, Diretor-Geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
PetrobrasGuilherme de Oliveira Estrella, Diretor de Exploração e Produção da Petróleo Brasileiro S.A.
15.04.2008 – Audiência Pública "Critérios técnicos de repartição dos royalties provenientes da atividade de exploração petrolífera" (Notas)

14.05.2007 - Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
Petrobras Paulo Roberto Costa, Diretor de Abastecimento
Única Eduardo Pereira de Carvalho, Presidente
Abegás Carlos Eduardo de Freitas Brescia, Diretor

28.05.2007 - Petróleo e Gás Natural
MME João José de Nora Souto, Secretário de Petróleo e Gás
PETROBRAS Guilherme de Oliveira Estrella, Diretor de Exploração e Produção
SHELL John Haney, Vice-Presidente
Institucional
Em 20 anos, Congresso fez 62 emendas à Constituição
O fracasso da revisão constitucional de 1994
Emendas "paralelas" e fatiadas, soluções para os impasses políticos do Congresso
Algumas mudanças que o Congresso fez na Constituição

Fonte: ANERTT por Agência Senado

O BRASIL E OS BIOCOMBUSTÍVEIS
O BRASIL E OS BIOCOMBUSTÍVEISINTERATIVO PARA VOCÊ:http://www.discoverybrasil.com/discover yhoje/viciados_em_petroleo.shtml?vMenu=0 &vPrograma=6&vContenido=0_1ANERTT/DISCOVERY*


*A ANERTT, é signatário do Pacto Global: O Pacto Global é essencial para a parceria entre o setor privado e as Nações Unidas no combate efetivo a CORRUPÇÃO.

http://www.pactoglobal.org.br/pg_principio.php

http://www.unglobalcompact.org/


CONPETRO - Confederação Nacional do Petróleo, Gás Natural, Biocombustíveis e Energias Renováveis
A Serviço do Desenvolvimento do BRASIL
www.conpetro.com.br


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