segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Notícias ANERTT/Petróleo & Gás Natural N° 0321, Por Marcílio Novaes Maxxon.

"Na democracia, o processo de formação das políticas públicas demanda participação de todos os segmentos da sociedade civil, informação confiável, representação qualificada, transparência e ética."
ANERTT - Associação Nacional das Empresas de Rádio, Televisão e Tecnologia
A Serviço do Desenvolvimento do BRASIL

Relatório INFORMATIVO DIÁRIO PARA INVESTIDORES DO MERCADO DE CAPITAIS N° 0321

Notícias ANERTT/Petróleo & Gás Natural
Por Marcílio Novaes Maxxon




São Paulo, 13 de outubro de 2008

GESTÃO LEGISLATIVA & AÇÃO POLÍTICA


Anúncios de pacotes na Europa acalmam mercados

Os anúncios feitos por governos europeus de planos de ajuda para bancos de seus países acalmaram os mercados nesta segunda-feira.

A Alemanha aprovou um pacote de 470 bilhões de euros, a França deverá investir cerca de 360 bilhões de euros, e a Espanha, 100 bilhões de euros para garantir empréstimos entre os bancos.
No caso da França e da Alemanha, o dinheiro também será usado para comprar ações de bancos em dificuldades.
No pacote francês, 320 bilhões de euros (US$ 433 bilhões) servirão como garantia do Estado para empréstimos interbancários.
Outros 40 bilhões de euros (US$ 54 bilhões) serão destinados à recapitalização de bancos que enfrentarem dificuldades financeiras.
Esse montante representa exatamente a metade dos 80 bilhões de euros que o governo alemão vai destinar à essa mesma finalidade.
O decreto-lei anunciado pelo governo espanhol tem uma disposição "preventiva, cautelar", pela qual se estabelece o mecanismo para uma possível recapitalização das entidades financeiras do país, caso seja necessário.
Zapatero afirmou que "atualmente" não existe esta necessidade, já que não há "nenhuma situação de insolvência" nos bancos do país.
As medidas são parte de um plano acordado entre líderes dos 15 países da chamada zona do euro (que adotaram o euro como moeda) em uma reunião no fim de semana, em Paris.
A Áustria e a Itália também anunciaram planos de ajuda. O governo austríaco deverá gastar 85 milhões de euros. O governo italiano disse que está disposto a injetar o que for necessário, sem especificar valores.
Na Grã-Bretanha, o governo anunciou que injetaria 37 bilhões de libras (cerca de US$ 64 bilhões) nos bancos Royal Bank of Scotland, Lloyds TSBV e HBOS.
Estados Unidos
Em um pronunciamento nesta segunda-feira, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse que os países estão tomando uma "ação decisiva".
Depois de um encontro com o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, Bush disse que os Estados Unidos vão continuar a trabalhar com a Europa para enfrentar a crise.
Os Estados Unidos também se preparam para seguir a iniciativa européia e comprar ações de instituições financeiras em dificuldades, segundo anúncio do Tesouro americano.
Os anúncios desta segunda-feira ajudaram a aumentar a confiança dos investidores e se refletiram em altas nas bolsas ao redor do mundo.
Em Nova York, o índice Dow Jones operava em alta de 6,4%, seguindo tendência de alta verificada nos mercados europeus e asiáticos.
O índice FTSE 100, da Bolsa de Valores de Londres, subiu 8,2%. O Dax, de Frankfurt, e o CAC 40, da França, tiveram alta de 11%.
Mais cedo, as bolsas asiáticas já haviam reagido positivamente aos anúncios.
A bolsa australiana fechou com uma alta de 5,6%, e o principal índice da bolsa sul-coreana, o Kospi, fechou com alta de 3,8%.
O índice Hang Seng, da bolsa de Hong Kong, operava em alta de 3,2%. Mas em Taiwan foi registrada uma baixa de 2,15%.
O mercado de ações japonês permaneceu fechado por causa de um feriado.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon

PETRÓLEO & GÁS

Indústria Petrolífera
Novos desafios marinhos


A exploração de petróleo e gás abaixo da camada de sal no mar gera demanda de conhecimento e tecnologia


Pesquisa FAPESP - Petrobras/ANERTT
Plataforma P-34 e navio transportador de petróleo, acima, na bacia de Campos
Do interior de um conjunto de salas no prédio da Engenharia Mecânica da Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo, na capital paulista, está saindo parte das soluções que vão permitir o transporte do gás natural extraído das profundezas da camada pré-sal na bacia de Santos, nas novas reservas petrolíferas confirmadas pela Petrobras desde o final de 2007. A equipe do professor Kazuo Nishimoto, coordenador do Tanque de Provas Numérico (TPN), um laboratório especializado em hidrodinâmica formado por aglomerados ou clusters de computadores, desenvolve sistemas para simular o futuro transbordo do gás natural das plataformas para os navios, uma das alternativas levadas em conta pela Petrobras para transportar esse tipo de recurso mineral. A outra opção seria fazer grandes tubulações ao longo do fundo do mar, mas essa é uma solução cara e de difícil execução, com a necessidade de dutos com diâmetro muito grande e de longa distância no ambiente marinho. O produto que está associado ao petróleo deverá ser transformado do estado gasoso para o líquido em plena plataforma petrolífera para facilitar o transporte em um navio especializado em gás liquefeito. Um sistema para funcionar em pleno alto-mar, a mais de 300 quilômetros da costa, num ambiente hostil em meio a ondas e ventos fortes e a uma profundidade, da superfície até o chão do mar, de 2.200 a 3.000 metros, a chamada lâmina d’ água, fator que dificulta a ancoragem e a estabilidade dos risers, que são as tubulações presas a equipamentos no fundo do oceano que levam petróleo e gás para a plataforma na superfície.“Não existe no mundo um sistema em funcionamento em alto-mar para transformar o gás em líquido. Nesse estado, o gás natural líquido (GNL) tem que estar preservado a baixas temperaturas, num ambiente criogênico e de baixa pressão. Todo o sistema e o duto de transferência da plataforma que fará o transbordo para o navio precisarão estar a uma temperatura de -120° a -160° Celsius (C). O tanque também deverá ser resfriado. O problema é que o metal quando muito frio se torna frágil e pode trincar”, diz Nishimoto, que é do Departamento de Engenharia Naval e Oceânica da Poli. Outro desafio é fazer o transbordo em condições críticas, com o movimento do mar e das plataformas, que podem ser as semi-submersíveis ou navios-tanques fundeados, conhecidos por FPSOs, sigla de Floating, Production, Storage and Offloading, ou sistema flutuante de produção, armazenamento e descarga, e do navio de GNL, que terá comportamento diferente com os tanques cheios e vazios.O TPN, que faz parte do grupo de desenvolvimento de sistemas da Petrobras, produz cálculos e simula situações sobre esses futuros eventos considerando as diversas variáveis do ambiente marinho e dos equipamentos envolvidos. Ele foi montado com recursos da Petrobras e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência e Tecnologia em 2002. Dele fazem parte também pesquisadores da Coordenação dos Programas de Pós-graduação de Engenharias (Coppe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o Grupo de Tecnologia e Computação Gráfica (Tecgraf), da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). O aproveitamento do gás natural é um dos desafios tecnológicos que está posto à Petrobras e demais empresas do processo de exploração, além das parcerias com a academia ou fornecedores. Eles buscam soluções para a produção, a extração e o transporte de petróleo e gás em situações até agora inéditas com reservatórios abaixo da camada de sal, um conjunto de rochas sólidas com cerca de dois quilômetros de espessura. A camada de sal funciona como um selante natural para o petróleo e para o gás que se formaram abaixo, nas chamadas rochas carbonáticas (leia quadro na página 75), numa profundidade de 5 a 7 mil metros. Embora líder na exploração de petróleo em alto-mar, com poços comerciais na profundidade de 1.800 metros de lâmina d’água, a Petrobras experimenta um período de verificação das reservas nos novos poços e a quantidade que será aproveitada comercialmente na região que se estende da costa do estado do Espírito Santo até Santa Catarina. Também verifica a tecnologia para extrair gás e petróleo em condições extremas e levar esses produtos até as refinarias e distribuidoras de gás. Para esse processo, a empresa criou o Programa Tecnológico para o Desenvolvimento da Produção dos Reservatórios Pré-sal (Prosal). Com 23 projetos em áreas distintas, como engenharia de poço, engenharia de re­servatório e garantia de escoamento de gás e petróleo, a empresa divulga informações cercadas de muito cuidado e mistério. “Muitos detalhes ainda estão guardados a sete chaves”, diz Osvair Tre­visan, diretor do Centro de Estudos de Petróleo (Cepetro) da Unicamp. “A empresa está definindo o tratamento, os padrões e os parâmetros de engenharia e de produção, mas estimamos que não haverá grandes barreiras tecnológicas para a exploração da camada pré-sal”, diz Trevisan, ex-superintendente de exploração da Agência Nacional de Petróleo (ANP).

Novos desafios marinhos

O sigilo que cerca os detalhes mais técnicos, inclusive para os setores da comunidade científica que têm parceria com a Petrobras, está provavelmente ligado às decisões sobre os rumos da exploração do pré-sal no contexto econômico porque o país poderá ter um crescimento nas suas reservas de petróleo dos atuais 14 bilhões para até 50 bilhões de barris ou mais. Poços como os de Tupi e Iara, na bacia de Santos, já garantiram algo entre 9 e 12 bilhões de barris em reservas. As descobertas, que tiveram os primeiros indícios confirmados de petróleo de excelente qualidade, capaz de oferecer produtos mais nobres para a petroquímica, ainda precisam ser quantificadas com mais exatidão. De toda forma, elas já podem alçar o Brasil para um dos dez grandes produtores de petróleo do planeta. Hoje o país está em 24° lugar. As perspectivas sobre gás natural anunciadas pela empresa, apenas no campo de Tupi, na bacia de Santos, na área de pré-sal, são de 176 bilhões a 256 bilhões de metros cúbicos (m3), quase a mesma quantidade das reservas atuais de 330 bilhões de m3, grande parte ainda de poços que não estão em produção. O Brasil ainda importa 60 milhões de m3 de gás, sendo a metade da Bolívia. A viabilidade de exploração comercial e as reais reservas somente vão ser delineadas com os testes de longa duração (TLD), que devem permanecer por um ano e meio a partir de março de 2009 no poço de Tupi. Só então entram em ação os sistemas piloto de produção com início previsto para o segundo semestre de 2010. Depois, se tudo estiver comprovado e ajustado, virá a fase de produção que deve acontecer em novas plataformas que estarão funcionando entre 2013 e 2014, produzindo inicialmente, cada uma, 100 mil barris de petróleo e 5 milhões de metros cúbicos de gás por dia.
“Entre os desafios de explorar as novas jazidas está o de perfurar a camada de sal porque ela sofre deformações e pode colapsar a coluna de perfuração. É preciso monitorar a cada hora”, diz Nishimoto. “Por isso cada poço precisa ter um modelo numérico experimental feito por programas de computador que reproduza as condições do mar, do solo e calcule a dinâmica dos navios e plataformas.” Essa é uma das funções dos profissionais da área de perfuração da Petrobras que são auxiliados pelas instituições de pesquisa como o IPT e a USP. “Muitas vezes as instituições recebem e-mails dos profissionais que estão nas plataformas perfuradoras na bacia de Santos para a elaboração de previsões de cálculos.” Tudo é feito com muito cuidado porque, além de o sal ser facilmente fraturável, é preciso perpetuar e preservar o poço evitando o aprisionamento da broca. “Perfurar o sal não é difícil, o problema é o deslocamento que pode ocorrer, fechando o poço”, diz o professor Giuseppe Bacoccoli, da área de petróleo e gás da Coppe-UFRJ e ex-funcionário da Petrobras. Conter o desmoronamento é uma missão particularmente difícil num tipo de rocha salina chamada de taquidrita. As outras duas são a halita e a carnalita, mais resistentes. Para isso, as equipes de exploração têm que ser rápidas para preservar o poço e recuperar as brocas, peças muitas vezes perdidas na exploração da camada pré-sal na bacia de Santos.Cimento e aço - Ao se furar um terreno é preciso colocar um revestimento de aço e preencher o espaço entre essa camada e a rocha com um cimento especial. Mesmo com esses cuidados, a pressão do sal pode deformar o aço. Para evitar isso, a empresa está estudando materiais mais resistentes. “Se o aço ou o revestimento for muito pesado, isso vai influir na capacidade da sonda em descer esses materiais pelo poço. É preciso encontrar um equilíbrio”, relatou o geólogo Cristiano Sombra, coordenador do Prosal. Por todo o ineditismo e pelos cuidados necessários que envolvem muito estudo de engenharia e a coordenação do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes) e da área de exploração e produção, ambos da empresa, o custo da perfuração do primeiro poço foi de US$ 240 milhões. No total, a Petrobras gastou US$ 1,7 bilhão em 15 poços. As próximas perfurações devem cair para US$ 60 milhões. “Em Campos, em poços no pós-sal o custo chega a no máximo US$ 15 milhões”, diz o professor Bacoccoli. Um dos desafios que parecem estar parcialmente resolvidos para a exploração em águas ultraprofundas são os risers, as tubulações flexíveis que levam petróleo e gás do poço às plataformas. “Os risers para operação em profundidades superiores a 2.500 metros estão em fase de desenvolvimento final e homologação”, diz o professor Celso Pesce, do Departamento de Engenharia Mecânica da Poli. “Os novos serão úteis, independentemente se a exploração ocorre ou não no pré-sal”, diz. Com outros pesquisadores da Poli, Pesce desenvolve estudos com o objetivo de analisar o comportamento estrutural e mecânico dos risers, em projetos de parceria com a Petrobras e as empresas fabricantes desses artefatos, com financiamento da FAPESP, Finep e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), inclusive os risers para grandes profundidades. Os estudos envolvem a relação do movimento das unidades flutuantes sujeitas à acão dos ventos e das ondas, além da transmissão dos esforços às tubulações que vibram com a correnteza. A maneira de manter essas estruturas em operação, em lâminas d’água de 3 mil metros, e fazer com que elas não tenham fadiga mecânica são alguns dos fatores estudados na Poli.

Pesce aponta outro desafio para os risers que vão operar no pré-sal. “A temperatura do óleo a ser extraído está entre 60 e 70° C e numa pressão interna muito grande. A camada externa do tubo em contato com a água do fundo mar é muito mais fria com temperaturas que giram em torno dos 4° C e a perda de calor favorece a formação de parafinas que obstruem o duto. Isso acontece também nos poços de pós-sal. A solução utilizada hoje é remover a parafina do interior do tubo com um equipamento chamado de PIG que funciona como um desentupidor. “É preciso desenvolver novas concepções de tubulações, mas que tenham isolamento ou controle térmico e evitem a formação de parafinas”, diz Pesce, que participa da Rede de Estruturas Submarinas, uma das 40 redes que a Petrobras mantém com dezenas de instituições de pesquisas no país (leia em Pesquisa Fapesp n° 127). A corrosão é outra questão que os engenheiros vão ter que enfrentar para perfurar poços há 6 ou 7 mil metros de profundidade. “Os tubos e as válvulas instaladas no fundo do mar, as chamadas árvores-de-natal, terão que ser mais resistentes porque naquele ambiente existe muito dióxido de carbono (CO2) e enxofre”, diz o professor Nishimoto. “Esses componentes mais a agressividade química e instabilidade estrutural do sal não são usuais para a Petrobras”, diz o professor Trevisan, da Unicamp.
Há vagas - Os vários desafios devem envolver muitos profissionais. Os números ainda são incertos, mas as áreas já estão definidas. “Serão necessários profissionais nas áreas da indústria metalomecânica, química de petróleo, logística e serviços, por exemplo”, diz Trevisan. Os formandos das universidades e institutos de pesquisa continuarão a ter grande procura por parte da empresa. “Em mais de 20 anos, o Cepetro já formou mais de 300 mestres e doutores que foram trabalhar na Petrobras.” Números também significativos aparecem na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, na UFRJ, na USP e na Universidade Estadual Paulista (Unesp), onde se iniciou, no campus de Rio Claro, a construção do Unespetro, um complexo voltado para a pesquisa e o ensino aplicados à indústria do petróleo, com foco na geologia e no ambiente. O investimento inicial para a edificação e para a compra dos equipamentos é de R$ 5 milhões totalmente bancados pela Petrobras. Num prédio de 1.600 m² vão funcionar o Centro de Geologia Sedimentar (CGS) e o Núcleo de Excelência em Petrologia Carbonática (Nopec). “A Petrobras entrou em contato com a Unesp em maio de 2007 depois de tomar a decisão de estabelecer no país um centro de pesquisa em rochas carbonáticas, aquelas que estão na camada pré-sal e são responsáveis por abrigar o petróleo e o gás recentemente descobertos”, explica o professor Dimas Dias Brito, do Departamento de Geologia Aplicada do Instituto de Geociências e Ciências Exatas e responsável pelo projeto Unespetro. “O curso de geologia de Rio Claro tem quase 40 anos e vários de nossos docentes, inclusive eu, já trabalharam na Petrobras”, conta Dias Brito. Os investimentos da Petrobras já permitiram que 18 geólogos da empresa fizessem na Unesp, neste ano, um curso sobre rochas carbonáticas com duração de seis meses. “No centro, nós vamos estudar todo o tipo de rocha calcária da margem atlântica brasileira, do pré-sal ao pós-sal. Os desafios da geologia são enormes e espetaculares. Hoje o geólogo brasileiro, representado pelos colegas da Petrobras, vive um momento mágico”, conclui Dias Brito.

Uma história antiga Uma conjunção interessante de fatores geológicos e climáticos preparou de forma aleatória o petróleo e o gás que estão no subsolo marinho, abaixo de uma camada de sal no litoral sudeste-sul sob águas profundas e distantes da costa. O reservatório é composto por rochas carbonáticas que foram formadas pela ação de cianobactérias há milhões de anos. Com o desmembramento do supercontinente Gondwana, que resultou na América do Sul e na África, lagos se formaram ali no período entre 145 milhões e 113 milhões de anos. Logo depois começou a invasão de água salgada do mar. As bactérias começaram então a interagir e a crescer no ecossistema carbonático raso recém-formado, onde imperavam temperaturas e salinidades elevadas. Dessa ação microbiana foram gerados pacotes calcários, que mais tarde vieram a “hospedar” o petróleo gerado pela transformação da matéria orgânica de plânctons, microorganismos que vivem nas águas, acumulada nos antigos lagos. Assim, ao longo de milhões de anos, o soterramento progressivo das rochas lacustres aqueceu e pressionou essa matéria que se transformou em hidrocarbonetos (gás e petróleo), depois expulsos em direção às rochas carbonáticas onde ficaram confinados. “A espessa camada rochosa de sal, impermeável, com centenas de metros de espessura, que funcionou como um escudo e impediu o petróleo de migrar para as rochas do pós-sal, se formou num espaço de tempo geológico curto, algo na ordem de 500 mil anos, possivelmente entre 113 e 112 milhões de anos atrás, quando aconteceu uma grande evaporação da água do oceano juvenil primitivo”, explica o professor Dimas Dias Brito, da Unesp. A camada de sal também existe em outras regiões, mesmo em terra, como, por exemplo, no município de Carmópolis, em Sergipe, onde a Petrobras extrai óleo em vários poços. “Mesmo o petróleo da bacia de Campos (extraído desde os anos de 1970) tem origem em camadas abaixo do sal. Trata-se de hidrocarbonetos que escaparam para as rochas superiores, calcários e arenitos, por meio de rasgos existentes na camada de sal, em áreas sob mar mais raso, onde a camada é mais fina. Assim, a maior parte do petróleo extraído no Brasil tem origem nos lagos antigos que precederam o Atlântico Sul.” Ele lembra que os reservatórios carbonáticos do pré-sal, iguais a outros, não são enormes cavidades cheias de petróleo. Tanto o petróleo como o gás estão alojados em camadas de rochas que apresentam poros interligados. Embora não tenha maiores detalhes sobre as novas jazidas, Dias Brito lembra que essas formações carbonáticas com cianobactérias são únicas no mundo, porque as outras formações calcárias existentes, também associadas a petróleo, têm outras origens.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por FAPESP

Petrobras assina acordo para continuar a investir na Colômbia
Em meio a negociações para definir sua permanência no Equador e após enfrentar problemas na Bolívia, a Petrobras assinou nesta segunda-feira um memorando de entendimentos com a estatal colombiana Ecopetrol para avaliar projetos conjuntos.O acordo abre espaço para uma atuação conjunta no Brasil, Colômbia e em outros países onde haja interesse mútuo, como leilões de áreas de petróleo; parcerias em campos e blocos de exploração atualmente operados pela Petrobras e/ou Ecopetrol; e oportunidades de negócios em refino, transporte, distribuição, indústria petroquímica e biocombustíveis."Com a assinatura do acordo, a companhia demonstra o seu interesse em continuar a investir na Colômbia", afirmou a Petrobras em nota.A Petrobras atua na Colômbia desde 1972 e no período entre 2002 e 2007 investiu 452,2 milhões de dólares. De 2008 a 2012, de acordo com o Plano Estratégico da companhia que está sendo revisado, a previsão é de aplicar mais 361 milhões de dólares no país vizinho.Em 2000, com a Ecopetrol, a Petrobras realizou a maior descoberta dos últimos 15 anos da Colômbia, no campo de Guando. Em 2006 adquiriu ativos de distribuição e comercialização de combustíveis no país.O memorando foi assinado no Rio de Janeiro, pelos presidentes da Petrobras, José Sergio Gabrielli, e da Ecopetrol, Javier Gutiérrez.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Reuters

Mestrado Profissional em Regulação da Indústria de Energia
O curso vai trabalhar em três linhas de pesquisa: Sistemas Regulatórios; Energia e Meio Ambiente; e Tecnologia da Energia.
Estão abertas as inscrições para a 10ª turma do curso de Mestrado em Regulação da Indústria de Energia da Universidade Salvador – UNIFACS. O objetivo é formar profissionais e capacitá-los para atender às necessidades das agências reguladoras governamentais, quanto às empresas que atuam no setor de energia (elétrica, petróleo, gás natural e biocombustíveis), além de permitir que o profissional adquira perfil adequado ao novo contexto da indústria de energia, através de um curso de caráter multidisciplinar, com enfoque nas áreas de Engenharia, Economia, Direito, Administração de Empresas e Meio Ambiente.
Com início em março, o mestrado terá duração mínima de 18 meses e máxima de 24 meses. O corpo docente é formado por profissionais com experiências ou vínculos com empresas e instituições que atuam no setor energético, incluindo Petrobras, Eletrobrás, ANEEL, secretaria de Energia, Coelba, Braskem, CNPq e Banco Mundial.
O curso vai trabalhar em três linhas de pesquisa: Sistemas Regulatórios; Energia e Meio Ambiente; e Tecnologia da Energia. Em "Sistemas Regulatórios", serão desenvolvidos estudos sobre os mecanismos da regulação e as novas formas de atuação dos agentes econômicos que caracterizam a reestruturação da indústria de energia no Brasil, em particular aqueles que envolvam a implantação e operação das agências reguladoras. Já em "Energia e Meio Ambiente", serão desenvolvidos estudos em sistemas energéticos, considerando os aspectos econômicos, a sustentabilidade social e ambiental e sua inserção regional e global, com ênfase em fontes renováveis de energia e em tecnologias para aumento da eficiência energética, além de se dedicar à problemática da universalização do atendimento de serviços de energia elétrica. Por fim, em "Tecnologia da Energia", vai estudar as tecnologias aplicáveis à indústria de energia e como elas afetam os processos regulatórios ou podem ser por esses motivados e/ou condicionados a se desenvolverem.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Gás Brasil

Queda do petróleo ameaça pré-sal
A crise mundial irá afetar a capacidade da Petrobrás de investir em suas novas reservas na área do pré-sal e a expansão da produção brasileira de petróleo pode sofrer atrasos importantes. O alerta é da Agência Internacional de Energia (AIE), que ontem divulgou seu relatório mensal. Apresentando revisões para baixo do volume da demanda por petróleo nos países ricos, a AIE aponta para o menor crescimento do setor em 15 anos. A agência ainda alerta para a possibilidade de que uma recessão e a falta de créditos tenham impactos nos investimentos e na demanda por petróleo nos próximos dois anos. Já a demanda nos países emergentes continuará a crescer, salvo na América Latina e África. "Incertezas e falta de créditos vão desacelerar o ritmo de investimentos", afirmou a AIE, que destaca que projetos na Rússia e no Mar Cáspio já sofrem paralisias diante da crise e de empresas endividadas. Planos ambiciosos de expansão, como no caso da Petrobrás, podem ser adiados. Para a AIE, a empresa precisará de US$ 500 bilhões para explorar as novas reservas. "Alguns analistas prevêem que uma proporção grande de todas as explorações globais serão canceladas."Uma das principais preocupações está relacionada à falta de crédito nos mercados do petróleo e ao colapso de bancos. Segundo a AIE, os preços do barril vem caindo, mesmo diante de um corte de produção e ontem atingiram US$ 82 por barril. Nos países da Opep, o corte foi de 300 mil barris por dia e os líderes do grupo já convocaram uma reunião para tratar do assunto em novembro. BRASILA AIE destacou a recusa do Brasil de aderir à Opep. Para a entidade, isso é uma indicação que o Brasil "se vê no longo prazo mais como um exportador de produtos refinados que como um exportador de petróleo bruto, se os planos de sua capacidade de refinar forem completados". A agência admite que o Brasil foi um dos responsáveis pela alta na produção dos países de fora da Opep em 2008. Em julho, a produção nacional chegou a 1,87 milhão de barris por dia. Em média, o País deve fechar o ano com produção de 1,88 milhão de barris, 135 mil a mais que em 2007, e 2,1 milhões em 2009. Apesar disso, a AIE diz que "as estimativas da Petrobrás foram revistas para baixo diante do desempenho abaixo do esperado em alguns projetos". Para a AIE, a demanda futura nos países ricos cairá por causa dos altos preços e do enfraquecimento profundo das economias. A AIE também prevê uma recessão em todos os países ricos e alerta: "Ninguém poderá prever a ferocidade ou duração da atual tempestade econômica, nem sem uma ampla recessão será evitada." Para a AIE, a questão é "como os mercados emergentes serão afetados" A avaliação da AIE é que os emergentes mostrarão "certa resistência" e a China deve continuar a crescer.A nova previsão estima que a demanda mundial será de 86,5 milhões de barris por dia em 2008, 240 mil a menos que a estimativa original. Só nos EUA a queda foi de 3,7% em agosto - oitavo mês consecutivo de decréscimo. Nos países ricos em geral, o corte será de 360 mil barris por dia - 2,2% a menos que em 2007. No total, os países ricos demandarão 48,1 milhões de barris por dia, 1 milhão a menos que em 2007.Já nos países emergentes, a previsão é que a demanda continue relativamente forte. Para esses países, o consumo será de 80 mil barris a mais do que se previa anteriormente. Em relação a 2007, isso representará uma alta de 4,2% e um total de 38,4 milhões de barris por dia. Para 2009, a queda nos países desenvolvidos será ainda maior do que agora, 440 mil barris a menos que o previsto. No total, o mundo consumirá 87,2 milhões de barris por dia em 2009. Nos países ricos, a queda será de 1,3%. Nos países emergentes, o consumo continuará aumentando em 3,4%, para um total de 39,7 milhões de barris por dia, em 2009. Para suprir os emergentes, serão necessários 1,3 milhão de barris a mais por dia. Mas a previsão apenas é positiva graças à Ásia. Na América Latina, a AIE prevê uma queda na demanda de 280 mil barris por dia em 2007 para 243 mil neste ano e 223 mil em 2009. Para 2008, a AIE destaca ainda que o etanol está sendo fundamental na expansão da produção de combustíveis nos países de fora da Opep. A produção de biocombustíveis foi superior ao petróleo extra que os países do mar Cáspio produziram no ano. Para 2008, o incremento de etanol significou o equivalente a mais de 300 mil barris de petróleo por dia, devendo chegar perto de 400 mil, em 2009.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por O Estado de S. Paulo

Pré-sal reforça esperanças por mais reservas de petróleo no mundo
Desde que o coronel Edwin L. Drake fez jorrar os primeiros litros de petróleo no solo da Pensilvânia, nos EUA, em 1859, a humanidade não quis mais saber de outra coisa para mover a economia global. Quase 150 anos depois, no entanto, encontrar o ouro negro tem se tornado cada vez mais difícil e caro. Além disso, os impactos climáticos das emissões vindas da sua queima são hoje, segundo cientistas, muito mais graves do que poderiam prever os defensores do combustível em meados do século 19.No Panorama Mundial do Petróleo 2008, a Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEC) estima que o total de investimentos necessários para a extração de petróleo de 2007 até 2030 seja de US$2,8 trilhões, um valor 17% superior ao proposto pela organização no relatório de 2007. De acordo com a OPEC, em 2012, o fornecimento mundial de petróleo será de 92,6 milhões de barris de petróleo por dia. Para 2030, a previsão é de 113,6 milhões de barris por dia. A Petrobras produz hoje, em média, 1,8 milhões de barris diários no Brasil.Os alertas científicos sobre os riscos das mudanças climáticas ainda não são suficientes para acabar com a cobiça por petróleo. "Nossa sociedade é movida por combustíveis fósseis e mudar o padrão energético tem um tempo e um custo", comenta o diretor-presidente do Instituto para o Desenvolvimento das Energias Renováveis na América Latina (Ideal) Mauro Passos.As descobertas do pré-sal no Brasil, por exemplo, podem ser um sinal de esperança para muitos países e empresas de que possa haver pelo mundo mais petróleo do que se previa. A Petrobras afirma que podem existir outras reservas de petróleo e gás no mar em camadas mais profundas, com prospecções em regiões como o Golfo do México, o Oeste da África, Mar do Norte e Golfo Pérsico.Mas será que outros países vão seguir os passos do Brasil e escavar mais agora que a estatal obteve sucesso? Se quiserem, já está disponível no mercado a tecnologia para produzir em águas profundas e em reservatórios abaixo da camada de sal, segundo a Petrobras. "Tecnicamente é possível perfurar e buscar petróleo em outras áreas profundas do planeta. Se essa busca em outras áreas, hoje, é economicamente viável, depende de muitos fatores", afirma a Petrobras por meio da assessoria de imprensa. Entre esses fatores estão a profundidade dos reservatórios que se deseja atingir, a disponibilidade de equipamentos pelos fornecedores, os preços do petróleo no mercado, o preço de matérias-primas, como o aço, e o aluguel de sondas. Até os anos 70, por exemplo, quando os preços do barril de petróleo estavam abaixo dos US$ 9, era inviável economicamente produzir em águas profundas, segundo a estatal brasileira. "A Petrobras só foi prospectar e produzir petróleo na Plataforma Continental, na Bacia de Campos, quando o barril de óleo elevou-se a um valor de mercado que cobrisse os custos de extração. Essa, enfim, é uma equação que depende de muitas variáveis", declara a empresa. Reservas pelo mundoEspeculando sobre as possibilidades de existirem reservas de petróleo do pré-sal em outras regiões do mundo, o doutor em Planejamento Energético Roberto Schaeffer, professor da Coppe/UFRJ, descarta descobertas nos EUA, onde já foram escavados de 500 a 600 mil poços de petróleo, mas dá destaque para o Oriente Médio, ainda pouco perfurado, e a Costa da África, onde acredita terem grandes chances. "A Petrobras, por exemplo, já investe pesadamente em Angola, por existirem evidências de que há petróleo lá", comenta. Segundo Schaeffer, ninguém está tão avançado quanto a estatal brasileira. "Ninguém perfura em lâminas d´água tão profundas, por isso provavelmente ela (Petrobras) chegará primeiro", prevê. Para Passos, investir mais em busca de petróleo vai depender da visão de cada governante. "Acho que tem países mais comprometidos com uma matriz energética mais limpa do que outros, não necessariamente sendo produtores, mas são compradores", afirma. Passos acredita que a pressão da opinião pública vai ser determinante, principalmente agora que temas como mudanças climáticas, aquecimento global e energia limpa estão mais próximos da população. O engenheiro diz que outro caminho é o da eficiência energética. "Consumimos muito para ter um retorno relativamente pequeno, por isso acho que esta questão vai ter um papel importante", comenta. Passos lembra que a energia mais barata é aquela que não se consome. Futuro da indústria petrolífera A OPEC, contudo, parece estar bem certa de que a indústria petroleira continuará forte por um bom tempo, sobrevivendo às previsões do fim da era do petróleo global, que a acompanham desde o seu início nos Estados Unidos. "No final das contas, estas previsões sempre passaram sem que se tornassem realidade", defendem os países-membros em um artigo intitulado "Os recursos são abundantes" incluso no documento Panorama Mundial do Petróleo 2008, lançado em julho. Estabelecida em 1960, a OPEC foi criada com o objetivo de coordenar e unificar as políticas de petróleo entre os países membros para garantir bons retornos financeiros para todos. Hoje é composta por 13 membros: Argélia, Angola, Equador, Indonésia, Irã, Iraque, Kuwait, Líbia, Nigéria, Catar, Arábia Saudita, Emirados Árabes e Venezuela. Segundo a Organização, a expectativa é de uma continua expansão das reservas nos próximos anos, através de novas descobertas, aumento da reserva em poços ativos e a constante aplicação de novas tecnologias avançadas. "No topo da lista está um vasto recurso de combustíveis de petróleo não convencional para ser explorado e desenvolvido. Basta olhar para o desenvolvimento do petróleo em áreas arenosas no Canadá. E é importante lembrar, há pouco tempo, o que hoje é denominado convencional, como águas profundas, era não-convencional. Este padrão deve continuar no futuro", diz a OPEC.Saiba mais Pré-sal e tecnologias inovadorasO pré-sal são rochas reservatórios que se encontram abaixo de uma extensa camada de sal que, na costa brasileira, abrange o litoral do estado do Espírito Santo até o de Santa Catarina, ao longo de mais de 800 quilômetros de extensão por até 200 quilômetros de largura, em lâmina d’água que varia de 1.500 a 3.000 metros e soterramento entre 3.000 e 4.000 metros.A Petrobras é pioneira na tecnologia para explorar e produzir petróleo em águas profundas, que foi desenvolvida em décadas de experiências e trabalho técnico na Bacia de Campos. Segundo a estatal, esse trabalho promoveu uma revolução na tecnologia de arranjos submarinos, com o desenvolvimento de sistema de perfuração e completação (todos os procedimentos técnicos para colocar um poço em operação) de poços submarinos; sistemas submarinos de bombeamento, de escoamento do petróleo e do gás produzidos e sistemas inovadores de ancoragem a grandes profundidades.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por CarbonoBrasil

Brasil define regras para o petróleo até final do mês
O ministro brasileiro de minas e energias, Édson Lobão, disse sexta-feira que o Governo de Brasília está a ultimar um plano que consagre as novas regras para a exploração e produção de petróleo, depois das descobertas na Baía de Santos.Lobão acredita que, até ao final do mês de Outubro, deve entregar ao presidente Lula da Silva as várias opções que estão a ser delineadas para estas regras.À margem do 13º Meeting Internacional, um encontro realizado em Lisboa pela associação empresarial brasileira LIDE que reuniu muitos dos empresários do sector da Energia e Telecomunicações do Brasil, o ministro assegurou que, além das regras, está também em preparação a constituição de um fundo, à semelhança do que já existe na Noruega, apesar de ainda não ser conhecido o modelo de constituição. Durante o encontro foi formalizado um acordo entre a Galp Energia e a Petrobrás para produção de biodiesel. De acordo com Manuel Ferreira de Oliveira, presidente da Galp, o projecto deverá gerar receitas de 740 milhões de euros a partir de 2015. Ferreira de Oliveira afirmou que o biodiesel de segunda geração terá um preço de 300 a 400 dólares por tonelada superior ao valor actual da variedade de primeira geração (1.000 dólares), atirando as receitas para "900 a 1.000 milhões de dólares".O projecto prevê a produção de 600 mil toneladas por ano de óleo vegetal no Brasil, destinado à produção de 500 mil toneladas por ano de biodiesel de segunda geração (Biodiesel 2G). Metade deste volume será produzida em Portugal e a restante metade em local a definir, com o objectivo de comercialização na Europa, com prioridade para o mercado ibérico.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Diario Economico

A semana - 13/10/2008 14h32
Ministro analisa incorporação de elétricas na região Norte

A Comissão da Amazônia, Integração Nacional e Desenvolvimento Regional vai discutir com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, a centralização da gestão das empresas da Eletronorte na Eletrobrás. "O ministério errou ao centralizar em uma única diretoria da Eletrobrás a distribuição de toda energia do Amazonas e de mais seis estados. O pior é que essa diretoria tem sede no Rio de Janeiro", critica o deputado Marcelo Serafim (PSB-AM), que propôs a realização da audiência. Marcelo Serafim reclama que o Amazonas sofre hoje com constantes apagões. "A situação mais preocupante é a de Manaus, cuja população está tendo de conviver com um racionamento injusto", disse. O deputado Carlos Souza (PP-AM), autor de outro requerimento para realização do debate, também criticou a centralização das empresas pela Eletrobrás. "A centralização da gestão, além de ferir a autonomia administrativa e financeira das empresas, desvia o foco do problema. A necessidade premente é o aumento dos investimentos para suprir as deficiências do setor energético", avalia. O debate está marcado para quarta-feira (15), às 10 horas, em plenário a definir.Notícias anteriores:Átila Lins critica centralização de companhias energéticasEletrobrás nega fusão ou privatização no Norte e Nordeste
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Câmara


MERCADO DE ENERGIA

Geração de energia com bagaço de cana é tema de encontro
Quais as regras para quem gera energia elétrica por meio de usinas de cana-de-açúcar? Qual a seqüência de processos (outorga, prazos para outorga, construção e comercialização) que deve ser seguida? O que recomenda a legislação? Quais os objetivos das fiscalizações? Como comercializar a energia elétrica? Estas são algumas das várias abordagens possíveis, que serão contempladas em um evento para o setor ligado à cana-de-açúcar: usinas termelétricas (UTEs) que geram ou não energia, projetistas de usinas, engenheiros etc., marcado para a manhã de quinta-feira, dia 16, na Associação Comercial e Industrial de Goiás (Acieg). Organizado pela Agência Goiana de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos (AGR), e pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) o encontro será técnico, gratuito, e voltado para orientar os geradores de energia a base de biomassa sobre a regulação do setor elétrico. O evento servirá ainda para integrar a força produtiva das usinas de cana-de-açúcar e a cadeia técnica envolvida nela, em relação ao parque gerador nacional de eletricidade.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Goiás Agora

Usinas já faturam cerca de 30% com cogeração
No setor sucroalcooleiro, é comum relacionar a remuneração das usinas ao açúcar e ao álcool. Mas esse raciocínio não pode ser mais considerado, uma vez que a cogeração de energia a partir do bagaço da cana começou a ganhar maior importância para as usinas. "Nenhum projeto novo de usina inicia a safra sem ter cogeração de energia", observa Júlio Maria Martins Borges, diretor-presidente da Job Economia e Planejamento.Segundo Martins Borges, a cogeração pode representar cerca de 30% do faturamento de uma usina. Muitas usinas do setor estão fechando acordo com grandes empresas de energia para os projetos de cogeração. São vários os grupos que fecharam acordo neste sentido, como a Cosan, Brenco, Açúcar Guarani (contralada pela francesa Tereos).Os números mostram que o potencial da geração de energia a partir da biomassa é grande. No país, são 400 usinas sucroalcooleiras em operação, todas auto-suficientes em energia a partir do bagaço. Há cerca de 210 projetos de cogeraçõa em implantação que podem colocar no sistema 13.200 MW até 2012, segundo Onório Kitayama, especialista em bioenergia da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica). Para 2008, as usinas têm um excedente de 790 MW para ser comercializado, e poderá chegar a 8.900 MW nos próximos quatro anos, sem considerar o potencial do uso da palha da cana
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Cana Web

Setor elétrico está garantido, diz EPE
Os investimentos programados para o setor de energia no Brasil estão garantidos, mesmo com a atual crise, de acordo com o presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício Tolmasquim. "Os leilões realizados garantem um equilíbrio estrutural do setor até 2013." Segundo ele, antes dos leilões, os empresários encomendam equipamentos no exterior e se protegem da oscilação cambial com de contratos de hedge.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon

Máquina transforma lixo em energia limpa
Transformar quase todo tipo de resíduos sólidos industriais ou domésticos em energia limpa. Com esta proposta, a empresa de engenharia Italiana Piromak pretende entrar no mercado brasileiro, através do Ceará. O funcionamento da máquina acontece pelo desenvolvimento do processo do gasogênio e transforma, através da separação por fogo, o lixo em um tipo de gás semelhante ao metano. "Qualquer motor ou turbina, com uma simples adaptação, pode transformar esse gás em energia elétrica limpa, sem emissão de gases", garante o engenheiro Domenico Tanfoglio, administrador da Piromak.Os contatos iniciais para possíveis parcerias com investidores cearenses já foram iniciados e um grupo de empresários do Estado promete que, ainda este ano, criará a Indústria de Desenvolvimento Tecnológico Avançado (IDTA), que será instalada em Fortaleza para representar a Piromak. "Além da representação, a empresa italiana tem proposta para abrir uma fábrica na Capital cearense para montar a máquina de transformação do lixo em energia", adiantou Delano Chaves, um dos sócios da IDTA.Ele explica que o processo realizado pelo equipamento é utilizado há mais de 10 anos na Itália e Rússia, mas ainda é desconhecido no Brasil. "A máquina é patenteada pela Piromak. No País, o processo é inédito e pode revolucionar o mercado de resíduos, uma vez que o equipamento tem condições de processar insumos de coco, casca de castanha de caju, bagaço de cana-de-açúcar e até pneus usados", estima Chaves.Na semana passada, o administrador da Piromak e o sócio da IDTA apresentaram a máquina italiana para o diretor do Centro de Ciências Tecnológicas (CCT) da Universidade de Fortaleza (Unifor), Ricardo Fialho Colares. "Ainda estamos na fase de reuniões. Nada foi concretizado, mas a Universidade enxerga uma possibilidade de desenvolver a máquina", comentou Colares.Ele afirmou que a maior vantagem do equipamento, além de ser uma fonte alternativa de energia, é resolver o problema do acúmulo de lixo. "A máquina tem um potencial muito grande para gerar energia através de insumos. O pneu usado, por exemplo, é um tipo de lixo muito indesejado. No processamento, a borracha seria transformada em energia e o metal ficaria separado, podendo ser reutilizado", explicou.A máquina pode processar de 100 a 4.000kg de insumos/hora. O diretor do CCT avaliou que para funcionar com resíduos da casca da castanha de caju, precisaria de ajustes. "Só seria viável se o equipamento fosse fabricado aqui e tivesse suporte e manutenção locais. Ele tem um bom rendimento, mas é muito caro. O menor modelo custa cerca de 700 mil euros´, pontuou.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Diário do Nordeste

Geração de energia pelo lixo deve aumentar
Atualmente, a estimativa é de que se gere no Brasil em torno de 100 MW (cerca de 3% da demanda média de energia do Rio Grande do Sul) com o gás proveniente de aterros. Segundo o especialista em administração de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), Mauricio Maruca, sócio-diretor da Araúna Energia e Gestão Ambiental, a tendência é de que esse volume aumente devido ao avanço tecnológico e aos interesses públicos e empresariais na iniciativa.Diariamente, são produzidas no Brasil cerca de 170 mil toneladas de lixo urbano e doméstico, sendo que mais de 70% não passa por reciclagem ou não é direcionado para os aterros, local onde é realizado o tratamento dos resíduos. Só para se ter idéia, apenas 39% dos municípios brasileiros são adeptos dos aterros sanitários, uma medida que traz vantagens em relação à preservação do meio ambiente, com benefícios à população e, ainda, que se estende à economia. Através de projetos de MDL, é possível transformar o lixo em energia renovável e sustentável.Para Maruca, algumas alternativas são válidas para reverter o quadro atual e incentivar o encaminhamento do lixo para evitar a contaminação do solo e a poluição do ar. "Muitos desses projetos podem gerar benefícios econômicos para o setor empresarial por meio de ações que geram energia a partir do lixo em decomposição que é convertido em créditos de carbono", explica o profissional. Um exemplo são os trabalhos desenvolvidos em alguns aterros sanitários de coleta e queima do gás metano produzido nestes locais. Outra medida é feita pelos próprios aterros que produzem energia elétrica a partir do biogás, que é inflamável, polui 20 vezes mais que o gás carbônico e ainda é responsável pelo efeito estufa. O processo é realizado através da instalação de uma tubulação para levar o gás até as máquinas que funcionam como motores de um carro. A explosão do metano movimenta os pistões e estes fazem o motor funcionar gerando energia elétrica.Através de unidades de tratamento técnico, instaladas nos aterros, consegue-se uma redução de até 98% da emissão de gás metano gerado pela decomposição do lixo. Simplificando, o funcionamento deste sistema se dá pela coleta do gás em tubos que direcionam para uma torre onde ocorre a queima. "Toda a operação é controlada por computadores que medem diferentes parâmetros, dentre eles a quantidade de metano queimado que corresponde às toneladas de CO2 que seriam jogadas na atmosfera", comenta Maruca. Estes índices são convertidos em créditos de carbono que são certificados pela ONU e vendidos às empresas estrangeiras que não cumpriram a meta ou excederam os níveis de poluição que contribuem para o efeito estufa. Maruca alerta que reciclar ao máximo o lixo, inclusive orgânico, ainda é a melhor maneira para combater a poluição do meio ambiente, pois nem todo lixo deve ser queimado ou usado para gerar energia, e sim a sobra que não foi possível reciclar.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Jornal do Comércio

Portugal planeja cumprir metas para energias renováveis
O ministro português da Economia, Manuel Pinho, afirmou que Portugal irá cumprir as metas estabelecidas de utilização de energias renováveis na Europa, apesar de alguns países alegarem dificuldades devido à crise econômica."Há vários países que estão com algumas dificuldades para atingir as metas", mas "no que diz respeito a Portugal, estou muito seguro que vamos atingir as metas", disse Manuel Pinho, após uma reunião dos ministros responsáveis pela Energia do bloco europeu, em Luxemburgo.O ministro disse que Portugal pretende se "afirmar como um líder na área das energias renováveis", e, para isso, está "empenhado neste processo"."Outros países por razões diversas estão com alguma dificuldade em imprimir a mesma dinâmica", afirmou, acrescentando que alguns países pedem para que haja "alguma flexibilidade".Os Estados-membros da União Européia se comprometeram que, até 2020, vão alcançar uma taxa de 20% de consumo de energia a partir de renováveis, mas com ritmos diferentes para cada país.O objetivo de Portugal é chegar a 31% em termos de "energia primária" e isso corresponde à produção de 60% da eletricidade consumida.Segundo dados apresentados por Manuel Pinho, atualmente o país produz "perto de 43%", produzirá cerca de 45% em 2010 para depois elevar este valor até 60% em 2020.O ministro luso disse que todos projetos necessários para alcançar essa meta já estão lançados, "não sendo necessário fazer mais planos ou estudos".
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por LUSA

Electricidade vai subir acima da inflação em 2009
O Governo aprovou legislação para travar o efeito da alta dos combustíveis nas tarifas eléctricas do próximo ano. Mas o pagamento até 15 anos do défice tarifário não deverá impedir uma subida dos preços superior à de 2008 (de 2,9%). O ministro da Economia terá uma palavra a dizer As tarifas eléctricas deverão registar uma subida média acima da inflação no próximo ano. Apesar do Governo ter aprovado diplomas que permitem limitar o impacto do aumento dos combustíveis no preço da electricidade, isso não será suficiente para contrariar o brutal desvio de custos verificado na produção de energia face aos valores cobertos pelas tarifas de 2008. A ERSE (Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos) irá apresentar a proposta para a actualização dos preços no próximo dia 15 de Outubro. De acordo com fontes do sector eléctrico contactadas pelo DN, a subida média de preços será superior à verificada este ano, 2,9%, mas ficará claramente abaixo dos 10%. A inflação está nos 3% e em 2009, segundo o Fundo Monetário Internacional, deverá atingir os 2,5%. O maior aumento da luz, desde que as tarifas são fixadas pelo regulador independente, aconteceu em 2007, quando houve uma subida média de 6% ainda assim muito aquém dos 15,7% propostos no ano passado pela ERSE.Apesar de uma subida maior do que o ano passado, o aumento das tarifas ficará muito aquém daquele que seria necessário para recuperar totalmente os desvios tarifários e cobrir o aumento dos custos de produção de electricidade. Os dois factores juntos podem representar um acréscimo de encargos da ordem dos mil milhões de euros de défice tarifário que se fosse pago num só ano poderia traduzir-se num aumentos da ordem dos 30%. Em causa está sobretudo a escalada do preço dos combustíveis mais usados para produzir electricidade, carvão e do gás natural. A ERSE previa um preço médio 50 euros por MW hora e no final do primeiro semestre, esse valor estava nos 75 euros por MW hora. Antecipando nova crise com os preços da electricidade, o Governo aprovou no Verão um decreto-lei que permite ao regulador invocar condições excepcionais, como a escalada dos combustíveis ou um ano seco com baixa produção hidroeléctrica, para propor a recuperação faseada destes encargos num prazo que pode ir até 15 anos. A condição excepcional terá sido já invocada a 1o de Setembro. Para além da componente da energia, que hoje representa pouco mais de 50% da tarifa total, o diploma permite ainda diferir o pagamento dos chamados custos de interesse económico geral. Só que no caso dos chamados custos políticos, aqueles que o Governo decide que devem ser pagos pela tarifa eléctrica, a decisão sobre o seu impacto no preço será também política. Esta factura, que inclui o sobrecusto pago à energia eólica e à cogeração, as rendas da distribuição cobradas pelos municípios e a convergência tarifária com as ilhas, representa uma fatia de 24% do valor total pago hoje.Perante a evolução de cada um destes encargos, caberá ao ministro da Economia decidir qual o montante e em quanto tempo serão recuperados os custos, num prazo máximo de 15 anos. O mecanismo permitirá compensar o efeito da subida do preço da luz. O novo cálculo das rendas pagas pela EDP aos municípios também se traduzirá num benefício para os domésticos já em 2009.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Diário de Notícias


MERCADO DE BIODIESEL

Petrobras faz primeira entrega de biodiesel
A Petrobras Biocombustíveis entrega o primeiro lote da sua produção de biodiesel. Os 44.780 litros, provenientes da Usina Candeias, na Bahia, fazem parte da venda realizada pela empresa, de 8 milhões de litros, nos leilões de biodiesel promovidos pela Agência Nacional de Petróleo (ANP). A Candeias foi a primeira usina a entrar em operação, há cerca de três meses. A unidade tem capacidade de produção de 57 milhões de litros de biodiesel por ano. O seu sistema industrial permite a utilização de matérias-primas diversas, como sebo bovino, mamona, algodão, soja etc. Boa parte da matéria-prima usada pela usina é fornecida pela agricultura familiar. A Petrobras possui mais uma usina em produção no município de Quixadá no Ceará. Outra unidade está em fase de conclusão em Montes Claros, Minas. Quando as três unidades estiverem em operação, a capacidade total será de 170 milhões de litros por ano. Já está aprovada a construção de uma quarta usina, com capacidade de produção de 300 milhões de litros de biodiesel por ano. O local ainda não foi anunciado pela empresa. Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon

UE investiga subsídios a biocombustíveis nos EUA
União Europeia (UE) acusou os EUA de subsidiarem os produtores americanos de biodiesel, o que representa um risco para os produtores europeus. O comissário da UE para o Comércio irá investigar se os subsídios americanos ao produto infringem as regras do comércio global, disse o seu porta-voz, Peter Power. "Sempre dissemos que a UE não irá tolerar práticas comerciais ilegais e irá levar adiante todas as queixas bem-fundamentadas", disse Power. "O comissário não deixará nada sem investigar e irá agir de acordo com o que vier a descobrir." Em Abril, os produtores europeus de biodiesel pediram à comissão que impusesse tarifas sobre as importações dos EUA e hoje disseram que há provas suficientes para abrir uma investigação sobre os subsídios e sobre práticas de "dumping" (venda abaixo do custo) por parte dos EUA. A queixa é que os produtores americanos se beneficiam duas vezes de subsídios pagos pelo governo dos EUA e de subsídios concedidos por alguns governos europeus, na venda do produto. Os EUA alegam que não são as exportações para a Europa que prejudicam os produtores europeus; as novas taxas sobre o biodiesel na Alemanha também estariam na raiz dos problemas dos produtores europeus. Os americanos podem responder à acção da UE alegando que os europeus estabelecem especificações para aceitar as importações que, na prática, funcionam como uma barreira discriminatória. A UE produz biodiesel a partir de matérias-primas como canola e girassol, mas o bloco também importa o produto dos EUA - que produz o combustível a partir de soja, por exemplo. O bloco europeu tem até 13 de Março de 2009 para decidir se são necessárias tarifas sobre as importações americanas - que podem ser impostas inicialmente, então, por um período provisório de seis meses, mas que pode chegar a ser estendido por até cinco anos. A produção de biocombustíveis tem sido apontada como causa da alta dos preços dos alimentos, vista nos últimos meses, e que levou a protestos em países mais pobres, como o Haiti.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon

Senador defende Biocombustível de Dendê
MANAUS - O senador João Pedro (PT-AM) defendeu na última sexta-feira (10) o cultivo de dendê na Amazônia, visando à produção de biocombustíveis. O senador amazonense lembrou que o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, afirmou na semana passada, durante audiência no Senado, que a cana-de-açúcar não vai poder ser plantada na região Amazônica com a finalidade de produzir energia.Segundo João Pedro, o ministro estaria baseado em um estudo realizado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em parceria com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e os ministérios: do Meio Ambiente e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. FlorestasO ministro da Agricultura disse que não vão ser derrubadas florestas amazônicas para o cultivo da cana, mas as áreas onde já exista tal cultivo vão ser preservadas. Para deixar a região Norte no meio da discussão sobre a produção dos biocombustíveis, João Pedro disse que a Amazônia pode garantir a sustentabilidade ambiental, social e econômica, através do cultivo do dendê.Segundo João Pedro, essa matéria-prima pode oferecer uma alternativa de renda à agricultura familiar, pois, de acordo com a pesquisa, um hectare de terra da região é capaz de produzir de quatro a seis toneladas de dendê por ano.O senador disse que o óleo de dendê vai poder ser utilizado como alternativa para a produção de biodiesel porque se trata de uma energia limpa.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon Agência Senado

Amyris Crystalsev Biofuels nomeia ex-ministro da Agricultura do Brasil Roberto Rodrigues para o Conselho Consultivo Estratégico
A Amyris-Crystalsev Biofuels (Amyris-Crystalsev Biofuels) anunciou hoje que o ex-ministro da Agricultura do Brasil, Roberto Rodrigues, tornou-se membro fundador do seu conselho consultivo estratégico. A Amyris-Crystalsev Biofuels é um empreendimento brasileiro formado pela Amyris, empresa com sede nos EUA voltada para a próxima geração de combustíveis renováveis, e pela Crystalsev, um dos maiores distribuidores e comercializadores de etanol brasileiros. Rodrigues, reconhecido líder na produção agrícola e empresarial, vai prestar consultoria à empresa em matéria de comercialização do óleo diesel produzido pela Amyris a partir da cana de açúcar. Rodrigues foi ministro da Agricultura do Brasil durante os quatro anos do primeiro mandato do presidente Lula (2003 - 2006). Atualmente, é presidente do Conselho Superior do Agronegócio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e co-presidente da Comissão Interamericana do Etanol e da Comissão Internacional dos Biocombustíveis. Rodrigues também atuou como presidente da Sociedade Rural Brasileira e da Aliança Cooperativa Internacional e tem representado o setor do agronegócio brasileiro em diversas funções consultivas do governo, incluindo o Conselho Nacional de Política Agrícola, o Conselho Monetário Nacional, o Conselho Nacional de Comércio Exterior e o Fórum Nacional do Agronegócio. "Roberto Rodrigues é um líder reconhecido e especialista em engenharia agrícola e de produção no Brasil e em todo o mundo", disse John Melo, diretor executivo da Amyris. "Estamos honrados que alguém do seu calibre e especialização tenha se tornado o primeiro membro do conselho consultivo estratégico da Amyris-Crystalsev." "A Amyris-Crystalsev está trilhando um caminho novo para comercializar a próxima geração de biocombustíveis que ajudará o Brasil e o mundo a combater o aquecimento global", disse Rodrigues. "Estou ansioso para participar da equipe e ajudar este emocionante e inovador empreendimento." Sobre a Amyris A Amyris Inc. (www.amyris.com) está aplicando suas tecnologias proprietárias pioneiras para abordar os maiores desafios globais envolvendo saúde e energia. As tecnologias da Amyris são usadas para produzir compostos de alto valor, para permitir a produção de um conjunto de hidrocarbonetos biocombustíveis renováveis que, espera-se, sejam economicamente viáveis e compatíveis com os motores atuais e com a infra-estrutura de distribuição existente. Além disso, a Amyris desenvolve tecnologias para a produção a baixo custo de medicamentos antimaláricos à base de artemisinina. Com sede em Emeryville, Califórnia, a Amyris é um empreendimento privado cujos investidores incluem DAG Ventures, Khosla Ventures, Kleiner Perkins Caufield & Byers e TPG Biotech. Sobre a Amyris-Crystalsev Biofuels A Amyris-Crystalsev Biofuels, criada em março de 2008, é uma joint venture brasileira entre a Amyris e a Crystalsev, formada para trabalhar com usinas de açúcar e produtores de combustíveis no Brasil, para aumentar rapidamente a escala de produção do óleo diesel renovável Amyris. O novo empreendimento recentemente inaugurou instalações laboratoriais e escritórios em Campinas, Brasil, e deve lançar a sua primeira usina-piloto no início de 2009. O texto no idioma original deste anúncio é a versão oficial autorizada. As traduções são fornecidas apenas como uma facilidade e devem se referir ao texto no idioma original, que é a única versão do texto que tem efeito legal.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Amyris


MERCADO DE ETANOL

Contra os subsídios ao etanol
O relatório da Organização para Agricultura e Alimentação (FAO) sobre a questão do etanol não é só o mais completo estudo já feito por uma agência da ONU a respeito da polêmica acerca dos biocombustíveis, mas constitui também um libelo contra os vastos subsídios concedidos pelos países ricos, a começar dos Estados Unidos, para o cultivo de grãos com fins energéticos. O documento sustenta que essas políticas precisam ser "revistas com urgência para preservar a meta da segurança alimentar global, proteger agricultores pobres, promover o desenvolvimento rural e assegurar a sustentabilidade ambiental". Para a FAO, os mais do que generosos incentivos para o etanol de milho e outros alimentos contribuíram decisivamente para reduzir a oferta mundial de alimentos, com a conseqüente disparada dos seus preços e o aumento da fome na África e na Ásia. No ano passado, a produção mundial de etanol chegou a 52 bilhões de litros, três vezes mais do que em 2000. Os EUA responderam por 27 bilhões; o Brasil, por 19 bilhões; a União Européia e a China, por 2 bilhões cada. Já a produção de biodiesel (cerca de 10 bilhões de litros) aumentou 11 vezes. Norte-americanos, europeus, indonésios e malaios são os principais produtores. Os EUA e a Europa gastam US$ 12 bilhões anuais em estímulos aos biocombustíveis. Esses programas não são viáveis sem subsídios, afirma o estudo. Esse favorecimento foi alvo de duras críticas do presidente Lula, ao participar, em junho, da Cúpula sobre Segurança Alimentar, em Roma. "É evidente", denunciou, "que o etanol de milho só consegue competir com o etanol de cana quando é anabolizado por subsídios e protegido por barreiras tarifárias."Na ocasião, Lula culpou a indústria do petróleo por "criar uma relação de causa e efeito entre os biocombustíveis e o aumento do preço dos alimentos". Na passagem mais contundente de sua fala, disse que "muitos dos dedos apontados contra a energia limpa dos biocombustíveis estão sujos de óleo e carvão". Isso decerto não se aplica às conclusões da FAO. A entidade não se opõe à energia de origem agrícola, mas aos subsídios e políticas protecionistas que acabam tendo um impacto perverso sobre o mercado mundial de alimentos e a economia rural dos países pobres. "O etanol é uma oportunidade e um risco", afirmou Jacques Diouf, diretor-executivo da FAO, ao apresentar o relatório. "Seu futuro dependerá de como os governos irão implementar as respectivas políticas." O trabalho não deixa claro se a entidade considera o Brasil um caso inteiramente à parte, por seu programa de etanol de cana-de-açúcar, que não contribui para a escassez de alimentos, como o governo reitera nos foros internacionais.A FAO, de todo modo, ressalva que a cana gera emissões significativamente menores de gases estufa do que outras culturas voltadas para a geração de combustíveis e nota que o Brasil tem o menor custo de produção de etanol do mundo. O órgão também reconhece que o Brasil é o único país que consegue produzir etanol a preços inferiores aos do petróleo. O que significa que, sem os subsídios e os impostos de importação adotados pelos países ricos (as tarifas alcançam 52% na União Européia e 28% nos EUA), a sua produção de etanol ficaria 8 bilhões de litros por ano menor, por falta de competitividade. Já a produção brasileira cresceria 3 bilhões de litros. "A viabilidade da maioria dos combustíveis é tênue sem apoio e subsídios", aponta a FAO, ecoando a posição do Brasil na Cúpula sobre Segurança Alimentar. E isso, ainda que se mantenham altas as cotações do petróleo.O problema é que, mesmo que mudem as regras do jogo na economia da biomassa - uma hipótese ainda remota -, o petróleo continuará a ser por muito tempo a principal fonte de energia do mundo. Prevê-se que em 2030 os combustíveis fósseis deterão ainda 82% do mercado global, ante 10% da energia de biomassa. Mas uma segunda geração de biocombustíveis, acompanhada de avanços na tecnologia do processo produtivo, poderá influir na redução das emissões de carbono, com pressões menores sobre os recursos naturais.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Estadão

Álcool chega ao consumidor 38% mais caro
Quando o álcool é produzido nas usinas, ele tem custo estimado de R$ 0,76. Incluídos os impostos que incidem sobre o combustível - PIS/Cofins e ICMS (no caso, o do Estado de São Paulo) -, o litro é vendido pelos produtores a um valor médio de R$ 0,92.Segundo Antonio de Pádua Rodrigues, diretor técnico da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), as distribuidoras, únicas autorizadas a comprar o combustível nas usinas, o revendem aos postos revendedores por um preço médio de R$ 1,10. Os R$ 0,20 acrescidos referem-se ao custo com a logística, para realizar o transporte do álcool para os postos, recolhimento de impostos da empresa e sua margem de lucro, explica Pádua.De acordo com dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo), responsável pela fiscalização dos postos e divulgação semanal do preço dos combustíveis, no Grande ABC o preço médio estava em R$ 1,27 na última semana. A diferença entre o preço que é vendido na usina e o que chega ao consumidor é de R$ 0,35 por litro, ou 27,5% a mais. Em um carro popular 1.0, cujo tanque tem 45 litros, a diferença é de quase R$ 16.Existem ainda outros fatores que oneram o preço final do combustível. O professor Antonio Buainain, do Instituto de Economia da Unicamp, afirma que a distribuição do combustível tem um custo alto por ser feita por caminhões. "Se houvesse um alcoolduto, teríamos um ganho financeiro e ambiental", afirma.Para José Antonio Gonzalez Garcia, presidente do Regran (sindicato dos postos da região), o preço ideal do álcool seria R$ 1 para o consumidor. "Os usineiros ganham muito", afirma. De acordo com seus cálculos, se o produtor vendesse às usinas o litro por R$ 0,35, e essas revendessem por R$ 0,50 para as distribuidoras, poderia chegar aos postos por R$ 0,65. "Isso seria possível se o governo cobrasse os impostos dos usineiros e não das distribuidoras, pois existem muitas que sonegam ou acrescentam água no combustível".Garcia complementa que, "se o ICMS fosse único em todo o País, não haveria tanta disparidade entre preços nos diferentes Estados. O álcool é produzido em todo lugar, então o preço deveria ser semelhante". Toninho também afirma que as distribuidoras praticam diferentes preços por vezes até entre postos da mesma bandeira, que chega até R$ 0,20. "Se existisse uma regulação, o preço seria mais justo".Para o Sindicom (sindicato nacional das distribuidoras), esse é um mercado livre e altamente concorrente e se as usinas passam um valor maior para as distribuidoras, elas acabam repassando.Já na opinião de Sérgio Groba, gerente do negócio de postos do Grupo Pão-de-Açúcar, é possível trabalhar em condições vantajosas de valores porque a quantidade comprada é muito grande. "Conseguimos reduzir o preço em até R$ 0,03 o litro". Outra estratégia é comprar de diferentes distribuidoras, em vez de uma só. Mas isso só é possível para os postos que não têm bandeira.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Diário do Grande ABC

Ethiopia launches E5 ethanol; will save $50 million per month in foreign currency
In Ethiopia, the Petroleum Blending Depot in Sululta, near Addis Ababa, has commenced distribution of E5 ethanol-blended gasoline. Government officials said that the five percent ethanol blend, using ethanol generated from Ethiopian sugar mills, will reduce the outflow of foreign currency by $50 million per month, as well as provide a price savings to consumers. E5 gasoline is retailing at a $0.04 discount to gasoline.
Font: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon by Biofuels Digest

California: Ethanol Fueling Station Opens to Public
North County´s first public fuel station to offer ethanol began selling the corn-based alternative energy source this week.Bressi Ranch Fuel Mart, which opened in June in Carlsbad, now sells E85, a blend of 85 percent ethanol and 15 percent gasoline. The cost is $3.29 a gallon – about 33 cents less than the station charged yesterday for a gallon of unleaded gas.Should the price of oil start to rise again, the difference would be more pronounced, said station owner Fred Reed.E85 is intended for use in "flex-fuel" vehicles, which can run on any percentage of ethanol, from zero to 85 percent. There are currently more than 500,000 such vehicles in the state, including about 290 at Camp Pendleton.A second station offering E85 is scheduled to open at 1660 Oceanside Blvd. in about six weeks, said Mike Lewis, owner of Pearson Fuels. The independent fuel supplier will provide both stations with E85.Gary Funk, region fleet manager for non-tactical vehicles at Camp Pendleton and six other West Coast Marine Corps bases, said the Oceanside station will be just a few miles south of the base."We´re under executive order mandate," Funk said. "If there´s any alternative fuels within (a few miles) of an installation and we don´t have the alternative fuel at our installation, we´re supposed to be using that."I´m hoping that the day the (Oceanside) station opens up, we´ll have at least 10 percent of the 290 Marine Corps flex-fuel vehicles designated to use only this E85 station," Funk said.He has been working with the California Air Resources Board for several years to get E85 stations approved at three Southern California Marine Corps installations, though the process has been slow.In San Diego County, the U.S. Postal Service has 267 delivery vehicles and 25 staff cars that can run on E85, though most currently run on gasoline.Twenty-seven flex-fuel vehicles at the City Heights post office used 5,652 gallons of E85 last year, Postal Service spokesman Mike Cannone said. The fuel was purchased at Pearson Fuels´ El Cajon Boulevard location, the only other site in the county that sells the ethanol blend."Our vehicle maintenance manager knows about the (North County) ethanol stations," Cannone said. "We are planning on transferring some of these flex-fuel vehicles that are currently burning gas to locations" in La Costa and Oceanside.Ethanol has not been universally championed. In his best-selling book "The Omnivore´s Dilemma," author Michael Pollan characterizes corn-based ethanol, the most-widely available source in the United States, as a zero-sum game.Pollan writes that the oil-based energy used to produce ethanol – from petroleum-based fertilizers to the diesel fuel used to plow fields and ship corn – can make ethanol cost nearly as much as gasoline to produce and not relieve the country of its dependence upon foreign oil.That will all change, said Lewis, owner of Pearson Fuels."Over the next 5, 10, 20 years, you will be able to make ethanol out of anything – grass clippings, trees and all the stuff that they take to the landfill," Lewis said. "It´s just going to take some breakthroughs with enzymes or economics to make it happen."
Font: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon by Sign on San Diego

Contra os subsídios ao etanol
O relatório da Organização para Agricultura e Alimentação (FAO) sobre a questão do etanol não é só o mais completo estudo já feito por uma agência da ONU a respeito da polêmica acerca dos biocombustíveis, mas constitui também um libelo contra os vastos subsídios concedidos pelos países ricos, a começar dos Estados Unidos, para o cultivo de grãos com fins energéticos. O documento sustenta que essas políticas precisam ser "revistas com urgência para preservar a meta da segurança alimentar global, proteger agricultores pobres, promover o desenvolvimento rural e assegurar a sustentabilidade ambiental". Para a FAO, os mais do que generosos incentivos para o etanol de milho e outros alimentos contribuíram decisivamente para reduzir a oferta mundial de alimentos, com a conseqüente disparada dos seus preços e o aumento da fome na África e na Ásia. No ano passado, a produção mundial de etanol chegou a 52 bilhões de litros, três vezes mais do que em 2000. Os EUA responderam por 27 bilhões; o Brasil, por 19 bilhões; a União Européia e a China, por 2 bilhões cada. Já a produção de biodiesel (cerca de 10 bilhões de litros) aumentou 11 vezes. Norte-americanos, europeus, indonésios e malaios são os principais produtores. Os EUA e a Europa gastam US$ 12 bilhões anuais em estímulos aos biocombustíveis. Esses programas não são viáveis sem subsídios, afirma o estudo. Esse favorecimento foi alvo de duras críticas do presidente Lula, ao participar, em junho, da Cúpula sobre Segurança Alimentar, em Roma. "É evidente", denunciou, "que o etanol de milho só consegue competir com o etanol de cana quando é anabolizado por subsídios e protegido por barreiras tarifárias." Na ocasião, Lula culpou a indústria do petróleo por "criar uma relação de causa e efeito entre os biocombustíveis e o aumento do preço dos alimentos". Na passagem mais contundente de sua fala, disse que "muitos dos dedos apontados contra a energia limpa dos biocombustíveis estão sujos de óleo e carvão". Isso decerto não se aplica às conclusões da FAO. A entidade não se opõe à energia de origem agrícola, mas aos subsídios e políticas protecionistas que acabam tendo um impacto perverso sobre o mercado mundial de alimentos e a economia rural dos países pobres. "O etanol é uma oportunidade e um risco", afirmou Jacques Diouf, diretor-executivo da FAO, ao apresentar o relatório. "Seu futuro dependerá de como os governos irão implementar as respectivas políticas." O trabalho não deixa claro se a entidade considera o Brasil um caso inteiramente à parte, por seu programa de etanol de cana-de-açúcar, que não contribui para a escassez de alimentos, como o governo reitera nos foros internacionais. A FAO, de todo modo, ressalva que a cana gera emissões significativamente menores de gases estufa do que outras culturas voltadas para a geração de combustíveis e nota que o Brasil tem o menor custo de produção de etanol do mundo. O órgão também reconhece que o Brasil é o único país que consegue produzir etanol a preços inferiores aos do petróleo. O que significa que, sem os subsídios e os impostos de importação adotados pelos países ricos (as tarifas alcançam 52% na União Européia e 28% nos EUA), a sua produção de etanol ficaria 8 bilhões de litros por ano menor, por falta de competitividade. Já a produção brasileira cresceria 3 bilhões de litros. "A viabilidade da maioria dos combustíveis é tênue sem apoio e subsídios", aponta a FAO, ecoando a posição do Brasil na Cúpula sobre Segurança Alimentar. E isso, ainda que se mantenham altas as cotações do petróleo. O problema é que, mesmo que mudem as regras do jogo na economia da biomassa - uma hipótese ainda remota -, o petróleo continuará a ser por muito tempo a principal fonte de energia do mundo. Prevê-se que em 2030 os combustíveis fósseis deterão ainda 82% do mercado global, ante 10% da energia de biomassa. Mas uma segunda geração de biocombustíveis, acompanhada de avanços na tecnologia do processo produtivo, poderá influir na redução das emissões de carbono, com pressões menores sobre os recursos naturais.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por O Estado de S. Paulo

Álcool segue vantajoso no tanque em 15 Estados
O álcool combustível (etanol) permanece competitivo em 15 Estados brasileiros, segundo preços semanais de combustíveis divulgados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) e compilados pela Agência Estado. A gasolina está mais competitiva que o etanol em 10 Estados e em dois Estados é indiferente utilizar etanol ou gasolina no tanque de combustível.Os Estados em que o etanol permanece mais competitivo que a gasolina para o consumidor são São Paulo (onde o preço do etanol corresponde a 54% do preço da gasolina), Mato Grosso (54,42%), Paraná (59,04%) e Espírito Santo (61,61%). A relação é favorável à utilização do etanol até 70%, que é a potência energética dos motores a álcool em comparação com aqueles à gasolina. Outros Estados em que a utilização do etanol é favorável são: Bahia, Distrito Federal, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina e Tocantins.Já a utilização da gasolina é mais competitiva nos Estados do Amapá (91,36%), Roraima (79,62%), Paraíba (76,91%) e Pará (76,37%). A gasolina também é mais vantajosa no Acre, Amazonas, Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Em Alagoas e Pernambuco é indiferente a utilização de etanol ou gasolina nos tanques.Na semana encerrada em 11 de outubro, os preços do etanol subiram, na média, em sete Estados e recuaram em 19 Estados. No Amazonas, os preços ficaram inalterados. A maior alta de preços na bomba foi registrado no Distrito Federal, de 2,5%. A maior queda foi verificada em Alagoas, de -1,18%.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Estado

MERCADO DE AÇUCAR & ÁLCOOL

Mercado de açúcar vive situação de emergência
Mayday, mayday, mayday é uma palavra código usada internacionalmente por meio de rádio para comunicar uma emergência. Quando um perigo eminente ameaça a vida de várias pessoas, o aviso é dado dessa forma para que seja captado pelo rádio e o resgate venha. Exatamente como ocorre agora com os mercados, nós estamos numa situação de emergência. NY fechou a semana [06 a 10/10] com perdas entre 28 e 30 dólares por tonelada, em função de liquidação de posições compradas pelos fundos. Qualquer fundo que tivesse qualquer ativo comprado colocou-o para venda. Esse é o fundamento atrás dessa liquidação maciça. Os fundamentos do mercado não mudaram, mas sim a percepção dos investidores e especuladores. Não se notou venda da origem, apenas essa liquidação por parte dos fundos, que devem ter "desalavancado" algo como 800.000 toneladas de açúcar. Não ficaria surpreso em ver o mercado tendo um expressivo rally (subida repentina após uma queda) na semana que vem. Em duas semanas o mercado derreteu 72 dólares por tonelada. Mas veja isso: em 26 de setembro, o contrato com vencimento para março de 2009 fechou a 14,48 centavos de dólar por libra-peso e o real a 1,8555; na sexta-feira passada o mesmo contrato fechou a 11,21 centavos de dólar por libra-peso e o real a 2,3260. Consumidores internos que utilizam NY como parâmetro de preços para os açúcares aqui comprados deveriam fixar suas compras agora.O mercado está de cabeça pra baixo. Difícil encontrar adjetivos que qualifiquem de maneira correta o que estamos vivendo. Uma crise geral de confiança, falta de crédito, bancos não querendo emprestar para outros bancos, num círculo que se acelerou depois da quebra do Lehman. Muitos conceitos terão que ser revistos, pois o que parecia ser uma coisa certa passou a não ser tão possível assim e o que parecia ser improvável adquiriu ares de plausibilidade. Inacreditável como o irracional tomou conta de todos. Tenho o sentimento de que estamos vivendo um episódio daquela famosa série de TV dos anos 60, "The Twilight Zone", conhecida no Brasil como "Além da Imaginação". A crise começou com o estouro da bolha imobiliária americana aquecida pelos vampirescos derivativos de crédito que criaram riqueza artificial e levaram o mundo a bancarrota. Esses instrumentos deverão ser sepultados com uma estaca de aço no peito. No Brasil os derivativos de câmbio que fizeram várias vítimas (guarde bem esse nome: target forward) deixam-nos a todos boquiabertos com o tipo de estruturação usada para as operações, largamente veiculada pela imprensa. Parece que todos os gestores de risco estavam de férias em Seychelles. A explosão do dólar aqui tem muito a ver com a desconstrução de algumas dessas operações que obrigaram bancos a recorrer ao mercado futuro buscando hedge para as vendas de dólar a descoberto, pressionando o câmbio. A falta de limites dos bancos, no entanto, tem impedido varias usinas de fazer operações de hedge cambial de longo prazo. Portanto, nem todos aproveitaram ou têm aproveitado essas oportunidades irracionais. O dólar apreciado pode causar mudanças estruturais no mercado de açúcar. A distorção ou correção (dependendo da duração desse estágio) faz com que o prêmio que o etanol tinha sobre o açúcar desaparecesse. As usinas vão receber mais reais pelo açúcar, mas em compensação terão um custo maior nos financiamentos feitos em dólar. Isso pode fazer com que mais açúcar tenha de ser produzido para honrar os compromissos em dólares, já que os preços desabaram. Por outro lado, percebeu-se que não houve muito fixação por parte do Brasil. Quase o oposto, alguns grupos mais capitalizados recompraram parte de seus hedges.O custo de produção de açúcar apurado pela Archer Consulting, considerando o real a 2,3260, despenca vertiginosamente para 10,33 centavos de dólar por libra-peso FOB Santos. O anidro que negociava recentemente a mais de 200 pontos de prêmio sobre o açúcar equivalente NY agora está em cerca de 50 pontos. O hidratado está sendo negociado a desconto e ligeiramente acima do custo. A matriz de produção pode sofrer mudanças embora possa levar um tempo para assimilar todas essas distorções. Nos níveis atuais as usinas teriam um lucro no mix de aproximadamente 3,90 dólares por tonelada de açúcar equivalente, mais com o passivo corrigido em dólar teriam que dispor de mais produto para honrar os contratos.Numa roda de happy-hour, ou deveria dizer sad-hour, já que os traders de uma maneira geral estão com cara de quem não dorme há mais de 72 horas, alguém fez o seguinte cálculo simples: multiplicou o número de ações da Cosan (CSAN3) 272.548.032 pelo fechamento de 11,39, dividiu por 48.000.000 de toneladas, dividiu pelo dólar de 2,3260. Isso dá US$ 27,80 por tonelada de cana. Outro cálculo é pegar o patrimônio líquido de R$ 3.267.657.000 e dividir pelas mesmas 48.000.000 de toneladas, e pelo dólar, o que resulta em US$ 29,27 por tonelada de cana. Ou seja, é preferível comprar ação a fazer um greenfield. Um trader disse que esse crise é pior que um divórcio. Levou metade do patrimônio dele mas a mulher ainda está em casa.No mais, caros leitores, tenham todos uma excelente semana, porque conforme disse o presidente da Ilha da Fantasia e Prosperidade, Lula, "o Brasil não será atingido por um tsunami, no máximo uma marolinha". Só faltou ele contar a do papagaio.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agroind

Açúcar: Derrapada
O mercado de açúcar deu uma derrapada na sexta-feira em Nova York e os preços futuros fecharam no menor valor em 10 meses, num dia em que as ações voltaram a recuar e o dólar a subir. A maior parte dos contratos fechou abaixo de 12 centavos de dólar por libra-peso - valor considerado um break-even operacional - por grande parte da indústria da cana no Brasil. Os contratos com vencimento em maio de 2009 caíram 65 pontos, a 11,44 centavos de dólar. Traders disseram à Dow Jones que investidores continuam saindo de açúcar e outros ativos para o dólar, ouro e títulos do governo. Na bolsa de Londres, o açúcar com vencimento em março caiu US$ 15,20, para US$ 336,30 por tonelada. O índice Cepea/Esalq para o açúcar fechou em R$ 31,17 por saca, queda de 0,32% no dia.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Valor Econômico

Cana-de-açúcar: safra 2008/09 continua alcooleira no centro-sul
A União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica) divulgou os últimos dados sobre a evolução da colheita e moagem da cana-de-açúcar no Centro-Sul do País, referentes à safra 2008/09, conforme informações apuradas até 01 de outubro. O volume de cana moída cresceu 8,35% até a data, na comparação com o mesmo período do ano passado, atingindo 350 milhões de toneladas, assim como a produção de álcool total, que aumentou 15,47%, para 16,901 bilhões de litros. No entanto, a produção de açúcar recuou 3,85% até 01 de outubro, totalizando 19,086 milhões de toneladas, com as usinas priorizando o álcool, que está com uma parcela de 59,15% no "mix" produtivo, restando 40,85% para o açúcar. De acordo com a entidade, mesmo no mês de setembro, tradicionalmente o mais favorável para produção de açúcar durante a safra na região Centro-Sul, e mesmo com a quantidade de produtos obtidos por tonelada de cana chegando a 159,40 quilos, a destinação da cana para a produção de açúcar do total processado foi menor na comparação com o etanol. A produção na segunda quinzena de setembro totalizou 2.149,6 mil toneladas, 1,92% inferior ao registrado na segunda quinzena de setembro da safra anterior.A Unica destacou ainda que as vendas de etanol para o mercado interno no mês de setembro atingiram 1,79 bilhões de litros, com o total acumulado no período abril/setembro chegando a 10,17 bilhões de litros, 30,9% superior ao mesmo período da safra anterior. Quanto às saídas de etanol para o mercado externo, o volume registrado ao longo do mês de setembro foi de 0,5 bilhões de litros, elevando o total acumulado desde o início da safra para 2,92 bilhões de litros, 66% acima do total no mesmo período da safra anterior.A crise financeira internacional, deflagrada nos Estados Unidos, e que aos poucos vai se espalhando pela Europa, preocupa o agronegócio brasileiro, pois, o país sendo um grande exportador de commodities, poderia sofrer, e muito, com a queda da demanda nos países desenvolvidos. Mas, ao menos por enquanto, um dos setores que menos se preocupa com o noticiário econômico é o de açúcar e álcool (ou sucroenergético, na nova denominação). O analista de SAFRAS & Mercado, Miguel Biegai Jr., salienta que o setor está sim preocupado, mas que os reflexos não deverão ser tão graves como os previstos para outras áreas. "Ao contrário dos segmentos muito sensíveis a uma possível redução de consumo, o setor sucroenergético está escorado em vantagens comparativas, obtidas ao longo de décadas de pesquisas e custos baixos de produção, de cana-de-açúcar, açúcar e etanol", frisa o analista
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por UNICA

Crise ameaça expansão sucroalcooleira no Brasil, diz relatório
crise global de crédito apresenta uma ameaça para a expansão do setor sucroalcooleiro no Brasil e pode também reduzir a demanda por etanol, com as previsões de uma desaceleração nas vendas de carros flex, disse a trading ED&F Man em um relatório mensal nesta segunda-feira. » Executivos perdem milhões com crise » Entenda a crise do crédito » Opine sobre a crise nos mercados financeiros O relatório observou também que o aumento do dólar contra o real normalmente levaria a um aumento no nível de investimentos em usinas. O real sofreu uma depreciação maior do que a queda dos preços do açúcar durante a atual crise econômica, deixando os exportadores em melhor situação do que há algumas semanas, disse a Man. "Entretanto, com as linhas de crédito não existentes e devendo permanecer fechadas por algum tempo, esses investimentos têm que ser questionados agora", disse a trading. "Isso seria altista para os preços do açúcar e do álcool, mas existe um risco bastante real de destruição do crescimento da demanda também, especialmente para o álcool", completou o relatório. A ED&F Man afirmou que a expansão dos veículos flex no Brasil foi financiada pelo crédito, portanto as vendas de novos carros devem diminuir. "O aumento anual na demanda pode também ver uma desaceleração significativa para a próxima temporada, até que essa turbulência econômica seja suavizada", disse o relatório. A crise de crédito também deve impactar o fluxo normal de açúcar, com companhias ou compradores estatais lutando para permanecer solventes.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Reuters

Crise atingirá safra e setor sucroalcooleiro paulista, diz secretário
O secretário de Agricultura do Estado de São Paulo, João Sampaio, admitiu hoje que a crise de liquidez vai impactar no crescimento da área de grão na safra 2008/2009 em São Paulo e na expansão do setor sucroalcooleiro paulista, o maior do mundo. "A crise pode diminuir a intenção do plantio na previsão de safra futura no geral e em São Paulo, a safra de grãos, que aumenta nos últimos dois anos, não sei se crescerá novamente", disse. "O pessoal do setor sucroalcooleiro já colocou o pé no freio, já enfrenta dificuldade pesada de crédito e vai desacelerar", completou Sampaio.Segundo o secretário, apesar de os alimentos serem os últimos itens a serem cortados nos momentos de recessão, o setor produtivo está preocupado com a falta de crédito até mesmo com a queda nos preços dos alimentos com uma possível redução na demanda.Sampaio ratificou que o governo paulista segue com as linhas de crédito ao produtor, principalmente aos pequenos e médios, e admitiu que há um estudo para uma ampliação de recursos para os grandes e às agroindústrias. "O governador José Serra já convocou duas ou três reuniões para tratar do tema e tem algumas soluções em vista que espero ter brevemente anunciadas. Avaliamos uma série de medidas, desde a pressão para diminuir a exigibilidade do compulsório bancário, até a liberação do crédito do ICMS", concluiu o secretário sem detalhar as propostas.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Estado

Não haverá plantio de cana no Pantanal, afirma Minc
O Pantanal Mato-Grossense está fora do zoneamento ecológico econômico para o plantio de cana-de-açúcar, segundo o que disse hoje o ministro do Maio Ambiente, Carlos Minc. Ele afirmou ainda que a Amazônia também está fora deste zoneamento.De acordo com o ministro, estão em fase final os estudos para a definição das áreas onde, potencialmente, o plantio da cana-de-açúcar para a produção de etanol poderá ser feito. A expectativa é de que, até o fim deste ano, o estudo seja pronto."Não haverá novas usinas na Amazônia nem no Pantanal", afirmou o ministro após audiência pública da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado Federal.Em Mato Grosso do Sul, por lei estadual, é proibida a instalação de usinas de álcool e açúcar na região da bacia do Alto Paraguaia, área que é diretamente ligada ao Pantanal.Comida - Minc destacou que a preocupação do governo federal não é apenas de proteger determinadas áreas, mas de garantir o plantio de alimento para abastecer o mercado interno. "Não basta não afetar áreas ambientais, nós queremos evitar que o aumento do etanol e do biocombustível causem carestia alimentar".De acordo com o ministro, o que está sendo "afinado" até o fim do mês é garantir à expansão da área de alimentos simultaneamente à expansão do etanol. Ele ressaltou que o governo prevê um aumento na produção do etanol em 11% ao ano.Para atingir a meta o governo necessita de uma área nova de plantio de 6 milhões de hectares."Temos 60 milhões disponíveis e vamos escolher esses seis nos 60 milhões. O Brasil é o único país que tem terra para aumentar a produção de etanol e a alimentos, mantendo o Pantanal e a Amazônia preservados."
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Campo Grande News

Nabo forrageiro é opção na reforma de canaviais
O nabo forrageiro pode ser mais uma alternativa na reforma de canaviais. Ainda mais depois que ficou comprovado sua viabilidade econômica para a produção de biodiesel. A planta pode produzir até 1.200 quilos de grãos por hectare, que atingirão cerca de 40% de óleo quando esmagados. Empresas produtoras do biocombustível pagam cerca de R$ 650,00 a tonelada do grão. No entanto, é por suas características vegetais, que a planta vem despertando interesse de diversas usinas. O nabo pode ser uma ótima alternativa como adubação verde, ao fornecimento de massa – palha – para o plantio direto, como cobertura do solo e também na reciclagem de nutrientes, principalmente fósforo e nitrogênio. Além disso, pode ser destinado para alimentação animal e como pasto apícola.Usinas como a Caeté, de Paulicéia, e a Alta Paulista, de Junqueirópolis, já estudam a possibilidade de utilizar o nabo forrageiro como alternativa na reforma de seus canaviais, principalmente pelas qualidades vegetais da planta como adubo verde e ao seu rápido ciclo de desenvolvimento, entre 90 e 120 dias do plantio à colheita.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Jornal da Cana

ECONOMIA & MERCADO

COMISSÕES / Ciência e Tecnologia13/10/2008 - 12h24
CCT analisa proposta de criação de centros de pesquisa e desenvolvimento nas universidades
Projeto que está na pauta de quarta-feira (15) da
Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), de autoria do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), cria Centros de Pesquisa e de Desenvolvimento da Educação nas instituições federais de educação superior. A matéria será examinada na forma de substitutivo apresentado pelo relator, senador Romeu Tuma (PTB-SP).
A proposta (
PLS 256/08) de Cristovam obriga as instituições federais de educação superior a criarem centros de pesquisa que terão como objetivo "desenvolver pesquisas e práticas para avaliar e difundir tecnologias educacionais, de preferência para as escolas de educação básica pública, de forma a qualificar os processos de aprendizagem das crianças, adolescentes, jovens e adultos".
Já o substitutivo de Tuma autoriza a criação dos centros, e não confere caráter obrigatório à medida. O senador argumenta que as instituições federais de ensino superior têm autonomia técnica, administrativa e didático-científica. Para ele, é "mais adequado" imprimir caráter autorizativo à proposta. O relator lembra, ainda, que a criação dos centros é competência constitucional do Poder Executivo.
O autor do projeto afirma que a qualidade da aprendizagem dos estudantes brasileiros precisa melhorar urgentemente. Cristovam reconhece que o país deu "saltos na educação", tanto pela expansão da oferta de vagas no ensino fundamental obrigatório quanto pela difusão do ensino médio e superior. Mas argumenta ser necessária a promoção de iniciativas que garantam a qualificação desse ensino.
"Os métodos de ensino e aprendizagem estão evoluindo de maneira rápida nos campos da pedagogia, neurobiologia e todas as ciências do processo cognitivo. O Brasil, sob pena de se condenar a um subdesenvolvimento crônico, não pode permitir-se a omissão na incorporação dos avanços nos sistemas de ensino quando as demais nações deslancham nessa direção" argumenta Cristovam.
Após receber parecer da CCT, o projeto será analisado, em decisão terminativa, na
Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE).
Internet
Outra proposta que deverá ser analisada pelos parlamentares da CCT nesta quarta-feira é projeto de autoria do senador Gerson Camata (PMDB-ES) que obriga estabelecimentos de locação de computadores para acesso à Internet - como cyber cafés e lan houses - a exigir a identificação de seus clientes e a manter essas informações em cadastro próprio pelo prazo mínimo de três anos.
Ao explicar a proposta (
PLS 296/08), o senador argumenta que a Internet tem sido utilizada para a prática de diversos tipos de crimes, desde delitos contra o patrimônio (mediante acesso não autorizado a contas bancárias e outras fraudes) a casos de pedofilia.
Gerson Camata destaca que, em muitos desses crimes, os delinqüentes utilizam terminais de acesso disponíveis ao público, principalmente em cyber cafés e lan houses, para evitar sua identificação. Segundo o senador, a medida que propõe será eficaz no combate aos crimes cibernéticos, pois fechará uma das mais importantes brechas de acesso de criminosos que agem no espaço virtual.
"Em outra vertente, buscamos assegurar proteção à privacidade dos usuários de boa-fé, ao ressalvar que os dados cadastrais armazenados estarão protegidos por sigilo, salvo, mediante ordem judicial, para fins de investigação criminal ou instrução processual penal", afirma Gerson Camata em defesa de seu projeto.
O texto também será analisado posteriormente na
Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), em decisão terminativa. Na CCT, o relator, favorável à proposta, é o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG).
Também consta da pauta da CCT projeto de lei apresentado pelo senador Expedito Júnior (PR-RO) com objetivo de permitir e regular a propaganda eleitoral pela Internet. De acordo com o projeto (PLS 291/08), a manifestação do pensamento para fins eleitorais na rede mundial de computadores fica "livre a qualquer tempo, vedando-se apenas o anonimato e o uso de métodos contrários à lei penal".
De acordo com Expedito Júnior, para solucionar as "lacunas legais" existentes sobre o assunto, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vem editando resoluções para regulamentar o uso da rede mundial de computadores nas campanhas. O senador acredita que a propaganda na Internet é um importante veículo de comunicação para os candidatos e que, por isso, precisa ser normatizada por lei.
"Bem utilizada, a Internet pode servir de instrumento de democracia, pode possibilitar o contato direto dos eleitores e dos seus representantes", destaca o autor da proposta.
O relator do projeto, senador Wellington Salgado (PMDB-MG), é favorável a matéria, que ainda será votada, em decisão terminativa, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).A reunião da CCT está marcada para as 8h45 e será realizada na Sala 13 da Ala Senador Alexandre Costa. Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Senado

Dr. Marcílio Novaes Maxxon
O combate à corrupção está intimamente vinculado à transparência.



*Leituras para Análise Estratégica eo Desenvolvimento do País:

Altos Estudos BrasileirosPor MARCÍLIO NOVAES MAXXONI- POLÍTICA E GESTÃO PÚBLICA:
http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/fevereiro_29.htmII- PPP-PARCERIAS PÚBLICO PRIVADAS:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/marco_28.htmIII- O PAPEL DA CÂMARA DOS DEPUTADOS:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/maio_09.htmIV- CÓDIGO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR DA CÂMARA DOS DEPUTADOS:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/maio_16.htmV- SENADO FEDERAL E CONGRESSO NACIONAL:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/junho_01.htmVI- PROCESSO LEGISLATIVO DO CONGRESSO NACIONAL, POR MARCÍLIO NOVAES MAXXON:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/junho_16.htmVII- O QUE É A LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL, E A LEI DE CRIMES FISCAIS. O ESPÍRITO DA LEI:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/julho_01.htm

Artigo: FBI - A Ciência da Inteligência e da Informação:
http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/abril_11.htm
Por Marcílio Novaes Maxxon


Comissão de Assuntos Econômicos - CAE
Audiências Públicas e Reuniões Técnicas

03.06.2008 – Audiência Pública "Debate sobre o Marco Regulatório do Petróleo diante da perspectiva de descoberta e desenvolvimento de novas bacias petrolíferas na Camada do Pré-Sal”
ANPHaroldo Borges Rodrigues Lima, Diretor-Geral da Agência Nacional de Petrólio
IBPJõao Carlos França de Lucca, Presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustiveis
PetrobrasJosé Sérgio Gabrielli, Presidente da Petrólio Brasileiro S.A.
03.06.2008 – Audiência Pública "Debate sobre o Marco Regulatório do Petróleo diante da perspectiva de descoberta e desenvolvimento de novas bacias petrolíferas na Camada do Pré-Sal monetária”
(Notas)
13.05.2008 – Audiência Pública “Diretrizes, implementação e perspectivas futuras da política monetária”
Banco Central do BrasilHenrique Meirelles, Presidente do Banco Central do Brasil

15.04.2008 – Audiência Pública "Critérios técnicos de repartição dos royalties provenientes da atividade de exploração petrolífera"
IBGEEduardo Pereira Nunes, Presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ANPHaroldo Borges Rodrigues Lima, Diretor-Geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
PetrobrasGuilherme de Oliveira Estrella, Diretor de Exploração e Produção da Petróleo Brasileiro S.A.
15.04.2008 – Audiência Pública "Critérios técnicos de repartição dos royalties provenientes da atividade de exploração petrolífera"
(Notas)

14.05.2007 - Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
Petrobras Paulo Roberto Costa, Diretor de Abastecimento
Única Eduardo Pereira de Carvalho, Presidente
Abegás Carlos Eduardo de Freitas Brescia, Diretor

28.05.2007 - Petróleo e Gás Natural
MME João José de Nora Souto, Secretário de Petróleo e Gás
PETROBRAS Guilherme de Oliveira Estrella, Diretor de Exploração e Produção
SHELL John Haney, Vice-Presidente
Institucional
Em 20 anos, Congresso fez 62 emendas à Constituição
O fracasso da revisão constitucional de 1994
Emendas "paralelas" e fatiadas, soluções para os impasses políticos do Congresso
Algumas mudanças que o Congresso fez na Constituição

Fonte: ANERTT por Agência Senado

O BRASIL E OS BIOCOMBUSTÍVEIS
O BRASIL E OS BIOCOMBUSTÍVEISINTERATIVO PARA VOCÊ:
http://www.discoverybrasil.com/discover yhoje/viciados_em_petroleo.shtml?vMenu=0 &vPrograma=6&vContenido=0_1ANERTT/DISCOVERY*


*A ANERTT, é signatário do Pacto Global: O Pacto Global é essencial para a parceria entre o setor privado e as Nações Unidas no combate efetivo a CORRUPÇÃO.

http://www.pactoglobal.org.br/pg_principio.php

http://www.unglobalcompact.org/



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