"Na democracia, o processo de formação das políticas públicas demanda participação de todos os segmentos da sociedade civil, informação confiável, representação qualificada, transparência e ética."
ANERTT - Associação Nacional das Empresas de Rádio, Televisão e Tecnologia
A Serviço do Desenvolvimento do BRASIL
Relatório INFORMATIVO DIÁRIO PARA INVESTIDORES DO MERCADO DE CAPITAIS N° 0323
Notícias ANERTT/Petróleo & Gás Natural
Por Marcílio Novaes Maxxon
São Paulo, 15 de outubro de 2008
GESTÃO LEGISLATIVA & AÇÃO POLÍTICA
Comissões - Constituição e Justiça
CCJ aprova criação de cadastro de empresas impedidas de contratar com o poder público
Os órgãos da administração pública poderão passar a contar com um cadastro de pessoas físicas e jurídicas suspensas ou declaradas inidôneas para participar de licitações e firmar contratos com o poder público.
CCJ mantém proibição do uso de DDT
Aprovado projeto que ajuda a aproximar Ministério Público da sociedade
Aprovado projeto que regulamenta participação do capital estrangeiro no sistema financeiro nacional
Projeto aprovado isenta novo proprietário de veículo de multa atribuída ao antigo dono
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Senado
Fundo Soberano perde urgência e viabiliza acordo
O governo vai retirar a urgência de quatro projetos de lei, inclusive o que cria o Fundo Soberano, para viabilizar a desobstrução da pauta e a votação da medida provisória que contém medidas para minimizar os efeitos da crise internacional no Brasil.
Tempo real - 15/10/2008 13h27
Lobão defende centralização da gestão das elétricas do Norte
O ministro Edison Lobão defendeu o atual modelo de gestão das centrais elétricas da região Norte, que passaram a ser subordinadas a uma diretoria da Eletrobrás. "O modelo de centralização federalizado vem dando certo no mundo inteiro e não há de fracassar no Amazonas", afirmou o ministro. Segundo ele, os atuais problemas do setor elétrico na região vêm da época em que a gestão era descentralizada e estão sendo corrigidos agora.Para integrantes da Comissão da Amazônia, Integração Nacional e Desenvolvimento Regional, a centralização foi um erro. Eles afirmam que os problemas do setor elétrico na região têm origem na falta de investimento, não na gestão das empresas.A audiência pública foi encerrada.Leia mais:Deputado propõe rediscussão do Programa Luz Para TodosLobão diz que Eletrobrás vai investir R$ 2,9 bilhões na região NorteComeça debate com ministro Edison Lobão sobre elétricas do NorteComissão debate centralização de gestão de elétricas na região Norte
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Câmara
Alencar: "País vai sair muito bem da crise"
O vice-presidente da República e presidente em exercício, José Alencar, disse hoje que acredita que o Brasil, ainda que sofra conseqüências inevitáveis, está em uma situação "excelente" e vai sair "muito bem" da crise financeira internacional, "apesar da política monetária". Na opinião de Alencar, as elevadas taxas de juros impedem que o governo faça um efetivo corte de gastos públicos. Segundo ele, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria mais musculatura para enfrentar a turbulência global e poderia ter economizado cerca de R$ 300 bilhões se nos primeiros quatro anos não tivesse adotado uma política monetária "equivocada". Para o vice, a simples redução da taxa básica de juros representaria "uma economia brutal". "Muita gente fala: ´Precisamos fazer redução de gastos´. A rubrica relativa aos juros com que nós rolamos a nossa dívida representa os maiores gastos no orçamento de despesa da União. Justamente aí é que nós temos que começar, porque ali nós vamos fazer economia, temos espaço para fazer economia grande. E não cortar recursos na área da educação, na área da saúde, do saneamento, das estradas, dos investimentos", afirmou Alencar, durante visita a Belo Horizonte. "Não precisávamos ter gasto R$ 600 bilhões para rolagem da dívida nos primeiros quatro anos de governo, podíamos ter gasto a metade. E mesmo assim estaríamos praticando, do ponto de vista real (descontada a inflação), a taxa mais alta do mundo". Alencar considerou que a decisão dos governos europeus de promover o socorro do sistema financeiro no bloco já arrefeceu o perigo de uma crise sistêmica. "A crise de confiança está amenizada". O vice, no entanto, acredita que o Brasil possui condições excepcionais para atravessar a "crise gigantesca", com o argumento de que o governo nunca a subestimou."Desde o primeiro momento, o governo fez questão de recomendar atenção especial das autoridades do campo econômico para com a crise, para evitar que ela alcance o nosso País. E tudo indica que o Brasil, ainda que sofra algumas conseqüências, como seria inevitável, vai sair muito bem dessa crise", afirmou. "Estamos hoje mais do que nunca preparados para aproveitar esse bom preço das commodities (matérias-primas) do mercado internacional. O Brasil possui muita terra, água, sol, de forma inigualável em relação aos outros países. E, portanto, o Brasil tem condições naturais e econômicas para vencer e continuar crescendo".
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Estado
PETRÓLEO & GÁS
ANP defende aumento da exploração de petróleo e gás em terra no Brasil
A direção da Agência Nacional do Petróleo (ANP) defendeu ontem o aumento da exploração de petróleo e gás em terra no Brasil na primeira audiência pública da 10ª Rodada de Licitações, marcada para os dias 18 e 19 de dezembro, no Rio. Nelson Narciso, diretor da ANP, disse que "é a hora e a vez das fronteiras terrestres" que vão "garantir mais escala para a exploração em terra, de modo a diversificar a logística e atrair mais players para o setor". Sobre a falta de oferta de blocos no mar, mesmo que em águas rasas distantes da faixa pré-sal, que fica em águas ultraprofundas, o diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, explicou que os limites do pré-sal ainda são imprecisos, com indicações de que a área pode ser menor que os 160 mil quilômetros quadrados anteriormente previstos. "Fatos mais recentes indicam que a área é de 122 mil quilômetros quadrados. Parece que diminuiu. E não podemos fazer uma rodada com algumas coisas assim, imprecisas, sem saber o limite do pré-sal com águas profundas e águas rasas", disse Lima. O diretor da ANP, que é membro da comissão encarregada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva de propor alternativas para a exploração do pré-sal, disse que a comissão interministerial pretende levar "uma idéia básica" ao presidente após o segundo turno das eleições. "Ele (o presidente Lula) não quer cinco propostas, ele quer uma sugestão. O sentido geral (das discussões até agora) foi seguir as diretrizes traçadas pelo presidente. Ele disse que do pré-sal devemos tirar recursos para acabar a pobreza no Brasil e cumprir uma dívida histórica com os brasileiros, que é dar uma péssima educação. Isso significa que queremos ter acesso especial a esse petróleo e que (queremos que ) os recursos desse petróleo venham de forma factível, fácil, que não entrem por veredas e formas complexas que impeçam o governo de fazer políticas públicas em torno dele", explicou Lima. Quanto à 10ª Rodada, a oferta de áreas em terra pode desanimar grandes empresas apesar da presença, ontem, de executivos de companhias de maior porte como a Chevron, Exxon, Norse e BG na audiência pública. O próprio Lima admite essa possibilidade, mas acha que se as grandes não participarem, vão perder. "Se imagina que por serem blocos terrestres vai haver uma participação maior de empresas brasileiras de porte médio e grande. Mas a retaguarda terrestre (do Brasil) é muito grande e desconhecida. E no mundo o petróleo sempre existiu em terra. É coisa recente essa coisa de petróleo no mar, no Mar do Norte, no Golfo do México e no Brasil. O resto (do petróleo) é no Oriente Médio, Rússia e Estados Unidos, em terra", pondera Lima. "O que não podemos admitir é que o território brasileiro terrestre não tem petróleo. Tem. Só não descobrimos ainda." Presente à audiência pública, o presidente da Associação Brasileira de Produtores Independentes de Petróleo e Gás, Wagner Freire, avalia que a ANP está oferecendo na 10ª Rodada algumas áreas de alto risco exploratório sem, contudo, resolver a 8ª Rodada, paralisada em 2006. O executivo cobrou uma solução para as ofertas feitas antes da paralisação do leilão. Na segunda-feira a Petrobras comunicou à ANP descobertas de petróleo nos blocos BM-S-12 (bacia de Santos) BC-60, que abriga o chamado Parque das Baleias, incluindo Jubarte, e no bloco ES-T-418.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Valor Econômico
Petrobras diz ainda não ter comprovado comercialidade do BM-S-12
A Petrobras informou nesta quarta-feira que ainda não é possível confirmar a comercialidade da descoberta feita no bloco BM-S-12, na bacia de Santos, uma parceria da empresa com a Queiroz Galvão, que tem 30 por cento do bloco.A Petrobras, operadora do bloco com os 70 por cento restantes, informou à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis na segunda-feira que tinha encontrado indícios de hidrocarbonetos (petróleo e gás natural) no poço 1-SCS-13 (1-BRSA-617-SCS) do bloco BM-S-12.Uma fonte da agência disse que a Petrobras havia descoberto boa quantidade de óleo, após uma perfuração mais profunda no mesmo poço onde já havia descoberto pequena quantidade de gás no passado.Segundo a empresa, no entanto, por problemas operacionais a sonda não terminou o trabalho e voltará para o local a fim de continuar as perfurações."Embora a notificação de indícios de hidrocarbonetos seja um dado positivo, ela não implica em descoberta comercial de óleo ou gás. Isto só poderá ser avaliado com a conclusão do poço e a continuidade das operações no bloco BM-S-12", afirmou a companhia em um comunicado à Comissão de Valores Mobiliários."Após a conclusão da perfuração do poço e caso as avaliações subsequentes demonstrem relevância técnico-econômica, a Petrobras fará tempestivamente a divulgação simultânea à ANP e ao mercado", concluiu a nota.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Petrobras
Petrobras tem 2a melhor recuperação entre empresas das Américas
O pequeno alívio sentido pelas bolsas de valores mundiais entre a sexta-feira da semana passada até terça-feira, interrompida nesta quarta por fortes quedas, mostrou que a Petrobras é a empresa brasileira com maior poder de recuperação de valor de mercado nas Américas, superada apenas pela norte-americana Exxon Mobil.Segundo cálculo da Economática, o valor de mercado da estatal que descobriu reservas gigantes no pré-sal da costa brasileira no ano passado subiu 26 bilhões de dólares de 10 a 14 de outubro, contra crescimento de 52,5 bilhões de dólares da Exxon Mobil.Segundo a Economática, a Petrobras atualmente é a empresa com maior valor de mercado da América Latina. Na terça-feira, o valor da empresa era de 131,6 bilhões de dólares. Nesta quarta-feira, os papéis da companhia acompanham o pessimismo do mercado com a economia e caía 6,04 por cento, por volta das 10h45, enquanto o Ibovespa cedia 5,25 por cento.A Economática observou ainda que além da Petrobras, Vale e Bradesco se destacaram na recuperação de valor de mercado no período (10 a 14 de outubro), com Vale obtendo a 10a colocação e o Bradesco, a 17a."A Vale do Rio Doce é a décima empresa com a maior recuperação de valor de mercado e teve crescimento de 14,4 bilhões (de dólares)...o Bradesco, maior banco por valor de mercado da América Latina, tem a 17a maior recuperação de valor de mercado, com 10,9 bilhões de dólares", informou a Economática.Nesta quarta-feira, a Vale despencava 7,62 por cento e o Bradesco caía 4,23 por cento.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Reuters
Acordo tenta acelerar obras de gasodutos
A capacidade de expansão de parte das indústrias de São Paulo tem esbarrado, entre outros fatores, na oferta do gás natural para o Estado. Parte desse problema é ocasionado pela falta de gasodutos. A capacidade de expansão de parte das indústrias de São Paulo tem esbarrado, entre outros fatores, na oferta do gás natural para o Estado. Parte desse problema é ocasionado pela falta de gasodutos. Somente a Comgás, uma das três distribuidoras paulistas, tem pedidos em carteira para um incremento de consumo de 3 milhões de m3 por dia a partir de 2010, mas a empresa não fecha novos contratos porque não tem a garantia de que esse gás estará na rede. Além disso, ela precisa atender um crescimento vegetativo anual da ordem de 500 mil m3 por dia. Para atender esses picos de consumo, a empresa está negociando um contrato de curto prazo com a Petrobras. Zevi Kann, da agência reguladora de São Paulo, diz que destinação do gás deve ser decisão tomada fora da Petrobras Ontem, no 9º Encontro de Negócios de Energia, promovido pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), o gerente-executivo da Petrobras, André Cordeiro, mostrou um panorama das obras de três gasodutos fundamentais para o suprimento do estado com gás proveniente do Espírito Santo e da Bacia de Santos. Os projetos precisam de uma série de anuências e licenças, por parte de órgãos ambientais, até outubro de 2009. Para tentar resolver essa questão, a empresa e o governo do Estado firmaram, na semana passada, protocolo de intenções. Eles pretendem unir esforços para aprovar os licenciamentos e obter as anuências, e com isso garantir a oferta adicional de até 5 milhões m3 por dia a partir de 2010. Entre os projetos, o principal deles é o Gastau, que liga as cidades de Caraguatatuba e Taubaté e vai escoar a produção de Mexilhão, na Bacia de Santos. A obra depende da construção de um túnel de cinco quilômetros para que o gás possa subir a serra. Se todos os licenciamentos forem aprovados, a operação começa em outubro de 2010. Como está previsto que a plataforma de Caraguatatuba fique pronta em abril do mesmo ano, a empresa tenta uma manobra para que possa injetar os 5 milhões de m3 já nessa mesma época. O diretor vice-presidente do mercado de grandes consumidores da Comgás, Sérgio Luiz da Silva, disse no evento que o período de restrição de oferta de gás teve início em 2006 e deve ir até 2011. Nesse intervalo, portanto, a estratégia da empresa é ligar consumidores residenciais à rede. A empresa, privatizada em 1999 e adquirida pelo Grupo BG e pela Shell, tem hoje 750 mil clientes residenciais e espera chegar a um milhão até 2010. O potencial de residências na área de concessão da empresa chega a 7 milhões de residências. O gás distribuído pela empresa é oriundo principalmente da Petrobras e a maior parte, 75%, vem da Bolívia. Todo o potencial boliviano de fornecimento, de 30 milhões de m3 por dia, já está sendo usado, o que significa que para aumentar a oferta é preciso ampliar a rede. Silva diz que a Comgás tem um contrato de preferência com a Petrobras para receber o gás de Mexilhão. Além disso, a empresa tenta agora negociar um suprimento extra de curto prazo para o ano que vem, quando terá picos de consumo de até 500 mil m3 por dia, porém ainda não tem esse gás contratado. Até dezembro, as duas empresas devem fechar um contrato. Segundo Silva, o preço desse gás certamente será mais alto, já que a Petrobras terá de usar o insumo que enviaria para alguma termelétrica da empresa. As termelétricas consumiram neste ano um total de 15 milhões de m3 por dia, enquanto a indústria usou cerca de 30 milhões m3. O superintendente da Associação Brasileira da Indústria do Vidro, Lucien Belmonte, criticou o fato de o Brasil possuir um só fornecedor de gás, o que em sua opinião gera distorções no preço. De qualquer forma, existe uma tendência de alta no preço do insumo, já que para garantir a oferta a Petrobras terá que importar gás natural liquefeito (GNL) que é mais caro. Para tentar minimizar impactos, a empresa espera usar o GNL em termelétricas. Se 100% delas forem despachadas até 2012, estima-se um consumo de 48 milhões de m3. Mas, em média, elas vão precisar de 30% desse valor, segundo André Cordeiro. "É importante usar GNL nessas térmicas porque o produto é importado e basta interromper a importação caso as usinas não sejam despachadas."
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Valor Econômico
ANP descarta esvaziamento de leilão de exploração de petróleo
O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima, descartou a possibilidade de a crise econômica internacional afastar investidores tanto da 10ª Rodada de Licitações, que ocorre no dia 18 de dezembro, quanto do desenvolvimento das áreas já concedidas."Essa crise é conjuntural e não deverá atrapalhar o plano estratégico de empresas que programam seus investimentos pensando num futuro de dez anos", disse, após participar da primeira audiência pública de detalhamento das áreas que serão ofertadas no leilão.A audiência teve a presença de cerca de 120 representantes da indústria do petróleo. Além de especialistas, consultores e advogados do setor, estavam presentes executivos das principais companhias que atuam no País, como Petrobrás, Chevron, El Paso, Exxon e Norse. Nenhum participante comentou, no entanto, a atratividade da rodada, que foi criticada por causa da ausência de blocos offshore (localizados no mar). Patrícia Padral, executiva da Chevron, revelou que os geólogos da companhia estão avaliando as áreas ofertadas. Apesar de não participar de nenhuma concessão em terra no Brasil, ela lembrou que a Chevron explora outras áreas onshore em diversos países. Para o diretor-geral da ANP, "a empresa que não entrar nessa rodada é que estará perdendo". "O Brasil só tende a ganhar, porque haverá mais espaço para as empresas brasileiras de pequeno e médio portes participarem", disse. Os números do leilão, porém, não indicam um porte elevado para essa rodada. Os bônus de assinatura para os 130 blocos em terra que serão licitados variam entre R$ 61 mil e R$ 480 mil e prevêem arrecadação total de R$ 240 milhões, caso as áreas sejam arrematadas pelo bônus mínimo. O valor equivale a um único bônus proposto pela ANP para um bloco da 9ª Rodada, que, em decisão do Conselho Nacional de Política Energética, foi retirado por estar localizado perto de Tupi.Segundo o diretor-geral, a opção de não incluir blocos marítimos nesse leilão se deve à indefinição dos limites da camada pré-sal. Segundo ele, existem cálculos que extrapolam a extensão divulgada e outros estudos que indicam a necessidade de redução dos cálculos iniciais de 160 mil para 120 mil quilômetros quadrados. "Como não há limite certo e ainda estamos no meio das discussões da Comissão Interministerial que vai definir o novo marco regulatório, é melhor deixar toda área marítima fora da rodada", disse.De acordo com Lima, que participa da comissão, uma única proposta deverá ser levada ao presidente da República e não mais cinco opções, como estava sendo estudado. "Temos de dar segurança ao presidente ao apontar qual o melhor modelo a ser adotado", disse. Segundo ele, a proposta será apresentada "tão logo o segundo turno se encerre".
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por O Estado de S. Paulo
Nova rodada da ANP ocorrerá com "todo gás", apesar da crise, diz Lima
Em uma sala lotada de representantes de empresas do porte da BG, Exxon, El Paso, Norse Energy, Petrogal e de executivos de pequenas companhias cheias de gás para entrar ou crescer no mercado, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) concluiu a audiência pública da 10a rodada de licitações nesta terça-feira segura de que a crise financeira que apavora o mundo não vai afastar investidores do leilão."Só de ter essa sala cheia já mostra que a 10a rodada tem tudo para ser uma rodada vitoriosa", disse na abertura do evento o diretor-geral da ANP, Haroldo Lima.Ele lembrou que na nona rodada, no ano passado, quando o governo decidiu retirar blocos que estavam localizados na cobiçada área pré-sal da costa brasileira, "todos falavam que o leilão seria um fracasso, e foi a nossa melhor arrecadação", afirmou Lima.Os planos financeiros agora são menos ambiciosos. Se vendidos todos os 130 blocos que serão oferecidos na 10a rodada pelo preço mínimo, a agência vai arrecadar o equivalente a apenas um bloco do pré-sal que seria vendido em 2007 e foi retirado, ou cerca de 240 milhões de reais. Com toda a nona rodada, a ANP arrecadou 2,1 bilhões de reais em bônus de assinatura.Sem poder colocar à venda as áreas consideradas "filé mignon" para a indústria, no pré-sal, a ANP selecionou para a 10a rodada apenas áreas em terra, consideradas novas fronteiras, inclusive em uma bacia que não vinha sendo explorada. A bacia de Parecis, no Estado de Mato Grosso, pode conter grande quantidade de gás natural."A região teve uma atividade exploratória interrompida em 1995, mas tem muito gás, identificamos gás em horizonte profundo e óleo também", disse a superintendente da ANP Magda Chambriard.A bacia do Amazonas, onde atualmente apenas a Petrobras explora, também foi destacada pela executiva como grande oportunidade. "Mais de 200 poços foram perfurados e em 60 houve indício de petróleo e gás", afirmou.Estarão também no leilão a bacia de Potiguar, onde já atuam diversos produtores; bacia Sergipe-Alagoas, também já disputada em outras rodadas; bacia do Recôncavo, a mais antiga bacia brasileira que vai ofertar áreas próximas a campos já em produção; bacia de São Francisco, no Estado de Minas Gerais, também já sendo explorada; e bacia do Paraná, onde o único operador é a Petrobras.INTERESSEPresente na audiência, o diretor de Exploração e Produção da Norse Energy do Brasil, subsidiária da norueguesa Norse Energy, Milton Franke, que já possui 12 ativos (blocos) no Brasil, sendo um em terra, disse à Reuters que os resultados em áreas "onshore" não são muito promissores, mas que ainda estava analisando a participação no leilão.A empresa produz 5 mil barris diários de petróleo no país, na bacia de Camamu-Almada, na Bahia.Ele minimizou possíveis problemas de financiamento devido à crise financeira global, mas admitiu que isso deve pesar um pouco na decisão dos investidores em participar da 10a rodada."Atrapalha um pouquinho todas as empresas, mas estamos esperançosos de poder participar", afirmou.O diretor de assuntos corporativos da BG Brasil, Roberto Ardenghy, também disse ainda estar avaliando a participação da companhia. A BG tem 25 por cento do cobiçado campo de Tupi, no pré-sal da bacia de Santos, o mais adiantado dos blocos operados pela Petrobras na região."Toda rodada é uma oportunidade, (a participação) vai depender das áreas, do risco, cada empresa tem sua estratégia", explicou Ardenghy, concordando que a crise financeira não deve atrapalhar o leilão porque a visão da indústria de petróleo é de longo prazo."O bom dessa rodada foi manter o sistema de rodadas periódicas, mostrar continuidade", explicou.A BG explora oito áreas no Brasil, sendo três no pré-sal da bacia de Santos --BMS9 (20%), BMS11 (25%) e BMS10 (30%).
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Reuters
Lula receberá proposta única sobre marco do pré-sal, diz ANP
A comissão interministerial que avalia mudanças no marco regulatório brasileiro para o setor de petróleo e gás natural levará apenas uma proposta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima, nesta terça-feira (14).Segundo o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, cerca de "cinco ou seis propostas" seriam levadas a Lula para que ele decidisse pela mais adequada. O governo decidiu mudar o marco regulatório estabelecido em 1997 depois que a Petrobras descobriu reservatórios gigantes de petróleo e gás abaixo da camada de sal da costa brasileira, principalmente na bacia de Santos.Idéia básica Ainda impossibilitado de falar sobre a proposta que estaria ganhando força dentro da comissão, assim como os demais membros, Lima informou apenas que está "se esboçando uma idéia básica" que será apresentada a Lula, o que deve ser feito após o segundo turno das eleições municipais."Com a eleição houve alteração de prazo, apesar da gente fazer reuniões de três, quatro horas, duas vezes por semana", disse Lima a jornalistas, durante audiência da 10ª rodada de licitações de áreas petrolíferas, prevista para dezembro. Novos encontros Antes de apresentar a proposta, o grupo formado por ministros, ANP, Petrobras e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deverá se reunir pelo menos mais duas vezes, segundo Lima.O diretor descartou que a crise financeira que está abalando os mercados internacionais possa atrapalhar a exploração da áreas do pré-sal, afirmando que "tem muita gente querendo investir pelo governo" nas áreas que ainda serão exploradas.Segundo Lima, a área do pré-sal vai requerer investimentos pesados, de cerca de US$ 400 bilhões.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Reuters
Crise não prejudicará exploração do pré-sal, afirma ANP
O diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombutíveis (ANP), Haroldo Lima, afirmou que não faltarão recursos para a exploração do pré-sal, mesmo em um cenário de crise internacional. Segundo ele, a turbulência é conjuntural e não será suficiente para afetar a exploração e produção de petróleo na região. "A crise é uma coisa conjuntural e não vai bater forte no plano estratégico para os próximos 10 anos", explicou.Lima, que participou da audiência pública da 10ª Rodada de Licitações da ANP, acredita que os investimentos para desenvolver o pré-sal no país poderão variar entre US$ 300 bilhões e US$ 400 bilhões nos próximos dez anos. "Quem sabe a gente precise de US$ 300 bilhões ou US$ 400 bilhões para produzir e explorar petróleo ali nos próximos dez anos", avaliou. O diretor-geral informou ainda que a comissão que estuda uma possível mudança no marco regulatório para o pré-sal deverá entregar as propostas de alteração ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em novembro, depois de mais duas reuniões. Lima negou ainda que a 10ª Rodada - que oferecerá 130 blocos exploratórios, todos em terra, nos dias 18 e 19 de dezembro - possa ter baixa procura por não incluir áreas no mar, onde se encontra a maior parte da produção brasileira de óleo e gás. "Não sei se vai ser a maior, mas seguramente será uma grande rodada, porque estamos sendo procurados por um grande número de empresários", afirmou. "Muita gente está participando e a sala está cheia", acrescentou, em referência a audiência pública. Para Lima, a rodada deverá atrair um grande número de empresas brasileiras de médio e grande porte.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Valor Econômico
Opep reduz previsão para demanda de petróleo em 2008
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) reduziu sua estimativa para a demanda global de petróleo em 330 mil barris por dia para 2008 e em 100 mil barris por dia para 2009, em meio ao agravamento da crise financeira neste mês. Em seu relatório de outubro, a Opep disse que o crescimento da demanda pelo petróleo este ano será de 550 mil barris por dia, para uma média de 86,5 milhões de barris por dia. Para 2009, a previsão é de 87,2 milhões de barris por dia. O grupo anunciou no mês passado, em sua reunião em Viena, que seus membros vão cortar a produção em 500 mil barris por dia para diminuir o excesso de petróleo no mercado. As informações são da Dow Jones.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon
Nova técnica russa de reciclagem de plástico gera gasolina pura
Cientistas russos da Universidade Medelevev em Moscou desenvolveram uma técnica de reciclagem que permite a produção de 1 litro de gasolina a partir de 1 quilo de sachês de plástico reciclado. O plástico e a gasolina são derivados do petróleo. Existem vários esforços ao redor do mundo, inclusive alguns já em operação comercial, tentando reciclar subprodutos do petróleo, mas este é o primeiro que gera gasolina pura. A tecnologia, desenvolvida pela equipe do Dr. Valery Shvets, é baseada no tratamento termal catalisado de materiais poliméricos. Os rejeitos plásticos devem ser simplesmente moídos e derretidos, sem necessidade de lavagem. A seguir é adicionado o catalisador em pó e a mistura é exposta à destruição termal, o que acontece em uma espécie de "panela de pressão" com temperatura e pressão definidas. Para cada litro de gasolina produzido o processo gera também uma pequena quantidade ("uma colher de mesa", segundo os pesquisadores) de uma substância viscosa densa, parecida com o piche. Como também é inflamável, esse rejeito também pode ser reaproveitado. Os pesquisadores não divulgaram detalhes sobre o composição do catalisador, já que é nele que está o segredo da descoberta, que está sendo patenteada. Um protótipo do sistema já está em funcionamento contínuo no laboratório da Universidade.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Envolverde
Comgás negocia com Petrobras novo contrato de gás para 2010
O vice-presidente e de Mercado de Grandes Consumidores, GNV e Suprimento de Gás da Comgás, Sérgio Luiz da Silva, revelou que a companhia já negocia com a Petrobras a assinatura de um novo contrato de fornecimento firme de gás natural com a Petrobras a partir de 2010. "Estamos otimistas em firmar até o final deste ano um pré-contrato com a Petrobras para o fornecimento de um novo volume de gás natural para atender as necessidades do mercado a partir de 2010", explicou o executivo, que participou hoje do 9º Encontro de Negócios de Energia, promovido pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp).Estabelecida as condições de fornecimento, o executivo comentou que a Comgás voltará a abrir a mesa de negociações com os seus clientes para a assinatura de novos contratos de suprimento. Hoje, por conta da restrição da oferta no insumo, a concessionária paulista tem ofertado aos seus consumidores contratos flexíveis, que prevêem a interrupção do fornecimento caso seja necessário o despacho das termelétricas a gás. "Temos pedidos em carteira da ordem de 3 milhões de metros cúbicos por dia (m3/d) para 2010", comentou.Desses 3 milhões de m3/d mapeados para 2010, cerca de 1,5 milhão de m3/d representa a demanda da área de co-geração. Segundo o executivo, esse volume é suficiente para gerar 200 MW de eletricidade. Os outros 1,5 milhão de m3/d se referem a projetos de expansão nos segmentos industriais, como petroquímico, siderúrgico, têxtil, entre outros. Silva mostrou que esse volume de gás permitirá, por exemplo, a expansão de 10% a 12% da capacidade instalada da indústria petroquímica em São Paulo ou ampliar em 3 milhões de toneladas a produção de aço da Cosipa. "Isso representa 10% da produção de aço nacional", afirmou.Nesse sentido, o executivo disse que a companhia precisa, no mínimo, de 3 milhões de m3/d a partir de 2010 para atender os novos projetos, além de um volume extra para suportar crescimento orgânico do mercado atual da concessionária. Para 2009, a expansão orgânica da demanda projetada é da ordem de 500 mil m3/d, valor que se repetirá em 2010."A nossa previsão mostra que, em 2009, nós teríamos alguns meses com um pico de demanda que pode atingir 500 mil m3/d adicionais que temos hoje. O que estamos negociando também com a Petrobras é um contrato de curto prazo que cubra esse período", explicou o executivo. De acordo com Sérgio, as negociações já estão adiantadas, envolvendo também o governo do Estado de São Paulo, e devem ser concluído até o final do ano.O executivo lembrou que a ampliação da oferta em 2010 depende da conclusão das obras de infra-estrutura de gasodutos, entre eles o Gastau (SP), que permitirá escoar o gás da Bacia de Santos, e o Japeri - Reduc (RJ) e o Cabiúnas - Reduc (RJ), que ampliarão o intercâmbio na movimentação do insumo entre o Estado de São Paulo e o Rio de Janeiro. Adicionalmente, Sérgio comentou que a Petrobras também precisará colocar em operação a plataforma de Mexilhão, da Bacia de Santos, que ofertará algo em torno de 7 a 8 milhões de m3/d em 2010.Para o volume de 500 mil m3/d referente à 2009, o executivo cita que o insumo deverá ser deslocado do consumo interno da Petrobras, provavelmente da geração térmica, para a concessionária. Por conta disso e por se tratar de um contrato de curto prazo (provavelmente de um ano), o executivo admitiu que o valor desse gás será mais elevado que os contratos atuais. Hoje, o mercado da Comgás consome algo em torno de 13 milhões de m3/d, sem contar a demanda térmica.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Estado
Comgás: dólar e petróleo geram custo de R$ 40 milhões
O vice-presidente de Mercado de Grandes Consumidores, gás natural veicular (GNV) e Suprimento de Gás da Comgás, Sérgio Luiz da Silva, afirmou que a valorização do dólar e a alta do barril do petróleo têm impactado negativamente a companhia. "Estes dois itens geraram uma despesa de R$ 40 milhões para a companhia neste momento, e estão sendo acumulados em uma cota gráfica", revelou o executivo, que participou hoje do 9º Encontro de Negócios de Energia, promovido pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp).O executivo explicou que esse custo está relacionado às premissas adotadas para o cálculo da tarifa da companhia no último reajuste tarifário, ocorrido ao final de maio deste ano. No caso do dólar, por exemplo, o câmbio adotado pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) foi de R$ 1,75. Ontem, porém, o câmbio tinha fechado em R$ 2,14. "O repasse do dólar para a tarifa é imediato. Os pagamentos para a área de upstream (exploração e produção) da Petrobras são feitos em dólar", afirmou Da Silva.No caso do petróleo, o valor do barril tomado como parâmetro foi de US$ 88. Apesar da cotação já estar abaixo dos US$ 100 atualmente, a fórmula de reajuste do gás adotada pela Petrobras contém uma defasagem de seis meses para o preço do barril, considerando o pico de US$ 140 para o cálculo. "No reajuste de maio, foi tomado como referência um barril de petróleo de seis meses atrás, que estava em US$ 88", esclareceu o executivo. A companhia está sendo impactada por isso deste junho deste ano.No curto prazo, o aumento do custo de gás para a companhia tem impacto na redução de margens e, conseqüentemente, na geração de caixa. Entretanto, essas despesas adicionais que não estão sendo ressarcidas pela tarifa estão sendo acumuladas em uma conta gráfica, para futuramente serem repassadas para o consumidor no próximo reajuste tarifário. No próximo ano, este acerto irá coincidir com o ciclo de revisão tarifária da Comgás, marcado para ocorrer ao final de maio. Oferta de gásSérgio Luiz da Silva revelou também que a companhia já negocia com a Petrobras a assinatura de um novo contrato de fornecimento firme de gás natural a partir de 2010. "Estamos otimistas em firmar até o final deste ano um pré-contrato com a Petrobras para o fornecimento de um novo volume de gás natural para atender as necessidades do mercado a partir de 2010", explicou.Estabelecidas as condições de fornecimento, o executivo comentou que a Comgás voltará a abrir a mesa de negociações com os seus clientes para a assinatura de novos contratos de suprimento. Hoje, por conta da restrição da oferta no insumo, a concessionária paulista tem ofertado aos seus consumidores contratos flexíveis, que prevêem a interrupção do fornecimento caso seja necessário o despacho das termelétricas a gás. "Temos pedidos em carteira da ordem de 3 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d) para 2010", comentou.Desses 3 milhões de m³/d mapeados para 2010, cerca de 1,5 milhão de m³/d representa a demanda da área de co-geração. Segundo o executivo, esse volume é suficiente para gerar 200 megawatts (MW) de eletricidade. Os outros 1,5 milhão de m³/d se referem a projetos de expansão nos segmentos industriais, como petroquímico, siderúrgico, têxtil, entre outros. Silva mostrou que esse volume de gás permitirá, por exemplo, a expansão de 10% a 12% da capacidade instalada da indústria petroquímica em São Paulo ou ampliar em 3 milhões de toneladas a produção de aço da Cosipa. "Isso representa 10% da produção de aço nacional", afirmou.Nesse sentido, o executivo disse que a companhia precisa, no mínimo, de 3 milhões de m³/d a partir de 2010 para atender os novos projetos, além de um volume extra para suportar crescimento orgânico do mercado atual da concessionária. Para 2009, a expansão orgânica da demanda projetada é da ordem de 500 mil m³/d, valor que se repetirá em 2010.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Estado
MERCADO DE ENERGIA
Setor energético pede garantia para biocombustíveis na Alemanha
Empresários do setor energético pediram hoje ao Governo alemão que devolva a "credibilidade" aos biocombustíveis mediante a fixação de "garantias de sustentabilidade" que certifiquem as condições de cultivo das matérias-primas para sua produção. O presidente da junta administrativa da companhia petrolífera BP na Alemanha, Uwe Franke, defendeu em entrevista coletiva uma discussão "sobre os erros" das primeiras políticas relativas aos biocombustíveis, no primeiro congresso da organização Netwerk Bioenergie, realizado na embaixada brasileira de Berlim.Sob o slogan "Biocombustíveis - bênção ou maldição?", o Congresso discutiu a suspensão, anunciada em abril pelo Governo, de seu plano de elevar de 5% para 10% a percentagem de mistura de bioetanol na gasolina para 2009.Para Franke, os biocombustíveis "têm muito futuro" se as coisas forem feitas da maneira correta e os erros prévios forem corrigidos, e desafiou o Executivo alemão a definir novas estratégias que possam ser implantadas pelas empresas a partir de 1º de janeiro.Por sua vez, o secretário do Meio Ambiente, Matthias Machnig, sustentou que Governo, empresários e organizações ambientalistas coincidiram durante o congresso na necessidade do uso de biocombustíveis e defendeu a intensificação da pesquisa e o desenvolvimento no âmbito da eficiência energética.Machnig e Franke também qualificaram de "errôneo" o debate sobre se o cultivo de matérias-primas para a produção de biocombustíveis deve prevalecer sobre a produção de alimentos perante uma crise alimentícia mundial.Os Governos podem cumprir "sua dupla obrigação de fornecer energia e alimentos aos cidadãos", afirmou Franke, que assegurou que o uso de biocombustíveis é, de olho em um futuro próximo, a "única opção" para reduzir as emissões de dióxido de carbono do setor de combustíveis.Além disso, elogiou a decisão do Executivo da chanceler Angela Merkel de reduzir as cotas mínimas, embora tenha admitido que reconduzir essas medidas será "difícil".O gerente da organização ambientalista Deutsche Umwelthilfe, Rainer Baake, destacou a importância dos biocombustíveis que, segundo sua opinião, contribuem para a redução do aquecimento global e "não favorecem a extinção das espécies nem obstaculizam a luta contra a fome".Baake pediu ao Governo alemão que pactue com empresários e organizações ambientalistas os critérios e certificados necessários para garantir a sustentabilidade nos biocombustíveis produzidos na Alemanha ou adquiridos no exterior.Para Franke, se o âmbito desses cultivos for corretamente controlado, a produção de biomassa poderia permitir o desenvolvimento econômico de regiões da Europa Oriental e da Ásia, sem a necessidade de recorrer a zonas florestais da Ásia e da América.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência EFE
Indianos vêm ao Brasil em novembro para discutir biocombustíveis
O álcool brasileiro encantou a Índia, que vê no etanol uma alternativa para enfrentar a forte dependência energética do país, que importa 90% da demanda nacional por combustível. Após transformar em sabatina sobre o etanol uma audiência com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, o ministro do Petróleo e Gás Natural da Índia, Murli Deora, confirmou que viajará ao Brasil em novembro, para discutir o tema e participar da conferência sobre biocombustíveis convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Como é comum na Índia, o interesse do governo demora, porém, a se converter em medidas concretas. Miguel Jorge não obteve uma resposta precisa sobre quando os indianos vão realizar os investimentos de US$ 600 milhões das estatais de petróleo em etanol no Brasil, como anunciaram no início do ano. Deora reafirmou, porém, que será mantida a decisão do governo indiano de aumentar, neste ano, a exigência de adição do álcool na gasolina de 5% para 10%. Empresários indianos também mostraram entusiasmo com o etanol, durante o fórum do setor privado na reunião de Cúpula Índia-Brasil-África do Sul, que se encerra hoje, na capital indiana. "Temos forte interesse no etanol, uma alternativa sustentável para as reservas de petróleo e gás, que têm prazo para acabar", comenta o presidente da Tata Internacional, Syamal Gupta, que pretende enviar ainda neste ano ao Brasil uma missão de executivos da empresa, uma das maiores da Índia. "O custo de produção no Brasil é um terço do indiano", compara. "Hoje, 70% de nossas necessidades de energia são cobertas por importação, até 2050 serão 90%", comenta o presidente da Overseas Infrastructure Alliance Pvt, Vidya Bhushan Soni, ao explicar a razão do interesse indiano em alternativas como o etanol. "Estamos muito atrasados no negócio do etanol", comenta. Responsável por contratos que somam US$ 430 milhões em projetos de infra-estrutura na África, Soni defende que é o momento de investir na produção de cana-de-açúcar ou importação do álcool do Brasil. O programa de etanol na Índia foi lançado em 2003, sem sucesso devido à queda na produção de cana em 2004 e 2005, quando os indianos se tornaram os maiores importadores de etanol brasileiro (US$ 115 milhões em 2005, 16% do total exportado pelo Brasil). Em 2006, porém, as vendas caíram para apenas 10 milhões de litros (menos de US$ 5 milhões) e, em 2007, para zero. A Índia produz etanol a partir do melaço, como subproduto do açúcar, que tem grandes oscilações na produção, afetando as cotações do preço do açúcar no mercado mundial. "Nos interessa que eles passem a produzir mais etanol também no país, para reduzir a excessiva variação de preço do açúcar", comenta o diretor da Unica Eduardo Leão de Souza. "Neste ano devem produzir quase 6 milhões a menos de açúcar que no ano passado", exemplifica. A Unica tem procurado empresários indianos para pressionar as autoridades por medidas de estímulo ao uso do etanol. É forte a pressão de participantes do mercado privado contra a importação de etanol, ou o deslocamento da produção no país. Murli informou a Miguel Jorge que as empresas lhe garantiram ser necessário adaptar os motores dos automóveis para andarem com a mistura de 10% de álcool na gasolina. "Eu disse que não precisa, só a partir de 20%", afirmou o ministro. Em diversos contatos com o governo indiano, Miguel Jorge insistiu na necessidade de concretizar a promessa de investimento na produção de álcool brasileira pelas empresas de distribuição Bharat Petroleum, Hindustan Petroleum e Indian Oil, que controlam 90% dos postos de combustíveis da Índia. Miguel Jorge ouviu também, do ministro de Relações Exteriores da Índia, Anand Sharma, a proposta de uma aliança entre Brasil, Índia e África do Sul para o uso pacífico de energia nuclear. Mas, segundo o ministro, as implicações políticas da proposta, devido ao uso bélico que os indianos fazem da energia nuclear, desaconselham por enquanto uma maior aproximação entre os dois países.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Valor Econômico
Jaraguari discute nesta semana implantação de usina
A Unidade Extra Bioenergia S.A. de Jaraguari faz parte de um conjunto de quatro usinas produtoras de etanol e co-geração de energia elétrica que a Extra Bioenergia S.A. pretende implantar em Mato Grosso do Sul. As outras unidades deverão ser implantas em Nova Alvorada, Campo Grande e Bandeirantes.Cada uma delas gerará, no período de safra, 1.351 empregos diretos e 4.053 indiretos, com plantio de 43.000ha de cana-de-açúcar, capacidade de processamento anual de três milhões de toneladas de cana, produção de 280 milhões de litros de etanol e uma potência instalada de 110 MW para geração de energia elétrica.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Última Hora
MERCADO DE BIODIESEL
Maior indústria de biodiesel do mundo será instalada no Paraná
O Paraná terá maior indústria integrada de biodiesel do mundo. O anúncio é da Companhia Brasileira de Energias Alternativas e Renováveis (CBEAR). Com investimentos da ordem de 300 milhões de euros num município a ser definido da região Centro-Sul do Estado, a empresa terá capacidade de produção de 600 mil toneladas de biodiesel por ano e deve gerar mais de 500 empregos diretos, Para a diretora-executiva da empresa, Christianne Fullin, com uma produção similar registrada só na Espanha, a CBEAR do Paraná será a maior do planeta por reunir toda a cadeia produtiva do setor.Apresentada durante a reunião da Escola de Governo nesta terça-feira (14) pelo secretário estadual da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Virgílio Moreira Filho, a CBEAR é o mais novo empreendimento industrial que escolhe o Paraná como sede.Com data de funcionamento prevista para fevereiro de 2010, a produção de biodiesel será feita a partir de oleaginosas como a canola e o girassol – culturas cultiváveis em período de entressafra nas propriedades rurais -, e também do tungue, oleagionosa de cultura perene e que pode ser implementada em locais onde não existe aproveitamento do solo para cultivos tradicionais."Ao promover uma rotatividade maior de culturas como o milho e a soja, o agricultor terá uma importante e nova fonte de renda", explica a diretora da empresa Christianne Fullin. A produção será voltada ao mercado externo e deve atender ao mercado interno caso exista demanda.GOVERNO – A empresa deverá firmar convênios com diversos órgãos governamentais do Estado, como a Secretarias da Indústria e Comércio, Agricultura e Abastecimento, Ciência e Tecnologia, Fazenda, Meio Ambiente, além da Emater, IAP, Iapar, Ferroeste, Tecpar e Lactec.Desde a pesquisa e escolha da melhor variedade de oleagionosa, até a logística para o transporte das matérias-primas, desenvolvimento tecnológico e ambiental, o Governo do Estado foi parceiro para viabilizar economicamente o projeto.Outro ponto destacado é a instalação da empresa numa região carente de investimentos privados e de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). "Conceitos ambientais e de sustentabilidade, além da mínima agressão ao solo e do uso de alta tecnologia serão objetivos aplicados pela empresa", acrescentou Christianne Fullin.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por AEN
MERCADO DE ETANOL
Brasil e EUA podem cooperar no setor de biocombustíveis, diz embaixador norte-americano
O etanol é efetivamente uma commodity, e deve ser tratada como tal no âmbito das negociações internacionais. Esta é a opinião do embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Clifford Sobel, que participou como palestrante do 9º Encontro de Negócios de Energia do Ciesp, nesta terça-feira (14).Sobel reconhece, no entanto, que os biocombustíveis só poderão se consolidar na posição de commodities ambientais quando houver uma harmonização dos padrões de produção. "O Brasil e os Estados Unidos devem se unir em torno deste objetivo", afirmou."Organizar o mercado internacional de biocombustíveis também é fundamental", defendeu Manoel Vicente Fernandes Bertone, secretário de Produção e Agroenergia do Ministério de Agricultura Pecuária e Abastecimento. "Todos os países procurarão introduzir etanol e biodiesel, derivados da matéria-prima que for, em sua matriz energética."Segundo Clifford Sobel, os pesquisadores de seu país estão empenhados em desenvolver biocombustíveis a partir de novas fontes, como certos tipos de algas marinhas. Hoje, os Estados Unidos têm no milho sua principal matéria-prima de etanol.Graças ao forte incentivo do governo e aos investimentos maciços em tecnologia, os EUA sobressaem como principais produtores mundiais: são 28 bilhões de litros ao ano, quatro bilhões a mais do que a produção brasileira.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Indusnet Fiesp
Unica: crise pode acelerar consolidação no setor sucroalcooleiro
O presidente da União da Indústria da Cana de Açúcar (Unica), Marcos Jank, afirmou hoje que a crise econômica iniciada nos Estados Unidos leva um problema de crédito às sucroalcooleiras, assim como para as empresas dos demais setores da economia. Ele considera, no entanto, que os fundamentos do setor continuam positivos, sem influência da crise na demanda por etanol, açúcar e eletricidade. Com os problemas concentrados apenas no crédito, o executivo acredita que a crise pode provocar uma nova onda de fusões e aquisições no setor."A crise pode acelerar o processo de consolidação, principalmente se a crise for muito profunda e gerar uma necessidade de buscar outra forma de agrupamento para as empresas se capitalizarem. O difícil é saber em que velocidade isso vai acontecer", disse. Segundo a Unica, o setor sucroalcooleiro tem, hoje, 200 grupos econômicos ativos, e a tendência é de que haja uma redução nesse número de empresas.Apesar de admitir problemas de capitalização, Jank disse que ainda não há projetos de investimento sendo adiados. Ele citou apenas o atraso de novas unidades que estavam previstas para entrar em operação ainda em 2008. Das 32 que deveriam iniciar suas atividades este ano, 29 começaram a operar, segundo ele. No passado, no entanto, algumas previsões chegaram a apontar que 80 novas usinas, aproximadamente, começariam a operar em 2008. Mas o motivo do atraso é anterior à crise, como atraso na entrega de equipamentos.Investimentos - O setor sucroalcooleiro planeja investir US$ 33 bilhões até 2012 - mas parte desses aportes já foi realizado nos últimos três anos. "Ainda é cedo para fazer uma análise sobre o que vai acontecer com esses investimentos", afirmou.Quanto à dificuldade de crédito para exportação, vivenciada por algumas empresas no auge da crise financeira, Jank afirmou que o problema está sendo resolvido rapidamente. "As medidas tomadas recentemente pelo Banco Central e pelo Ministério da Fazenda foram muito importantes para, pouco a pouco, trazer recursos para consolidar as exportações", disse.No entanto, Jank afirmou que as vendas externas de etanol não ultrapassarão 5 bilhões de litros em 2008, como havia sido previsto pela Unica inicialmente. As novas previsões prevêem exportações de 4,2 bilhões de litros nesta safra. "É um número pequeno para uma safra que deve atingir 25 bilhões de litros."
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por UNICA
Etanol estimula investimentos no porto de São Sebastião
O porto de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, deverá receber investimentos da ordem de R$ 5 bilhões nos próximos quatro anos, a maior parte destinados à infra-estrutura logística para o etanol. Parte desses aportes será para a construção de um terminal de álcool interligado a um alcooduto, afirmou ao Valor Frederico Bussinger, presidente da Companhia Docas do Porto de São Sebastião. "Temos uma área reservada no porto de cerca de 80 mil metros quadrados para os investimentos em etanol", afirmou Bussinger. O pedido de licença ambiental foi feito em julho e as licitações deverão ocorrer a partir do segundo semestre de 2009. O porto de São Sebastião hoje não escoa nenhuma gota de álcool, mas muitas empresas do setor sucroalcooleiro consideram o local estratégico para exportação, uma vez que o porto de Santos, o maior da América Latina, está com capacidade instalada praticamente no seu limite. Três projetos para construção de alcoodutos foram anunciados no país, mas nenhum ainda saiu do papel. Contudo, os três grupos, Petrobras, Uniduto (formado por um pool de usinas, entre elas, Cosan, Copersucar e Crystalsev) e Brenco, analisam os portos de São Sebastião e Santos para possíveis investimentos. Cada projeto de alcooduto está estimado em cerca de US$ 1 bilhão. A Transpetro, subsidiária da Petrobras, já tem um terminal próprio em São Sebastião. "Há interesse de empresas do setor em investir em São Sebastião", disse Bussinger. Sem "vocação agrícola", o porto de São Sebastião tenta aos poucos diversificar seus negócios. "Há alguns meses começamos a fazer embarques de animais vivos (gado, cavalos e suínos) e de mudas de árvores frutíferas para África, sobretudo para Angola, que está em reconstrução após a guerra civil", disse Bussinger. "Exportávamos café pelo porto nos primórdios, mas hoje não mais", afirmou. Tradicionalmente, o porto de São Sebastião exporta granéis sólidos, sobretudo barrilhas (matéria-prima para detergentes) e sulfato, além de automóveis. "Cerca de 70% dos embarques no porto referem-se a granéis sólidos", disse o executivo. Segundo Bussinger, São Sebastião tem um diferencial em relação a Santos. "Temos um calado maior, com capacidade para recepcionar navios de grande porte", disse. O porto também está bem localizado geograficamente, com acesso pelas rodovias Tamoios, Dom Pedro II e também por hidrovias, como a Tietê. No curto prazo, parte dos investimentos começará a ser feita, com aporte entre R$ 1,5 bilhão e R$ 1,7 bilhão dos R$ 5 bilhões totais projetados, destinados para dragagem, aterros e tancagens. Nesse quesito, São Sebastião está em desvantagem em relação a Santos, que tem maior capacidade de tancagem. Outros R$ 880 milhões serão aplicados no projeto de construção de um duto, ligando Paulínia a São Sebastião, com extensão de 253 quilômetros. Esse duto será responsável pelo escoamento do álcool que chega a Paulínia até o porto. Já os investimentos no terminal e na infra-estrutura para etanol deverão ser feitos a partir do segundo semestre de 2009, quando as licitações poderão ser realizadas. "Estamos ainda aguardando as licenças ambientais", explicou o presidente da companhia docas do porto. Desde o ano passado, a administração do porto de São Sebastião saiu da esfera do governo federal para a estadual. Bussinger acredita que essa mudança vai dinamizar os investimentos. Aportes pesados também deverão ser aplicados na construção de uma rodovia com 25 quilômetros de extensão entre Caraguatatuba e São Sebastião, o que facilitará o acesso de caminhões ao porto. Além dos investimentos em etanol, o porto de São Sebastião deverá receber aportes para atender as atividades da área de "off shore" e contêineres. A idéia é que São Sebastião se torne também plataforma logística na exploração das novas descobertas do campo de Tupi e do gás no campo do Mexilhão e ainda sirva como alternativa no Estado, sobretudo, para cargas do Vale do Paraíba e interior paulista, desafogando o gargalo do sistema portuário brasileiro.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Valor Econômico
MERCADO DE AÇUCAR & ÁLCOOL
Brasil prepara lançamento de diesel de cana
Segundo maior produtor mundial de etanol, o Brasil será em breve o primeiro país a colocar no mercado o diesel de cana, um combustível limpo e com custo de produção inferior ao do petróleo. A partir de 2010, o grupo Santaelisa Vale, de Sertãozinho (SP), começará a operar a nova planta para produção exclusiva do combustível.A iniciativa, vista como "revolucionária" pelo setor sucroalcooleiro, é fruto da joint venture da empresa californiana de biotecnologia Amyris e a Crystalsev, subsidiária da Santaelisa, firmada em abril. Para as empresas, o novo diesel dará outros usos à cana e abrirá portas para outros combustíveis à base da matéria-prima, estendendo-se à gasolina e ao querosene. "Após o álcool, açúcar e energia, teremos diesel de cana", afirmou Fernando Reinach, diretor-executivo da Votorantim Novos Negócios, agora um dos cinco maiores investidores da Amyris. O braço da Votorantim responsável por investimentos de capital de risco e private equity anunciou ontem aporte não revelado na empresa californiana, responsável pela engenharia genética que resultou no diesel de cana. Com o aporte, o capital investido na Amyris em 12 meses ultrapassa US$ 100 milhões. "Os recursos têm como objetivo contribuir para a comercialização de diesel a partir de cana", diz ele. A estimativa de produção pela Santaelisa do diesel "superpuro" - como os engenheiros geneticistas o chamam - será de 400 milhões de litros em 2011, subindo para 1 bilhão de litros no ano seguinte, o equivalente a 20% da importação de diesel convencional do Brasil. Uma planta-piloto em Campinas, onde a Votorantim faz pesquisas, entrará em operação em fevereiro. A Santaelisa, por sua vez, construirá um novo tanque de fermentação, a adaptação necessária para a produção do novo diesel. O diesel de cana pertence à chamada segunda geração de combustíveis, fortemente amparados na biotecnologia. Ao contrário do biodiesel, ele não tem em sua composição óleos vegetais. "A técnica é a utilização de uma levedura geneticamente modificada para atuar na fermentação da cana. Essa levedura permite que a garapa [caldo de cana] se transforme em diesel em vez de etanol", diz Reinach. O grande passo foi a identificação de uma molécula - o farnesane - que sintetizasse as características do diesel, explica John Melo, CEO da Amyris. "Como essa substância não existe na natureza, buscamos sintetizá-la a partir do açúcar da cana", diz. Foram necessárias 16 mudanças de genes para chegar ao resultado desejado. Para os cientistas, uma vez descoberta a "rota do metabolismo" da molécula será possível partir para vôos mais altos, como o querosene de cana. "Será questão de substituir dois genes", diz Reinach. O diesel de cana foi concebido para o mercado brasileiro, dependente de importações. Hoje, o país consome 45 bilhões de litros de diesel por mês. "Cerca de 5 bilhões são importados", diz Melo. Mas a produção será insuficiente para substituir o diesel convencional. "Ela será complementar ao diesel". Os custos de produção serão inferiores aos do petróleo, diz o CEO da Amyris. Segundo Melo, com a teconologia, a previsão é que o diesel de cana custe US$ 60 por barril. Inferior ao custo de produção do petróleo na Rússia e à prospecção em águas profundas, de US$ 75.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Valor Econômico
Diesel de cana-de-açúcar será produzido no Brasil a partir de 2010
O mesmo caldo de cana que serve como matéria-prima para a produção de açúcar e álcool servirá em breve para a produção de diesel. A nova tecnologia, desenvolvida pela empresa Amyris, da Califórnia, vai ser colocada em prática no interior paulista em 2010, em sociedade com a Votorantim Novos Negócios (VNN) e a Usina Santa Elisa, de Sertãozinho. A meta é produzir 400 milhões de litros no primeiro ano e 1 bilhão de litros em 2012.O processo é muito parecido com o da produção de álcool combustível, que utiliza leveduras - um tipo de fungo microscópico - para fermentar os açúcares presentes na cana e secretar etanol. A diferença crucial - que foi a grande inovação produzida pela Amyris - está no DNA da levedura, que foi geneticamente modificado para secretar diesel no lugar de álcool"Não é biodiesel. É diesel mesmo", diz o biólogo Fernando Reinach, diretor-executivo da VNN, fundo de investimento de risco do grupo Votorantim, que financiou parte da pesquisa. O resultado da fermentação é uma molécula chamada farneceno, com 12 átomos de carbono, que tem todas as propriedades essenciais do diesel de petróleo, mas nenhuma das indesejadas, como a mistura de enxofre - um poluente altamente prejudicial à saúde.Enquanto o diesel de petróleo - e mesmo o biodiesel de óleos vegetais - contém uma mistura de várias moléculas combustíveis, o diesel de cana tem apenas o farneceno, que pode ser usado diretamente no motor. "É um combustível super puro", disse o diretor-executivo da Amyris, o português John Melo, que esteve em São Paulo hoje (14) para anunciar o projeto.O diesel de petróleo é o mais poluente dos combustíveis fósseis. Já o diesel de cana-de-açúcar, além de ser livre de enxofre, o que reduz o impacto sobre a poluição urbana, é renovável em relação ao carbono que emite para a atmosfera, o que reduz o impacto sobre o aquecimento global. A exemplo do que já ocorre com o etanol, o CO2 que sai do escapamento é reabsorvido, via fotossíntese, pela nova cana que está brotando no campo. Quando a cana é colhida, o carbono é convertido novamente em combustível, reemitido, reabsorvido e assim por diante.A cana não tem óleo, ela apenas fornece o açúcar necessário para alimentar as leveduras que vão produzir o combustível. É um processo completamente diferente do usado para produção de biodiesel, que é um combustível refinado de óleos vegetais, como de soja e mamona. Segundo Reinach, foram necessários mais de 15 genes para transformar a levedura em uma "fábrica biológica" de diesel. A espécie usada no processo é a mesma da fermentação do álcool (Saccharomyces cerevisiae), mas a origem dos novos genes é mantida em segredo até que as patentes sejam publicadas.PotencialA idéia, a princípio, é que o diesel de cana entre no mercado como um adicional ao diesel de petróleo, e não como um concorrente, já que a produção inicial será muito pequena. O Brasil consome cerca de 45 bilhões de litros de diesel, dos quais 5 bilhões precisam ser importados. "Se acabarmos com a importação já será um enorme sucesso", avalia Melo, que antes de assumir a Amyris foi presidente nos Estados Unidos da BP Fuels. A tecnologia foi desenvolvida nos laboratórios da Amyris na Califórnia. Mas o desenvolvimento do produto final será feito no Brasil, com a participação de cientistas brasileiros contratados pela empresa. A Amyris já tem um laboratório em Campinas - acoplado a uma usina piloto - e planeja construir uma planta industrial junto à usina Santa Elisa, onde será feita a produção de diesel em larga escala.O interesse da empresa em trazer a tecnologia para o Brasil é simples: "Nossa matéria-prima é o carbono, e o carbono mais barato do mundo é o carbono de cana do Brasil", explica Melo. "É igual à cadeia do petróleo. As empresas vão onde está o óleo. Nesse caso, elas virão para onde está o carbono vegetal", completa Reinach. A idéia é que a produção aumente e ganhe mercado gradativamente, com um custo igual ou inferior ao do diesel de petróleo. O custo inicial previsto é de US$ 60 o barril, já bastante competitivo.As adaptações necessárias nas usinas para produzir diesel em vez de etanol são mínimas. De certo modo, basta trocar a levedura no fermentador. Dentro de alguns anos, prevê Reinach, os usineiros poderão optar por produzir o que for mais vantajoso - álcool, diesel ou açúcar -, com grande flexibilidade.O diesel de cana surge como mais uma opção no menu de energias renováveis que o mundo procura para substituir os combustíveis fósseis (derivados de petróleo), que são os principais responsáveis pelo aquecimento global. A cana já oferece duas dessas opções: o álcool combustível e o bagaço, que é queimado para produção de energia elétrica. Agora, serão três (etanol, diesel e biomassa), com potencial para chegar a quatro, cinco, ou até seis. Segundo Reinach, com as mesmas técnicas de engenharia molecular, é possível "ensinar" a levedura a produzir quase qualquer tipo de molécula.A Amyris já está desenvolvendo combustível de aviação para a Força Aérea Norte-americana e, depois do diesel, tem planos de produzir gasolina - tudo a partir da fermentação de açúcar da cana.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Estado
ECONOMIA & MERCADO
Lobão: crise não interferirá em investimentos no pré-sal
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse hoje que a crise financeira internacional não vai interferir nos investimentos para a exploração de petróleo e gás da camada pré-sal, em águas ultraprofundas. "Estou convencido de que não teremos sofrimento nessa matéria", disse o ministro ao chegar à Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional, na Câmara dos Deputados, onde participa de audiência pública.Lobão avaliou que, de certo modo, a crise dos mercados "já está esmaecendo". "Não de maneira absoluta, mas a intensidade do passado já não existe. Os países estão tomando providências bastante firmes, inclusive o Brasil, para conter a crise", disse.EquadorAo ser questionado sobre a intenção do governo de Equador de expulsar Furnas do país, Lobão disse que, na prática, nada aconteceu com a estatal brasileira no Equador. "Não se pode expulsar o vento. Não havia instalação física ou funcionário. Não havia nada. Então, eu não sei o que foi expulso", disse.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Estado
Petrobrás vai iniciar importações de diesel com menos enxofre
Após intensas discussões com a área ambiental do governo, a Petrobrás decidiu iniciar as importações, no ano que vem de diesel com 50 partes por milhão (ppm) de enxofre. A empresa, no entanto, alega que o produto chegará ao País com um preço maior do que o diesel nacional e que os efeitos ambientais não serão grandes, uma vez que a frota brasileira de caminhões não está adaptada ao produto. A resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) de 2002, determina a redução nas emissões de poluentes pela frota nacional a partir do ano que vem, meta que, segundo organizações ambientalistas, poderia ser atingida com a substituição do diesel produzido atualmente pela Petrobrás. Os planos da estatal, porém, prevêem a produção em grande escala de diesel 50 ppm só a partir de 2012, quando os investimentos previstos para suas refinarias estiverem concluídos. Em entrevistas recentes, o diretor de Abastecimento da companhia, Paulo Roberto Costa, tem afirmado que a simples mudança do combustível não garante redução das emissões. "Querer resolver a questão apenas com o combustível de melhor qualidade é um erro. É tapar o sol com a peneira", afirmou o executivo, citando como medidas adicionais uma maior fiscalização e manutenção da frota atual e mais planejamento no transporte público urbano.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Estado
Dr. Marcílio Novaes Maxxon
O combate à corrupção está intimamente vinculado à transparência.
*Leituras para Análise Estratégica eo Desenvolvimento do País:
Altos Estudos BrasileirosPor MARCÍLIO NOVAES MAXXONI- POLÍTICA E GESTÃO PÚBLICA:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/fevereiro_29.htmII- PPP-PARCERIAS PÚBLICO PRIVADAS:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/marco_28.htmIII- O PAPEL DA CÂMARA DOS DEPUTADOS:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/maio_09.htmIV- CÓDIGO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR DA CÂMARA DOS DEPUTADOS:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/maio_16.htmV- SENADO FEDERAL E CONGRESSO NACIONAL:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/junho_01.htmVI- PROCESSO LEGISLATIVO DO CONGRESSO NACIONAL, POR MARCÍLIO NOVAES MAXXON:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/junho_16.htmVII- O QUE É A LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL, E A LEI DE CRIMES FISCAIS. O ESPÍRITO DA LEI:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/julho_01.htm
Artigo: FBI - A Ciência da Inteligência e da Informação: http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/abril_11.htm
Por Marcílio Novaes Maxxon
Comissão de Assuntos Econômicos - CAE
Audiências Públicas e Reuniões Técnicas
03.06.2008 – Audiência Pública "Debate sobre o Marco Regulatório do Petróleo diante da perspectiva de descoberta e desenvolvimento de novas bacias petrolíferas na Camada do Pré-Sal”
ANPHaroldo Borges Rodrigues Lima, Diretor-Geral da Agência Nacional de Petrólio
IBPJõao Carlos França de Lucca, Presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustiveis
PetrobrasJosé Sérgio Gabrielli, Presidente da Petrólio Brasileiro S.A.
03.06.2008 – Audiência Pública "Debate sobre o Marco Regulatório do Petróleo diante da perspectiva de descoberta e desenvolvimento de novas bacias petrolíferas na Camada do Pré-Sal monetária” (Notas)
13.05.2008 – Audiência Pública “Diretrizes, implementação e perspectivas futuras da política monetária”
Banco Central do BrasilHenrique Meirelles, Presidente do Banco Central do Brasil
15.04.2008 – Audiência Pública "Critérios técnicos de repartição dos royalties provenientes da atividade de exploração petrolífera"
IBGEEduardo Pereira Nunes, Presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ANPHaroldo Borges Rodrigues Lima, Diretor-Geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
PetrobrasGuilherme de Oliveira Estrella, Diretor de Exploração e Produção da Petróleo Brasileiro S.A.
15.04.2008 – Audiência Pública "Critérios técnicos de repartição dos royalties provenientes da atividade de exploração petrolífera" (Notas)
14.05.2007 - Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
Petrobras Paulo Roberto Costa, Diretor de Abastecimento
Única Eduardo Pereira de Carvalho, Presidente
Abegás Carlos Eduardo de Freitas Brescia, Diretor
28.05.2007 - Petróleo e Gás Natural
MME João José de Nora Souto, Secretário de Petróleo e Gás
PETROBRAS Guilherme de Oliveira Estrella, Diretor de Exploração e Produção
SHELL John Haney, Vice-Presidente
Institucional
Em 20 anos, Congresso fez 62 emendas à Constituição
O fracasso da revisão constitucional de 1994
Emendas "paralelas" e fatiadas, soluções para os impasses políticos do Congresso
Algumas mudanças que o Congresso fez na Constituição
Fonte: ANERTT por Agência Senado
O BRASIL E OS BIOCOMBUSTÍVEIS
O BRASIL E OS BIOCOMBUSTÍVEISINTERATIVO PARA VOCÊ:http://www.discoverybrasil.com/discover yhoje/viciados_em_petroleo.shtml?vMenu=0 &vPrograma=6&vContenido=0_1ANERTT/DISCOVERY*
*A ANERTT, é signatário do Pacto Global: O Pacto Global é essencial para a parceria entre o setor privado e as Nações Unidas no combate efetivo a CORRUPÇÃO.
http://www.pactoglobal.org.br/pg_principio.php
http://www.unglobalcompact.org/
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