quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Notícias ANERTT/Petróleo & Gás Natural N° 0332, Por Marcílio Novaes Maxxon.

"Na democracia, o processo de formação das políticas públicas demanda participação de todos os segmentos da sociedade civil, informação confiável, representação qualificada, transparência e ética."
ANERTT - Associação Nacional das Empresas de Rádio, Televisão e Tecnologia
A Serviço do Desenvolvimento do BRASIL

Relatório INFORMATIVO DIÁRIO PARA INVESTIDORES DO MERCADO DE CAPITAIS N° 0332

Notícias ANERTT/Petróleo & Gás Natural
Por Marcílio Novaes Maxxon



São Paulo, 28 de outubro de 2008

GESTÃO LEGISLATIVA & AÇÃO POLÍTICA

Brasília, terça-feira, 28 de outubro de 2008 - 18h21

Votação da segunda MP anticrise fica para depois do dia 5 Os líderes informam que a MP que autoriza a Caixa e o BB a comprar bancos em dificuldades só entrará na pauta depois do dia 5. Eles confirmaram acordo para votação, hoje, da MP que facilita o socorro a bancos pequenos.

Sarkozy quer ficar mais tempo no comando da UE
A crise financeira e a perspectiva de uma recessão abrem uma turbulência política na União Européia. Enquanto promete cooperação regional para enfrentar os problemas, o presidente da França e da UE até o final do ano, Nicolas Sarkozy, tenta convencer o bloco a criar um governo econômico para os mercados que usam o euro, de preferência liderado por ele mesmo até 2010.Os ataques contra Sarkozy se espalharam pela Europa diante de sua tentativa de se manter no poder. Em sua edição de anteontem, o Financial Times chamou a iniciativa de criação de um governo econômico de um "golpe de estado" por parte do francês, que não quer deixar o poder. A Alemanha já mandou um recado: não aceitará o plano de ter um francês no comando do euro. Pelas regras da UE, cada país do bloco assume a presidência do grupo por seis meses. Sarkozy assumiu o cargo em julho.A partir de janeiro, o comando fica com a República Tcheca e, em julho, com a Suécia. Mas com a crise, Sarkozy deixou claro que a UE precisaria de um órgão mais estável e com uma presidência de mais longo prazo. Ontem, Paris convocou mais uma nova cúpula da UE para preparar as posições do bloco para a reunião em Washington entre as 20 maiores economias do mundo e, de quebra, reforçar a posição da França como líder no processo e a eventual candidatura de Sarkozy como presidente da Europa por mais tempo.Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por O Estado de S. Paulo

China e produtores de petróleo podem ajudar mais, diz Brown
O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, pediu nesta terça-feira que os governos da China e dos países produtores de petróleo do Golfo Pérsico aumentem suas contribuições ao Fundo Monetário Internacional (FMI).Brown afirmou que poderão faltar recursos para lidar com a crise financeira global e que é necessário um aumento imediato e substancial dos US$ 250 bilhões em fundos disponibilizados ao FMI."Acredito que são os países que têm reservas substanciais - como os países com reservas de petróleo e outros que serão os maiores contribuintes para esse fundo", afirmou o líder britânico.Brown vai visitar a região no próximo fim de semana e afirmou que pretende discutir a questão com os líderes locais."A China também tem reservas consideráveis", acrescentou. "Há um número de países que podem, na verdade, fazer muito no futuro imediato para garantir que a comunidade internacional tenha reservas suficientes para que possamos voltar e apoiar países que estejam em dificuldades."O primeiro-ministro britânico afirmou ainda que o risco do que chamou de contágio da crise financeira mundial existe principalmente para os países do Leste Europeu e, por isso, é preciso aumentar os recursos do FMI.Recepção friaDe acordo com analistas, apesar das declarações desta terça-feira, Brown pode ter uma recepção fria durante sua visita a países produtores de petróleo.O secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Abdalla Salem el-Badri, já teria afirmado que os integrantes da organização são, em sua maioria, países pobres, que não podem socorrer o mundo.As declarações de Brown ocorrem em um momento em que o FMI tem anunciado pacotes de ajuda a vários países. O Fundo já emprestou US$ 2 bilhões à Islândia. A organização também vai oferecer um empréstimo de US$ 16,5 bilhões para a Ucrânia e concordou em propor à Hungria um pacote de ajuda de valor ainda não divulgado.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por BBC Report


PETRÓLEO & GÁS

Pequim e Moscou assinam acordo para construção de oleoduto da Sibéria a China
Rússia e China assinaram nesta terça-feira um acordo para a construção de uma bifurcação para a China do oleoduto que une a região da Sibéria ao Oceano Pacífico.O acordo, sobre os "princípios de construção e exploração do oleoduto", foi assinado pelas companhias públicas russa Transneft e chinesa CNCP, na presença do primeiro-ministro russo Vladimir Putin e seu colega chinês Wen Jiabao.A bifurcação, de 67 quilômetros, unirá Skovorodino (extremo oriente russo) à fronteira chinesa e permitirá o fornecimento direto de petróleo siberiano ao terminal de Daqing, norte da China.O trecho integrará um oleoduto gigante, atualmente em construção, que vai ligar Taichet (região de Irkutsk, na Sibéria oriental) à costa pacífica e que fornecerá petróleo ao Japão.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência AFP

Petrobras assina memorandos de entendimentos com empresas portuguesas
A Petrobras e as empresas Galp Energia e EDP Energias do Brasil assinam hoje (28) memorandos de entendimentos nas áreas de biocombustíveis, gás natural, geração de energia elétrica, exploração e produção. A assinatura dos documentos acontece, em Salvador, durante a 9º Cúpula Brasil-Portugal, com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates. Também estarão presentes os presidentes da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, da Galp, Manuel Ferreira de Oliveira, e da EDP Energias do Brasil, Antônio Pita de Abreu. A Petrobras Biocombustível, a Galp Energia e o Governo do Estado da Bahia fazem acordo para estudar a viabilidade de implantação de um pólo na Bahia para a produção de óleo de palma (dendê) e óleo de girassol, matérias-primas para a produção de biodiesel. O memorando é um desdobramento do Acordo de Investimentos assinado no último dia 10, em Lisboa, entre a Petrobras e a Galp Energia para formação de uma joint-venture, que terá como objetivo o desenvolvimento de um projeto de produção de biodiesel. O projeto em estudo está dividido em duas fases, sendo que cada uma prevê a produção anual de 300 mil toneladas de óleo vegetal no Brasil e de 250 mil toneladas de biodiesel de segunda geração, metade em Portugal e a outra em local a ser definido. O capital social será dividido entre Petrobras (50%) e Galp Energia (50%). As partes envolvidas no projeto pretendem aprofundar os estudos, visando confirmar as premissas utilizadas no Plano de Negócios e concretizar a parceria para implantação das operações e atividades previstas. Na área de gás e energia, o documento assinado entre a Petrobras e a EDP Energias do Brasil estabelece a criação de parcerias na realização de estudos para projetos de geração de energia a partir de usinas hidrelétricas, eólicas e termelétricas movidas a gás natural e biomassa, como o bagaço de cana. O memorando de entendimentos tem prazo de validade de dois anos. O acordo prevê a implementação dos projetos aprovados pelas duas empresas nos aspectos técnicos, comerciais e financeiros. Será assinado também memorando de entendimentos entre a Petrobras e a Galp Energia para avaliação de possibilidades para a formação e/ou manutenção de parcerias com a Petrobras, de forma a possibilitar a Galp atuar como operadora em blocos localizados em águas rasas nas bacias de Campos, Santos e Espírito Santo.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Portugal Digital

Regras de exploração de pré-sal serão discutidas até novembro
O governo deve concluir até o final de novembro a discussão sobre como o país deverá explorar o petróleo da chamada camada pré-sal, afirmou a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, nesta terça-feira."O que se trata hoje é definir o que fica para as empresas e o que fica para o governo", afirmou Dilma em evento promovido pela Confederação Nacional da Indústria.Segundo a ministra, a camada do pré-sal tem um relativo baixo risco de exploração, o que deve implicar uma maior "participação da União no óleo".A camada pré-sal foi descoberta pela Petrobras em 2007 e consiste em reservatórios gigantes localizados em águas ultra-profundas da costa brasileira. A região pode conter bilhões de barris de petróleo e colocar o Brasil entre os grandes produtores mundiais.Somente em dois poços a Petrobras encontrou reservas entre 8 e 12 bilhões de barris de óleo equivalente (petróleo e gás natural), o que dobraria a reserva nacional da commodity.Dilma disse, ainda, que na quinta-feira o governo editará decreto que regulamenta a participação do setor privado na exploração dos portos brasileiros.No mesmo dia, o governo divulgará mais um balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). De acordo com Dilma, cerca de 150 obras do programa já foram concluídas.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Reuters

Petrolífera italiana instalará duto na bacia de Santos
A petrolífera italiana Saipem firmou contrato para exploração offshore (em alto mar) no Brasil, informou hoje a companhia, em comunicado oficial.Além do Brasil, a empresa fechou dois outros contratos, com Venezuela e Azerbaijão, por um valor total aproximado de US$ 1,1 bilhão (883 milhões de euros).No Brasil, a petrolífera italiana fechou contrato para a construção do gasoduto Uruguá-Mexilhão, na bacia de Santos.A Saipem fará o transporte, a instalação e os testes de um duto de 174 quilômetros que ligará a plataforma FPSO de Santos, situada no bloco de prospecção BS-500, a 1.372 metros de profundidade, à plataforma de gás, 172 metros sob o nível do mar no campo de Uruguá.Na Venezuela, a Saipem transportará e instalará um gasoduto de 115 quilômetros que conectará a plataforma situada na jazida Dragão ao complexo industrial Cigma, da petrolífera estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA), situado no litoral nordeste do país.A petrolífera italiana espera finalizar os trabalhos no Brasil no final de março de 2010, enquanto que na Venezuela ela prevê completar as obras antes de 2009.No Azerbaijão, a Saipem chegou a um acordo com a companhia petrolífera BP Exploration para prestar serviços submarinos de manutenção.A Saipem, controlada em 43% pela companhia petrolífera italiana Eni, prestase serviços de engenharia e construção da indústria petrolífera.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência EFE

Petros adquire 5,25% do capital da Lupatech
A Lupatech informou nesta terça-feira que a Fundação Petro, fundo de pensão multipatrocinado pelos funcionários da Petrobras, atingiu em 28 de outubro 5,25% do capital social da empresa.A Lupatech atua na fabricação de válvulas industriais e fabricante de equipamentos para o setor de petróleo e gás e metalurgia. A empresa possui três segmentos de negócios: óleo e gás, flow - produção e comercialização de válvulas industriais, principalmente para as indústrias química, farmacêutica, papel e celulose e construção - e Metal.O Petros é o maior fundo de pensão do País com patrimônio de R$ 40 bilhões (dados de julho de 2008).
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Investnews

Mundo poderia abandonar uso de petróleo até 2090, diz Greenpeace
O mundo poderia abandonar o uso de combustíveis fósseis até o fim do século e transformar o petróleo em apenas um capítulo da história. A projeção é do Greenpeace, que apresentou um relatório sobre o futuro da energia no mundo e concluiu que essa revolução poderia ocorrer até 2090 se o planeta destinasse trilhões de dólares à energia renovável. O relatório é uma receita de como o mundo poderia modificar sua base energética e reduzir as emissões de gás carbônico. Para os ativistas, os governos devem manter suas metas de uso de energia renovável.Até 2030, o Greenpeace estima que o mundo precisaria gastar US$ 14,7 trilhões para o desenvolvimento de energias renováveis. "Energias renováveis poderiam fornecer toda a energia necessária no mundo até 2090", indica o estudo. Em um cenário mais ambicioso, essa mudança poderia já ocorrer em 2050, com a expansão de energia solar, biomassa e etanol. Num ritmo mais modesto, energias renováveis poderiam representar 30% do consumo de energia no mundo em 2030 e 50% em meados do século.Em várias partes do mundo, governos vem pensando em formas para superar a dependência ao petróleo e reduzir suas emissões de gás carbônico. Mas, com a atual crise, setores industriais alertam que não estão dispostos a pagar pela revolução. Para os ativistas, essa é exatamente a melhor hora de fazer a reforma no sistema, já que os investimentos nesse setor criariam empregos e ainda evitariam uma recessão prolongada. A análise pede que os governos retirem os subsídios aos combustíveis fósseis e à energia nuclear. Outro pedido é para que limitem as emissões e coloquem metas para o uso de energias renováveis nos vários setores. Outra medida seria novas exigências na construção de carros.LucroApesar da situação atual na Alemanha e em outros países europeus com o etanol, o Greenpeace estima que o setor de energias renováveis está tendo lucros enormes. Entre 2006 e 2007, esses lucros dobraram e superaram a marca de US$ 70 bilhões.Mas as projeções dos ativistas é bem diferente do que prevê a Agência Internacional de Energia. Para a entidade, que serve aos países ricos, apenas 13% da energia produzida no mundo em 2030 será de fontes renováveis.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Estado

Petrobrás reafirma meta para biodiesel e álcool
O presidente da Petrobras, reforçou em encontro sobre biocombustíveis nos Estados Unidos o programa da empresa para o setor nos próximos anos, mesmo com a rápida queda do preço do petróleo no mercado internacional. Entre os propósitos está o de produzir 75% do biodiesel que será consumido pelo País a partir de 2012, se o aumento da mistura do combustível com o diesel não for antecipada. Se a adição de biodiesel ao diesel de 3% (B3) para 5% (B5) for antecipada de 2013 para 2012, como pretende o governo, a participação deverá ficar em torno de 45% dos 2,08 milhões de litros necessários. A meta é produzir 938 milhões de litros de diesel a partir de 2012. Em 2008, a estatal, por meio de sua subsidiária Petrobrás Biocombustível, inaugurou no Nordeste duas usinas para produção de biodiesel (Candeias, na Bahia e Quixadá, no Ceará) e deve colocar em operação uma terceira ainda este ano, em Montes Claros, em Minas Gerais. As três usinas têm capacidade total de produção de 170 milhões de litros de biodiesel por ano. A matéria-prima para as usinas virá prioritariamente da agricultura familiar, gerando emprego e renda no campo. A Petrobras conta com uma rede de 55 mil agricultores, que produzem parte das oleaginosas utilizadas nas usinas. Mas hoje cerca de 85% do biodiesel produzido no País ainda vem da soja, apenas 10%, do sebo bovino e o restante de mamona, dendê, girassol e outras oleaginosas. O diretor executivo da União Brasileira do Biodiesel, Sérgio Beltrão, afirma que essa dependência de uma commodity como matéria-prima traz o inconveniente de altas de preços que podem tornar a produção do biodiesel inviável economicamente. A empresa tem feito parcerias com empresas internacionais que possuam mercado para exportação e produtores brasileiros de etanol que já atuam no setor para negociar etanol de cana-de-açúcar. A meta é atingir em 2012 a produção e exportação anual de 4,75 bilhões de litros. Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Redação Terra

Santos Offshore 2008 movimenta R$ 198 milhões em negócios em quatro dias
O sucesso do maior evento de São Paulo voltado para o mercado de petróleo e gás coloca definitivamente em evidência o estado paulista como o novo campo petrolífero
O atual cenário na economia mundial não impediu o sucesso da Santos Offshore 2008, que este ano comemora a boa movimentação com um número recorde de 15 mil visitantes e 220 expositores nacionais e internacionais. A maior feira de Petróleo e Gás do Estado de São Paulo, dirigida também às áreas de Petroquímica, Química, Siderurgia e Meio Ambiente gerou R$ 198 milhões em negócios e aproximadamente 2.000 empregos diretos e indiretos. Nos quatro dias de evento, os participantes puderam conhecer as novidades em máquinas, equipamentos e outros insumos utilizados pela indústria do petróleo e gás, além de potencializar oportunidades de negócios. "A feira concretiza nesta segunda edição o ritmo acelerado deste mercado, criando novas perspectivas de negócios aos seus expositores e visitantes", destaca Valmir Semeghini, diretor do evento. Para José Luiz Marcusso, gerente da Unidade da Bacia de Santos da Petrobras, patrocinadora master do evento, o resultado foi extremamente positivo. "A feira recebeu o dobro de expositores, com presença impressionante de público". Segundo Marcusso, estes fatores reafirmam a crescente relevância da Baixada Santista para o setor do petróleo. "Há um ano havia muitas promessas, hoje os projetos estão em fase de implantação e operação". A 3ª edição da Santos Offshore já tem data confirmada e ocorre entre os dias 20 e 23 de outubro de 2009. De acordo com Semeghini as expectativas de crescimento para o ano que vem são as melhores, tanto em número de empresas participantes quanto de negócios. Rodada de negócios promove 170 reuniões e projeta negócios de R$ 21,5 milhões Em uma verdadeira maratona de reuniões, a Rodada de Negócios promovida pelo Sebrae-SP e Prominp – Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural - durante a Santos Offshore contabilizou 170 encontros realizados entre empresas fornecedoras de produtos e serviços e dez empresas-âncoras, que já atuam nas cadeias de petróleo e gás com contratos com a Petrobras. A estimativa das empresas-âncoras indica que a rodada tenha atingido uma marca de R$ 21,5 milhões em prospecção de novos negócios a médio e longo prazos. De acordo com a gerente regional do Sebrae-SP na Baixada Santista, Silvana Pompermayer, o nível técnico das empresas que participaram dessa edição estava superior ao registrado na edição anterior, em 2007. "Percebemos um amadurecimento, as empresas vieram para a rodada preparadas para fechar negócios, buscando uma relação mais próxima com o mercado". De acordo com a gerente, 46% das empresas participantes são da Baixada Santista, enquanto as demais são de outras regiões do Estado. Além da Rodada de Negócios, foram realizados também o SENAF - Seminário Nacional de Fornecedores, encontros promovidos pelos expositores do evento; e o Canal Fornecedor da Petrobras, com palestras e esclarecimentos onde empresários puderam se cadastrar para serem fornecedores da estatal. Com realização da AGS3 – Promoções e Eventos, a "Santos Offshore 2008" ocorreu entre os dias 21 e 24 de outubro, no Mendes Convention Center, em Santos.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Revista meio filtrante

MERCADO DE ETANOL

100+ Inovadoras: ouro no canavial A demanda de etanol no Brasil deve aumentar cerca de 150% até 2017, passando dos atuais 25,5 bilhões para 63,9 bilhões de litros, de acordo com números da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), ligada ao Ministério de Minas e Energia. A empresa estima que, para atingir esse volume, serão necessários investimentos entre US$ 20 bilhões e US$ 25 bilhões correspondentes à construção de cerca de 250 usinas. Diante dessa demanda e com o aumento no número de players no mercado de energia, a Zilor anunciou investimento de R$ 273 milhões na modernização de seus processos e na ampliação da capacidade produtiva e de geração de energia. A companhia, especializada em produtos derivados da cana-de-açúcar, também vai aumentar a moagem de 8,98 milhões de toneladas na safra 2007/2008 para 11 milhões de toneladas no ciclo 2009/2010. Entre suas estratégias, a empresa aposta em novos negócios, especialmente em ingredientes naturais feitos a partir da levedura da cana com o objetivo de realçar o aroma e o sabor dos alimentos para o consumo humano. E já trabalha com um produto parecido para a nutrição animal. Diante dessa meta de crescimento, em 2007, a Zilor adotou uma nova estrutura na área de TI, que passou a se reportar ao diretor-presidente e ganhou participação em todas as diretrizes que são tomadas. "O alinhamento com os executivos da empresa nos permite traçar a estratégia para sustentar o aumento que queremos", afirma Wellington Brigante, CIO da Zilor. Naquele mesmo ano, a empresa trocou seu nome de origem, com o qual ficou conhecida durante os 61 anos de existência: Zillo Lorenzetti para Zilor. De acordo com a companhia, a modificação visou a expressar ao público todas as mudanças internas que estavam ocorrendo. DirecionamentosDo orçamento de TI, a maior parte (50%) vai para a melhoria de processos. Um quinto é dedicado à renovação, outros 20% vão para a transformação e 10% são destinados à experimentação. Para a companhia, a área comandada por Brigante tem como missão direcionar o negócio pelo uso da tecnologia de forma eficiente. Assim, o departamento tem o foco na inovação e é visto como um centro de investimento. A administração do processo interno de inovação é marcada com a participação de consultores especializados e vindos do mercado externo. "São profissionais que conhecem nosso negócio, nossa cultura de lavoura de cana e nos apóiam há anos", diz Brigante. O CIO conta que a nova participação da TI na Zilor é pautada em duas grandes frentes. A primeira está voltada aos negócios de açúcar e etanol, no qual se busca a excelência operacional. Por isto, a empresa fez a migração técnica e funcional do SAP, da versão 4.7 para a 6.0. "A reestruturação e o aprimoramento foram feitos à luz das boas práticas no modelo da arquitetura orientada a serviços (SOA)." Diferente da primeira frente, considerada commodity, a segunda parte, que engloba a produção de ingredientes naturais para alimentação humana e animal, representa um alto valor agregado. Para esta área, o principal projeto de TI foi a implementação de um sistema de relacionamento com o cliente (CRM) com o objetivo de fidelizá-lo, entender suas tendências na linha de alimentação humana e identificar as necessidades do mercado. Brigante acredita que o aprimoramento dos produtos será realizado a partir do relacionamento mais estreito com a base de clientes. Antes de implementar o CRM, a empresa precisou revisar seus procedimentos. Daí, surgiu a integração dos processos do ERP (da SAP) com os da produção de ingredientes naturais para alimentação. "Implementamos uma metodologia a partir do planejamento de produção, de maneira que as necessidades fossem apontadas diariamente, com o disparo de compras mais acurado e de maneira antecipada", comenta o executivo. Já os negócios voltados à produção de energia ganharam processos de planejamento e controle de produção, que não existiam antes.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por ITWeb

Unica alerta para rigidez contra etanol nos EUA
As regras para proteção do meio ambiente nos Estados Unidos podem se tornar mais rígidas para os biocombustíveis do que são para os derivados de petróleo, segundo alerta do representante-chefe para a América do Norte da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Joel Velasco, que acompanha o trabalho da agência de proteção ambiental dos EUA (EPA - Environmental Protection Agency)."É preciso ficar atento: a EPA está prestes a propor regras mais rígidas sobre os biocombustíveis do que para os derivados de petróleo até os dias de hoje", afirmou Velasco. "Se aprovadas após audiência pública, essas regras podem garantir a manutenção da dependência americana do petróleo do Oriente Médio e não o contrário."Para serem independentes de petróleo, os Estados Unidos precisam de três elementos, conforme enumerou Velasco: "Combustível: etanol é um deles e o de cana-de-açúcar é o melhor que existe hoje. Infra-estrutura: carros, dutos, postos, entre outros elementos que favoreçam sua distribuição e venda. E preço: não há como esperar que os combustíveis renováveis consigam competir com os fósseis (como a gasolina), se custarem mais caro."Velasco deu o aviso ao falar sobre o papel da cana-de-açúcar no fortalecimento da estratégia americana de segurança energética durante evento em Chicago do ´Set America Free´, entidade que defende a busca de alternativas que tornem os EUA independentes do petróleo.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Investnews

Americanos vão investir mais R$ 1,9 bilhão em etanol no País
Embora o momento seja de cautela, e até mesmo alguns projetos de novas usinas devam ficar na gaveta por enquanto, há quem não tenha perdido o ânimo. Em meio ao tormento da crise financeira, investidores privados norte-americanos não desistiram de investir R$ 1,9 bilhão na construção de cinco usinas para fabricar etanol na região de Anápolis, em Goiás.A expectativa é de que até 2015 todas as unidades da Goiás Agroenergia estejam operando e, no total, deverão moer 10 milhões de toneladas de cana-de-açúcar (2 milhões de toneladas em cada planta) para a produção total de 900 milhões de litros do combustível - 180 milhões de litros por unidade. A previsão é de que a primeira unidade comece a operar a partir do segundo semestre de 2010 e as obras para levantar a usina devem começar em fevereiro do ano que vem. Cada uma das unidades receberá aporte de R$ 380 milhões."De certa forma, a crise não nos preocupa. Nossa visão é de longo prazo e esse projeto vem sendo estruturado desde 1999", conta Vladimir Franco de Oliveira, CEO da Goiás Agroenergia. A companhia tem como sócios a Gaesa LP (formada por investidores privados norte-americanos), que detém 90% da empresa brasileira produtora de etanol, e os outros 10% são da sócia brasileira VIBO International - cuja atividade é comercializar tecnologias com o foco em agroenergia.Segundo conta o executivo, 50% dos investimentos que serão aplicados no projeto são de capital privado e o restante tem origem de parceria com a Rio Bravo, gestora de recursos. Caso a crise encareça demais a parte da verba proveniente de empréstimo, os investidores privados irão arcar com 100% dos investimentos, esclareceu Oliveira. O fato de os recursos já estarem alocados para o andamento do projeto permite que os planos sigam a todo o vapor. "O projeto está bem estruturado. Esse é outro ponto favorável nesse momento." O CEO diz, ainda, que a companhia trabalha com planejamento para vinte anos. Há estudos para dimensionar mercados consumidores e também já estão engatilhadas algumas negociações. "Não há nada fechado, mas identificamos clientes em potencial."Oliveira conta que, há alguns anos, o projeto chegou a despertar o interesse de investidores árabes e japoneses mas não foram firmadas parcerias por conta das exigências em relação ao prazo para retorno. "Esses investidores queriam retorno dos aportes em quatro anos, prazo que não é possível nesse setor. Consideramos no mínimo oito anos."Os mercados-alvo para o etanol da Goiás Agroenergia serão os Estados Unidos e a União Européia. Embora ainda não esteja concretizada a idéia, a companhia também levanta a hipótese de investir em logística no Brasil, uma das preocupações de muitos empresários do País. De acordo com avaliação do executivo, o transporte ferroviário seria a melhor opção porque é mais fácil de viabilizar em termos de custos. A companhia também vai comercializar energia.EncontroO executivo da Goiás Agroenergia esteve presente a encontro do setor na última sexta-feira, em Sertãozinho, interior de São Paulo. Durante o encontro, foi divulgada a notícia de que o setor sucroalcooleiro e a indústria de base fornecedora do segmento estão traçando o mapa de suas necessidades para buscar a ajuda do governo federal diante do cenário da crise financeira mundial.O documento deverá ser apresentado ao governo esta semana, provavelmente na quarta-feira. A junção de agendas dos elos da cadeia tem como objetivo organizar e fortalecer a ofensiva para a busca de soluções, entre elas, para a retomada do fluxo de crédito. Antes do estouro da crise financeira, muitas usinas já estavam endividadas por conta dos dois últimos anos ruins e de preços baixos do açúcar e etanol.Também presente ao evento, o gerente de biocombustíveis do Banco Nacional Econômico e Social (BNDES), Paulo Faveret, afirmou que há um esforço concentrado do banco para atender às necessidades dos projetos do setor que já foram aprovados e dependem da contratação de recursos. Até setembro deste ano, R$ 4 bilhões foram liberados para projetos do setor.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por DCI - Comércio, Indústria e Serviços

Alemanha reduz meta de uso de etanol
A crise no etanol atingiu a Alemanha e o governo vai reduzir a meta de expansão do uso de biocombustíveis para os próximos anos. Na Europa, a queda no preço do petróleo, a falta de produtividade e a concorrência externa estão provocando o fechamentos de usinas e a revisão dos planos para o setor.Berlim havia fechado um acordo com usineiros para exigir que a gasolina tivesse 6,25% de biocombustível em 2009. Agora, a meta baixou para 5,25%. A Comissão Européia insiste que 10% dos carros da região devem ser movidos a etanol até 2020. Mas o Parlamento Europeu já pediu uma meta mais modesta.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por O Estado de S. Paulo

Brenco acerta venda de etanol para EUA
A Companhia Brasileira de Energia Renovável (Brenco), associada à União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), fechou, em Houston (EUA), um contrato de venda de etanol para a LyondellBasell Industries, uma das maiores companhias do nos Estados Unidos. O biocombustível será produzido nas duas primeiras unidades bioenergéticas da Brenco, em Morro Vermelho (GO) e Alto Taquari (MT). O início da operação está previsto para o segundo trimestre de 2009. ´Acreditamos na construção de relacionamentos de longo prazo com nossos clientes, e o negócio fechado com a Lyondell confirma nossa estratégia´, afirmou o presidente da Brenco, Philippe Reichstul. O etanol de cana será utilizado na composição de ETBE (éter etílico ter butílico), aditivo que contém etanol misturado a derivados de petróleo, que após a industrialização será exportado para o Japão. A LyondellBasell produzia anteriormente MTBE (éter metil terc butílico), mas está mudando sua planta industrial para produzir a substância a partir do etanol de cana, que não agride o meio ambiente. As usinas Morro Vermelho e Alto Taquari deverão produzir juntas 320 milhões de litros de etanol somente em 2009. Em 2010, as unidades aumentarão sua capacidade de produção para 1 bilhão de litros, e até 25% desse total serão destinados à empresa americana. Além disso, em 2010, três novas unidades da empresa entrarão em operação: uma em Goiás e outras duas no Mato Grosso do Sul, que também fornecerão parte da produção para a Lyondell. O etanol será escoado por meio de estratégia logística desenvolvida pela Brenco. A empresa investirá US$ 1 bilhão na construção de um duto que interligará o Alto Taquari ao Porto de Santos, em São Paulo.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon

Outra entressafra de álcool em alta
A entressafra 2008/09 será novamente de oferta apertada, segundo o último levantamento da Job Economia e Planejamento.. "O consumo de álcool combustível está fortemente aquecido. Mas não vejo risco de desabastecimento", diz Júlio Maria Martins Borges, presidente da consultoria. No Brasil, o consumo mensal médio saltou de 1,6 bilhão em 2007 para 1,9 bilhão de litros este ano, um aumento de 18,75%, de acordo com a Job. No Centro-Sul, registrou crescimento de 18,5%, de 1,35 bilhão para 1,6 bilhão de litros no mesmo período. Por conta da menor oferta durante a entressafra e demanda aquecida, os preços do álcool combustível deverão subir entre janeiro e abril do próximo ano. "Os preços do hidratado sairão de R$ 0,74 [com PIS/Cofins, mas sem ICMS] para algo entre R$ 0,90 a R$ 1 o litro, um aumento médio acima de 20%", projeta Martins Borges. Mesmo se essa a forte elevação de preços for confirmada, não chegará aos patamares observados na safra 2006/07, quando as cotações ultrapassaram R$ 1,30. Segundo Martins Borges, a produção nacional de álcool tem sido maior nos últimos anos, mas as vendas de carros flexfuel no mercado interno e as exportações estão enxugando mais rápido a oferta. "A crise poder provocar um impacto negativo nas vendas de carros flex, mas não deverá reduzir o consumo de álcool combustível", afirma. Estimativa da Job mostra que a produção de cana no Brasil deverá ficar em 555 milhões de toneladas em 2008/09, um aumento de 12,5% sobre 2007/08. Com isso, a moagem será acima da média e compensará parte do atraso verificado no início da safra. O clima também beneficiará a safra de cana do Nordeste, que deverá crescer 10%. A oferta de álcool será de 27,3 bilhões de litros, 22,3% sobre o ciclo anterior. E a produção de açúcar será de 30,2 milhões de toneladas, queda de 2% sobre o ciclo passado. Contrariando as estimativas do setor e de boa parte dos analistas de mercado, Martins Borges acredita que não deverá ficar muita cana em pé nesta safra. "O clima entre novembro e dezembro deverá ser seco e quente, o que favorecerá a colheita", afirma o consultor. A Job se baseia nas previsões da Weather Trends International. A Datagro, por exemplo, estima que cerca de 40 milhões de toneladas de cana deixarão de ser colhidas nessa safra. As exportações de álcool deverão se manter em 4,9 bilhões de litros, segundo a Job. Se confirmadas as estimativas, será um crescimento de 35% sobre o ciclo anterior. EUA são os principais importadores do álcool brasileiro. Para 2009, os embarques não deverão ter a mesma força, no máximo, se manterá, ou crescerá pouco. Com a suspensão do drawback [importação com objetivo de reindustrializar o produto] nos EUA, as importações de álcool para os americanos deverão ser em maior volume via Caribe.MS
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Valor Econômico

MERCADO DE ENERGIA

Desenvolvimento econômico discute energias alternativas para Alagoas
O secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico, Luiz Otávio Gomes, participa da programação do 2º Encontro Nacional de Negócios em Energia, que será aberto a partir das 19h30 desta segunda-feira, e acontece até o dia 29, no Hotel Jatiúca.Luiz Otávio explica que o Estado trabalha com três potencialidades energéticas: o bagaço da cana, os ventos e o calor. Porém, segundo ele, a energia produzida através do bagaço da cana-de-açúcar, mais conhecida como biomassa, representa hoje a energia de maior importância para o Estado. Dois aspectos a diferenciam das demais: o fato de ser uma energia totalmente limpa e a verticalização do setor sucroalcooleiro.Em um primeiro momento, o setor sucroalcooleiro produzia apenas açúcar, depois passou a produzir açúcar e álcool e, agora, vai produzir açúcar, álcool e energia. Daqui mais oito, dez anos, a principal produção do setor sucroalcooleiro será a energética", avaliou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Energia e Logística, Luiz Otávio Gomes.Já o secretário-adjunto de Minas e Energia, Geoberto Espírito Santo, ressalta que as usinas de açúcar são os principais investidores, entre elas a empresa chamada Brasil Etanol, o único investidor internacional do bagaço da cana no Estado.Energia eólica - Outro tipo de energia que já se encontra em fase final de estudos é a proveniente dos ventos, mais conhecida como eólica. O governo do Estado, em parceria com Universidade Federal de Alagoas e a Universidade Federal do Paraná, instalou seis torres de medição dos ventos, com alturas de 50 a 100 metros, nas cidades de Maragogi, Feliz Deserto, Roteiro, Girau do Ponciano, Palmeira dos Índios e Água Branca, com o intuito de captar os ventos favoráveis e produzir este tipo de energia. A análise final está sendo concluída e seus resultados serão decisivos para a atração de uma usina eólica no Estado de Alagoas.Energia solar - O forte sol que ilumina o estado de Alagoas também está sendo objeto de estudo do governo. A energia solar vem sendo analisada e sua viabilidade está sendo voltada para projetos que contribuam para a potencialidade energética e econômica de Alagoas.Atualmente existem duas formas de aproveitamento da luz do sol: a fotofocaica, que consiste em transformar o calor do sol em energia elétrica; e a fototérmica, onde o calor do sol é utilizado no aquecimento da água, sendo esta última a mais viável para o Estado. O governo estuda a possibilidade de propor o Programa de Orientação e Utilização do Potencial Energético, o Poupe, com a finalidade de tornar o uso da energia nos prédios públicos algo mais econômico e eficiente.Gás natural — Atualmente, Alagoas produz 2,5 milhões de m3 de gás natural, dos quais apenas 500 mil m3 são utilizados no Estado. O desenvolvimento econômico fez com que, em reunião com a Petrobras, o governo solicitasse o incremento de mais 50 mil m3. "Com a vinda de novas indústrias precisamos aumentar nossa cota de gás natural em 2009. A necessidade é por conta dos investimentos que serão instalados no Estado nos próximos anos", afirmou o secretário Luiz Otavio Gomes.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Alagoas

Ministro inclui Alagoas em leilão
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, esteve em Alagoas nesta segunda-feira (27) para abertura do II Encontro Nacional de Negócios em Energia, e confirmou a realização da 10ª Rodada de Leilão em energia, que ocorrerá até dezembro, com a participação de 444 blocos de Sergipe e Alagoas. Edison Lobão também anunciou uma das decisões tomadas pelo Conselho Nacional de Política Energética que se trata da realização de um leilão específico de energia eólica para o início de 2009. O ministro destacou a posição do estado de Alagoas no cenário energético nacional na questão energia renovável, como o 4º produtor de cana-de-açúcar, o 7º em álcool, e 3º de açúcar. Edison Lobão também afirmou que os investimentos em Alagoas se concentram na expansão da rede de distribuição em 310 Km na região de Xingó e Penedo, assim como na exploração de petróleo e gás natural. O governador em exercício de Alagoas, Wanderley Neto, ressaltou junto ao ministro Edison Lobão a importância de uma discussão profunda sobre a política energética do Estado. A geração de emprego e renda, para o governador, também serão consequências desta retomada de discussão da área energética em Alagoas, "pois Alagoas encontrava-se atrás dos outros estados brasileiros no ramo". Wanderley também atribuiu a importância desse debate por conta dos investimentos que serão instalados, num valor aproximado de R$ 6 bilhões, entre iniciativa privada e governo federal por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), necessitando de um abastecimento de energia seguro. Na abertura do Encontro, o secretário do Desenvolvimento Econômico, Energia e Logística, Luiz Otavio Gomes, aproveitou a presença do ministro e de autoridades do segmento para expor algumas demandas já encaminhadas ao Ministério de Minas e Energia e as instituições ligadas a pasta. Dentre as solicitações feitas pelo secretário Luiz Otavio Gomes é a inclusão do nordeste, especialmente Alagoas, nos estudos do pré-sal, que até o momento atinge a região sudeste.Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Primeira Edição

Renováveis podem formar setor com vendas de US$ 360 BI
O grande investimento que tem sido realizado em energias renováveis no mundo todo pode dar origem a um setor com um faturamento anual que poderá atingir cerca de US$ 360 bilhões, de acordo com um estudo que foi apresentado ontem pela organização ecológica Greenpeace na capital da Alemanha, em Berlim.A indústria de energias renováveis seria capaz de fornecer metade da eletricidade que é hoje consumida mundialmente e permitiria economizar, no futuro, cerca de US$ 18 trilhões em gastos com petróleo, além de proteger o clima, de acordo com o relatório, que esboça um plano de ação para reduzir no mundo as emissões de CO² (dióxido de carbono).O investimento na proteção do clima é rentável economicamente, segundo afirmou o Greenpeace em seu estudo divulgado, reforçando os apelos atuais contra os planos de luta contra o aquecimento global."O mercado mundial de energias renováveis pode aumentar de tal forma que antes de 2050 já teria o tamanho da indústria fóssil de hoje", afirmou durante coletiva à imprensa, Oliver Schaefer, que é diretor do Conselho Europeu das Energias Renováveis (Erec) e também co-autor do projeto."Atualmente, o mercado de energias renováveis tem um valor de US$ 70 bilhões e duplica seu tamanho a cada três anos", acrescentou o executivo."Por causa da economia de escala, as energias renováveis, como a eólica, já estão em condições de competir com as energias convencionais", acrescentou Schaefer, que afirma também que não existem barreiras técnicas para este desenvolvimento - mas existem empecilhos políticos.Alagoas, Brasil Enquanto isso o Brasil discute as opções em energia eólica. O secretário do Desenvolvimento Econômico de Alagoas, Luiz Otávio Gomes - que participa da programação do 2º Encontro Nacional de Negócios em Energia que foi aberto ontem em Maceió - afirma que a energia eólica já tem seis torres de medição dos ventos instaladas, com alturas de 50 a 100 metros, nas cidades de Maragogi, Feliz Deserto, Roteiro, Girau do Ponciano, Palmeira dos Índios e Água Branca.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por DCI - Comércio, Indústria e Serviços

AL quer fortalecer matrizes energéticas
Ministro de Minas e Energia Edison Lobão (C) abriu ontem o Encontro NacionalReivindicações do governo do Estado ao Ministério de Minas e Energia marcaram ontem a abertura do 2º Encontro Nacional de Negócios em Energia, realizado em Maceió. O secretário de Desenvolvimento Econômico Luiz Otavio Gomes foi enfático ao cobrar do governo federal, dentre outras ações, a inclusão de Alagoas nas pesquisas de pré-sal, destacando que "queremos uma Petrobras do Brasil e não somente do Sudeste". Gomes ressaltou o pioneirismo alagoano na busca de matrizes energéticas que remonta à hidrelétrica sonhada e construída por Delmiro Gouveia e à exploração de petróleo em Riacho Doce nos idos de 1930, além do uso do álcool como combustível.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Gazeta de Alagoas

União Européia defende aliança para energia renovável
A Comissão Européia (braço executivo do bloco europeu) anunciou nesta terça-feira o apoio à criação de uma aliança européia de pesquisa na área de energia, considerando que esta servirá para impulsionar tecnologias novas e favorecerá o uso de fontes energéticas limpas.Bruxelas considera neste novo projeto um fator determinante para acelerar o desenvolvimento de tecnologias com baixas emissões de dióxido de carbono (CO2) e como um passo importante para avançar para uma economia mais moderna.A Aliança (European Energy Research Alliance, em inglês) será liderada pelos principais centros de pesquisa da União Européia e terá como objetivo "ampliar e melhorar os meios" que se dedicam a estudos na área, segundo comunicado do executivo europeu.Para alcançar o objetivo, os institutos prevêem partilhar as principais instalações de cada país e desenvolver programas conjuntos, tanto em termos nacionais como dentro da UE."O triplo desafio da segurança energética, alterações climáticas e competitividade com que a União Européia se defronta" obriga a desenvolver e coordenar melhor os recursos disponíveis para criar novas tecnologias. "Enfrentar esse desafio só a nível nacional conduziria à falta de recursos e ao seu desaproveitamento", cita Bruxelas no documento.Nesse sentido, o comissário europeu para a Ciência e Investigação, Janez Potocnik, frisa que, para desenvolver tecnologias energéticas de ponta é "necessário reunir os melhores cérebros e melhores recursos".Em novembro de 2007, Bruxelas propôs o Plano Estratégico Europeu para as Tecnologias Energéticas para ampliar num longo prazo o desenvolvimento de energias renováveis e reduzir a dependência da UE das importações de combustíveis fósseis.Este plano é uma espécie de roteiro para criar um novo modelo de baixa intensidade de carbono que seja compatível com o crescimento econômico e inclui uma série de iniciativas industriais com as quais a UE pretende desenvolver a captura e o armazenamento de CO2, a bioenergia, a energia solar e eólica.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Lusa

Eficiência Energética é o melhor caminho para o país
O Presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim afirmou, durante o seminário "Cenários para o Setor de Energia" em São Paulo, patrocinado pela Shell Brasil, que a conservação e a co-geração de energia podem vir a ser os mais importantes pilares da matriz energética brasileira depois da hídrica. Há dois processos energéticos em curso, identificados por Tolmasquim como voluntário, quando ocorrem trocas de equipamentos por modernos mais econômicos ou mudanças de hábitos e induzido, dependente de ações do governo. Além destes há a auto-produção de setores petroquímico, papel e celulose, etc. que corresponde a 10%.Tolmasquim elogiou o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc e o presidente do Ibama, o geógrafo Roberto Messias Franco e alertou que o Brasil pode vir a causar a maior emissão de gás carbônico de sua história, pois térmicas são acionadas quando hidrelétricas atrasam. Possivelmente será realizado um leilão específico para energia eólica, segmento que vem sendo analisado pela agência entre as fontes alternativas."Só a eficiência energética pode amenizar a tendência de aumento de demanda energética proporcional à prosperidade de cada país", segundo o diretor de comunicação corporativa da Shell Internacional, Serge Giacomo. Possivelmente em 2050 o mundo precise de 1,5 vez a quantidade de energia disponível hoje.Giacomo considera que verdades duras e escolhas difíceis terão que ser enfrentadas e o "blueprint" é o caminho a ser seguido, utilizando mecanismos de mercado para o carbono, metas de redução de CO2, padrões de eficiência energética, metas para fontes renováveis, regulamentações e certificações. Ele aposta ainda na captura e seqüestro de CO2 da atmosfera e em experiências como na Alemanha, Austrália e Noruega de enterrar o CO2. É intenção dela ter uma fatia do mercado de créditos de carbono.Suzana Kahn, secretária de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do MMA lembra que o mais barato, limpo e seguro é usar menos energia. Roberto Smeraldi, da ONG Amigos da Terra Amazônia Brasileira, focou as perdas de energia na distribuição, mostrando dados do Tribunal de Contas da União referentes a outubro, indicando perda de 20,28 % da energia gerada, o equivalente a todo o consumo de Minas, Bahia, Ceará e Pernambuco e lembrando a necessidade de cobrança por parte da sociedade de alteração das políticas pró-ativas de desperdício por políticas pró-ativas de eficiência.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Jornal O Debate


MERCADO DE BIODIESEL

Biodiesel atrai investimentos estrangeiros para valorizar a produção
Quando assunto é bioenergia, o Brasil é referência internacional. Não apenas pelo potencial agrícola de gerar matéria-prima para produzir biodiesel, mas pelos subprodutos dele, ainda pouco explorados comercialmente. É o caso da glicerina, que na forma bruta, vale, em média, R$ 0,60 o quilo e com um processo de refino pode ampliar o valor em até seis vezes. Esse tratamento dá à glicerina novas formas de utilização, como na indústria farmacêutica, alimentícia e na fabricação de resinas. No entanto, apesar do excedente de glicerina bruta no país, muitas empresas precisam importar a versão refinada pela ausência de investimento em tecnologias que permitam a destilagem do produto. Em busca desse mercado, a empresa italiana Gianazza, com cem anos de mercado, está ampliando as atividades para o Brasil. O Grupo financia até 60% da instalação da planta industrial para que o refino da glicerina seja feito. As unidades podem ser montadas anexadas a fábricas de biodiesel ou isoladamente, trazendo a matéria-prima das usinas. Segundo o engenheiro químico Celso Paloma, a demanda nacional pela glicerina farmacêutica é alta e o mercado externo também procura o produto com possibilidades de compra em grande escala. "O mercado é tão grande que os empresários que se atentarem para esse nicho podem alcançar uma rentabilidade ainda maior que a do próprio biodiesel", avalia o engenheiro. Celso Paloma é proprietário da fábrica de tintas Reverti, em Quatro Barras, na região metropolitana de Curitiba. Ele próprio utiliza a glicerina para a fabricação de resinas. Com a tecnologia da Gianazza, desenvolveu um projeto para ampliação da unidade para produzir ali mesmo a glicerina que consome. "Além disso, venderíamos o excedente para outras fábricas do setor e de outros segmentos", planeja o engenheiro químico. Para negociar a instalação, o diretor técnico da Gianazza, Carlo Castaldi, e o executivo do Grupo, Hermes Magnani, visitaram as instalações da Reverti. E confirmaram as vantagens da instalação da fábrica de glicerina farmacêutica no local. "Além da proximidade com os compradores do produto final, a localização representa uma vantagem: à beira da rodovia e perto do Porto de Paranaguá, que seria um canal de exportação", afirma o executivo. Novas parcerias – Além da instalação da planta piloto em Quatro Barras, a Gianazza negocia no Paraná a venda da tecnologia de refino de glicerina para fábricas de biodiesel em instalação no Estado. "A maioria dos compradores internacionais de biocombustíveis já tem interesse na glicerina, o que pode gerar uma venda casada para o empresário, com uma maior margem de lucro", analisa o diretor comercial da JBrasil Biodiesel, João Custódio, que representa a Gianazza no país. O diretor técnico da Gianazza, Carlo Castaldi, complementa que todo esse processo tem um acompanhamento e garantia da empresa, que tem tecnologia própria. "Para os projetos desenvolvidos no Paraná, oferecemos a possibilidade de instalação de uma unidade de suporte técnico e comercial em Curitiba", afirma. A comitiva também se reuniu na capital paranaense com o secretário estadual da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Virgílio Moreira Filho. "O anúncio da instalação de usinas de biodiesel no Paraná tem atraído novos investimentos e parcerias comerciais, aumentando a rede de geração de empregos no setor", avalia o secretário.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Portal 24 horas News

O setor aéreo de olho no biocombustível
Segundo um porta-voz da Boeing, não será preciso fazer nenhuma alteração nas aeronaves para que operem com o combustível _ uma mistura de etanol com querosene. O que barra mesmo a permissão é ter matéria-prima o suficiente para suprir a demanda da indústria aeronáutica.Abastecer os 13 mil aviões comerciais com etanol feito com soja, por exemplo, exigiria uma plantação de soja em uma superfície equivalente a todo o território europeu. Assim, piorando ainda mais a crise dos alimentos (sem falar no impacto ambiental de derrubar florestas para produzir monocultura). Por isso, a exigência de uma mistura entre dois tipos de combustível _ no caso da Boeing, seriam 30% de etanol.Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Ar puro

Boeing Co. prevê uso de biocombustível em avião comercial em 3 anos Biocombustíveis podem ser utilizados por aviões comerciais dentro de três anos, afirmou a empresa norte-americana Boeing Co., segundo reportagem do jornal britânico The Guardian. "Acreditamos que dentro de três ou cinco anos teremos aprovação para o uso comercial de biocombustíveis, ou possivelmente antes disso", afirmou Darrin Morgan, especialista ambiental da empresa. Ele acrescentou que os aviões não precisarão de modificação para utilizar uma mistura de biocombustível e querosene.No entanto, colher matéria-prima suficiente para atender as necessidades da indústria é a maior barreira ao uso de biocombustíveis em grande escala, segundo a Boeing. Abastecer os 13 mil aviões comerciais do mundo com biocombustível produzido a partir de soja, por exemplo, exigiria que o equivalente a toda a parte continental da Europa fosse destinado à produção da oleaginosa. As informações são da Dow Jones.Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon

MERCADO DE AÇUCAR & ÁLCOOL

Contexto: Cosan e Nova América
O grupo Cosan continua no páreo para fazer possível parceria com o grupo Nova América, líder no varejo com a marca União. Ontem, executivos do grupo Cosan visitaram algumas usinas da Nova América. Um dos maiores grupos do país, com faturamento de R$ 1,5 bilhão, a Nova América informou na semana passada que está em busca de parceiros estratégicos para promover sua expansão. Além da Cosan, ETH (do grupo Odebrecht) e Bunge também estão de olho em possível aliança.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Valor Econômico
MS: Pesquisadores analisam custo de produção da cana-de-açúcar em Maracaju
Uma pesquisa em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária de MS (FAMASUL), a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP) e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) deve levantar o custo de produção da cana-de-açúcar em Mato Grosso do Sul. "O objetivo é conhecer o valor dos fornecedores de cana, como Maracaju é a única cidade com uma associação de produtores que são fornecedores estamos fazendo essa pesquisa lá", explicou a assessora de economia da FAMASUL, Adriana Mascarenhas.O grupo de pesquisas já levantou os custos de produção do leite e da carne no estado e agora junto com os produtores rurais de Maracaju levantam o valor da cana. "Nosso interesse é saber o quanto o produtor rural precisa investir na produção e que custo tem para ele", comentou a economista. Para levantar as informações, a assessora de economia está reunida com os produtores da região, os pesquisadores da Esalq e da CNA, representantes da Conab e do sindicato rural de Maracaju. Informações mais detalhadas só devem ser conhecidas depois da compilação dos dados.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agora MS

Não há motivo para depressão, diz diretor da OIA
O diretor executivo da Organização Internacional do Açúcar (OIA), Peter Baron, reforçou, durante apresentação hoje na conferência internacional Datagro, que o setor sucroalcooleiro apresenta um cenário bastante construtivo para o médio e longo prazos. "Não há motivo para depressão em função da crise", disse, para uma platéia composta de usineiros, operadores de mercado, analistas de mercado e produtores do Brasil e de outros 32 países. Segundo Baron, três fatores contribuem para fazer deste momento o mais construtivo para o setor desde a safra 2005/06: a expectativa de aumento de consumo per capita de açúcar, principalmente em países asiáticos e africanos; o mercado potencial de etanol em crescimento mesmo com a redução dos investimentos provocada pela crise; e a janela que se abre com a redução de produção da União Européia, que libera acesso de até 5 milhões de toneladas.Para Baron, a maior ou menor participação do Brasil nos ganhos com este cenário construtivo dependerá basicamente de dois fatores: o câmbio e os efeitos da crise de crédito na expansão na produção. "Neste momento, o Brasil vai trocar a expansão pela consolidação", afirmou.Segundo o executivo, ainda não está claro de que forma a crise irá afetar o consumo e se realmente irá afetá-lo. Ele ressalta, contudo, que o consumo per capita de açúcar da China, por exemplo, é de apenas 10 kg, o que cria um potencial de crescimento no longo prazo.A OIA também aposta em uma diversificação maior do setor, ao produzir açúcar, etanol e também energia de biomassa. "Um grande avanço é o fato de que existem cada vez mais governos interessados em adotar programas de biocombustíveis", disse. Existem, hoje, no mundo, segundo ele, cerca de 30 programas de uso de etanol em várias fases de desenvolvimento. Dentre estes programas, sete já estão consolidados, entre os quais se destacam os programas do Brasil, Estados Unidos e União Européia.Consumo de etanol Para a OIA, o consumo de etanol no mundo deve praticamente dobrar entre 2008 e 2015, saindo de 65,7 bilhões de litros para 126,8 bilhões de litros. "Este crescimento vai alavancar a produção de etanol não apenas no Brasil como em vários países", estima.No Brasil, o consumo deve sair de 19,5 bilhões de litros em 2008 para 30,1 bilhões de litros em 2015. Nos Estados Unidos, o consumo salta, no período, de 34 bilhões para 57 bilhões de litros. Na União Européia, o consumo deve se expandir de forma expressiva de 3,4 bilhões para 16 bilhões de litros. Na China, o mercado sairá de 1,9 bilhão para 7,6 bilhões de litros no mesmo período.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Estado

Usinas de cana vislumbram tempos difíceis à frente
O aperto de crédito resultante da crise financeira global é o mais novo golpe sofrido pela indústria de álcool e açúcar do Brasil, que tem sofrido com margens de lucro em queda nos últimos dois anos.As perspectivas brilhantes vistas há alguns anos parecem ter sido deixadas para trás de acordo com produtores e analistas que participam da Conferência Internacional Datagro sobre Açúcar e Álcool.Eles ainda acreditam no potencial do setor para o longo prazo, mas estimam que as dificuldades vão se aprofundar no curto prazo."O setor já estava em sua própria crise antes dos distúrbios de crédito, devido à oferta excessiva (de açúcar), à queda dos preços e à elevação dos custos dos insumos", disse José Pessoa de Queiroz Bisneto, presidente do grupo de usinas Companhia Brasileira de Açúcar e Álcool.O grupo está em negociações para vender sua participação de 50 por cento em uma usina de Penápolis (SP), mas acredita que o acordo é improvável por enquanto devido aos problemas financeiros."No momento existem mais pessoas que querem vender (empresas), e menos pessoas que querem comprar", disse ele, explicando que a chegada de grandes grupos ao setor elevou os preços de equipamentos, terras e insumos, consumindo a maior parte das margens de lucro dos grupos.A Cosan, uma das maiores empresas de açúcar e etanol do Brasil, pode ser um dos grupos interessados em oportunidades de aquisições durante a crise, afirmou o diretor vice-presidente geral, Pedro Mizutani."A Cosan sempre cresceu em crises", disse ele, afirmando que os planos de investimento para 2009 serão mantidos.Mas também a Cosan está enfrentando dificuldades com financiamentos. E os planos de investimento para 2010, incluindo a entrada em operação de duas novas usinas em Goiás, podem ser adiados ou até mesmo cancelados dependendo das condições de mercado."Hoje estamos analisando o que é melhor: construir ou comprar (uma usina), ou poupar esse dinheiro. O setor como um todo tem que repensar os investimentos", disse ele.Mizutani explicou que a Cosan tem um acesso mais fácil ao crédito que a maioria de seus rivais, mas isso não significa que os problemas financeiros não afetam o grupo. Nos últimos meses, a Cosan viu suas ações sofrerem uma forte queda já que investidores optavam por opções mais seguras."Se você pegar os preços atuais das ações da Cosan, eles não alcançam um quarto de nossos ativos", disse ele. Os investidores estão confusos com os preços das empresas. Após uma forte alta nos últimos anos, o mercado hoje não tem uma referência", disse ele.Fusões e aquisiçõesA indústria de açúcar e álcool do Brasil passou por um boom nos últimos anos, e as empresas têm feito alavancagens com força para investir em expansão futura.Muitas delas também estão enfrentando perdas devido à depreciação do real contra o dólar por causa de suas dívidas, já que a maior parte delas é em dólar."É um momento complicado. A indústria investiu muito para financiar os estoques e para lidar com uma crescente demanda no exterior. Além disso, elas acreditam que os ganhos em escala são uma maneira de assegurar a sobrevivência a longo prazo", disse o presidente da consultoria Datagro, Plinio Nastari."Elas fizeram alavancagem para investir. Os investimentos eram maiores do que o fluxo de caixa delas", disse ele.Agora, com o aperto de crédito, os produtores que estão mais fracos financeiramente podem ser forçados a vender seu produto a qualquer preço para fazer dinheiro, provocando o aumento da volatilidade de preços, disse ele.Isso já aconteceu no mercado local de álcool, onde os preços caíram recentemente apesar da perspectiva de baixa oferta no período de entressafra, entre janeiro e março de 2009.Apesar de uma falta generalizada de crédito no curto prazo, é quase um consenso entre analistas e produtores que o setor verá um forte aumento de fusões e aquisições, já que empresas mais fracas viram alvo de aquisições de grupos maiores.Eles também estimam um ritmo mais lento de investimentos em expansão."A maior consequência da crise financeira é a consolidação, substituir a expansão", disse o diretor da Organização Internacional de Açúcar (OIA), Peter Baron, destacando que isso pode não ser prejudicial por um tempo."No geral as pessoas estão mais cautelosas sobre onde vão investir dinheiro, não querem arriscar muito", disse Baron.A expectativa é de que o investimento em novas usinas no Brasil alcance 33 bilhões de dólares até 2012, de acordo com a União da Indústria de Cana-de-Açúcar.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Reuters

Unica prepara proposta de ajuda ao setor sucroalcooleiro
O presidente da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), Marcos Jank, confirmou que a entidade está alinhavando proposta de auxílio ao setor sucroalcooleiro para aliviar a falta de liquidez. O documento será encaminhado ao governo. Segundo Jank, existe uma questão sistêmica que precisa ser resolvida pelo governo, que não pode deixar empresas quebrarem.Jank explicou, contudo, que as conversas ainda estão sendo realizadas e que nada foi definido ainda. Ele ressalta que as prioridades do setor são a obtenção de crédito para exportação de açúcar, recursos para formação de estoques de açúcar e álcool para entressafra e a liberação mais rápida do dinheiro que ainda está bloqueado no Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). "Estamos preocupados em não termos recursos para realizar a comercialização de nossos produtos, que além do açúcar e etanol, agora também engloba energia", disse.Segundo o executivo, os fundamentos do setor estão em ordem. "A tendência é de recuperação, ao contrário de outros setores do agronegócio. O problema é a falta de crédito neste momento", disse Jank, que participa hoje do painel sobre sustentabilidade da 8ª Conferência Internacional Datagro de Açúcar e Álcool, em São Paulo.Na abertura do segundo dia e último dia do seminário, o presidente da Datagro, Plínio Nastari, disse que a crise é temporária em função dos fundamentos construtivos no médio prazo. "A oferta de açúcar e álcool será menor diante de um crescimento da demanda e a variável entre estes dois fatores será o preço".Ainda na abertura, o deputado federal Arnaldo Jardim, disse que está se esforçando junto ao Poder Legislativo para que linhas de crédito "sejam desobstruídas" para o setor. Segundo ele, uma reunião será realizada hoje à tarde para discutir a questão. Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Estado

Usinas querem crédito subsidiado para exportação, diz Cosan
A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) vai levar até o governo um pedido para subsidiar linhas de crédito de exportação para o setor sucroalcooleiro, a custos vigentes antes da crise, de acordo com informação do vice-presidente geral da Cosan, Pedro Mizutani.Segundo ele, a entidade estaria alinhavando junto com o setor uma solicitação de crédito que seria levada até o governo. "Dois terços da produção brasileira de açúcar e 20% da produção de álcool do setor é exportada e estas linhas são essenciais para a sobrevivência do negócio. O setor é intensivo em capital", afirma Mizutani. Segundo Mizutani, esta solicitação pode envolver recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). "A necessidade de crédito está fazendo com que as usinas vendam o produto a preços baixos, provocando ainda mais pressão nas cotações", disse. Mizutani disse que o governo já acenou com a possibilidade de ajudar o setor exportador. "Agora, o governo tem que entender que o setor sucroalcooleiro é basicamente exportador", explica.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Estado

Usinas já admitem trocar construção por aquisição
Boa parte das usinas sucroalcooleiras do Centro-Sul do país com projetos "greenfield" (construído a partir do zero) deverá adiá-los para tentar realizar aquisições, uma vez que, com a crise financeira global, os preços dos ativos (usinas) tendem a recuar. Um dos maiores grupos do Brasil, a Cosan deverá colocar em operação, em 2009, a unidade de que constrói em Jataí, no sudoeste de Goiás. Mas nesta mesma região a companhia conta com outros dois projetos - Paraúna e Montevidiu -, e embora eles já tenham licença ambiental aprovada, ainda não saíram do papel. Segundo Pedro Mizutani, vice-presidente geral da Cosan, o projeto de Montevidiu poderá ser adiado. Para isso, basta a gigante encontrar, nesse meio tempo, uma usina já em operação com preço "convidativo". "Crise é oportunidade. E os ativos já começam a ficar mais baratos", diz ele. A Cosan tem sido nos últimos anos uma das principais responsáveis pelo movimento de consolidação do setor. O projeto Paraúna já tem compromisso de venda de energia para 2013, segundo Mizutani. "Nossos investimentos para 2009 serão cumpridos. Os de co-geração de energia também estão em andamento, como as usinas Bonfim, Rafard e Costa Pinto." A fonte de financiamento praticamente secou não só para o setor sucroalcooleiro. Mas para boa parte dos setores da economia. "O crédito está escasso e caro. Há 45 dias, por exemplo, grupos conseguiam financiamento com taxas entre 6% e 8% ao ano. Agora não consegue por menos de 20% a 23% ao ano", afirma Plínio Nastari, presidente de consultoria sucroalcooleira, que está organizando 8ª Conferência Internacional de Açúcar e Álcool, entre ontem e hoje. As dificuldades para créditos de ACC (Adiantamento de Contrato de Câmbio) ou operações de pré-pagamentos. "Sem capital de giro, muitas usinas deverão ofertar produtos no mercado, já que não terão como carregar estoques", observa Nastari. A Adeco Agropecuária, empresa agrícola que tem o megainvestidor George Soros como acionista majoritário e conta com pesados investimentos na Argentina, também está puxando freio em novos projetos. Segundo Marcelo Vieira, diretor de açúcar e álcool do grupo, a empresa tinha planos para colocar em operação em 2009 sua segunda unidade produtora de açúcar e álcool. A companhia possui uma usina em operação no Mato Grosso do Sul e planejava dar início às operações de sua segunda unidade em 2009, no mesmo Estado. "Antes de qualquer decisão, vamos ver como ficará o cenário internacional." Para Vieira, não há planos para novos projetos. A alternativa a ser estudada para o futuro é a de aquisições. Também de olho em oportunidades, a ETH, do grupo Odebrecht, não descarta postergar projetos de construção para investir na compra de usinas em dificuldades financeiras. Para 2009, o grupo pretende colocar em operação três plantas novas. Para 2010, outras três unidades poderiam sair do forno. "Mas vamos avaliar projetos ´bronwfield´ [unidades em operação]", diz Clayton Miranda, vice-presidente do grupo. De acordo com a consultoria, dos 43 novos projetos que deveriam entrar em operação em 2009, apenas entre 20 e 23% deverão manter o cronograma original.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Valor Econômico

MT: Governo admite que projetos de usinas serão afetados
A secretária de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo (Seprotur), Tereza Cristina Corrêa da Costa, admitiu ontem que parte dos 43 projetos de usinas de álcool e açúcar a serem instalados em Mato Grosso do Sul deve ser mesmo afetada pela crise internacional. Segundo ela, algumas empresas já paralisaram as obras e permanecem em "stand-by", aguardando o desenrolar dos fatos econômicos. Tereza Cristina disse que a crise pegou em cheio o setor. Alguns projetos que já estão em execução devem sofrer atrasos. "A gente espera que os projetos que trabalham com ativos próprios sejam mantidos", ressalta. Ela também disse, corroborando com a opinião de especialistas, que o setor deve passar por uma série de fusões para continuar operando. Com a crise internacional dos bancos, os grandes fundos, que financiam projetos de grande porte, como o das usinas, fecharam as torneiras. Uma usina de porte médio/grande custa em torno de R$ 400 milhões. Na edição de sexta-feira o Diário MS abordou em primeira mão que a crise afetaria a indústria de álcool e açúcar no Estado. O empresário Celso Dal Lago confirmou ao jornal que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) está com a liberação de recursos para a construção de uma usina de sua propriedade, em Itahum, atrasada. O empresário tem outros dois projetos, um em Ponta Porã e outro em Fátima do Sul, que podem estar ameaçados pela crise. O três projetos de Dal Lago fazem parte da lista de 43 usinas que o Estado esperava fossem inauguradas até 2018. Amanhã, representantes de cinco entidades do setor sucroalcooleiro devem entregar uma carta reivindicando crédito à ministra Dilma Roussef. Eles vão pedir que o BNDES retome a liberação de recursos para o setor. Mas não faltam apenas recursos para novas plantas. Indústrias instaladas no interior de São Paulo estão com problemas de inadimplência por causa de contratos assinados com o BNDES. Lideranças do setor no país já falam que a metade das usinas de álcool e açúcar que estavam previstas para entrar em funcionamento nesta safra no centro-sul do país teve seus projetos adiados ou o ritmo das obras desacelerado em razão da crise de crédito que atinge a economia. Um dos defensores desta tese é o secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento de São Paulo, João Sampaio. Da mesma forma que Tereza Cristina, ele acredita numa onda de fusões e aquisições entre usinas. Ao todo, 35 usinas deveriam entrar em operação na safra 2008/9 no centro-sul. Parte das novas usinas tem como origem grupos sucroalcooleiros já instalados em São Paulo que, por causa da saturação do Estado, buscam a expansão principalmente em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A Unialco, por exemplo, do interior de São Paulo, é sócia no projeto de Dourados de Celso Dal Lago. Lá em São Paulo, os empresários reclamam também da queda no lucro, devido aos baixos preços recebidos pelo álcool. Na Usina São Francisco, em Sertãozinho, região de Ribeirão Preto, todos os investimentos já foram adiados. "Suspendemos todos os projetos até que a gente possa saber até onde vai a crise", disse Jairo Balbo, diretor industrial da usina, à Folha Online. Entre os projetos suspensos está a ampliação da Usina Uberaba, cuja previsão era ter início neste ano. "A terceira fase está parada. A idéia era iniciar a nova fase para ampliar a moagem da cana. Agora, estamos sem previsão para isso", afirmou. Em relação a novas usinas, ele diz: "Nem pensar". O usineiro Maurilio Biagi Filho, presidente da Usina Moema, afirmou à Folha Online que a crise só não vai jogar para os anos seguintes os projetos cujos estágios eram considerados "irreversíveis". "A crise está aí. Ela demora um pouco para aparecer, mas vai empurrar uma série de investimentos para os próximos anos, vai empurrar um pouco as decisões do setor. A não ser alguns locais em que [as obras] estavam em ponto irreversível", afirma.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Conjuntura Online

Usineiros atrasam salários e projetos
Depois da onda de euforia com os biocombustíveis, que representou investimentos da ordem de R$ 50 bilhões nos últimos quatro anos, o setor sucroalcooleiro começa a fazer as contas para conseguir honrar todos os compromissos, incluindo pagar salários dos empregados. Sem acesso ao crédito, com dívidas elevadas e mal estruturadas, várias empresas já estão inadimplentes, em cerca de 30%, com fornecedores de equipamentos, diz o Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroalcooleiro e Energético (Ceise). Além disso, projetos de peso foram adiados. O presidente da União dos Produtores de Bioenergia (Udop), José Carlos Toledo, explica que os usineiros estão num momento de eleger prioridades, mas lamenta não haver dinheiro suficiente para todas as contas. "O salário dos funcionários está no topo da lista, mesmo assim, tem havido atraso nos pagamentos." Essa é a situação de pelo menos 75% das companhias de açúcar e álcool, segundo apurou o Estado. Outros 20% já vinham encontrando dificuldades antes mesmo de a crise estourar no cenário internacional. Apenas 5% - que não investiram na expansão das plantas - têm pago em dia os salários. Para o setor, a rápida contração do crédito tem dois efeitos perversos. Além de não conseguir financiamento para a exportação, as empresas estão altamente endividadas por causa dos investimentos, diz Toledo. "O problema é que os modelos de financiamentos adotados para a expansão do parque produtor não foram adequados ao retorno necessário. Muitos usaram adiantamento de câmbio e capital de giro para financiar a construção de usina." Agora, para conseguir dinheiro, a solução tem sido inundar o mercado de etanol - movimento que já provocou a queda do preço do produto. Segundo dados da Cepea/Esalq, nas duas últimas semanas o preço do álcool na usina caiu quase 7%, num momento em que a safra está acabando e a tendência normal era o valor subir. "A única forma de as empresas continuarem produzindo é vendendo álcool, mas, quanto mais produto é ofertado mais o preço cai e mais produto precisa ser vendido. É um círculo sem fim", diz o diretor da União da Agroindústria Canavieira (Unica), Antonio de Pádua Rodrigues. Ele afirma que a euforia em torno dos biocombustíveis fez o setor operar com baixa rentabilidade. "O nível de preços de 2006 estava com boa remuneração. Em 2007 e 2008, o investimento se acelerou e o preço não acompanhou." Dados da Unica mostram que a expectativa era levantar 120 projetos entre 2008 e 2010. Agora, há expectativa de que cerca de 95 usinas sejam postergadas. O Grupo Equipav, por exemplo, anunciou que vai adiar o investimento de US$ 250 milhões na construção de duas novas unidades,em Mato Grosso do Sul e em Goiás. Segundo a empresa, que já havia iniciado plantio de 1,5 mil hectares de cana, as unidades que entrariam em operação em 2009 e 2010 foram adiadas para 2011 e 2012. O mesmo ocorreu com a Açúcar Guarani. Apesar de ter recebido US$ 220 milhões de seu controlador (o francês Tereos) para administrar dívidas de curto prazo, a empresa adiou dois projetos. "Com o dinheiro recebido pelo grupo controlador, a Guarani se fortalece para enfrentar a crise global. Mas, ante o momento de incertezas, a empresa adia os dois projetos", destacou. A palavra de ordem do setor agora é levar adiante apenas projetos em andamento. "Estamos focados na complementação dos investimentos iniciados. Decidimos postergar dois outros projetos para 2010 e 2012", diz Marcelo Vieira, sócio da Adecoagro, que também pertence ao megainvestidor George Soros. Sérgio Thompson-Flores, presidente da Infinity, avalia que é preciso fazer um planejamento mais conservador e ter gestão de caixa mais cautelosa para conseguir passar pela crise. Com essa estratégia, o executivo adiou quatro projetos para 2010 e 2011. O setor deve entregar amanhã ao governo um mapeamento da situação das empresas.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por O Estado de S. Paulo

Ajuda a usinas está na pauta do governo, diz Bertone
O secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Manoel Vicente Bertone, disse que as medidas de auxílio ao setor sucroalcooleiro estão na "pauta" do governo. "Um pedido de ajuda ao setor está chegando agora ao ministério, mas a definição ainda depende de estudos", disse Bertone, que participou hoje da 8ª Conferência Internacional Datagro de Açúcar e Álcool. Ele lembrou que a questão não depende só do Ministério da Agricultura.Bertone observou que o setor sucroalcooleiro é mais um entre outros que precisam de ajudar para superar a crise. "Além disso, o governo tem que analisar outras reivindicações, como a prorrogação das dívidas dos produtores e a demanda por crédito de custeio, já que os bancos não estão fazendo isto no momento", explica. Bertone afirmou que a prioridade do governo no momento é atender à demanda por crédito de custeio para o plantio da safra, para garantir a produção.O secretário informou também que o zoneamento agrícola para cana-de-açúcar continua sendo elaborado. Ele diz que divulgação talvez ocorra no seminário de biocombustíveis, que será realizado em 17 de novembro em São Paulo. "Pode ser que até a data do seminário o presidente Lula já tenha aprovado o zoneamento, mas não é uma certeza", afirmou.Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Estado

Mesmo com crise, área de cana cresce áté 40% no Centro-sul
Mesmo com o forte impacto da crise de preços das commodities desde 2007 e da recente falta de crédito e liquidez no setor sucroalcooleiro, a área cultivada com cana-de-açúcar cresceu até 40%, entre o ano passado e 2008, nos seis principais Estados produtores no Centro-Sul do Brasil. Os dados são do projeto Canasat, mantido por um consórcio de instituições como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) e a União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica).Os números apontam que dois Estados do Centro-Oeste - Goiás e Mato Grosso do Sul - lideram a expansão porcentual, com ampliação de, respectivamente, 39,38% e 36,9% na área cultivada com cana-de-açúcar entre 2007 e este ano, de acordo com as imagens de satélite. No entanto, os dois Estados, considerados os principais pólos do avanço da cana no cerrado, ainda possuem áreas relativamente pequenas de cultivo se comparadas, por exemplo, à de São Paulo.Em Goiás, a área cultivada com cana-de-açúcar saltou de 328,39 mil hectares para 457,58 mil hectares no período e, em Mato Grosso do Sul, subiu de 226,96 mil hectares para 310,71 mil hectares. Mato Grosso, com aumento de 11,18%, para 224,26 mil hectares, é o Estado do Centro-Sul com as menores área e expansão no cultivo da cana pelos dados do Canasat.Só o crescimento da área de 14,68% na área canavieira de São Paulo agregou 624 mil hectares na área total do Estado entre 2007/2008 e 2008/2009, ampliada de 4,249 milhões para 4,873 milhões de hectares. O aumento, principalmente nas regiões Oeste e Norte, comprova que cerca da metade da área agricultável paulista, de 10 milhões de hectares no total, é de cana.O aumento absoluto da lavoura paulista de cana-de-açúcar em um ano corresponde a mais de duas vezes a área total atual de Mato Grosso do Sul, e a praticamente toda a área de Estados como Paraná e Minas Gerais, respectivamente segundo e terceiro maiores produtores do País. Em Minas Gerais, o aumento na área de cana de 27,3% em um ano, de 483,13 mil hectares para 615,04 mil hectares, foi alavancado principalmente pelas novas unidades do Triângulo Mineiro. Já no Paraná houve crescimento de 17,27% no período, para 633,85 mil hectares com cana.A cidade paulista de Morro Agudo, na região de Ribeirão Preto (SP), segue disparada como a maior produtora de cana-de-açúcar, com 106.286 hectares, seguida de Barretos, tradicional região de pecuária, que com o surgimento de novas usinas tem 68.192 hectares. Frutal (54,6 mil hectares), Uberaba (47,7 mil hectares) e Campo Florido (30,5 mil hectares), todas no Triângulo Mineiro, são os maiores municípios canavieiros de Minas Gerais. Rio Brilhante, com 59,4 mil hectares de cana, lidera em Mato Grosso do Sul, Barra dos Bugres, com 52,8 mil hectares, é o maior município canavieiro de Mato Grosso e Santa Helena, com 37 mil hectares, o líder em Goiás. No Paraná, pela estrutura fundiária de propriedades menores, Rondon tem maior área de cana, com 22 mil hectares.De acordo com Luiz Antonio Dias Paes, gerente-geral de produtos do CTC, o crescimento em 2008 é um reflexo do planejamento feito há pelo menos cinco anos, tempo necessário para uma lavoura de cana saltar do estágio de viveiro de mudas para o de uma área de colheita industrial. "Quando uma usina é planejada é preciso plantar cana anos antes para ter matéria-prima e cada hectare de cana cultivado em um ano gera oito no ano seguinte e 64 nos outros", disse. "É um crescimento gradativo, não dá para plantar 10 mil hectares de uma vez, boa parte desse aumento deve-se ao plantio lá atrás e quem investiu não tem mais volta", afirmou.Segundo Paes, assim como o aumento na área é gradativo, o recuo no ritmo de crescimento também ocorre devagar. "A tendência é dar uma freada no crescimento, com a redução nos investimentos, com os projetos sendo postergados", disse o gerente do CTC.Já o diretor técnico da Unica, Antonio Padua Rodrigues, acredita que a crise do setor sucroalcooleiro deva impactar a partir de 2010 a área disponível para a colheita de cana-de-açúcar, a qual cresceu em ritmo bem parecido com o da área cultivada. De acordo com ele, a crise deve reduzir a produtividade da cana, com a redução na colheita, na aplicação de tecnologia e na renovação dos canaviais, necessária a cada cinco cortes. "Se houver ainda um período climático negativo, o impacto pode ser maior ainda", avaliou.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Estado

Biaggi: Sucroalcooleiro deve priorizar crédito para exportação O empresário Maurílio Biaggi, presidente do Grupo Maubisa, disse hoje que o setor sucroalcooleiro ainda não levou nenhum pedido de ajuda financeira às instâncias financeiras do governo. "Os representantes do setor ainda estão negociando o que será mais importante pedir. Não queremos chegar em Brasília com um leque imenso de demandas. Queremos focar no que realmente é importante neste momento", informa.Na opinião de Biaggi, o mais importante seria obter créditos para exportação, que é o ponto em que o setor está mais frágil no momento. Para ele, o problema não é ir até o governo. "O grande problema é ouvir todos no setor e definir quais são as prioridades e definir um cenário o mais apurado possível para levar até o governo", afirma.Segundo o empresário, esta questão será discutida hoje na reunião do conselho da Unica. O empresário acredita que, definido as prioridades, uma proposta será elaborada e levada ao governo provavelmente na próxima semana. "Mas não será apenas uma conversa que teremos com o governo. Serão várias conversas", explicou.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Estado

ECONOMIA & MERCADO

2010 – Odisseia nos biocombustíveis
A Comunidade Europeia estabeleceu como meta, no âmbito do Protocolo de Kyoto, uma redução de 8% das emissões de Gases com Efeitos de Estufa (GEE), tendo como termo de comparação os níveis de emissão verificados em 1990.A utilização de biocombustíveis faz parte do pacote de medidas necessárias para dar cumprimento ao Protocolo de Kyoto no que respeita à qualidade dos combustíveis a utilizar no sector dos transportes, às emissões dos GEE e à qualidade do ar. Esta utilização deverá, aliás, contribuir para os objectivos nacionais neste domínio, conforme podemos constatar no PNACE2.Portugal adoptou inicialmente a meta de 5,75% de incorporação de biocombustíveis nos combustíveis fósseis tradicionais para 2010 mas, em 2007, o Governo veio a definir uma meta de incorporação ainda mais ambiciosa, de 10%. Esta é, aliás, a meta mais ambiciosa definida por países da UE neste domínio para 2010. Apesar de apenas três das sete fábricas que se vislumbram, no domínio do biodiesel, estarem efectivamente a produzir, actualmente existe uma capacidade de oferta da indústria nacional de biocombustíveis, de primeira geração, que se cifra em cerca de 600.000 ton. Este valor é suficiente para o cumprimento da meta de 10% definida. Todavia, por razões várias, actualmente a incorporação nacional pouco ultrapassará os 2%, valor na ordem do que já se verificava em 2006. No domínio do bioetanol a situação nacional é ainda mais dramática, tendo-se eliminado à partida a quase totalidade das iniciativas empresariais que surgiram neste domínio, devido a uma actuação guiada por situações de conjuntura excepcionais – alta do preço dos cereais, e interesses de outros sectores económicos – que ultimamente deixaram praticamente de fazer sentido, mas que acabou por pôr em causa a viabilidade desta indústria em Portugal. É neste cenário que, sem uma legislação que obrigue, inequivocamente, à incorporação de biocombustíveis, e oriente o futuro desta indústria de uma forma sustentável, entre a agonia de uma indústria nascente e a incerteza de projectos (supostamente) mais evoluídos do ponto de vista tecnológico, no domínio do biodiesel e, ainda, a morte à nascença dos projectos nacionais de bioetanol, Portugal corre o risco de chegar a 2010, não só falhando o objectivo dos 10% como, também, ficando abaixo dos 5,75%, que eram dados como adquiridos há um ano atrás. Aos que advogam que o desenvolvimento dos biocombustíveis vai colocar em causa a capacidade de produzir alimentos (em Portugal e no mundo) fará falta algum conhecimento de estatísticas oficiais acerca do solo arável disponível (no mundo, na UE, e em Portugal), e da variação na utilização/abandono de terras aráveis, fruto de políticas agrícolas desastrosas que conduzem os agricultores nesse sentido. Em matéria de impacto nos preços, se a nível mundial parece hoje reconhecer-se que, afinal, os biocombustíveis são apenas mais um dos vários factores que os influenciam – ao representarem cerca de 5% da procura mundial de cereais e oleginosas – é ainda importante ter presente que Portugal é um ‘price-taker’ neste domínio, adoptando os preços que são formados no mercado internacional. Assim, não serão as decisões em matéria de biocombustíveis que, devido à nossa dimensão e peso na procura mundial, farão modificar as tendências hoje registadas nestes mercados. Se este raciocínio é válido para o mercado de cereais (principais matérias-primas para o bioetanol), ainda é mais significativo para o caso das oleaginosas onde Portugal, por variadíssimas razões sempre foi deficitário e, por conseguinte, onde a oferta de matérias-primas nacionais para a produção de biodiesel será sempre marginal.Ao invés, é importante ter presente que os biocombustíveis ditos de 1ª geração terão um tempo de vida limitado a 10-15 anos. Neste entretanto, proporcionam-se algumas opções adicionais aos agricultores de obterem rendimento com o uso das suas terras, mantendo-se o ‘know how’ agrícola ainda existente, quiçá importante quando o mundo (e Portugal) acordarem e perceberem que é um erro o modelo de desenvolvimento económico que tem vindo a ser seguido, que relega sempre a agricultura para o último plano em termos de importância como sector económico.Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Diário Econômico- Portugal

Brasil já tem 1 milhão de "empregos verdes" e ainda pode criar mais
O Brasil tem cerca de 1 milhão de pessoas trabalhando em "empregos verdes" - atividades ambientalmente sustentáveis. Essa é a estimativa do conselheiro principal para desenvolvimento sustentável e mudança climática da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Peter Poschen. Ele participou da elaboração do relatório "Empregos Verdes: Trabalho decente em um mundo sustentável e com baixas emissões de carbono", promovido pela OIT e que fala sobre os novos postos de trabalho gerados a partir do combate mundial contra o aquecimento global. Além dos 500 mil empregos em reciclagem, Poschen estima que existam outros 500 mil em biocombustíveis no Brasil. Mas, segundo ele, o país precisa pensar em criar "empregos verdes" para economizar energia. "No Brasil há uma situação mista: ele é líder em algumas áreas como biocombustíveis e reciclagem. Mas ainda não há políticas votadas para a geração de empregos nas construções econômicas, ou na preservação da Amazônia, que trazem um bom retorno econômico", analisa Poschen. De acordo com o conselheiro da OIT, a energia economizada pelo Brasil com a reciclagem de alumínio seria suficiente para sustentar uma cidade de 1 milhão de habitantes durante um ano. Contudo, o investimento em lavouras de cana-de-açúcar e em hidrelétricas não vai gerar muitos "empregos verdes", segundo Poschen. "As hidrelétricas geram muitos empregos enquanto estão sendo construídas, mas depois não precisa de muita gente na manutenção. E a cana-de-açúcar tem mecanizado cada vez mais o corte", avalia.Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Brasil - ABr

Turbulência nas economias emergentes preocupa União Européia
A forte ligação entre a União Européia e os mercados emergentes já é uma "enorme ameaça" para os estados da Zona Euro, avaliam os economistas. As economias emergentes estão a abrandar numa altura em que países como a China e a Argentina também começam a ser afetados pela crise financeira. Além disso, a queda dos preços do petróleo, desde os recordes atingidos em julho, está a reduzir a procura proveniente do Oriente Médio.A Ucrânia, a Hungria, a Bielorrússia e o Paquistão estão a tentar receber ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI). A Rússia enfrenta a maior crise do sistema bancário desde 1998 e a China tem o crescimento econômico a abrandar depois de ter crescido mais de 10% durante cinco anos. "É um enorme ameaça para a Zona Euro", disse à Bloomberg Nick Kounis, economista-chefe do Fortis, explicando que "foi esperado que esses mercados se aguentassem melhor, suportanto o crescimento europeu".No início de outubro, o presidente do Banco Central Europeu dizia que "o crescimento das economias dos mercados emergentes pode suportar uma recuperação gradual" no próximo ano. Ontem, Jean Claude Trichet considerou já uma possível redução dos juros na Zona Euro uma vez que a crise financeira está a reduzir as pressões inflacionistas."Com uma maior quota das exportações para os mercados emergentes, os países europeus beneficiaram muito mais que os Estados Unidos do ‘boom’ nestes países registado nos últimos anos", disse Juegen Michels, economista do Citigroup, à Bloomberg acrescentando que agora "estão mais expostos" ao seu abrandamento.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Portugal Digital

Brasil pode ganhar poder com ´nova ordem mundial´, dizem especialistas
Segundo o historiador Paul Kennedy, da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, o "momento unipolar" (expressão cunhada pelo analista Charles Krauthammer) surgido após a Guerra Fria, em que os Estados Unidos assumiram uma posição de grande poder, dá mostras de estar chegando ao fim. Diretor de Estudos de Segurança Internacional de Yale, Kennedy atraiu atenção mundial no final da década de 80, ao lançar o livro Ascensão e Queda das Grandes Potências, em que discutia o declínio dos Estados Unidos. De acordo com o professor, se no aspecto militar os Estados Unidos continuam sendo uma grande potência, na área econômica e de finanças o cenário é diferente. "Mesmo antes da crise dos mercados de subprime já era possível perceber uma mudança de poder, com a crescente influência de outras partes do mundo, como a Ásia", disse Kennedy, um dos palestrantes da conferência "Mudanças na balança de poder global: perspectivas econômicas e geopolíticas", promovida pelo Centro de Estudos Americanos da FAAP e pelo Instituto Fernando Henrique Cardoso. Segundo Kennedy, a atual crise deve marcar o início de um mundo multipolar, no qual os países são interdependentes e estão interconectados. "A crise mostrou que o Fed já não pode agir sozinho", disse. "Os países devem trabalhar juntos". Com essa nova realidade, disse Kennedy, ganha cada vez mais importância o chamado "soft power" - termo criado pelo professor de Harvard Joseph Nye para definir o poder de uma nação de influenciar e persuadir, sem uso de força militar, mas pela diplomacia. Entre os países que poderiam exercer esse tipo de influência, os especialistas citam o Brasil.De acordo com o ex-ministro da Fazenda Pedro Malan, que também participou da conferência, apesar de o Brasil não ter poder militar, tem relevância na área de cooperação econômica e pode exercer o "soft power". ChinaNessa nova geografia política e econômica que se desenha, a China tem papel de destaque.Para o especialista em teoria financeira Zhiwu Chen, professor de Finanças em Yale, a China poderá emergir mais forte da crise, em posição de liderança. Chen disse, porém, que o governo chinês não está preparado para assumir essa liderança no cenário internacional."Não acredito que a ascensão da China represente uma ameaça para os Estados Unidos", afirmou. "Os dois estão interligados."Segundo Chen, com reservas de quase US$ 2 trilhões, a China pode ajudar os países mais atingidos pela crise e também parceiros comerciais importantes, como o Brasil. Chen disse que a crise deverá ter um forte impacto na economia da China no curto prazo, afetando especialmente o setor de exportações. "No entanto, (a crise) poderá ser também uma grande oportunidade para a China", disse Chen. "Deverá forçar o governo a promover mais reformas fundamentais." O especialista afirmou ainda que, apesar das mudanças provocadas pela crise, "não se deve subestimar a habilidade da economia e da sociedade americana de corrigir erros". "Eles conseguiram sair da Grande Depressão ainda mais fortes", disse.MudançasO consenso entre os especialistas que participaram da conferência é de que as relações entre os países não serão as mesmas depois da crise. De acordo com embaixador Sergio Amaral, diretor do Centro de Estudos Americanos da FAAP, meio ambiente, terrorismo e energia serão algumas das preocupações conjuntas do mundo multipolar. Para Amaral, há indícios de "fadiga" do processo de globalização. Além disso, na sua opinião, o mundo depois da crise tende a ser marcado pela "volta da regulação estatal, o fechamento das economias e muros contra a imigração". O diretor de publicações do Centro para o Estudo da Globalização da Universidade de Yale, Nayan Chanda, disse que o mundo atual está baseado em quatro pilares: sistema capitalista, equilíbrio nuclear, manutenção da governança por meio da ONU e o sistema de comércio global. "Os quatro estão abalados", afirmou.De acordo com Chanda, o equilíbrio do poder nuclear foi quebrado com o surgimento de novos países nesse cenário, como Israel, Índia, Paquistão, Coréia do Norte e, possivelmente no futuro, Irã. O comércio global também dá sinais de enfraquecimento, principalmente após o fracasso das negociações da Rodada Doha, afirmou Chanda. Ele citou ainda o aumento do protecionismo e do sentimento contrário aos imigrantes como aspectos do novo cenário mundial.Nessa nova realidade, Chanda destacou a rapidez com que os países reagiram à crise, a diáspora que faz com que a população mundial tenha se espalhado e pode ser uma barreira contra o nacionalismo, e o papel de destaque das comunicações no sentido de integrar o mundo. Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por BBC Report

FMI avalia crédito de até US$ 255 bi para emergentes
O conselho executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) discute na sexta-feira a criação de uma nova linha de crédito para países emergentes que têm boa situação macroeconômica, mas estão sofrendo por causa do contágio da crise internacional. A linha, chamada de Linha de Liquidez de Curto Prazo, seria usada para amenizar os efeitos da crise de crédito sobre grandes países emergentes que têm acesso ao mercado de capitais, como Coréia do Sul, México e Brasil. "Está em discussão um novo instrumento de liquidez para países que têm posição sólida, mas estão sofrendo problemas de liquidez´´, disse ao Estado Paulo Nogueira Batista, diretor-executivo que representa o Brasil no Fundo.O instrumento vinha sendo discutido há alguns anos, mas ganhou urgência com o agravamento da crise financeira. Nos últimos dias, o Fundo anunciou empréstimo de US$ 16,5 bilhões para a Ucrânia, US$ 2 bilhões para a Islândia, além de ajuda para Hungria e Paquistão. O jornal The New York Times chegou a noticiar que o Fundo "está tentando implementar uma enorme linha de crédito para países como Brasil e Coréia do Sul, que têm economias sólidas, mas estão sofrendo com a falta de acesso a moeda estrangeira." Mas o FMI não menciona nenhum país e o Banco Central afirmou que não há nenhuma conversa a respeito de linhas. Em nota, o Fundo limitou-se a dizer: "O FMI está discutindo possíveis empréstimos para vários países. O FMI tem um grande volume de recursos para empréstimos e pode torná-los disponíveis rapidamente se for necessário. Os empréstimos do FMI têm efeito catalisador, porque geram outros financiamentos de fontes públicas e privadas. O Fundo está reformulando seus instrumentos de crédito para torná-los mais adequados às necessidades dos países membros, e a recente reunião do Comitê Monetário e Financeiro Internacional (IMFC) determinou que esse trabalho deve ser acelerado."O Brasil não está em situação de emergência de balanço de pagamentos, uma vez que tem déficit pequeno em conta corrente (cerca de 2% do PIB neste ano) e quase US$ 200 bilhões em reservas internacionais. Só para comparar, o total de recursos livres para empréstimos de que o FMI dispõe é de US$ 255 bilhões.Mas o Fundo quer estruturar uma linha que amenize o estigma que existe quando algum associado recorre ao FMI e que não tenha tantas condicionalidades como a linha de crédito contingencial, uma linha que expirou em 2003 e não teve muitos interessados.Em discurso no Fundo na reunião deste mês, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, defendeu o lançamento de uma nova linha de ajuda a países com problemas de financiamento externo. Seria ampla e de acesso fácil e destinada a países emergentes e em desenvolvimento já comprometidos com "políticas econômicas sólidas". Essa proposta foi apresentada inicialmente pelo então ministro Antônio Palocci e o assunto é retomado em toda reunião do Fundo.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por O Estado de S. Paulo

O pré-sal fica adiado Até mesmo na área do governo o debate até há pouco intensamente estimulado pelas autoridades sobre as vantagens da exploração do petróleo da camada de pré-sal começa a ser pautado pela realidade. Ainda há poucos dias, membros do governo prenunciavam para o futuro próximo a transformação do Brasil num dos maiores produtores de petróleo do mundo e falavam com entusiasmo sobre a destinação que dariam ao dinheiro que seria obtido com a exploração do petróleo do pré-sal. Lenta e relutantemente, o governo vai tendo uma noção mais precisa da amplitude da crise global e dos seus efeitos sobre os grandiosos projetos oficiais. A Petrobrás, que adiara o anúncio, de setembro para dezembro, de seu plano de investimentos para o período de 2009 a 2013 - a empresa atualiza anualmente o seu orçamento qüinqüenal -, já admite que terá de diluir seus gastos num prazo mais longo, talvez até 2020.O plano deve incluir os investimentos nas áreas de pré-sal. São muitas as dificuldades que precisam ser enfrentadas para colocar em operação comercialmente viável as reservas localizadas sob a camada de sal, que se encontra vários quilômetros abaixo do nível do mar. Complexos são também os cálculos dos custos financeiros da inédita exploração do petróleo nessas condições.A crise global dificultou ainda mais o que já era difícil, pois reduziu a disponibilidade de capitais no mundo e provocou grandes oscilações no preço do petróleo. O plano da Petrobrás em vigor prevê investimentos de US$ 112 bilhões entre 2008 e 2012, dos quais US$ 104 bilhões com recursos próprios. Os novos projetos de refinarias e de exploração do Campo de Tupi elevam os investimentos desse período para US$ 163 bilhões. A inclusão das aplicações necessárias para o desenvolvimento das reservas do pré-sal onerará ainda mais a nova versão do plano de investimentos.Nos últimos anos, as empresas petrolíferas tiveram de aumentar muito os investimentos em pesquisa e exploração, porque os novos campos estão em áreas mais difíceis de ser exploradas e os custos de aluguel e compra de equipamentos de perfuração subiram. Em julho, o presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, disse que os custos de exploração dificilmente cairiam no futuro, razão pela qual o mundo deveria se acostumar a conviver com os preços altos do petróleo.Mas, além de ter dificultado enormemente a captação de recursos no exterior - em sua última captação, a Petrobrás pagou 5,875% ao ano; atualmente, não se capta por custo inferior a 10% ao ano, e os valores oferecidos são bem menores -, com a crise o preço do barril de petróleo despencou. Em julho, chegou a ser negociado a US$ 147; nessa semana, chegou a US$ 63.Governos cujos orçamentos dependem do petróleo - como o de Hugo Chávez, da Venezuela, onde o petróleo responde por mais de 90% das receitas com exportações e por cerca de metade da arrecadação tributária - começam a enfrentar sérias dificuldades por causa da queda do preço do produto. Empresas que programaram investimentos e projetaram seus rendimentos com base em cotações altas estão refazendo seus planos.Na semana passada, Gabrielli admitiu que, com o petróleo a US$ 70 o barril, os produtores considerados marginais, que entraram no mercado atraídos por preços muito altos, começam a se afastar. Não é esse, garantiu, o caso da Petrobrás, que não teria seus planos prejudicados com a cotação do óleo nesse nível. O plano de investimentos, de acordo com a direção da empresa, é balizado pela cotação a US$ 35 o barril - preço de produção, incluídos custos de financiamento, não de venda.Esse pode ser um valor que viabiliza os planos da empresa para sua operação nas condições já conhecidas. Mas qual é a cotação mínima que permite à Petrobrás explorar, em condições econômicas e financeiras viáveis para seus acionistas e para o País, a camada de pré-sal, cujas dificuldades e custos são desconhecidos? Os estudos sobre custos e viabilidade da exploração da camada de pré-sal feitos até agora por empresas privadas partem do valor mínimo de US$ 70 o barril .
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por O Estado de S. Paulo

Governo reafirma: não cobre prejuízo com derivativos
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ouviu ontem do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, a informação de que há uma grande retração na atividade econômica no mundo, o que pode levar a uma recessão no planeta. E que a economia do Brasil tem condições de resistir à crise e de oferecer crédito, a preço de mercado, para as empresas que tiveram prejuízo no mercado futuro e derivativos do dólar. "As empresas que ousaram no mercado financeiro, no mercado futuro, têm que pagar o preço de sua ousadia. Não será o governo que vai cobrir isso", afirmou o ministro da Fazenda.O ministro informou ainda ao presidente Lula que as perdas de empresas que atuaram com derivativos de câmbio podem ser absorvidas pela economia brasileira sem nenhum problema. Elas terão oferta de crédito, mas sem nenhum subsídio: "O governo não vai salvar nenhuma empresa, mesmo porque são assuntos privados.""Mas o governo tem obrigação de dar crédito e liquidez, a valores de mercado, e é isso que estamos fazendo. Nós não vamos absorver nenhum prejuízo dessas empresas. Que fique claro." Com base em informação de Edemir Pinto, da BM&F, Mantega disse que o prejuízo total das empresas brasileiras pode chegar a US$ 20 bilhões."Se o problema for da ordem de US$ 10 bilhões, US$ 15 bilhões, US$ 20 bilhões - como está sendo dito aí, não sou eu que tenho valores -, é um problema perfeitamente absorvível." Mantega disse que não é possível saber a dimensão exata do problema, neste momento, porque houve operações em bolsas, no balcão e no exterior. "Mas já pedimos informações e não ouvimos falar de nenhum valor grande."Na reunião entre Lula, Mantega e Meirelles, ficou decidido que o governo vai correr para destinar crédito aos setores de construção civil, agrícola, automobilístico, e dar garantias de capital de giro de modo geral e para pequenas e médias empresas. Mantega e Meirelles disseram a Lula que até agora o governo já transferiu R$ 50 bilhões para crédito, obtidos principalmente da redução do empréstimo compulsório que os bancos pagam ao Banco Central. Foi dito ainda ao presidente que hoje o crédito no Brasil está por volta de 70% a 80% do que era ofertada antes da crise. "O problema é que há um efeito psicológico, que tem segurado o crédito", afirmou o ministro.O próprio Mantega narrou o que foi falado na reunião. "Dissemos ao presidente Lula que na esfera internacional ainda não há uma melhoria substantiva do quadro. Embora os governos tenham tomado várias medidas, elas ainda não se traduziram numa irrigação de crédito para o setor produtivo. Continua havendo retenção desses créditos", disse o ministro. "Ao mesmo tempo, há perda de ativos nas bolsas, que envolvem milhões de pessoas. A redução do valor dos imóveis está diminuindo o poder aquisitivo da população americana e européia. Com isso, é quase certo que haverá retração da atividade econômica e até mesmo uma recessão", acrescentou Mantega. Para Mantega, a Inglaterra já deu um primeiro sinal de recessão, porque a economia se contraiu. "Isso poderá ser seguido por outros países europeus." O ministro disse ainda a Lula que está havendo problemas com os fundos de hedge, que trabalham com alavancagem, têm capital de um e emprestam dez, 15 vezes o que têm. Por isso, estão retirando seus investimentos feitos ao redor do mundo, causando um desmonte de mercados diversos e de bolsas de países como o Brasil, México, África do Sul e Austrália. Esse movimento tem levado à valorização do dólar e do iene japonês, pois os fundos tomavam dinheiro emprestado no Japão a 0,5%, 1%, e aplicavam a 5%, 6% e até a 13% no Brasil.O impacto da crise no Brasil continua o mesmo, disseram Mantega e Meirelles ao presidente Lula. "Temos uma escassez de crédito para operações de exportações, mas o Banco Central já está ativando uma linha de leilões para troca. Os bancos brasileiros têm títulos do Tesouro, e vão trocar por dólares, a partir do leilão. Com isso, passam a ter recursos para financiar as linhas de exportação. Isso já está começando a irrigar o sistema."Depois da reunião com os dois, Lula conversou com o presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Jackson Schneider.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por O Estado de S. Paulo

Dr. Marcílio Novaes Maxxon
O combate à corrupção está intimamente vinculado à transparência.


*Leituras para Análise Estratégica eo Desenvolvimento do País:

Altos Estudos BrasileirosPor MARCÍLIO NOVAES MAXXONI- POLÍTICA E GESTÃO PÚBLICA:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/fevereiro_29.htmII- PPP-PARCERIAS PÚBLICO PRIVADAS:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/marco_28.htmIII- O PAPEL DA CÂMARA DOS DEPUTADOS:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/maio_09.htmIV- CÓDIGO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR DA CÂMARA DOS DEPUTADOS:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/maio_16.htmV- SENADO FEDERAL E CONGRESSO NACIONAL:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/junho_01.htmVI- PROCESSO LEGISLATIVO DO CONGRESSO NACIONAL, POR MARCÍLIO NOVAES MAXXON:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/junho_16.htmVII- O QUE É A LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL, E A LEI DE CRIMES FISCAIS. O ESPÍRITO DA LEI:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/julho_01.htm

Artigo: FBI - A Ciência da Inteligência e da Informação: http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/abril_11.htm
Por Marcílio Novaes Maxxon


Comissão de Assuntos Econômicos - CAE
Audiências Públicas e Reuniões Técnicas

03.06.2008 – Audiência Pública "Debate sobre o Marco Regulatório do Petróleo diante da perspectiva de descoberta e desenvolvimento de novas bacias petrolíferas na Camada do Pré-Sal”
ANPHaroldo Borges Rodrigues Lima, Diretor-Geral da Agência Nacional de Petrólio
IBPJõao Carlos França de Lucca, Presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustiveis
PetrobrasJosé Sérgio Gabrielli, Presidente da Petrólio Brasileiro S.A.
03.06.2008 – Audiência Pública "Debate sobre o Marco Regulatório do Petróleo diante da perspectiva de descoberta e desenvolvimento de novas bacias petrolíferas na Camada do Pré-Sal monetária” (Notas)
13.05.2008 – Audiência Pública “Diretrizes, implementação e perspectivas futuras da política monetária”
Banco Central do BrasilHenrique Meirelles, Presidente do Banco Central do Brasil

15.04.2008 – Audiência Pública "Critérios técnicos de repartição dos royalties provenientes da atividade de exploração petrolífera"
IBGEEduardo Pereira Nunes, Presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ANPHaroldo Borges Rodrigues Lima, Diretor-Geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
PetrobrasGuilherme de Oliveira Estrella, Diretor de Exploração e Produção da Petróleo Brasileiro S.A.
15.04.2008 – Audiência Pública "Critérios técnicos de repartição dos royalties provenientes da atividade de exploração petrolífera" (Notas)

14.05.2007 - Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
Petrobras Paulo Roberto Costa, Diretor de Abastecimento
Única Eduardo Pereira de Carvalho, Presidente
Abegás Carlos Eduardo de Freitas Brescia, Diretor

28.05.2007 - Petróleo e Gás Natural
MME João José de Nora Souto, Secretário de Petróleo e Gás
PETROBRAS Guilherme de Oliveira Estrella, Diretor de Exploração e Produção
SHELL John Haney, Vice-Presidente
Institucional
Em 20 anos, Congresso fez 62 emendas à Constituição
O fracasso da revisão constitucional de 1994
Emendas "paralelas" e fatiadas, soluções para os impasses políticos do Congresso
Algumas mudanças que o Congresso fez na Constituição

Fonte: ANERTT por Agência Senado

O BRASIL E OS BIOCOMBUSTÍVEIS
O BRASIL E OS BIOCOMBUSTÍVEISINTERATIVO PARA VOCÊ:http://www.discoverybrasil.com/discover yhoje/viciados_em_petroleo.shtml?vMenu=0 &vPrograma=6&vContenido=0_1ANERTT/DISCOVERY*


*A ANERTT, é signatário do Pacto Global: O Pacto Global é essencial para a parceria entre o setor privado e as Nações Unidas no combate efetivo a CORRUPÇÃO.

http://www.pactoglobal.org.br/pg_principio.php

http://www.unglobalcompact.org/


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