quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Notícias ANERTT/Petróleo & Gás Natural N° 0346, Por Marcílio Novaes Maxxon.

"Na democracia, o processo de formação das políticas públicas demanda participação de todos os segmentos da sociedade civil, informação confiável, representação qualificada, transparência e ética."
ANERTT - Associação Nacional das Empresas de Rádio, Televisão e Tecnologia
A Serviço do Desenvolvimento do BRASIL


Relatório INFORMATIVO DIÁRIO PARA INVESTIDORES DO MERCADO DE CAPITAIS N° 0346

Notícias ANERTT/Petróleo & Gás Natural
Por Marcílio Novaes Maxxon

São Paulo, 17 de novembro de 2008

GESTÃO LEGISLATIVA & AÇÃO POLÍTICA

"Saiu a regulação", comemora Lula
Depois de dois dias de intensas reuniões, em Washington, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva retornou ao Brasil certo de que saiu daqui com algumas vitórias, já que a principal reivindicação de que é preciso controlar o fluxo de capitais, foi atendida com a decisão do G-20 de criar um colégio de supervisores para regular os mercados financeiros. "Saiu a regulação", comemorou Lula.Ele também ficou animado com a retomada da negociação de Doha e com o fato de que o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, ter ficado nos Estados Unidos para uma reunião, na noite de sábado, com Madeleine Albreight. Ela é uma das mais importantes interlocutoras do novo presidente norte-americano, Barack Obama. "Até Doha que estava encantada, desencantou", brincou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em entrevista. "Foi um dia histórico para a política mundial pois, há seis meses, ninguém podia imaginar que se chegaria a um consenso por unanimidade para cuidar melhor das finanças do mundo", declarou Lula, ao sair para a última reunião bilateral de Washington com o primeiro ministro chinês, Hu Jintao. Indagado se a consagração do G-20 significava o fim do G-8, Lula disse: "eu não diria que foi o fim do G-8 porque o G-8, depois de tanto tempo, virou um clube de amigos e as pessoas vão continuar se reunindo". Mas, assegurou que, "pela força política, pela representação dos países inseridos no G-20, não tem mais nenhuma lógica tomar decisões sobre economia, sobre política, sem levar em conta este foro de hoje". Mais cedo, Lula tinha dito que o G-8 não tinha mais razão de ser porque era preciso levar em conta as economias emergentes no mundo globalizado.Lula disse que saiu feliz das reuniões. O mais importante, destacou, é que saiu uma decisão coesa, de todos os presidentes, de que é preciso ter uma melhor administração do mundo financeiro, que é preciso que decisões sobre crise sejam coletivas. "Eu senti uma maturidade que há tempos eu não via. Sempre vi muita resistência e, depois dessa crise, todo mundo tomou um chá muito grande de humildade."Para Lula, todos sabem que a crise não vai terminar amanhã, "mas os sinais que os presidentes passam para a sociedade e o mundo é que nós vamos agir de forma mais política e mais coesa, e que vamos trabalhar os temas mais delicados, coletivamente". E concluiu: "é um alento muito importante e uma dosagem muito grande de otimismo para o mundo que vive em crise".Mais cedo, em seu discurso, na Casa Branca, para uma platéia com os chefes de Estado que compõem o G-20, que atualmente é presidido pelo Brasil, Lula foi duro em seu discurso atacando os países ricos e advertindo que "a desaceleração econômica, de umas poucas semanas prá cá, está se transformando perigosamente em recessão". Segundo Lula, todo o esforço dos países mais em desenvolvimento, de estabilizar suas economias, "está sendo ameaçado por uma crise que não criamos", que classificou como "fruto da ganância de irresponsáveis especuladores e da absoluta falta de mecanismos sérios de regulação dos mercados financeiros". No seu discurso, perante os 20 chefes de Estado, Lula afirmou que "para que a esperança possa vencer o medo, temos de estar à altura dos graves desafios do momento atual".
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por O Estado de S. Paulo

G-20 atendeu aos pedidos do Brasil sobre reforma do FMI e Doha
Duas reivindicações do Brasil - a reforma do Fundo Monetário Internacional (FMI) e um comprometimento com a conclusão da Rodada Doha - foram incluídas no comunicado final do G-20. No texto, o grupo afirma estar "comprometido com o avanço da reforma das instituições de Bretton Woods para que possam refletir melhor a mudança no peso das economias do mundo".Os líderes também pedem um aumento no colchão de reservas do FMI para lidar com a crise atual, medida que enfrentava oposição dos Estados Unidos. "Rever o volume de recursos do FMI, Banco Mundial e outras instituições multilaterais e estar pronto para aumentar" é a recomendação do comunicado. Várias nações estão buscando ajuda, como Hungria, Islândia, Ucrânia.Hoje o Fundo tem disponíveis cerca de US$ 250 bilhões. Ontem mesmo, anunciou um empréstimo de US$ 7,6 bilhões para o Paquistão e um acordo com a Islândia (cujo valor não foi divulgado). O Japão informou, durante a cúpula, que emprestará US$ 100 bilhões para o Fundo ajudar países afetados pela crise. O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, sugeriu que a China e as nações do Golfo Pérsico dessem mais dinheiro para a instituição. O Fórum de Estabilidade Financeira (FEF) deve ser "expandido urgentemente para incluir a participação de economias emergentes", diz o documento. O FMI, juntamente com o FEF, devem atuar para identificar vulnerabilidades, antecipar potenciais estresses e agir rapidamente para conter as crises. E o FMI deve fazer relatórios de supervisão de todos os países . Hoje, os EUA não se submetem a essas avaliações.O G-20 faz também uma menção à rodada multilateral de comércio. "Precisamos nos esforçar para chegar a um acordo sobre modalidades da Rodada Doha ainda neste ano", consta do texto. Os líderes também ressaltam a importância de evitar o protecionismo, a necessidade de não levantar novas barreiras ao comércio nos próximos 12 meses nem restrições a exportações ou incentivos a exportação que não sejam consistentes com as regras da OMC."Com este encontro, até a rodada de Doha desencantou", brincou o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ele destacou que é preciso garantir que o comércio internacional desenvolva e os erros dos anos 30 não aconteçam de novo - no período, os países se fecharam.O FMI e o FEF devem apresentar recomendações para evitar a "prociclicalidade", incluindo a forma como determinação de valores, alavancagem e capital dos bancos podem exacerbar os ciclos econômicos. A prática de marcação a mercado, segundo a qual os bancos devem atualizar o valor de seus ativos em seus balanços de acordo com o valor de mercado, pode exacerbar perdas em épocas de crise. US$ 1,2 TRILHÃOO diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, disse que o mundo precisa de um estímulo fiscal de US$ 1,2 trilhão para combater a crise. Segundo ele, houve um consenso no G-20 sobre a necessidade de uma injeção pública de dinheiro, que deveria chegar a 2% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, estimado em US$$ 62 trilhões neste ano.Strauss-Kahn observou que há "certo espaço" para um afrouxamento da política monetária em alguns países, mas os Estados Unidos, por exemplo, contam com pouca margem de manobra, uma vez que a taxa básica de juros no país está em 1% ao ano.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por O Estado de S. Paulo

G-20 faz 47 recomendações anticrise
Líderes reunidos na cúpula do G-20 ontem prometeram trabalhar juntos e "fazer mais" para tirar a economia mundial da crise. "Estamos determinados a aumentar nossa cooperação para restabelecer o crescimento global e chegar às reformas necessárias no sistema financeiro mundial", disse o comunicado assinado pelos líderes do grupo, países que representam 85% da economia mundial. No comunicado, o G-20 lança um plano de ação com 47 recomendações para combater a crise, entre elas medidas emergenciais que precisam ser adotadas até o dia 31 de março do ano que vem. Entre elas estão colegiados para monitorar as maiores instituições financeiras transnacionais, como parte do esforço de aumentar a supervisão global. "Grandes bancos globais devem se reunir regularmente com seus colegiados de supervisão para discussões abrangentes sobre as atividades das instituições e os riscos que elas enfrentam", diz o texto. O colegiado foi proposto pela primeira vez pelo primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, mas, no comunicado, a proposta é menos específica."Foi preciso diluir um pouco para conseguirmos chegar a um consenso", disse uma fonte que participou das discussões.Os líderes marcaram a próxima reunião para o dia 30 de abril de 2009, já durante o governo do presidente eleito dos EUA, Barack Obama. Os ministros da Fazenda do Brasil, da Grã-Bretanha e da Coréia estão encarregados de coordenar o processo.Outras medidas urgentes propostas pelo G-20 são o aumento da supervisão de agências de risco, políticas fiscal e monetária para estimular as economias, revisão da remuneração de executivos, alinhamento dos padrões de contabilidade globais e aumento de transparência dos mercados de derivativos. Os reguladores devem assegurar que as agências de risco sigam altos padrões internacionais e não têm conflitos de interesse. As agências davam a melhor nota para papéis de hipoteca que depois se mostraram "podres". A resistência do país anfitrião a propostas mais audaciosas de regulamentação ficou clara no documento. Também não se renderam à idéia do presidente francês, Nicolas Sarkozy, de uma Interpol financeira. O presidente George W Bush comemorou o resultado da cúpula. "Foi uma reunião muito bem sucedida e eles vão se reunir de novo", disse. "Eu digo eles porque eu, caso alguns de vocês talvez não saibam, estou me aposentando." Bush afirmou que a equipe de transição de Obama está sendo informada das resoluções da cúpula. O comunicado analisa a origem da crise financeira, mas não aponta culpados. "Formuladores de políticas, reguladores e supervisores em alguns países avançados não avaliaram o risco". Países como Brasil e França sempre lembraram que a crise "começou nos EUA".
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por O Estado de S. Paulo

G-20 quer xerife global para bancos
Para combater a crise mundial, líderes reunidos na cúpula do G-20 devem propor hoje maior coordenação entre os órgãos reguladores de cada país, uniformização de regras contábeis, supervisão de fundos hedge e de agências de classificação de risco, regras para remuneração de executivos e maior poder para o Fundo Monetário Internacional (FMI). "Mesmo sem a presença do presidente eleito Barack Obama, os líderes devem conseguir ao menos chegar aos pontos básicos de um plano de resgate da economia mundial", diz uma fonte que acompanha as negociações. Diplomatas e economistas passaram o dia costurando os últimos ajustes para o comunicado do G-20. Tudo indicava que haveria consenso em relação à criação de um colegiado para supervisionar os 30 maiores bancos transnacionais (incluindo o Itaú-Unibanco e o Bradesco), idéia lançada pelo primeiro-ministro britânico Gordon Brown.O novo órgão de supervisão reuniria reguladores de vários países para supervisionar e monitorar os riscos assumidos por 30 grandes bancos que atuam em vários países.O órgão proposto ficaria bem longe da "Interpol financeira" desejada pelos franceses. John Williamson, economista do Instituto Peterson de Economia Internacional, acha que o colegiado é um meio-termo entre as posições mais extremas. A França queria um órgão com poderes sobre as regulamentações de cada país, enquanto os EUA se opunham a qualquer agência transnacional de regulação. "Se realmente incluírem o colegiado no comunicado, será muito positivo, um resultado mais concreto do que esperávamos."Porém, o FMI resiste à proposta. Ontem, em comunicado conjunto com o Fundo de Estabilidade Financeira (FEF), afirmou que é sua "a responsabilidade pela vigilância do sistema financeiro internacional", sendo tarefa do FEF "a elaboração dos padrões e das políticas regulatórias e de supervisão". Para Mauricio Cárdenas, pesquisador-sênior do Brookings Institution, esse novo órgão será muito diferente da agência supranacional de regulamentação do sistema financeiro defendida por alguns países. "Acho que será mais uma comissão que analisará os problemas das instituições. Bush nem tem poder para abrir mão de mais soberania regulatória dos EUA a essa altura do campeonato."Como medida de curto prazo, os líderes devem propor uma coordenação para a elaboração de pacotes de estímulo fiscal. Várias nações, entre elas China, Alemanha e Japão, anunciaram pacotes recentemente. A Grã-Bretanha vai divulgar o seu na semana que vem. E nos EUA os democratas querem mais um, com investimentos em infra-estrutura e talvez nas montadoras, antes da posse de Obama. Mas o governo Bush resiste.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por O Estado de S. Paulo

Lula pede ações práticas ao G-20
Preocupado com o insucesso anunciado da reunião do G-20, hoje, na capital americana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a politização do grupo, que reúne países industrializados e em desenvolvimento responsáveis por 90% do Produto Interno Bruto (PIB) e 80% do comércio mundiais, para que sejam apresentadas medidas "rápidas" de forma a "não permitir que a crise se instale". "Nós não podemos sair deste G-20 com as mãos abanando", advertiu Lula, na tarde de ontem, durante as reuniões realizadas com os primeiros-ministros do Reino Unido, do Japão e da Austrália, conforme relato do ministro da Fazenda, Guido Mantega. Segundo o ministro "se nós não tomarmos medidas rápidas, poderemos ter o risco de cair numa depressão econômica". Ao comentar o agravamento da crise no mundo e necessidade de políticas mundiais "sintonizadas", Mantega alertou que "não se fala mais só em recessão econômica". "Já se fala em depressão." Segundo ele, "a recessão econômica está dada". "Vai haver recessão em vários países. O risco, porém, é você deixar as coisas caminharem, e elas caminham muito rapidamente hoje em dia, e elas caminharem para uma depressão, conforme tivemos no passado." Mantega assegurou, no entanto, que, quando fala em risco de depressão e recessão, não está se referindo ao Brasil, lembrando que os indicadores do País são sólidos e o crescimento será positivo. "No caso brasileiro, não há risco de recessão", afirmou. Ele listou várias medidas já adotadas e avisou que novas poderão ser anunciadas, se houver necessidade.Segundo projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI), o Brasil vai crescer 3% em 2009, acima da expansão projetada para a economia mundial, de 2,2%. As economias avançadas terão PIB negativo, no ano que vem, segundo o fundo.Na entrevista, Mantega disse que grupos de trabalho técnicos serão formados para discutir medidas de regulamentação do sistema financeiro. A idéia é de que esses grupos apresentem resultados no início do ano que vem. Uma nova reunião do G-20 deve ser realizada, em fevereiro ou em março de 2009, certamente no Reino Unido, já que este país assume a presidência do grupo, contando também com o novo presidente americano, Barack Obama. A formação dos grupos de trabalho com objetivos definidos está sendo considerada um resultado prático da reunião de hoje do G-20. Mantega disse que todos os países do grupo admitem a necessidade de regulamentação do sistema financeiro, mas há divergências sobre o tipo de regulação. Mantega disse que a ausência de Obama não esvaziará o encontro do G-20. Ele lembrou que Madeleine Albright, que integra a equipe de transição do novo governo, estará presente na reunião deste sábado e falou das expectativas em relação à nova administração. "O que se espera do governo Obama é que ele vá mais fundo, pela característica e pela proposta que fez no período eleitoral", declarou. Ele observou ainda que, pelos indicados para os cargos da equipe econômica, a idéia é que, assim que ele assumir, "seja anunciado um pacote, com um programa de medidas anticíclicas, mais robusto, para não frustrar o eleitorado que o levou ao poder".Esta será a terceira reunião do G-20 em um mês. A primeira foi de emergência, durante encontro anual do FMI, em outubro. A segunda foi na semana passada, em São Paulo, e a terceira, hoje.Segundo Mantega, as respostas dadas à atual crise são "diferentes das que foram dadas nos anos 30, quando os países demoraram para tomar atitude", o que culminou na Grande Depressão. Para ele, o fantasma da depressão "está muito presente", o que exige trabalho conjunto dos países.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por O Estado de S. Paulo

Governo se prepara para duas semanas "agitadas"
O governo brasileiro se prepara para duas semanas de intensas negociações comerciais com alguns dos principais parceiros para o agronegócio nacional. A presença de chefes de Estado e de governo, além de ministros e técnicos de alto escalão, no seminário internacional de biocombustíveis, em São Paulo, será usada como oportunidade para tentar a ampliação de acordos bilaterais. "Teremos vários encontros que podem render acordos importantes para 2009", afirma o secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Célio Porto. Na avaliação do governo, alguns acordos têm amplas chances de confirmação. A Rússia, por exemplo, deve aceitar os termos propostos para a certificação das exportações de lácteos brasileiras. O governo também tentará um acordo para alterar a rota das exportações de soja para a Rússia, que hoje passa pelo porto holandês de Roterdã. O objetivo é embarcar diretamente a um porto russo e usar os fretes de retorno dos navios para trazer ao Brasil fertilizantes fabricados no país asiático a um custo mais baixo. O ministro da Agricultura, Alexey Gordeyev, e o diretor do Serviço Veterinário e Sanitário russo, Sergei Dankvert, chegam hoje ao Brasil. O presidente Dmitri Medvedev estará no Rio no próximo dia 26. Antes disso, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, terá um encontro com o colega americano Ed Schafer na tentativa de acelerar o processo de autorização para as exportações de áreas livres de febre aftosa. Na mesa, estarão as discussões sobre um cronograma de abertura do mercado dos Estados Unidos para a carne suína de Santa Catarina, único Estado reconhecido como zona livre sem vacinação. As negociações também incluem o credenciamento de novos estabelecimentos exportadores de aves para a Coréia do Sul. O presidente sul-coreano Lee Myung-bak deve chegar ao país nesta quarta-feira e provavelmente anunciará o início das importações de carne bovina termoprocessada. E ouvirá do presidente Lula o pedido para o envio de uma missão veterinária para avaliar o sistema de saúde animal nacional. O objetivo é ampliar o acordo para a importação de carne suína e bovina in natura. O cronograma de reuniões também prevê encontro bilateral, amanhã, de autoridades brasileiras com o presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono. Nesse caso, as negociações serão centradas na abertura do mercado indonésio para a carne bovina in natura brasileira. Os fornecedores australianos e os produtores locais lutam contra essa concessão. O primeiro-ministro de Cingapura, Lee Hsien Loong, que deve chegar ao país no próximo dia 25, também ouvirá pedidos genéricos de abertura de mercado para produtos brasileiros.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Valor Econômico


PETRÓLEO & GÁS

A centralização do pré-sal Em momento de crise financeira, de retração da economia e de queda contínua do preço do petróleo, que na semana passada atingiu o seu menor patamar nos últimos 22 meses, parece um despropósito voltar a falar na exploração do petróleo na camada do pré-sal. Mesmo porque, alguns analistas já começam a se perguntar se haverá financiamento adequado para o empreendimento, com o mercado de crédito internacional em colapso e com o preço do petróleo próximo do limite que torna esse investimento de rentabilidade duvidosa. Mas é justamente nos momentos de crise que se deve planejar o futuro, principalmente quando o País tem uma oportunidade única como esta.O Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) e o Instituto Talento Brasil (ITB) devem divulgar hoje os três primeiros estudos sobre o pré-sal que promoveram em parceria. É um calhamaço de 160 páginas que discute as experiências internacionais na gestão dos recursos provenientes do petróleo, o novo marco da indústria do petróleo, a estrutura de arrecadação dos royalties e a tributação do pré-sal.Para se ter uma idéia da magnitude da riqueza que os brasileiros poderão dispor, um estudo elaborado pelos economistas Cláudio Frischtak e Andrea Gimenes, a pedido do IEDI e do ITB, estima a arrecadação potencial do poder público com as novas reservas de petróleo do pré-sal entre US$ 956 bilhões e US$ 1,8 trilhão durante 75 anos de exploração. É uma estimativa conservadora, pois ela considera que a produção de petróleo no pré-sal será de, no máximo, dois milhões de barris por dia.Além disso, foi realizada com o pressuposto de que as atuais regras de tributação do petróleo serão as mesmas para o pré-sal, o que não deverá acontecer. O cálculo considerou as hipóteses de que as reservas recuperáveis de petróleo do pré-sal serão de 50 bilhões de barris de óleo equivalente, o que ainda está por ser confirmado, e que o preço do petróleo ficará entre US$ 60 e R$ 100 o barril. Por causa dessa discrepância de preço é que a estimativa da arrecadação variou tanto.A arrecadação do poder público com o petróleo do pré-sal poderá ser, portanto, muito significativa, se as reservas estimadas pelos especialistas do mercado entre 70 a 100 bilhões de barris forem confirmadas. Por isso, os estudiosos contratados pelo IEDI e pelo ITB sugerem uma maior centralização da receita dos royalties e participações especiais do petróleo. Há várias razões para essa centralização. A primeira é que somente a esfera federal direcionará os recursos para programas que contemplem prioridades realmente nacionais. Vale observar que a lei do petróleo em vigor não apresenta definição de política estratégica quanto ao destino dos valores arrecadados.Além disso, como o petróleo é um recurso esgotável, é recomendável que a receita obtida com a exploração do pré-sal seja destinada, em parte, às futuras gerações, o que poderá ser feito com a criação de um fundo de poupança federal. Outro motivo é que a aplicação de recursos do pré-sal terá que ser compatibilizada com as políticas fiscal e monetária, tendo em vista a manutenção de um equilíbrio macroeconômico do País. Somente assim será possível evitar a sobrevalorização do real, que traria conseqüências nefastas para a indústria brasileira.Um dos estudos realizados para o IEDI e para ITB por Helder Queiroz Pinto Junior e o Grupo de Economia da Energia do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) propõe uma nova forma de distribuição da receita do petróleo. Pela proposta, a atual produção permaneceria sujeita ao regime vigente de partilha de royalties e participações especiais entre a União, os Estados e os municípios. Somente a produção da área do pré-sal poderia ser objeto de um novo regime de repartição.Os autores propõem que 80% da receita com royalties e participação especial da produção de petróleo no pré-sal sejam destinados à União, 10% aos Estados e 10% aos municípios. Nesse novo esquema ´híbrido´ de partilha (somando a produção atual com a produção do pré-sal), a União receberia 65% do montante total de royalties e participações especiais, os Estados 20% e os municípios, 15%.Ao analisar as experiências internacionais de exploração de recursos naturais, os estudos realizados a pedido do IEDI e do ITB mostram que é indispensável controlar a velocidade de exploração do pré-sal, ter uma política de investimento que objetive reduzir o grau de dependência da economia em função das atividades relacionadas ao petróleo e evitar a elevação excessiva dos gastos públicos a partir dos recursos originários de receitas com royalties e participações especiais do pré-sal. O ideal, segundo os autores dos estudos, é seguir o exemplo da Noruega, que destina para os gastos públicos apenas o retorno real sobre o patrimônio do seu fundo cambial, constituído com as receitas do petróleo.A constituição de um fundo soberano parece ser o instrumento principal a ser desenvolvido visando à gestão financeira adequada dos recursos, segundo conclusão dos estudos. De acordo com os autores, os recursos do pré-sal deverão ser aplicados em programas nacionais de desenvolvimento e na constituição de um fundo, gerido de forma a dar maior estabilidade às receitas públicas, à taxa de câmbio e à liquidez doméstica.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por O Estado de S. Paulo

Produção de petróleo no Brasil aumentou mais de 8% em outubro
A produção média diária de petróleo no Brasil chegou a 1.872.970 barris, um aumento de 8,3% em relação ao mesmo período do ano passado.A produção de gás natural nos campos nacionais atingiu 53,717 milhões de metros cúbicos diários, indicando aumento ainda maior: 26% sobre os 42,589 milhões de metros cúbicos produzidos em outubro de 2007.As informações, divulgadas pela estatal em nota na noite de ontem, indicam que, somados os volumes de óleo e gás natural, a produção média, em outubro, no Brasil, alcançou 2.210.839 barris de óleo equivalente (BOE) por dia - aumento de 6,9% em relação ao mesmo mês do ano passado (1.997.366 BOE por dia), mas mantendo o mesmo patamar de setembro de 2008. Quando comparada a setembro, no entanto, a produção média de óleo, em outubro, foi 1,3% inferior.- Essa pequena variação decorreu de problemas operacionais, já resolvidos, nas plataformas P-52 e FPSO-Brasil (campo de Roncador) e P-48 (campo de Caratinga), assim como da queda na produção da Estação de Tratamento de Óleo de Furado, em Alagoas, por causa do acidente ocorrido no dia 23 de setembro - informou a Petrobras. Ainda assim, a produção de gás, em outubro, foi 2,3% maior que a de setembro de 2008.A nota da estatal informa, ainda, que, considerados os campos da Petrobras no Brasil e no exterior, a produção total de petróleo e gás natural atingiu, em outubro deste ano, a média diária de 2.440.367 barris de óleo equivalente (boe) um aumento de 9,4% em relação ao registrado em outubro de 2007, mantendo-se estável em relação a setembro deste ano.O volume de petróleo e gás natural produzido pela Petrobras nos oito países onde ela exerce suas atividades de Exploração e Produção (E&P), em barris de óleo equivalente, atingiu em outubro 229.528 barris/dia, volume 3% superior ao produzido em setembro deste ano. "A entrada em produção de novos poços no campo de Agbami, na Nigéria, contribuiu para o aumento dos volumes produzidos em relação ao mês anterior", informa a nota.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por JB Online

Portugal: UTAD e Dourogás vão construir a primeira central de biometano do país
A empresa Dourogás e a universidade de Vila Real vão dar início à construção da primeira central de biometano no país, um substituto do gás natural em todas as suas aplicações, anunciou fonte da academia transmontana.O coordenador da Licenciatura em Engenharia de Energias da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), Nuno Afonso Moreira, disse hoje que foi aprovada uma candidatura no âmbito do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN), no valor de 750 mil euros, que tem como "prioridade a criação das condições para a construção de centrais de produção de biometano em Portugal".O biometano é o resultado da limpeza e purificação do biogás, produzido em estações de tratamento de águas residuais, aterros sanitários ou resíduos pecuários, podendo substituir o gás natural tradicional em todas as suas aplicações.Nuno Moreira referiu que o projecto vai decorrer durante os próximos três anos, período durante o qual se pretende construir a primeira central de biometano do país.Mas as previsões, segundo o investigador, apontam para a construção de 10 centrais, espalhadas por todo o país, cada uma dela com capacidade de produção de 60 Gigawatts (GW) por hora."O que representará um total de 600 GW/hora que corresponde a um por cento do gás natural que é consumido no país", salientou.Na Alemanha já existem actualmente cerca de 200 centrais de biometano.Doze investigadores principais da UTAD de áreas como as engenharias das Energias, Agrícola, Florestal, Zootécnica ou Biologia, vão trabalhar no projecto apoiados por técnicos e alunos.Segundo Nuno Moreira, neste momento, estão 15 alunos de mestrado a trabalhar nesta área."O projecto, do ponto de vista científico, permite-nos explorar novas formas e técnicas de utilizar recursos para produzir energia limpa", sublinhou.A Estação de Tratamento de Águas e Resíduos (ETAR) de Vila Real já está a produzir metade da energia eléctrica que consome através do aproveitamento de biogás proveniente da própria estação.No entanto, segundo o coordenador, a solução daquela ETAR é tradicional, podendo ser alterada para uma melhor, uma vez que a eficiência do processo ronda os 50 por cento enquanto que, com o processo de biometano, poderá chegar aos 90 por cento.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Público.pt- Lisboa

Projeto que trata da compensação financeira pela exploração de petróleo recebe novo despacho A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados decidiu que o Projeto de Lei (PL) 1.618/03, do ex-deputado Mauro Passos (PT/SC), que regulamenta a distribuição dos recursos financeiros provenientes da compensação financeira pela exploração de petróleo ou gás natural na plataforma continental e seus apensos deverão ser deliberados pelo Plenário da Câmara dos Deputados.A transferência da competência para apreciação dos projetos também pelo Plenário da casa surgiu em virtude da apensação do PL 4.206/08 ao PL 1.618/03.O PL 4.206/08, da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada para investigar o Sistema Carcerário Brasileiro, tem o objetivo de alterar a distribuição de royalties e participação especial entre Estados e Municípios e destinar parte dos recursos oriundos dos royalties do petróleo para a segurança pública, para programas de recuperação de internos, capacitação de agentes públicos e ao desenvolvimento tecnológico das Unidades Prisionais.O PL 1618/03 e seus apensos aguardam apresentação do parecer na CME, pelo relator, deputado Eduardo da Fonte (PP/PE), quanto ao mérito da matéria.Destaca-se que entre os apensados está o PL 4.018/08, da deputada Elcione Barbalho (PMDB/PA), que pretende destinar 30% dos royalties e da participação especial provenientes da exploração de petróleo e de gás natural na região do pré-sal sejam destinados ao Fundo de Nacional de Desenvolvimento Educacional e ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).Após, deliberação na comissão as proposições seguirão às Comissões de Desenvolvimento Econômico (CDEIC), para análise do mérito; de Finanças e Tributação (CFT) para exame da adequação orçamentária e financeira e de Constituição e Justiça (CCJC) para verificação da constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon

ANP vai perfurar poços para conhecer melhor as bacias terrestres
A diretora da Agência Nacional do Petróleo (ANP) Magda Chambriard anunciou hoje, no Rio de Janeiro, que serão investidos R$ 1 bilhão nos próximos cinco anos em atividades que incluem a realização de levantamentos geológicos para investigar de maneira mais aprofundada as bacias terrestres do país.Para isso, a agência prevê também perfurar, pela primeira vez, poços chamados estratigráficos (sem objetivo de descobrir jazida de petróleo ou gás, apenas para conhecer a distribuição das camadas de rocha no subsolo e estudar a capacidade de geração e de armazenamento da bacia)."Essa é a primeira vez em que a ANP vai perfurar poços. Com isso, a gente resolve uma questão de confirmação de sistema petrolífero em diversas bacias dentre elas a do Parnaíba e também a margem equatorial brasileira", disse a diretora, ao informar que os dois primeiros poços serão perfurados no próximo ano na Bacia do Parnaíba, no Piauí, e em São Luiz, no Maranhão.Magda Chambriard participou na manhã de hoje da abertura do 12º Congresso Brasileiro de Energia, organizado pela Coordenação dos Programas de Pós-graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ). Realizado até a próxima quarta-feira (19), o evento é considerado o mais importante fórum do setor energético brasileiro.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Valor Econômico

Impasse com a Bolívia deixa MT sem previsão de receber gás natural
Um elefante branco no meio do cerrado. É o que corre o risco de virar a Usina Termelétrica Governador Mário Covas, administrada pela Empresa Produtora de Energia (EPE) Pantanal Energia, que teve um investimento de US$ 750 milhões para entrar em funcionamento e permitir ao Estado a auto-suficiência na geração de energia elétrica. No entanto, o que era um sonho tem se tornado um pesadelo. Há mais de um ano a usina localizada na Rodovia dos Imigrantes, em Cuiabá, não recebe o gás natural necessário para gerar energia. O fornecimento foi interrompido pelo governo boliviano.Foi em um domingo, no dia 26 de agosto de 2007, o último dia em que o gás percorreu o gasoduto e movimentou as gigantes turbinas da usina termelétrica. Depois daquele dia, o gás deixou de ser utilizado para gerar energia no Estado. A usina chegou a utilizar, durante cerca de um mês, óleo diesel para mover as turbinas atendendo a uma demanda do Ministério de Minas e Energia. Durou pouco devido ao custo elevado, até seis vezes maior do que o gasto com o gás natural boliviano.Enquanto o fornecimento de gás não é retomado, a Pantanal Energia amarga prejuízos com a manutenção dos equipamentos sem poder gerar energia. Sem falar em números, o diretor da empresa, Fábio Garcia, explica que a Pantanal Energia tem elevados custos físicos para manter a estrutura da usina, mas que em uma decisão estratégica optou por manter todos os funcionários. A usina está apta a voltar a produzir energia em até 24 horas após o gás voltar a circular no gasoduto. "Queremos pensar na solução e não no prejuízo", observou o diretor.Sem previsãoO contrato da Bolívia para o fornecimento de gás expirou em julho deste ano. Para voltar a entregar o gás, a Bolívia fez algumas exigências em um novo contrato encaminhado em setembro e que não agradou a Pantanal Energia. O documento está passando por uma análise no Ministério de Minas e Energia. "A negociação continua. A nova proposta confrontava algumas coisas estabelecidas no outro contrato", explicou Garcia, ressaltando que aguarda um posicionamento do Ministério sobre o assunto. "É um contrato de longa duração e por isso a negociação é demorada".A demora deve durar até que os dois lados cheguem a um acordo. Isto não há previsão para acontecer, levando em consideração algumas das novas exigências, como o aumento do valor do gás de US$ 4,20 para US$ 7,76 e o fim da obrigação de enviar um volume pré-determinado a Cuiabá. No contrato provisório constava que a Bolívia deveria priorizar o fornecimento de gás para Mato Grosso. Nesse novo documento os bolivianos não mencionam mais esta prioridade.Fábio Garcia reconhece que um dos lados, ou os dois, deverão ceder para que se chegue a um acordo. Ele faz questão de frisar, no entanto, que qualquer ônus possível não deve ser tomado por uma decisão unilateral. "É uma negociação entre os dois governos".O diretor afirma que o contrato que a MT Gás pretende firmar com a Bolívia para atender principalmente ao consumo do Gás Natural Veicular (GNV) é uma solução "momentânea e emergencial". Atualmente, Cuiabá tem cerca de 3 mil carros movidos a GNV que são abastecidos por meio da MT Gás. "O volume [de gás transportado pelo gasoduto] é tão pequeno que é inviável. Manter o gasoduto e a termelétrica tem custos operacionais e precisa de um volume mínimo de gás para a usina", diz Garcia. O diretor industrial da EPE, Petrus Rodrigues da Rosa, faz uma analogia. Seria como contratar um caminhão para levar apenas um engradado de refrigerante de Cuiabá para Campo Grande. Não compensaria a viagem.Fim do impasseO problema só será resolvido quando o Ministério der um aval referente à proposta boliviana e os dois governos e a Pantanal Energia firmarem um contrato definitivo. Isto porque até agora apenas contratos provisórios, aditados cinco vezes, estiveram em vigência. O contrato definitivo que estaria em vigor até 2019 deveria ter sido assinado há muito tempo, mas a Bolívia quis refazer algumas cláusulas."A Bolívia tem que cumprir o compromisso de fornecer o gás. Estão há um ano sem cumprir o contrato e além disso priorizaram outro mercado [da Argentina]", desabafou Garcia. Ele diz ainda ter esperança de que tudo seja resolvido o mais rapidamente possível. "Arcamos [com o prejuízo] porque acreditamos que o compromisso será cumprido", completou.Dados técnicosO gasoduto tem uma extensão de 645 quilômetros, sendo que deste total, 259 quilômetros ficam em território brasileiro. Ele parte de Chiquitos, na Bolívia e passa por San Matias, Cáceres e termina em Cuiabá. Chegando à termelétrica, um ramal do gasoduto abastece a usina e outro segue até a MT Gás.A usina termelétrica é de ciclo combinado, ou seja, produz com gás e vapor, o que aumenta a capacidade de operação. São três turbinas, sendo que duas funcionam com gás natural e outra a vapor. Todas elas são controladas remotamente por equipes de três funcionários que se revezam em turnos. A energia gerada, que passa por um transformador para regular a tensão, em seguida é transmitida às subestações do CPA, Coxipó e Várzea Grande.O gasoduto tem capacidade de transportar 7,8 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. Deste total, 2,2 milhões seriam para abastecer a termelétrica e o restante para o consumo externo. "Atualmente a pressão do duto é tão baixa que nem é possível acionar as turbinas", explica Petrus da Rosa, diretor industrial da EPE. Mesmo assim, Petrus garante que não há o risco de danificar os equipamentos com a usina parada, já que a manutenção preventiva é realizada rotineiramente.A usina utilizando o gás natural tem capacidade para gerar 480 mega watts (MW), que equivale a aproximadamente 60% da demanda elétrica total de Mato Grosso (800 MW).
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por ExpressoMT/TVCA

Petrobras ganha com gasolina no Brasil, 57% mais cara que no exterior
A política do governo de não repassar a volatilidade da cotação do barril do petróleo ao consumidor - o que permitiu ao país atravessar o período de forte alta da commodity sem grande impacto na inflação - começa a cobrar seu preço, com a queda das cotações no mercado internacional. O litro da gasolina nas refinarias da Petrobras está 57% mais alto que no Golfo do México, região de refino mais próxima do Brasil: US$ 0,51 e US$ 0,36, respectivamente. Já o preço do diesel nas refinarias da estatal está 10% acima: US$ 0,62 e US$ 0,53. Desde 14 de outubro, a Petrobras teve ganhos adicionais de R$ 278,8 milhões graças a essa política, segundo cálculos do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura (CBIE). O diretor da CBIE, Adriano Pires, explica que isso se deve ao fato de a estatal não ter repassado às distribuidoras as quedas da cotação internacional do petróleo. Desde 11 de julho, quando atingiu o recorde de US$ 147,27 em Nova York, o barril recuou 61,3% até sexta-feira, quando fechou a US$ 57,04. - A Petrobras manteve sua política de não repassar as oscilações ao mercado brasileiro. Só que desta vez os preços caíram muito lá fora e, comparativamente, ficaram muito mais altos aqui dentro. Segundo Pires, a gasolina e o diesel comercializados no mercado brasileiro só não estão ainda mais defasados por causa da recente valorização do dólar. Caso contrário, explica, a gasolina nas refinarias brasileiras poderia custar até 70% mais: - O Brasil é um país sui generis. Os consumidores brasileiros saem ganhando quando o preço do barril de petróleo está alto lá fora, já que a Petrobras vende o produto subsidiado aqui. Quando o preço cai muito, fica ruim. Estatal afirma não repassar volatilidade a curto prazo O último reajuste da Petrobras foi em maio deste ano. No caso da gasolina, o aumento de 10% não chegou até o consumidor, já que o governo reduziu o percentual da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) incidente sobre o combustível. O reajuste anterior, também de 10%, foi em setembro de 2005. Já o diesel subiu 15% em maio. Com a redução da Cide, o preço nas bombas teve alta em torno de 8%. A última redução foi em abril de 2003, de 10% para ambos. Desde que parou de repassar as oscilações internacionais, em 2005, a Petrobras deixou de ganhar R$ 12,4 bilhões, já descontados os ganhos deste ano. Em comunicado, a Petrobras informou que faz reajustes, para cima ou para baixo, quando se consolida um novo patamar internacional do petróleo, mantendo alinhamento a médio prazo com os preços globais. "Assim como não aumentamos os preços quando o petróleo chegou a US$ 140 por barril, também não vamos reduzi-los enquanto o mercado apresentar volatilidade a curto prazo".
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por O Globo

Litro da gasolina brasileira já custa o dobro da americana
Já é sabido que, na lei de mercado, quando o preço do produtor sobe, o consumidor paga mais. Por outro lado, quando ele baixa, ele também é beneficiado. Mas isso parece que não funciona nos postos de gasolina do Brasil. O barril do petróleo despenca no mundo inteiro, mas o motorista ainda anão viu nenhuma mudança nos postos de combustível.O barril do petróleo chegou a US$ 147 em julho, e agora está em torno de US$ 60 - uma queda de quase 60% -, mas o consumidor ainda não viu nenhum desconto. A Petrobras informou que, enquanto o preço do petróleo não se estabiliza no mercado internacional, a empresa não repassa a diferença para o mercado interno – nem para mais, nem para menos. Segundo os cálculos de Adriano Pires, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o litro da gasolina brasileira já custa o dobro da americana. Uma das razões são os impostos – lá, 20% e, aqui, mais de 50%. A gasolina ainda é mais cara na Europa, onde os impostos chegam a 80%. Na opinião de Pires, se a tendência de baixa do petróleo continuar, o preço no país vai acabar sendo reduzido. "A Petrobras vai tentar evitar ao máximo isso, porque nesse momento ela está recuperando perdas que teve no passado, quando vendeu gasolina mais barata para o consumidor. Mas eu não tenho dúvidas de que talvez depois do Natal seja inevitável que a Petrobras reduza o preço da gasolina no Brasil", disse Pires.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Portal G1

Mais 4 empresas se habilitam para 10a rodada; ANP dá mais prazo
Mais quatro empresas se habilitaram para participar da 10a rodada de licitações de áreas de petróleo e gás natural da ANP, elevando para oito o número de possíveis interessadas em disputar os blocos em terra que serão oferecidos pelo governo brasileiro este ano.O número é inferior às mais de 50 empresas habilitadas no leilão anterior, a 9a rodada, quando foram ofertados blocos no mar.O governo decidiu deixar os blocos marítimos de fora do leilão deste ano enquanto decide uma nova regra para o setor.Para a 10a rodada, até agora, estão na disputa prevista para 17 e 18 de dezembro, no Rio de Janeiro, a OGX; a Petrorecôncavo; Shell Brasil; Severo Villares; Brasoil; Companhia Exploração e Produção de Petróleo e Gás S.A.; Norse Energy do Brasil S.A.; e UTC Engenharia S.A.Todas foram classificadas como operadoras nível B, menos a Companhia de Exploração e Produção de Petróleo e Gás S.A., classificada como operadora C.A classificação B permite concorrer a qualquer dos 130 blocos terrestres que serão ofertados nas bacias do Amazonas, Paraná, Parecis, Potiguar, Recôncavo, São Francisco e Sergipe-Alagoas.Já as operadoras classificadas como C não poderão participar da disputa por blocos em terra da Amazônia, que apresentam maior dificuldade.A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural de Biocombustíveis adiou de 14 para 21 de novembro o prazo final para habilitação.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Reuters

Casa Branca não propõe relaxar eficiência dos combustíveis
A Casa Branca informou no sábado (15) que não estava propondo a flexibilização das condições para o desenvolvimento de carros com motores mais eficientes em termos de economia de combustíveis, como parte de um pacote de empréstimos do governo à debilitada indústria automobilística.A porta-voz, Dana Perino, afirmou que as reportagens da imprensa dizendo que a proposta tinha sido feita pela Casa Branca eram "falsas"."O presidente propôs esses padrões de eficiência, o Congresso os aprovou, e eles estão no processo de implementação. Nós não estamos sugerindo afrouxá-los", disse ela em um comunicado.Os democratas estão propondo um plano de ajuda às montadoras no valor de 25 bilhões de dólares em empréstimos do programa de resgate de 700 bilhões de dólares do Departamento do Tesouro.O auxílio para a indústria automobilística deve ser discutido na próxima semana, quando o Congresso, cuja maioria dos integrantes pertence ao partido democrata, reúne-se para uma sessão pós-eleição focada em grande parte na fragilizada economia norte-americana.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Reuters

Arábia Saudita investirá US$ 400 bi no setor de petróleo
O rei Abdullah, da Arábia Saudita, disse hoje que um programa de investimento do governo no setor de petróleo deve totalizar US$ 400 bilhões ao longo dos próximos cinco anos. Abdullah disse que o investimento tem como objetivo ajudar a economia da região, diante da crise financeira mundial, informou a agência de notícias estatal Saudi Press. Ele falou sobre o investimento hoje, durante a reunião do G-20, em Washington.Segundo a agência, o rei prometeu trabalhar em conjunto com os outros países para "garantir a recuperação e o crescimento da economia global". Ele também advertiu que o Oriente Médio não está imune aos efeitos da crise.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Estado

MERCADO DE ETANOL

Cosan participa de Congresso de Bionergia em Araçatuba
Na semana passada, a Cosan marcou presença no I Congresso Nacional de Bionergia promovido pela UDOP (União dos Produtores de Bioenergia), em Araçatuba – SP. Ao todo, foram cerca de 500 congressistas inscritos no evento. Nos dias 12 e 13, diversas áreas da companhia, entre elas Comunicação, Responsabilidade Social e Indústria, participaram de palestras no Centro Universitário UniSalesiano. Entre os destaques do evento esteve a conferência "Os reflexos da crise econômica mundial no setor de bionergia", a qual teve como palestrante o jornalista Luis Nassif e como coordenador Manoel Vicente F. Bertoni, Secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura.Na tarde de quarta-feira, os integrantes do comitê de Comunicação puderam assistir a dois cases, um do Grupo COSAN, apresentado pela coordenadora de Comunicação, Cristina Sampaio, e outro do Grupo NovAmérica, palestra ministrada pela gerente de Comunicação e Responsabilidade Social, Ana Rosa Girardi. Na noite do dia 12, os participantes do Congresso ainda puderam se encontrar em um jantar, que marcou o aniversário de 23 anos da UDOP. Na manhã de quinta-feira, a coordenadora de Projetos Sociais, Lúcia Teles, apresentou os trabalhos da Fundação COSAN aos participantes do comitê de Sustentabilidade. Na mesma ocasião, o ator Moisés Pedrici exibiu a esquete "Espanando o mau humor", que traz como tema qualidade de vida.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Assessoria de Comunicação Cosan

Em meio à crise, evento internacional tenta reabrir debate sobre etanol
Em tempos nos quais as atenções estão voltadas para a crise financeira internacional, o governo brasileiro promove a partir desta segunda-feira (17) a Conferência Internacional sobre Biocombustíveis, em São Paulo, para tentar recolocar na agenda a discussão sobre o espaço dos combustíveis "limpos" na matriz energética internacional.O evento foi convocado no ano passado, época em que a crise que estava no centro mundial dos debates era a alimentar, e os biocombustíveis – principalmente o etanol – eram apontados como os "vilões" responsáveis pelos aumentos nos preços dos alimentos e das commodities, que batiam recordes sucessivos.O cenário agora é outro: os preços das commodities estão em queda, o petróleo vale menos de US$ 50 e a questão energética anda suprimida pelo temor de uma recessão global profunda, a verdadeira "carrasca" dos tempos atuais. Além disso, o setor sucroalcoleiro, antes repleto de perspectivas de expansão, vive agora um momento de revisão de investimentos diante dos impactos da crise financeira."Estamos, como todos os outros setores, em ´stand by´, para ver até onde vai o problema (da crise) e reavaliar os investimentos", disse o embaixador André Amado, subsecretário de Energia do Itamaraty. Nesse contexto, as acusações que recaem sobre os combustíveis renováveis parecem mais "leves" do que antes."A reunião foi convocada no ano passado, quando as pessoas estavam acusando o etanol de ser o responsável por vários males. Pouco a pouco, já começaram a se dar conta de que isso não era verdade", afirma o embaixador. Segundo Amado, representantes de 80 países - a maioria ministros - confirmaram presença. Apesar disso, ele diz que o setor está "esperançoso" sobre o evento organizado pelo Ministério das Relações Exteriores, que começa na segunda-feira (17) e vai até a sexta-feira ( 21)."O que a conferência se propõe a fazer é repassar esses temas e tentar fazer com que o etanol seja tratado como tema energético", afirmou. Para ele, um dos objetivos é mostrar como a produção e a adoção de biocombustíveis pode contribuir para o desenvolvimento de países pobres e emergentes. Em tempos de escassez de dinheiro para investimentos entre os desenvolvidos, focar a expansão nos emergentes pode ser uma alternativa, segundo o embaixador."As grandes cifras estão nos países emergentes. (...) Os países desenvolvidos tinham como grande alavanca sua capacidade de desenvolvimento e financiamento. Se isso está questionado, de onde virá (o investimento)?", questiona. Nos três primeiros dias, estão previstos painéis sobre segurança alimentar, inovação tecnológica, segurança energética, mudança de clima e sustentabilidade. Os ex-ministros Roberto Rodrigues (Agricultura) e Marina Silva (Meio Ambiente) participarão como moderadores. Devem participar dos debates representantes da Única e da Petrobras. Segundo Amado, representantes de 80 países - a maioria ministros - confirmaram presença. Contraponto Paralelamente à Conferência, entidades trabalhistas e movimentos sociais organizaram um evento que será realizado no mesmo período, na região central de São Paulo, para fazer contraponto às discussões do governo.Segundo os organizadores do Seminário internacional ´Agrocombustíveis como obstáculo à construção da soberania alimentar e energética´, o objetivo é destacar e debater os problemas causados pela produção de etanol.Exposição Um dos eventos que acontecem paralelamente à Conferência é a Exposição Internacional sobre Biocombustíveis, organizada pela Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) e instalada em um estacionamento ao lado do hotel em que acontecerá a conferência.O evento tem por objetivo apresentar a tecnologia brasileira utilizada nos diversos níveis da cadeia de produção de etanol aos representantes e autoridades estrangeiras presentes à conferência."Vamos mostrar na prática o que será discutido na conferência", explica Ricardo Santana, coordenador de promoção de investimentos da Apex, que prevê 75 expositores e 2,5 mil visitantes.O evento, segundo Ricardo, deve reunir desde tecnologia genética até carros e aviões movidos a etanol.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Portal G1

Unica apresenta ônibus movido a etanol
Um ônibus movido a etanol, que participa de um programa de demonstração dessa tecnologia no Brasil com apoio da Única (União da Indústria da Cana-de-Açúcar), estará entre as atrações do evento "Brasil Biocombustíveis", que será inaugurada nesta segunda-feira (17), no Hotel Grand Hyatt em São Paulo. O evento ocorre paralelamente à Conferência Internacional sobre Biocombustíveis, organizada pelo governo federal no mesmo local. O projeto do veículo é uma iniciativa da montadora sueca de caminhões e ônibus Scania, inicialmente desenvolvido no Brasil na década de 1980 e posteriormente aperfeiçoado na Suécia. O ônibus estará na exposição juntamente com um avião também movido a etanol e modelos de carros com tecnologia flex fuel."O foco no evento será expor os benefícios para o meio ambiente da substituição do diesel por etanol de cana, um biocombustível renovável e limpo", afirmou o consultor de emissões e tecnologia da Unica, Alfred Szwarc. "O etanol reduz a poluição local do ar em 90% de material particulado e 60% de óxidos de nitrogênio, além de não conter enxofre. A substituição de mil ônibus a diesel por estes que são movidos a etanol evita a emissão de 96 mil toneladas de CO2 por ano. Isso equivale às emissões de uma frota de 20 mil automóveis movidos a gasolina por um ano inteiro", acrescentou.O uso de etanol para o transporte coletivo nos grandes centros urbanos, visto por especialistas como uma das saídas para reduzir a emissão de gases de efeito estufa, vem sendo demonstrado em algumas cidades do mundo além de São Paulo. Desde 1993, Estocolmo vem utilizando combustíveis renováveis no transporte urbano para combater o aquecimento global e promover a sustentabilidade. Para os apoiadores do projeto, a idéia é multiplicar a iniciativa sueca dentro do chamado Projeto Best (Bio Ethanol Sustainable Transport ou Etanol para o Transporte Sustentável). Hoje, são 600 ônibus rodando em várias cidades da Suécia, 400 deles na capital, capacitados a operar com motor a diesel adaptado para operar com 95% de etanol e 5% de um aditivo especial, que promove a ignição.BrasilNo Brasil, o Projeto Best está em operação desde outubro de 2007, sob a coordenação do Cenbio (Centro Nacional de Referência em Biomassa), do Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP, com o apoio da União Européia e parceria de várias empresas e entidades, entre elas a Unica, que responde pelo abastecimento do etanol utilizado no projeto e contribui para sua divulgação.No primeiro ano de demonstração na capital paulista, o ônibus do Projeto Best vem percorrendo um circuito regular no corredor metropolitano São Mateus/Jabaquara, em São Paulo, gerenciado pela Emtu/SP (Empresa Municipal de Transportes Urbanos). Posteriormente, o veículo deverá entrar em trajetos dentro de outros municípios paulistas.O evento "Brasil Biocombustíveis" está sendo realizado pela Abex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) e pelo Apla (Arranjo Produtivo Local do Álcool). São aguardados 2,5 mil conferencistas e cerca de 80 ministros estrangeiros, principalmente dos Estados Unidos e União Européia, que já lidam com a tecnologia dos biocombustíveis, além de representantes da imprensa internacional e de empresas estrangeiras.O governo vai aproveitar ainda para disseminar no evento o uso da tecnologia flex, desenvolvida no Brasil, que permite que um automóvel seja abastecido tanto com etanol quanto com gasolina, ou com qualquer mistura entre os dois. Hoje, quase 90% dos veículos comerciais leves vendidos no Brasil são flex.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por O Estado de S. Paulo

Etanol deixa Itamaraty em alerta
O Brasil sedia esta semana a Conferência Internacional sobre Biocombustíveis: Os biocombustíveis como vetor do desenvolvimento sustentável. O evento, que será realizado entre 17 e 21 de novembro, em São Paulo, vai reunir representantes de quase 50 países, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, e especialistas do governo e do setor. Eles vão debater a experiência brasileira de quase 35 anos na produção e utilização do etanol.Um dos objetivos da conferência, segundo o Ministério da Agricultura, é contribuir para a discussão internacional sobre os desafios e oportunidades gerados pelos biocombustíveis. Atualmente, a cana-de-açúcar, tem seu plantio ocupando menos de 1% do território nacional e representa cerca de 16% da matriz energética brasileira. Cerca de 57% da produção de cana é consumida com a fabricação de etanol.Segundo o minsitro Reinhold Stephanes, o Brasil foi o país que mais cresceu na produção agrícola nos últimos sete anos e deve manter seu posto. "No prazo de 15 anos devemos manter uma condição favorável de crescimento na produção agrícola para o consumo interno de alimentos, energia limpa e exportação". O ministro acredita que durante esse período não haverá competição entre alimentos e bionergia na agricultura nacional, como ocorre com o milho nos Estados Unidos.A conferência será dividida em duas partes. Uma com cinco sessões plenárias abertas ao público, nos dias 17, 18 e 19, e outra intergovernamental, nos dias 20 e 21, com a participação de autoridades do poder executivo. Segurança energética, produção sustentável, agricultura e processamento industrial, especificações técnicas, comércio internacional e mudanças climáticas também serão temas em debate.Dados da Secretaria de Produção e Agroenergia (SPAE), do Ministério da Agricultura, mostram que os investimentos vindos de fora do país já atingem 15% do total de recursos aplicados nos setores industriais do açúcar e do álcool brasileiros. A frota de veículos flex fuel já ultrapassa os seis milhões de unidades e o consumo de etanol já é maior que o de gasolina no Brasil. A previsão é de que sejam investidos, até 2012, R$ 30 bilhões na instalação de novas indústrias produtoras de etanol no território nacional.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Gazeta Mercantil

BNDES lança livro para divulgar etanol brasileiro no mundo
Bioetanol de Cana-de-Açúcar - Energia para o Desenvolvimento Sustentável é o título do livro que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lança amanhã (17), na abertura do Seminário Internacional sobre Biocombustível, em São Paulo.Com a íntegra disponível no site www.bioetanoldecana.org, o livro Bioetanol de Cana-de-Açúcar – Energia para o Desenvolvimento Sustentável foi elaborado e escrito pelo professor Luiz Augusto Horta Nogueira, da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), com base em pesquisas realizadas por cerca de 30 especialistas. Também colaboraram com a iniciativa, a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) e o Escritório Regional da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) para a América Latina e Caribe.O trabalho é o primeiro que consolida os diversos aspectos do setor, sendo obra coletiva, porém redigida por uma só pessoa. Disso resultada, na avaliação do BNDES, "sua singularidade que é a grande unidade de estilo e conteúdo, garantindo-lhe coerência interna".O objetivo da obra é tornar o etanol brasileiro mais conhecido no mundo, vencer a barreira de desconfiança que ainda cerca o produto no que diz respeito a aspectos diversos da cadeia produtiva, e servir de subsídio para a abertura de um diálogo internacional no sentido de construir um mercado mundial de biocombustíveis, especificamente o etanol da cana-de-açúcar.O livro é uma compilação didática das principais características do etanol brasileiro, suas vantagens econômicas, sociais e ambientais e as diferenças entre o produto brasileiro, derivado da cana, o norte-americano, extraído do milho, e o europeu, retirado da beterraba e do trigo.Para o chefe de Departamento da Área de. Planejamento do BNDES, Paulo de Sá Campello Faveret Filho, o livro foi o modo encontrado pelo governo federal para vencer a desconfiança que ainda cerca o etanol brasileiro em alguns países, principalmente por causa da desinformação.Segundo Campello, a obra apresenta "de maneira coerente, e muito consistente", o etanol para leigos, especialmente estrangeiros."Nossa intenção é que ele ajude a eliminar uma parte da desinformação que existe e a consolidar o produto como uma commodity energética de primeiro nível".Para o autor do livro, Horta Nogueira, a desinformação sobre o etanol não é gratuita."As empresas que estão bem, do ponto de vista da energia e a exportam para o mundo, sempre colocaram obstáculos ao uso do etanol. Mas é hoje transparente que vários países podem reduzir as suas importação de combustíveis e dinamizar a sua economia apenas substituindo os derivados fósseis [petróleo, carvão e derivados] por produto local proveniente da cana, gerando emprego e renda".Para ele, o problema é que além de enfrentar a barreira de países poderosos, como os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), é necessário produzir etanol em bases não-sustentáveis. "O etanol que é produzido na Itália, na Alemanha, usa o trigo como matéria prima e isto afeta diretamente a produção de alimentos. Outros usam a beterraba, o milho e não a cana".A proposta do governo, tendo como ponta de lança o BNDES, é promover no início do próximo ano um road show (evento itinerante) para levar informações sobre o etanol a pelo menos quatro grandes blocos continentais: América do Norte, América Central e Caribe, América do Sul e Europa.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Brasil - ABr

Governo monitora estoques de álcool
A projeção de aperto dos estoques de álcool na entressafra motivou o governo a adotar medidas para acompanhar o mercado desse combustível no País. A Agência Nacional de Petróleo (ANP) instituiu uma sala de monitoramento cuja primeira reunião ocorrerá no início de dezembro, após a divulgação do balanço do mês pela União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica). Há um mês viemos nos reunindo com distribuidoras e usinas para levantar a condição de estoques na entressafra.Essa rodada de conversas trouxe a constatação de que, por enquanto, eles serão apertados, mas o abastecimento será regular. Mas decidimos monitorar com o setor regularmente para evitar que haja estrangulamento, diz Edson Silva, superintendente de Abastecimento da agência.Ele não informou os estoques estimados para a entressafra e nem o consumo, mas afirmou que um levantamento minucioso está sendo feito e que essa expectativa será divulgada via resolução da ANP no Diário Oficial da União no mês de dezembro. Tornaremos públicas essas informações, avisa.Nas reuniões feitas na ANP, Silva afirma que as distribuidoras informaram que estão, na média, com 80% da demanda de álcool anidro estimada até abril do ano que vem negociadas em contrato com as usinas. Além disso, a Unica nos informou que é possível que as usinas iniciem a moagem mais cedo na próxima safra, uma vez que sobrará muita cana em pé neste ano, afirma. Silva acrescenta que a Unica também estaria orientando seus ssociados a direciona remaprodução para anidro, em detrimento do hidratado, informação que foi negada pelo diretor-técnico da Unica, José Pádua Rodrigues. A produção de anidro está maior porque este tipo de álcool está remunerando 20% mais do que o hidratado. É uma questão de mercado, protesta Rodrigues.Mistura na gasolinaSilva, da ANP, afirmou que o objetivo da sala de monitoramento é evitar que ocorram estrangulamentos repentinos no abastecimento que obriguem o governo a tomar medidas drásticas como reduzir o percentual de mistura de álcool à gasolina, atualmente em 25%. A agência é contra qualquer redução neste percentual. Com esse monitoramento, vamos fazendo os ajustes necessários, como direcionar a produção de hidratado paraanidro. Em momento em que o Brasil faz esforço para ser grande exportador, não transmite uma boa imagem qualquer intervenção que sinalize problemas de abastecimento, afirma Silva.O consumo de álcool continua aquecido no mercado interno. De acordo com dados da ANP, de janeiro a setembro deste ano, o Brasil consumiu 14 bilhões de litros de álcool, dos quais 4,6 bilhões de anidro (misturado à gasolina) e 9,4 bilhões de hidratado, este último superando todo o consumo dos 12 meses de 2007 (9,3 bilhões).
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Gazeta Mercantil

Produção brasileira de biocombustíveis não ameaçaria a de alimentos
Ao contrário do que ocorre nos Estados Unidos, não há competição entre a produção de biocombustíveis e a de alimentos no Brasil. A conclusão é da tese de mestrado em Agronegócio de Dora Isabel Hernández, estudante da Universidade de Brasília (UnB).De acordo com a tese Efeitos da Produção de Etanol e Biodiesel na Produção Agropecuária do Brasil, o país tem áreas suficientes para produzir cana-de-açúcar e oleaginosas destinadas, respectivamente, à produção de etanol e de biodisel, sem que seja necessário ocupar terras de outras culturas, como soja, milho, feijão, algodão e arroz.- A agricultura brasileira pode produzir um bem escasso, a energia renovável, que é mais amigável ao meio ambiente que o petróleo - assinala o professor da UnB Flávio Borges Botelho, orientador da tese defendida por Dora Hernández.Segundo o professor, o Brasil tem espaço para expandir a produção de bioenergia sem que isso afete a floresta Amazônica ou a produção de alimentos em outras regiões.- Vamos converter basicamente área de pastagem em área cultivada [com cana e oleaginosas destinadas, respectivamente à fabricação de etanol e biodiesel] - disse.- Já nos Estados Unidos (EUA), eles ocupam a área destinada à produção de milho, destinada à ração animal, para cultivar o grão que é usado na fabricação de etanol - acrescenta Botelho.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por JB Online

Pesquisador cearense cria etanol a partir da mandioca
O biólogo cearense Alexsandro Sobreira Galdino, 30 anos, conquistou, no Distrito Federal, o primeiro lugar da primeira edição do Prêmio Regional Jovem Inventor, promovido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Distrito Federal (Fap/DF). A solenidade acontecerá no próximo dia 19 de novembro, em Brasília.Intitulado "Levedura modificada para produção de etanol a partir do amido da mandioca", o trabalho é fruto da sua tese de doutorado em Biologia Molecular, pela Universidade de Brasília (UnB). Conforme explicou Galdino, a invenção que será premiada consiste na modificação da levedura Saccharomyces cerevisiae, que não possui a enzima necessária para transformar o amido, principal fonte de energia da mandioca, em glicose. Esta transforma o amido em etanol.Para obter esse resultado, o biólogo, que é bolsista do Pós-Doutorado em Biologia Molecular na UnB, conta que foram adicionadas à levedura as enzimas "amilase" e "glicoamilase". Juntas, elas geraram o etanol a partir da mandioca, "fornecendo outro substrato para produzir o álcool, que hoje, no País, é todo produzido a partir da cana-de-açúcar", explica. A descoberta, no entanto, não pretende substituir a produção do álcool por meio da cana-de-açúcar. Pelo contrário. Conforme o pesquisador, a idéia é que a fabricação do produto, através da mandioca, aconteça somente nos períodos de intersafra da planta, evitando que os preços aumentem a garantindo que a produção de etanol não seja interrompida."A vantagem é que todo o álcool é produzido da cana-de-açúcar, que tem ciclo de seis a sete meses. Nos cinco meses seguintes o País fica sem produzir álcool, aumentando o valor do produto. Com a mandioca, tem-se a produção do etanol o ano todo, além de o custo ser quatro vezes menor, podendo ser feito por pequenos produtores e empregando mais", diz.Na opinião de Galdino, o mais importante na premiação é o reconhecimento do trabalho, que também foi realizado pelos professores Doutores Fernando Araripe Gonçalves (orientador da tese); Cirano José Ulhôa (co-orientador) e Lídia Maria Pepe de Moraes (co-orientadora).
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Diário do Nordeste

BNDES vê expansão de 81% em biocombustível
Crise, no entanto, poderá afetar projeções para 2010; conferência internacional discute tema em estudo elaborado pelo BNDES a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirma que a demanda mundial por biocombustíveis alcançará 101 bilhões em 2010. O resultado representaria um aumento de 81,3% em relação ao patamar de 2007, de produção de 55,7 bilhões de litros. As previsões indicam que a equiparação entre oferta e demanda só deverá ocorrer em 2015, quando a produção chegar a 162 bilhões de litros para um patamar de demanda de 150 bilhões de litros. As informações fazem parte do livro "Bioetanol de Cana-de-açúcar Energia para o Desenvolvimento Sustentável", que será lançado pelo presidente amanhã durante a Conferência Internacional sobre os Biocombustíveis, em São Paulo. Apesar do cenário positivo projetado no livro, Júlio Ramundo, superintendente da área de Indústria do BNDES, diz que a crise no mercado financeiro está levando empresas a reverem planos de investimento. Ele diz não ter havido impacto nos pedidos de financiamento feitos ao banco. "A falta de crédito generalizada afeta todos os setores. O setor já vinha de uma situação de preços que não era das mais favoráveis, mas o banco vê isso como uma situação conjuntural. Os projetos que estão em sua fase inicial estão sujeitos a revisão das decisões de investimento. O tempo de maturação desses projetos é longo, e quando os pedidos chegam ao banco, o empresário já tomou a decisão de investir. Não houve desistência", disse. A participação dos empréstimos para o setor sucroalcooleiro no total de financiamentos do BNDES saltou de 1,53% em 2004 para quase 8% de janeiro a outubro deste ano. De acordo com o banco de fomento, já foram liberados este ano R$ 5,22 bilhões para o setor. Do total desembolsado pelo BNDES em 2008 para o setor, R$ 2,31 bilhões foram destinados à fabricação de álcool. O restante estava relacionado a investimentos em co-geração, cultivo de cana e produção de açúcar. A carteira de projetos do banco soma R$ 12,415 bilhões, entre operações em perspectiva, em consulta, em análise, aprovadas ou contratadas, com um total de 78 projetos. Divulgação Com o objetivo de abrir espaços na economia mundial para o álcool, o BNDES programou viagens de divulgação do livro "Bioetanol de Cana-de-açúcar -Energia para o Desenvolvimento Sustentável" por América do Norte, América Central, Europa e África em 2009. Luiz Augusto Horta Nogueira, organizador do livro, diz que o principal entrave para a inserção do álcool como commodity é a desinformação. "Para nós, o álcool já se tornou parte do cotidiano, mas há quem não saiba nem que há uma parcela de álcool misturada à gasolina", diz ele. O estudo contesta também as afirmações de que a produção de álcool de cana-de-açúcar prejudica a produção de alimentos.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Folha de S. Paulo

MERCADO DE ENERGIA

Minc destaca potencial da matriz energética brasileira
"O esforço de manter uma matriz energética mais limpa é de todos nós - e a área ambiental não vai se recusar a dar sua contraparte", garantiu na quarta-feira (12/11) o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, durante a palestra "A matriz energética e o meio ambiente", proferida no segundo dia do seminário "A Nova Matriz Energética Brasileira." O evento foi promovido em Brasília, pelo Tribunal de Contas da União, para debater a infra-estrutura do País a partir dos insumos energéticos disponíveis. "O Brasil é a terra do sol, da biomassa e dos ventos", disse Minc. E reiterou: "Além de mais limpa, queremos uma matriz energética mais eficiente, que nos afaste do risco do apagão e da poluição, e que nos permita desenvolver um país mais igualitário, levando energia renovável para todos".Em sua exposição, o ministro lembrou que, comparativamente, o Brasil já possui uma matriz bastante limpa, por seu forte componente de energia renovável, oriundo da hidreletricidade - mas que ela está correndo riscos. "É verdade que, nos últimos leilões, o percentual de usinas térmicas a óleo e a carvão tem pesado parao lado de diminuir o peso da energia limpa e renovável na matriz, mas nada que tenha ainda tirado o mérito de ela ser essencialmente limpa e renovável."De acordo com Minc, muitas vezes se atribui ao setor ambiental a responsabilidade pela demora no licenciamento de novas hidrelétricas, o que acabaria forçando a entrada das usinas térmicas. Nesse sentido, lembrou que o governo reduziu etapas, tempo e burocracia no licenciamento ambiental sem que, com isso, se perdesse o rigor do processo. "Até porque você pode ser mais ágil e mais rigoroso", disse.Minc lembrou também que a segunda versão do Plano de Mudanças Climáticas inclui, além de metas de redução do desmatamento da Amazônia, outras de eficiência energética e de redução de perdas não-comerciais de energia.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Jornal A Hora Online

RS: Uruguaiana poderá contar com seis refinarias a partir do uso de biomassa
O Rio Grande do Sul poderá contar com seis refinarias a partir do uso de biomassa. A revelação é do empresário Onélio Pilecco, diretor-presidente da Pilecco Nobre Alimentos Ltda., de Alegrete.Para implementar o projeto a empresa criou o Projeto Inovação Tecnológica no Processamento de Biomassa Arroz e Floresta.Em breve será ativada uma usina experimental que utilizará casca de arroz e sobras das plantas de florestamento e reflorestamento para a produção da celulose da Metade Sul do Estado.Os subprodutos servirão de matéria-prima para a produção de sílica, elemento gerador de energia, juntamente com a casca e a palha de arroz.Recentemente Onélio Pilecco reuniu-se com o deputado Frederico Antunes (PP), com o secretário do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais (Sedai), Márcio Biolchi e a presidente da Caixa-RS, Suzana Cacuta, para consolidar a parceria com o Governo do Estado. "Existe um grande interesse no desenvolvimento de tecnologias novas no Rio Grande do Sul", explicou o empresário. "A idéia é agregar valor à produção primária da Metade Sul, explorando as atividades vocacionais da região", acrescentou Onélio.A planta piloto funcionará em Alegete e servirá de testes para a produção de energia em escala industrial. "Será um salto tecnológico muito importante para o Estado poque existe uma corrida mundial em busca de energias limpas, alternativas e renováveis", afirmou Frederico Antunes. A unidade experimental terá capacidade de produção de cinco megawatts , suficiente para abastecer uma cidade de 33 mil habitantes.A Pilecco desenvolve o projeto de biomassa, a partir da casca de arroz e de subprodutos do florestamento, através de uma subsidiária, a GEA – Geradora de Energia Elétrica Alegrete Ltda. A empresa firmou convênio com instituições de ensino e pesquisa, além de entidades empresariais, com o Instituto Riograndense do Arroz (Irga) e profissionais liberais.A viabilidade financeira conta com apoio da Caixa-RS e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A empresa japonesa Mitsubishi Security está integrada para a geração de créditos de carbono, num total de aproximadamente 400 mil toneladas de CO2 pelo período de dez anos.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Vitrine Digital

Empresas cobiçam fonte de energia do futuro na Bolívia
A 3.600 metros no nível do mar, numa remota região dos Andes, o governo da Bolívia tenta dar os primeiros passos para a exploração do mineral que pode se transformar no combustível do futuro e revolucionar a indústria automobilística. O mineral é o lítio e a região, o Salar de Uyuni, em Potosí, no sudoeste do país. O salar é um gigantesco deserto de sais que concentra as maiores reservas de lítio do mundo - 50,5% do total, segundo estimam autoridades americanas. Substância estratégica e rara, o lítio alimenta a indústria de telefones celulares, de laptops e de outros eletroeletrônicos servindo como elemento-chave das baterias. Além disso, é empregado na indústria química, metalúrgica, cerâmica em reatores nucleares. Mas é a possibilidade de que venha a se tornar a matéria-prima de baterias de alto rendimento dos carros elétricos do futuro, em estudo por diversas montadoras, que faz com que a reserva seja cobiçada por empresas estrangeiras. No ano passado, o presidente Evo Morales deu sinal verde para a construção de uma planta-piloto para produção de carbonato de lítio. A obra, orçada entre US$ 6 milhões e US$ 7 milhões, está em andamento. Além de dar início à fábrica, Morales também abriu as portas para negociações de possíveis parcerias com o capital privado para a industrialização do lítio em maior escala. Até agora, companhias de ao menos quatro países já procuraram La Paz para discutir futuras condições de investimento e de acesso à região, disse ao Valor na semana passada o diretor-geral do Ministério de Minería y Metalurgia da Bolívia, Freddy Beltran. "Pelo menos até a escala piloto, o projeto é estatal. Mas é possível que a fase industrial seja fruto de investimento misto. Mais de sete empresas já manifestaram interesse. Já tivemos várias reuniões e as que têm se mostrado mais interessadas são a Sumimoto e Mitsubishi (japonesas) e Bolloré (francesa)", conta Beltrán, Segundo ele, empresas da Rússia e da Coréia do Sul também procuraram o governo. Por enquanto, as companhias dizem estar interessadas em participar da produção de carbonato de lítio (substância empregada nas baterias), mas Beltran tem dito que o governo quer parcerias que possibilitem a produção de derivados que necessitam de investimento e tecnologia, como o cloreto de lítio, o hidróxido de lítio ou o lítio metálico. Morales falou até de um dia o país ter sua própria fábrica de baterias de automóveis - o que seria um salto e tanto para o país mais pobre da América do Sul. O presidente boliviano tem motivos para tanta empolgação. "A demanda por lítio não vai dobrar; vai se multiplicar por cinco", declarou recentemente o gerente-geral da Mitsubishi em La Paz, Eichi Maeyama. A empresa espera lançar em breve seu primeiro carro elétrico e estima que a demanda mundial pelo mineral ultrapasse a oferta em menos de dez anos se novas fontes de fornecimento não forem encontradas. "Vamos precisar de mais fontes de lítio e 50% das reservas de lítio do mundo estão na Bolívia", lembra Maeyama. Assim como a montadora japonesa, a Mercedes tem testado uma versão elétrica do Smart. A BMW faz o mesmo com o Mini. GM e Toyota também trabalham em modelos que rodem com eletricidade. Em todos os casos, as baterias de lítio serão fundamentais. O lítio, mais do que a maioria de outros materiais, tem a faculdade de permitir que uma quantidade maior de energia seja armazenada em baterias mais leves e menores. O mineral é encontrado em rochas ou, no caso da Bolívia, em reservatórios de salmoura que se estendem abaixo do deserto de sal. As maiores reservas de lítio do mundo são, depois da Bolívia, o Chile (com 28%) e a China (10,3%), segundo o capítulo sobre lítio do Sumário Mineral de 2008, do Departamento Nacional de Produção Mineral, órgão do Ministério das Minas e Energia do Brasil. As informações são em parte baseadas no U. S. Geological Survey - Mineral Commodity Summaries de 2008. Estima-se que os EUA (3,8% das reservas) sejam o maior produtor e consumidor mundial. Depois vêm Chile, Austrália e China. Em 2007, o Brasil produziu 1,7% do total mundial, ou 25.160 toneladas. A Bolívia tentou entrar nesse mercado nos anos 90. Mas a negociação do governo com uma empresa americana foi bombardeada por movimentos sociais que diziam que o contrato negociado era lesivo ao país e não traria oportunidades à população, conta Beltran. O governo Morales aposta numa receita diferente. "As empresas sabem que não vamos dar o lítio de presente e que vamos procurar a industrialização", diz ele. A Bolívia não tem sido um país atraente para investimentos, mas se a demanda pelo lítio crescer de acordo com o esperado, aumentam as chances de que o capital privado relegue inseguranças jurídicas e políticas para ter acesso à reserva. Em editorial recente, o jornal "El Razón" cita estudo de William Tahil, do Meridian International Research, que diz que apesar dos desafios, "a Bolívia pode virar a nova Arábia Saudita do mundo."
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Valor Econômico

MERCADO DE BIODIESEL

Arthur entrega à Dilma projeto para produção de biodiesel na PB
O presidente da Assembléia Legislativa, deputado estadual Arthur Cunha Lima (PSDB), vai entregar nesta segunda-feira, 17, à ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, um projeto que objetiva a produção de 150 milhões de litros de biodiesel ao ano, com o cultivo de 113 mil e 400 hectares de pinhão manso, em 90 municípios do semi-árido paraibano. Arthur participará da "Conferência Internacional sobre Biocombustíveis: os biocombustíveis como vetor do desenvolvimento sustentável", que será aberta em São Paulo. Ele representará o Governo do Estado e a União Nacional dos Legislativos Estaduais (Unale). A ministra Dilma Rousseff é uma das principais palestrantes da conferência. O projeto que o presidente da Assembléia entregará à ministra Dilma Rousssef trata-se de uma Parceria Público Privada. A Bionor é a empresa privada que atuará como integradora. Será a responsável pelo fornecimento de mudas de pinhão manso, ferramentas e de insumos, capacitação e assessoria técnica. O projeto é inédito. Conta com apoio e acompanhamento do College of Science e do RaD Center of Bio-Technology da Universidade de Sichuan, dirigido pelo professor Chen Fang, responsável direto pela variação genética do pinhão manso, que alcança 63% de óleo em sua amêndoa. Serão gerados 394 empregos diretos, com geração de renda de R$ 8 mil ao ano para cada uma das 22.680 famílias produtoras. Estima-se ainda mais 120 empregos indiretos na construção civil.Na Paraíba, os 90 municípios já assinaram o termo de adesão ao programa. Estima-se o cultivo de 113 mil hectares ou 22.600 módulos de cinco hectares cada. Todo o processo será automatizado e funcionará por 24 horas, com vários pontos de controle de qualidade. A família que produzir 3 mil quilos de sementes ao ano terá um ingresso de R$ 8 mil nesse mesmo ano, só com a produção de óleo. O custo calculado para implantação desse projeto é de R$ 2.500 por hectare, para implantação do cultivo e cuidados nos três primeiros anos. Cada família pode buscar um empréstimo de R$ 12.500 por módulo de cinco hectares. Esse empréstimo pode ser financiado em até oito anos, com carência de três ou quatro anos e juros de 1% a 5% fixos ao ano, via PRONAF Florestal. Os investimentos globais na implantação, que incluem até os impostos, ficam em torno de R$ 209 milhões e 800 mil. Os equipamentos das usinas e esmagadoras não possuem similares no país e serão produzidos no Brasil com tecnologia da Universidade de Sichuan. Os equipamentos das usinas de co-geração serão adquiridos no Brasil. Além da unidade de produção de biodiesel situada em Cajazeiras, estão projetadas quatro unidades de extração de óleo (esmagadoras) e usinas de co-geração de energia. Elas ficarão em Cajazeiras, Patos, Pombal e Itaporanga. Serão instalados quatro berçários (viveiros) situados nos municípios de São João do Rio do Peixe, Patos Pombal e Itaporanga. Ainda existirão mais cinco unidades de armazenagem (esmagadoras e usinas) e uma propriedade- escola por município. É um projeto integrado, onde o produtor pode associar atividades diversas como a apicultura, a pecuária e a produção de óleo para biodiesel. A Conferência Internacional de Biocombustível está sendo organizada pelo Grupo Interministerial de Trabalho, integrado pelo Ministério das Relações Exteriores; Casa Civil da Presidência da República; Ministério de Minas e Energia (coordenadores); Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Ministério do Meio Ambiente; Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; Ministério da Ciência e Tecnologia; e Ministério do Desenvolvimento Agrário. Os documentos de trabalho foram elaborados pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).A Conferência Internacional, que termina no dia 20, pode ser acompanhada também pela transmissão ao vivo de todos os dias do evento, através do site: www.biofuels2008.com/br/A plantaO pinhão manso é uma espécie nativa da região do Mato Grosso, Paraná e do Paraguai. Sua planta chega a 3 metros de altura e a colheita dos frutos pode ser feita manualmente. Tem vida útil de até 50 anos. Geneticamente melhorada na universidade chinesa de Sichuan, suas sementes têm nível de 47% de óleo. É praticamente imune a ataques de insetos e doenças. Desenvolve-se em áreas áridas e semi-áridas, com precipitações mínimas de 200 milímetros ano, como as registradas no semi-árido e sertão paraibano. Pode ser plantada em todo o tipo de solo (arenoso, calcário, salino ou pedregoso, com espaçamento de 3 metros por 2 metros. Com isso, a área pode ter cultivos intermediários como mandioca, feijão, abóbora ou pode ser usada para a criação de bovinos ou caprinos. Com esse espaçamento, a população de árvore chega a 2 mil e 500 árvores por hectare. O óleo para o biodiesel é extraído das amêndoas. A torta será desintoxicada e comercializada como ração animal. Parte da ração será direcionada aos produtores rurais para incremento da cadeia produtiva da pecuária.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Paraíba.com


MERCADO DE AÇUCAR & ÁLCOOL

Açúcar e álcool são os paradoxos da crise Empresário tradicional do setor sucroalcooleiro, Maurílio Biagi Filho já viu crises piores que a atual assolarem suas usinas. Mas não é só pela experiência que o usineiro acredita que o setor de açúcar e álcool tem bons fundamentos para enfrentar a crise de crédito. É também pela capacidade de traçar cenários precisos para o futuro. Essa capacidade rendeu a Biagi uma cadeira no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, órgão consultivo do presidente Luís Inácio Lula da Silva. É de se esperar um tom otimista de um conselheiro direto do presidente. Mas Biagi é contundente em afirmar que o cenário de restrição de crédito afeta seu setor e que, ainda assim, os mercados de açúcar e álcool têm perspectivas tão boas que podem garantir o capital de giro de que o setor precisa. De seu escritório em Ribeirão Preto (SP), Biagi controla hoje uma produção de 13 milhões de toneladas de cana por ano, divida entre sua usina Moema e outras seis nas quais sua holding tem participações. Gazeta Mercantil - Como a retração do crédito está atingindo as usinas do País? A crise atinge igualmente todos os segmentos da economia. No caso do setor sucroalcooleiro, vínhamos de dois anos difíceis, embora a sociedade não tivesse essa percepção. Mas hoje temos fundamentos positivos, porque os preços dos nossos produtos estão muito melhores que dois anos atrás. Tanto que apenas uma empresa do setor entrou em recuperação judicial este ano. Em cenários de crise, é natural que as companhias que já estavam mal das pernas sofram mais. Gazeta Mercantil - Mas a falta de crédito não está afetando os projetos de expansão do setor? Das 32 usinas previstas para entrar em operação neste ano, 29 já entraram. E as que não começaram a funcionar tiveram atrasos que nada tem a ver com a atual crise. Entre o planejamento e a execução da obra, vão cerca de cinco anos. Não há ponto de retorno nem mais para os projetos previstos para começar a operar em 2009 também. Gazeta Mercantil - Já há capital garantido para os projetos que entrariam em operação em 2009? Com capital garantido ou não, são cerca de 30 novas usinas que devem começar a funcionar no ano que vem. São projetos que já não podem parar. E mesmo supondo que alguns projetos possam ser adiados, o cenário para os preços do açúcar e do álcool ficam até melhores. Gazeta Mercantil - Esperava-se uma alta do álcool, que não ocorreu. Isso já é um reflexo da crise? Temos baixos estoques de álcool, e os preços vão subir. Só não subiram significativamente ainda porque a retração dos bancos no mercado de crédito levou algumas usinas a vender estoques em um ritmo acelerado para gerar caixa rapidamente. Os preços já estão subindo para o consumidor, e vão começar a subir para os produtores com o fim da safra. No mercado externo, então, não podemos exportar mais nada. Gazeta Mercantil - As exportações de etanol podem parar de crescer? No ano que vem, o Brasil poderá exportar só 3,5 bilhões de litros de álcool, ou seja, cerca de um bilhão a menos que neste ano. Isso vai acontecer porque, mesmo considerando essas usinas que entram em operação agora, a demanda interna está muito aquecida. Gazeta Mercantil - A demanda por açúcar e álcool pode cair em um cenário de recessão? Nossos produtos não têm crise de demanda. Enquanto a indústria automobilística e os bancos enfrentam esse tipo de problema, as perspectivas para açúcar e álcool são excelentes. Brinco que, quanto maior a crise, mais as pessoas ficam nervosas e mais elas comem. O que acontece é que a produção mundial de açúcar é cinco milhões de toneladas menor que a demanda, por isso a tendência de preços é ótima. Gazeta Mercantil - E quanto ao álcool? O etanol ainda não é uma commodity. Estamos fazendo uma força imensa para que isso aconteça, mais ainda não ocorreu. Por isso, o Brasil é um exportador spot, ou seja, só oferece no mercado externo o seu excedente de produção. Nesse sentido, é o mercado interno que sustenta o setor e motiva os novos projetos. Por isso digo que, se os projetos de expansão do setor fossem prejudicados, e as novas usinas não entrassem em operação, o cenário ficaria melhor ainda. Gazeta Mercantil - Se o cenário para o etanol é bom, como é panorama para as cotações do açúcar? O preço do açúcar no mercado interno está estável em um patamar razoável. E o cenário internacional é muito bom. Tanto que o açúcar foi a commodity que menos caiu no mercado internacional, porque a demanda mundial é hoje quase cinco milhões de toneladas maior que a produção. Gazeta Mercantil - A desvalorização dos ativos é um problema? Ao mesmo tempo em que os ativos se desvalorizam, os produtos finais do setor estão em alta. Se a alta do dólar eleva as dívidas que as usinas têm em moeda estrangeira, por outro lado também aumenta os preços dos produtos. Uma compensa a outra. Gazeta Mercantil - A queda no valor das usinas pode gerar uma nova onda de aquisições? Toda crise é oportunidade. E não apenas para fusões e aquisições, mas também para rearranjos importantes, especialmente no sentido do ganho de escala dos negócios. O meu rearranjo fiz em 1997, quando o Bradesco entrou como meu sócio, pouco antes da crise pela qual o setor passou em 1998 e 1999. Aquela crise foi muito pior, quando houve os primeiros arranjos entre as empresas do setor. A crise só precipita, funciona como um catalisador. Gazeta Mercantil - Um desses arranjos recentes foi a fusão entre Santa Elisa e Vale do Rosário, que formou um grupo controlador da Crystalsev. Isso deturpou o sentido original da trading? O fato de passar a ter um controlador foi uma grande mudança para a Crystalsev [trading mantida em sociedade por 17 usinas]. Mas a Crystalsev continua prestando seus serviços, muito importante para os meus negócios e para o setor. Hoje, se Crystalsev, Copersucar e Cosan sentam à mesa, são quase 90 usinas se falando.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Gazeta Mercantil

Produtores de açúcar reúnem-se em Londres
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) será representado pelo coordenador-geral de Açúcar e Álcool, da Secretaria de Produção e Agroenergia, Cid Caldas, no 17º Seminário Internacional promovido pela Organização Internacional do Açúcar (ISO, sigla em inglês), de segunda-feira (17) a sexta-feira (21), em Londres. Ocorrerão paralelamente ao seminário, a reunião anual da Organização, do Comitê Administrativo e o encontro dos fornecedores de matéria-prima (cana e beterraba, por exemplo) para o açúcar, como o Brasil, União Européia, Índia, China, Tailândia e Austrália. Da produção brasileira de 32,7 milhões de toneladas, foram exportadas, de janeiro a outubro deste ano, 15,6 milhões de toneladas de açúcar.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Globo Rural

Açúcar: Alta no consumo
Pela primeira vez na semana, os contratos futuros do açúcar fecharam o dia em alta, na sexta, no mercado americano. O movimento altista se deveu às especulações de que os feriados que estão por vir nos Estados Unidos acabem elevando a demanda por suprimentos mais baratos. "Há uma série de feriados à frente - incluindo o Dia de Ação de Graças, Natal e feriado judaico. É quando o consumo sobe", resumiu à Bloomberg o diretor-geral da JKV Global, William Adams, de Chicago. Os papéis com vencimento em março fecharam com alta de 21 pontos na bolsa de Nova York, a US$ 1,198 por libra-peso. No mercado doméstico, a saca de 50 quilos fechou a R$ 30,68, queda diária de 0,36%, segundo o Cepea/Esalq. No mês, a commodity acumula perda de 0,78%.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Cepea/Esalq

União em defesa dos biocombustíveis
O zoneamento agroecológico da cana-de-açúcar deve ser anunciado hoje pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na Conferência Internacional sobre Biocombustíveis, que reúne representantes de mais de cem países em São Paulo. O zoneamento exclui os biomas da Amazônia e do Pantanal. "As áreas técnicas do governo estão fazendo um grande esforço para produzir um zoneamento de comum acordo entre as áreas agrícola e ambiental e que não deixe espaço para dúvidas sobre nosso cuidado com a preservação e a segurança alimentar", disse o presidente à Valor Especial, que circula hoje para assinantes e participantes da conferência.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Valor Econômico

Governo "segura" definição sobre zoneamento de cana
Lula vai a conferência, em SP, sem formalizar regras. Mais de um ano depois de assumir compromissos de que a produção de biocombustíveis no país não avançaria sobre a Amazônia nem tomaria áreas de cultivos de alimentos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegará à Conferência Internacional sobre Biocombustíveis sem formalizar as regras do zoneamento da cana-de-açúcar.Convocada pelo próprio Lula, a conferência ocorrerá na próxima semana, em São Paulo. Às vésperas da reunião, porém, Lula optou por adiar o anúncio das regras negociadas exaustivamente no governo."O presidente avaliou que não seria o momento adequado", afirmou o ministro Reinhold Stephanes (Agricultura). A expectativa agora, diz ele, é anunciar o zoneamento ainda antes de o ano terminar.Na semana passada, em reunião com seis ministros, Lula descartou o uso de uma medida provisória para proibir a expansão da cana-de-açúcar na Amazônia, no Pantanal e em seu entorno -áreas que somam 4,6 milhões de quilômetros quadrados-, assim como inibir a competição com o cultivo de alimentos, com medidas que vão além do estímulo, via crédito, para que a cana avance sobre pastos degradados.DiscursoEnquanto essas regras não forem formalizadas, seguem no discurso os compromissos de Lula de que a expansão da cana para a produção de álcool combustível se daria longe da floresta e não reduziria a produção de alimentos.Segundo a Folha apurou, o presidente considerou bastante restritivas as regras levadas a ele pelos ministros, a ponto de exigirem novas rodadas de negociações políticas.Há pressões, por exemplo, para liberar a área da bacia do Alto Paraguai, no entorno do Pantanal, região que já tem instaladas quatro usinas de produção de álcool.A exclusão no entorno do Pantanal da lista de áreas propícias à expansão da cana foi um dos pontos mais polêmicos da negociação interna no governo. Por ora, prevaleceu a posição do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, amparada numa antiga resolução do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente).Desde 1985, uma resolução do Conama proíbe a instalação de novas usinas na região. Mas há pedidos de licenciamento tramitando nos órgãos ambientais de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul. O governador Blairo Maggi (MT) se empenha pessoalmente em liberar a área.AmazôniaNo bioma amazônico, que Lula insiste não ser propício ao cultivo da cana, documento da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) apontou o crescimento do cultivo nos Estados do Acre, de Roraima e do Pará.Segundo projeção da empresa, vinculada ao Ministério da Agricultura, o município acreano de Capixaba deveria, até 2012, multiplicar por dez a área plantada.A Folha contou oito usinas funcionando e mais uma em implantação na área onde a expansão da cana está para ser proibida. No bioma amazônico, no Pantanal e na bacia do Alto Paraguai, a proposta dos ministros é impedir a instalação de novos empreendimentos.O objetivo do governo no zoneamento é orientar a expansão do cultivo de cana para áreas de pasto já degradado.O governo trabalha com estimativas segundo as quais as plantações de cana deverão crescer cerca de 7 milhões de hectares na próxima década. Isso corresponde a pouco mais do que a soma dos territórios dos Estados de Sergipe e do Espírito Santo.Segundo o Ministério da Agricultura, a safra de 2007/8 deverá alcançar 27 bilhões de litros de álcool. A cana-de-açúcar responde por 16% da matriz energética do país. O consumo do álcool combustível supera o da gasoline.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Folha de S. Paulo

Setor sucro-alcooleiro não retraiu investimentos, diz BNDES
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não detectou qualquer movimento no sentido de cancelamento ou mesmo adiamento de investimentos no setor sucro-alcooleiro, cuja concessão está em análise na instituição."Não há hoje na carteira que o BNDES tem em análise no banco, que é bastante expressiva, nenhuma notícia ou caso de desistência de solicitação de empréstimos. São inúmeros projetos e alguns com valores de financiamento muito expressivo. Essa é a notícia que eu acho mais relevante", afirmou superintendente da Área Industrial do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Júlio Raimundo.Segundo ele, porém, com a situação difícil e momentânea como a que vive o mundo hoje é natural que haja adiamentos de planos de investimentos. "Porque estamos falando de vultosas quantias. Independente disso, a sinalização que nós do BNDES temos dado às empresas é de crença muito grande no futuro do etanol - e isto não mudou em absoluto".Em sua avaliação, a crise afeta todos os setores, há falta de crédito generalizado e várias cadeias da economia estão sofrendo. "Obviamente que o setor de açúcar e de álcool também, uma vez que ele já vinha de uma situação de preço que não era das mais favoráveis desde o ano passado e na crise isto se agravou", admitiu.Ramundo fez as declarações na última semana, quando o BNDES liberou para a imprensa, detalhes do livro Bioetanol de Cana-de-Açúcar Energia para o Desenvolvimento Sustentável, que a instituição lança nesta segunda-feira, no Seminário Internacional sobre Biocombustíveis, em São Paulo.Também presente à entrevista, Carlos Eduardo Cavalcanti, chefe do Departamento de Biocombustíveis, lembrou que os crescimentos anuais dos desembolsos do BNDES têm sido da ordem de 80% em todo o complexo sucro-alcooleiro."A gente está falando em apoio ao aumento da capacidade produtiva do parque industrial. Da venda de equipamentos industriais e agrícolas para a cadeia, dos projetos de co-geração - que também vem crescendo ao longo dos anos - e falando também da participação do banco no capital de algumas empresas, até porque entendemos que o processo de consolidação do setor vai acontecer em algum momento".Cavalcanti informou que, juntando os produtos que o BNDES ofereceu ao setor no ano passado, o desembolso foi da ordem de R$ 3,6 bi."Um valor que por si só já é bastante expressivo, porque se vocês olharem todo o desembolso global do BNDES, este valor representa algo da ordem de 5,5% de todo o desembolso e vem sistematicamente crescendo".Segundo ele, a participação do setor nos desembolsos do banco, que no ano de 2004, quando foi lançado o carro flex, era da ordem de 1,5%, chegou no ano passado a 5,5%."E este ano dados até outubro indicam uma participação do complexo sucro-alcooleiro da ordem de 7,5%. Foram desembolsados R$ 70 bil e o setor representou R$ 5,2 bi".Cavalcanti adiantou que o banco tem hoje mais de 70 projetos na Carteira do Departamento de Bicombustíveis."São projetos em diferentes Estados, operações já em fase final de contratação e liberação de recursos, e operações ainda no início do processo analítico aqui no banco. A gente não tem nenhum registro de desistência das empresas que enxergam no segmento um setor estratégico no longo prazo".
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Brasil - ABr

Agronegócio da cana movimentou cerca de R$ 41 bilhões no Brasil em 2007 A competitividade do etanol frente à gasolina pode ser melhor entendida quando se analisam os números. Somente no ano passado o setor movimentou R$ 41 bilhões no Brasil.Embora a produção do bioetanol não mais seja subsidiada, como ocorreu no início do Proálcool, o combustível surge hoje como o substituto natural da gasolina e seu consumo atualmente já representa metade da procura pela gasolina.No ano passado, foram produzidos no país 30 milhões de toneladas de açúcar e 17,5 bilhões de litros de bioetanol. Foram exportados 19 milhões de toneladas de açúcar (R$ 7 bilhões) e 3 bilhões de litros de etanol (US$ 1,5 bilhão em divisas), representando 2,65% da economia nacional. Foram recolhidos R$ 12 bilhões em impostos e taxas e investidos R$ 5 bilhões em novas unidades agroindustriais.Os dados constam do livro Bioetanol de Cana-de-Açúcar – Energia para o Desenvolvimento Sustentável, a ser lançado amanhã em são Paulo. Segundo a publicação, a expansão da produção de bioetanol e açúcar nas últimas décadas ocorreu não apenas com o aumento da área cultivada, mas por meio de expressivos ganhos de produtividade nas fases agrícola e industrial, com aumentos anuais de 1,4% e 1,6%, respectivamente."O processo resultou em crescimento anual de 3,1% na produção de bioetanol por hectare cultivado, ao longo de 32 anos". O livro mostra que esse ganho de produtividade possibilitou que a área atualmente dedicada à cultura da cana para a produção de bioetanol (cerca de 3,5 milhões de hectares) represente 38% da terra que seria necessária no início do Proálcool, em 1975, para manter a produção e a produtividade atual."Esse notável ganho de produtividade que multiplicou por 2,6 o volume de bioetanol por área cultivada, foi obtido pela contínua incorporação de novas tecnologias", revela o livro.Contribui para o avanço do álcool na matriz energética brasileira o sucesso dos carros biocombustíveis (os flexs) que levou a produção de cana a saltar de 88,92 milhões de toneladas na safra 1975/76 para 489,18 toneladas na safra 2007/08. Com isso, a produção de etanol subiu de 0,6 milhão de metros cúbicos para 22,24 milhões de metros cúbicos diários, no mesmo período.Apesar da expansão, a cultura da cana ocupa apenas 9% da superfície agrícola do país, o terceiro em cultivo mais importante de área, depois da soja e do milho. Em 2006, a área colhida foi de 6,12 milhões de hectares, para uma área plantada de mais de 7,04 milhões de hectares e produção total de 457,98 milhões de toneladas. A expectativa é de melhora ainda mais essa performance admite Júlio Ramundo, superintendente da Área Industrial do Banco Nacional de desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)."O banco vem procurando incentivar a implementação de projetos voltados para a inovação tecnológica. O Brasil é reconhecidamente um líder no setor, mas outros países estão investindo fortemente em tecnologia, segunda geração de etanol, e o Brasil não pode perder a vantagem tecnológica que tem hoje".Júlio Ramundo lembra que o BNDES considera o apoio à inovação fundamental para a preservação da competitividade brasileira. "Por isso mesmo vem apoiando alguns projetos voltados para a inovação, seja na iniciativa privada, seja em alguns centros de pesquisa existentes no Brasil para o estudo de segunda geração".
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Brasil - ABr

Araçatuba: Região é a segunda com mais cana
A cana-de-açúcar já ocupa mais de 500 mil hectares de terras na região de Araçatuba. Trata-se da segunda maior área cultivada com cana dentre as 15 regiões administrativas do estado de São Paulo. A expansão na região também foi uma das maiores no Estado, perdendo apenas para a região de São José do Rio Preto, líder em áreas de expansão e área total cultivada. Os dados são do Canasat, um projeto do CTC (Centro de Tecnologia Canavieira) que fornece informações sobre a distribuição espacial da área cultivada com cana-de-açúcar na região Centro-Sul do Brasil utilizando imagens de satélites de sensoriamento remoto. A previsão para as próximas safras é de um crescimento menor por conta da conjuntura econômica internacional.Rio PretoDe acordo com os dados do projeto, a cultura na região para essa safra (2008/09) ocupa uma área de 118.020 hectares, número maior do que a área em expansão da safra 2007/08, de 102.846 hectares. A maior área de expansão nessa safra foi a da região de Rio Preto que ocupou 134.131 hectares. Segundo o Canasat, a expansão é a classe de lavouras de cana que pela primeira vez estão disponíveis para a colheita.A área total cultivada na região alcançou 512.603 hectares nesta safra, o que coloca a região na segunda posição dentre as regiões com maior plantio de cana. Rio Preto está em primeiro lugar no ranking com 632.039. No entanto, o maior crescimento em números relativos foi registrado na regional de Presidente Prudente, cuja área total cultivada nesta safra é 39,09% maior do que na safra anterior. Em segundo lugar está Araçatuba com crescimento de 28,82%. Rio Preto está na terceira posição com crescimento de 25,76%.A área total cultivada engloba as áreas com cana soca (cana que já passou por mais de um corte), reformada (que foram reformadas na safra anterior e estão disponíveis para colheita na safra corrente), expansão (disponíveis para a colheita pela primeira vez) e a área em reforma. A área total cultivada não inclui as lavouras de cana em área de expansão que estarão disponíveis para a colheita no ano safra seguinte.De acordo com o gerente geral de produtos do CTC, Luiz Antônio Dias Paes, o expressivo crescimento das áreas com cana na região de Araçatuba se deve à disponibilidade de terras, principalmente de pastagens, onde a cana está entrando. "Não que a cana não ocupou lugar de outras culturas, mas na região de Araçatuba é basicamente nas áreas de pastagens que a cana está sendo plantada", afirma.MigraçãoA ocupação se deu principalmente pelo histórico econômico. "A cana surgiu no momento em que a pecuária não estava remunerando bem. O curioso é que mesmo com a migração de uma atividade para a outra, a produção de carne no Estado se manteve, o que mostra uma otimização do espaço", disse.O crescimento no plantio de cana, segundo Paes, foi mais expressivo nos dois últimos anos. No entanto, a tendência é que nos próximos anos esse crescimento não se dê no mesmo ritmo. "A conjuntura atual, com menor rentabilidade e o baixo preço dos produtos vai mudar um pouco esse histórico", prevê. De acordo com o gerente, hoje o setor sucroalcooleiro vive dois lados negativos: a baixa remuneração dos produtos (açúcar e álcool) e custos de produção elevados.40 milhões de toneladas deixarão de ser colhidas A baixa rentabilidade do setor sucroalcooleiro nessa safra e o atraso na entrega de equipamentos para a inauguração de novas usinas vão resultar na impossibilidade de moer toda a cana plantada na região Centro-Sul. De acordo com o gerente geral de produtos do CTC (Centro de Tecnologia Canavieira), Luiz Antônio Dias Paes, cerca de 40 milhões de toneladas de cana deixarão de ser colhidas nesta safra. O número é dez vezes maior que o total de cana que restou em pé no final da safra 2007/08 (cerca de 4 milhões). "É o maior volume de cana no pé que tivemos notícia", diz. A produção do Centro-Sul é de aproximadamente 500 milhões de toneladas de cana.O principal motivo, segundo Paes, é o atraso na inauguração das novas unidades. Das 32 usinas previstas para entrar em operação nesta safra, três adiaram a inauguração para a safra 2009/10. "As 29 restantes entraram em operação com atraso considerável ou ainda têm esperanças de começar a moagem neste ano", diz. A Biopav, em Brejo Alegre, pertencente ao Grupo Equipav, que entrou em operação no mês passado é um exemplo. SatélitesAs imagens do Canasat são obtidas por satélites a cerca de 800 quilômetros de altitude e podem ser utilizadas para observar diversas mudanças que ocorrem na superfície terrestre, dentre elas, as culturas. O monitoramento é realizado pelo CTC desde 1999. A.G.Cultura ocupa um terço das terras, aponta Cati A cana-de-açúcar já ocupa pelo menos um terço do total de terras pertencentes à região administrativa de Araçatuba. A afirmação é do diretor da Cati (Coordenadoria de Assistência Técnica e Integral), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, Marcelo Moimáz. O percentual, apesar de parecer alto, é pequeno quando comparado ao da pecuária, que chegou a ocupar 70% do total da região.Segundo o diretor, o crescimento da cana-de-açúcar na região não atrapalha o desenvolvimento da agropecuária. "A cana-de-açúcar aumenta o valor da produção, gera mais riquezas quando comparada à pecuária (pastagens)", afirma. Por outro lado, a cultura provoca uma maior concentração de renda, além da monocultura. LicençaHá na região de Araçatuba 22 usinas em operação nesta safra. A expansão para as próximas safras deve ser bastante controlada. O governo do Estado lançou em setembro o zoneamento agroambiental do Estado. Só poderão se instalar em território paulista, usinas de açúcar e álcool que atendam a limitações ambientais e respeitem diversas regras. Caso contrário, a licença ambiental não será concedida. Em algumas pequenas regiões do Estado, não será autorizada a instalação de mais nenhuma planta produtora.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Folha da Região - Araçatuba/SP

MT: Produtores destacam a importância da cana-de-açúcar na matriz energética
A palha da cana gerada nos campos brasileiros pode tornar esta afirmação em realidade já no ano de 2012, segundo Eduardo Leão de Souza, diretor-executivo da União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Única), que participou no último dia 11 do painel Petróleo e derivados, gás e biocombustíveis - cenários de oferta e demanda, durante o seminário sobre a nova matriz energética brasileira, promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU).Leão informou que o plantio da cana-de-açúcar utiliza apenas 1% das terras aráveis do Brasil, sem afetar a produção de alimentos do país. Lembrou que, apesar do aumento da produção do etanol e do açúcar na última década, a produção nacional de alimentos dobrou.Quanto às perspectivas do mercado brasileiro, o representante da Única disse que, a cada ano que passa, os veículos leves são mais flex fuel. No "mbito internacional, afirmou que os Estados Unidos têm meta de consumo de etanol de 140 bilhões de litros para o ano de 2022. No entanto, hoje os EUA sobretaxam em US$ 0,54 o galão importado do Brasil.Além do combustível (obtido do suco), a bioeletrecidade (obtida da palha) da cana-de-açúcar tem até excedente a ser comercializado. Todavia, apesar da produção brasileira ser privilegiada, ainda enfrenta desafios, como estruturas distintas dos mercados de etanol e de gasolina e elevados custos de estocagem e carregamento do biocombustível.Para Leão, é necessária uma clara diretriz da participação do etanol na estrutura da matriz energética brasileira. Ele aposta em mudança na fonte de receita do setor sucroenergético para possibilitar maior exploração do etanol, que possui maior balanço energético (menor quantidade de combustível fóssil utilizado em sua obtenção) e sustentabilidade. Propõe que sejam levados em conta nesta análise os fatores econômico, ambiental e social para que, assim, sejam definidos os benefícios trazidos e os incentivos que o setor merece."O cenário econômico mundial oferece uma oportunidade ímpar para o Brasil se consolidar como líder global na política de combustíveis. E os benefícios para o país irão certamente além do aumento da produção de máquinas e insumos e de melhor impacto ambiental, por exemplo", concluiu.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por ExpressoMT/Portal AZ

SP anuncia investimento em pesquisas sobre bioenergia O governador do Estado de São Paulo, José Serra, anunciou hoje investimentos no valor de R$ 150 milhões para pesquisas em bioenergia a serem desenvolvidas pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Desse total, R$ 100 milhões serão investidos nos próximos dois anos. "Esses recursos serão destinados ao desenvolvimento de equipamentos, maquinário, variedades de cana-de-açúcar e para projetos ambientais em parceria com a iniciativa privada", disse.Serra citou como exemplos de empresas que participam das pesquisas a fabricante de máquinas Dedini e a petroquímica Braskem. "Isso vai assegurar o futuro do etanol no Estado de São Paulo", afirmou Serra, lembrando que São Paulo tem a matéria-prima mais competitiva do mundo (a cana-de-açúcar) e precisa continuar mantendo sua liderança.Ao deixar a 1ª Conferência Internacional sobre Biocombustíveis aberta hoje na cidade de São Paulo, Serra justificou sua saída informando que se dirigia a uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que também está na capital paulista. O governador de São Paulo se recusou, no entanto, a comentar a possível compra da Nossa Caixa pelo Banco do Brasil. "Esse assunto virou um samba de uma nota só", disse.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Estado

Contratos futuros do açúcar sobem em Nova York Cotações desta sexta dos contratos futuros do açúcar (112.000 libras cada) no Mercado do Café, Açúcar e Cacau de Nova York (centavos de dólar por libra):.contrato abertura máxima mínima fechamento variação.-------- -------- ------ ------ ---------- --------.Março 11,61 11,72 11,44 11,66 +0,09.Maio 11,95 12,02 11,78 12,00 +0,05.Julho 12,18 12,25 12,02 12,25 +0,11.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência EFE

ECONOMIA & MERCADO

Novos desafios para a política econômica
O novo quadro econômico global impõe profundas mudanças nas políticas econômicas dos países. Este é o grande desafio que se apresenta para a economia brasileira no curto prazo. Para além da superação dos problemas relativos à carência de crédito observada no mercado, haverá outras definições importantes. Muito do que vai ocorrer com a nossa economia no próximo ano vai depender fundamentalmente das escolhas que forem feitas no presente, especialmente no que se refere ao conjunto das políticas monetária, fiscal e cambial.No cenário internacional há sentimentos contraditórios. De um lado, afasta-se cada vez mais o risco de uma crise sistêmica nas finanças mundiais. Esse era um risco iminente a partir do pânico instaurado nos mercados depois de 15 de setembro, com a quebra do banco Lehman Brothers. Seguiu-se uma série de intervenções por parte dos bancos centrais e governos mundo afora, cuja conta já está perto dos US$ 4 trilhões. De outro lado, porém, fica cada vez mais evidente o efeito contágio nas economias centrais do capitalismo. O World Economic Outlook, relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgado na semana passada, acaba de reduzir o prognóstico do crescimento econômico mundial, de 3% para 2,2%, com destaque para a recessão iminente nos Estados Unidos e na Europa. O mesmo relatório aponta para uma contração de 0,3% para o conjunto dos países desenvolvidos, no próximo ano.Há uma crise grave - a mais intensa desde 1929 - e os governos e bancos centrais estão atentos, tomando medidas. Em alguns casos, reativas, mas, em muitos casos, preparativas para os novos tempos. Muitos reduziram as taxas de juros. Mas há também os países que adotam uma clara política econômica anticíclica, como é o caso mais evidente da China, que acaba de anunciar um pacote de investimentos em infra-estrutura da ordem de US$ 600 bilhões, para os próximos anos, com o claro objetivo de contrapor-se à queda da demanda global.Ao Brasil resta o desafio de ajustar as velas aos novos ventos. A queda nos preços internacionais das commodities e o desaquecimento da demanda global vão exigir do País maiores esforços para geração de excedente exportador. Isso, por outro lado, representa uma janela de oportunidade de o Brasil ajustar o câmbio, como de fato vem ocorrendo, aproveitando a onda deflacionista global. O desafio será evitar um overshooting cambial que viesse a gerar pressões inflacionárias adicionais, assim como a necessidade de elevação de juros, inviabilizando o crescimento econômico.No que se refere, por exemplo, à calibragem da taxa básica de juros, o risco é cometer um erro de avaliação, baseando-se em indicadores do passado e que não mais representam a nova realidade. A contração do crédito e do financiamento está provocando uma forte redução do ritmo de atividades. Daqui a seis meses, quando efetivamente as taxas de juros definidas agora passarem a fazer efeito na "economia real", um juro mais elevado pode vir a ser um fator adicional para derrubar uma já combalida economia. Daí a importância da combinação correta entre as políticas monetária, cambial e fiscal.A taxa de juros, assim como o câmbio, são variáveis determinantes para as decisões envolvendo importações, exportações e também investimentos produtivos. Da mesma forma, essas variáveis também impactam o custo de financiamento da dívida pública. A redução do custo do financiamento da dívida pública será um fator fundamental para definir o espaço para os investimentos públicos. Somente para efeito de comparação, enquanto o financiamento da dívida pública brasileira tem custado cerca de R$ 160 bilhões ao ano, o investimento público federal previsto para este ano deve chegar a R$ 17 bilhões. Ou seja, em tese, uma redução de 10% no custo de financiamento da dívida permitiria dobrar o investimento público, sem maior esforço fiscal. É só uma ilustração da importância de algumas das decisões para o futuro, o que nos exigirá determinação, além de uma clara definição de prioridades.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Antonio Corrêa de Lacerda - professor doutor da PUC-SP, doutor em economia pela Unicamp

Escassez de crédito na Rússia afeta exportador brasileiro
Os exportadores brasileiros assistem a uma queda brusca em suas vendas para a Rússia, um dos países mais afetados pela crise financeira global. A aguda escassez de crédito já comprometeu as vendas de manufaturados no país. É uma decepção para as empresas, que apostavam na Rússia como um dos mercados mais promissores. Agora se tornou um dos mais problemáticos. A filial brasileira da John Deere, fabricante de tratores e colheitadeiras, relata recuo de 50% nas encomendas a partir do mês de outubro. "Os volumes foram significativamente reduzidos pela dificuldade dos clientes em obter crédito para os financiamentos", explica Romário Saraiva, gerente de marketing de exportação da companhia. Como os pedidos são feitos com antecedência, os embarques não serão afetados em 2008, mas no próximo ano. Segundo o executivo, a Rússia está entre os países mais prejudicados pela crise, mas a empresa ainda está otimista. "É um mercado promissor, importante. Entendemos que deve ser passageiro", disse. Saraiva disse que a Rússia estava se transformando no maior mercado da empresa fora da América Latina. A Cerâmica Vila Rica, fabricante de azulejos situada em Minas Gerais, também relata que as vendas para a Rússia caíram pela metade. "O mercado está parado. Para nós, essa perda foi complicada", disse Danilo Marcon, gerente de exportação. Ele explica que os negócios estavam indo bem no mercado russo, que pagava preços remuneradores, uma vantagem importante em tempos de real forte. A Rússia se tornou o segundo mercado de exportação para a Cerâmica Vila Rica, perdendo apenas para a Argentina. As exportações devem representar 50% das vendas da empresa este ano, abaixo dos 60% de 2007. Marcon relatou atraso nos pagamentos vindos da Rússia por conta da falta de crédito. Ele afirmou que o país é tradicionalmente complicado e com risco de calote, mas que a empresa só opera com carta de crédito. Em outubro, quando a crise financeira se espalhou, as exportações brasileiras para a Rússia recuaram 36% em relação a outubro de 2007, segundo a Secretária de Comércio Exterior. As vendas de básicos, que representam mais de 60% do total embarcado para o país, recuaram 29%. Em manufaturados - mais sensíveis ao crédito -, a queda chegou a 62%. Os empresários aguardam os dados de novembro já que um mês não pode ser considerado tendência. A Rússia tem sido duramente atingida pela turbulência global. No início da semana passada, o banco central do país deixou a moeda local, o rublo, valorizar-se, após o governo ter indicado que vai abandonar a política de defesa da moeda, que caiu para o menor nível desde fevereiro de 2007. Com a fuga de capitais externos, a tentativa de sustentar a moeda já havia custado US$ 100 bilhões em reservas internacionais à Rússia. A crise financeira apanhou o país em um ciclo de forte expansão. Desde 1998, quando enfrentou uma de suas maiores turbulências, a economia russa cresceu, em média, 7% ao ano, embalada pelos altos preços do petróleo. O bom desempenho do país e a maior aproximação com o Brasil - o que contribuiu para o fim de barreiras sanitárias para produtos agrícolas importantes - impulsionou a corrente de comércio entre os países. Entre 2000 e 2007, as exportações brasileiras para a Rússia septuplicaram, atingindo US$ 3,74 bilhões no ano passado. De janeiro a outubro de 2008, os embarques chegaram a US$ 4,23 bilhões, uma alta de 41% em relação a igual período do ano anterior. As commodities, como carnes e açúcar, contribuíram significativamente para o crescimento, com as vendas subindo de apenas US$ 67 milhões para US$ 2,2 bilhões em oito anos. Os manufaturados também tiveram bom desempenho e as vendas aumentaram de US$ 66 milhões para US$ 499 milhões. Outra empresa que está preocupada com a crise na Rússia é a Marcopolo, que decidiu paralisar as atividades da fábrica que possui no país. Segundo Carlos Zignani, diretor de relações com investidores , o plano é gastar os estoques, que devem durar até dezembro, e interromper as atividades até março ou abril. "A unidade corre o risco de ser fechada", admitiu . Zignani contou que o setor automotivo enfrenta problemas no país, como falta de crédito, inflação alta e concorrência chinesa. O governo russo, conta ele, elevou recentemente o imposto de importação para ônibus, a pedido da Ruspromauto, sócia da Marcopolo no país. Com um produção de apenas 500 veículos por ano, a fábrica da Rússia não é muito importante para a Marcopolo, que prevê alta das exportações em 2009, quando entra em operação uma gigantesca unidade na Índia. Zignani ressaltou, porém, que a Rússia é o segundo mercado da empresa mais abalado pela crise, atrás apenas do México, que foi afetado diretamente pela crise nos Estados Unidos. A fabricante gaúcha de calçados Paquetá observa com atenção o desenrolar da crise na Rússia. De acordo com João Marcos Gimenes, gerente de exportação da Dumond, uma das marcas da empresa, os pedidos dos clientes russos foram finalizados antes da crise e estão em produção com embarque para dezembro. "Ficamos um pouco receosos com o problema de crédito, mas nosso distribuidor no país é muito forte", disse. O executivo explica que o impacto da crise russa só deve aparecer para a companhia em dezembro, quando começam as negociações da nova coleção. Entre os pedidos e a entrega dos calçados, o prazo chega a seis meses. Gimenes se mantém otimista e disse que a Rússia é um mercado importante, representando 20% das exportações da empresa. A Paquetá investiu no desenvolvimento de uma linha de calçados específica para a Rússia, onde o inverno é rigoroso.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Valor Econômico

"FMI deveria ter US$ 3 trilhões"
Prêmio Nobel de Economia de 2001, junto com o crítico da globalização Joseph Stiglitz e George Arkelof, o americano Michael Spence participou de um grupo de 20 economistas que elaborou um documento de sugestões aos líderes do G-20, numa tentativa de influenciar as decisões que acabam de ser tomadas ao fim do encontro de Cúpula dos chefes de Estado neste fim de semana em Washington.Em entrevista ao Estado por telefone, antes da conclusão da cúpula, Spence defendeu uma vigorosa ajuda financeira aos países emergentes, que, para ele, estão sofrendo com o corte súbito do crédito causado por razões que nada têm a ver com o fundamento de suas economias. Ele está relativamente otimista quanto ao Brasil e sugeriu um aumento da munição do Fundo Monetário Internacional (FMI) para até US$ 3 trilhões, que poderiam ser alcançados com o uso das reservas de China, Japão e países do Golfo.Coordenador do relatório final da Comissão do Crescimento, um documento sobre desenvolvimento elaborado durante dois anos por diversos especialistas e divulgado em maio de 2008, Spence acha que a atual crise mostra que uma ênfase maior deve ser dada à manutenção da estabilidade econômica e financeira. Mas ele é cético quanto a uma reforma da arquitetura financeira internacional a curto prazo, pois as causas da atual crise ainda não foram entendidas. Spence virá ao Rio nesta semana para o encontro da Associação Latino-americana e Caribenha de Economia e da sessão brasileira da Sociedade Econométrica Internacional (Lacea-Lames). A seguir, os principais trechos da entrevista.Qual deve ser a prioridade das autoridades econômicas mundiais neste momento?O mais importante, agora, é focar na crise financeira e econômica. O fato básico e simples é que os capitais estão saindo dos países em desenvolvimento, por causa dos balanços danificados nos Estados Unidos e na Europa. Não tem nada a ver com a situação econômica nos emergentes. Esses fluxos de capital têm de ser revertidos. Se o FMI tivesse ativos suficientes para apoiar aqueles países, poderia fazer. Mas não tem. Então, é preciso esquemas como o de swap (troca) de dólares do Fed (Federal Reserve, banco central americano).O sr. acredita num novo papel para o FMI, na esteira desta crise? Quando as pessoas falam de um novo papel do FMI, elas querem dizer uma entidade que tenha as funções atuais do FMI. Se o FMI pode ser reformado para representar esse novo papel, é uma outra questão. Mas o ponto sobre o qual todos concordam é a necessidade de uma entidade que tenha ativos substanciais ou uma capacidade substancial de acessar ativos, com autoridade e legitimidade para agir no contexto de uma crise. Esses ativos têm de ser muito maiores do que os US$ 250 bilhões do FMI. Um total de US$ 2 trilhões a US$ 3 trilhões parece adequado.De onde poderiam vir os recursos deste FMI ampliado?Os grandes detentores de reservas internacionais hoje são a China, o Japão e os países do Golfo. É preciso encontrar uma forma de os detentores destes grandes acúmulos de reservas as utilizem para estabilizar o sistema como um todo. O sr. tem parecido cético em relação a uma reforma a curto prazo da arquitetura financeira internacional.Pense bem: as mais sofisticadas instituições financeiras do mundo, repletas de algumas das pessoas mais inteligentes do mundo, conseguiram criar uma situação na qual havia tanto risco sistêmico que, quando a coisa estourou, cada uma daquelas instituições, praticamente sem exceção, estava danificada ao ponto de não poder atuar nem mesmo como intermediária no sistema de crédito e de pagamentos. Enquanto não sentarmos e pensarmos arduamente sobre isso, não podemos nem ao menos obter uma explicação coerente sobre o que aconteceu. Deveríamos admitir que não temos um conhecimento perfeito e colocar em marcha um processo planejado para tornar o sistema mais estável e seguro para todo mundo ao longo do tempo. Isso pode requerer mudanças freqüentes, à medida que descubramos coisas novas.Como o sr. vê a situação do Brasil nesta crise?As grandes economias em desenvolvimento bem administradas, como o Brasil, se sairão desta crise razoavelmente bem. Quer dizer, ninguém vai escapar, e é preciso ficar muito alerta para reagir adequadamente, e evitar danos maiores do que o inevitável. Mas acho que o Brasil está numa boa situação para fazer isso.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por O Estado de S. Paulo

Dr. Marcílio Novaes Maxxon
O combate à corrupção está intimamente vinculado à transparência.


*Leituras para Análise Estratégica eo Desenvolvimento do País:

Altos Estudos BrasileirosPor MARCÍLIO NOVAES MAXXONI- POLÍTICA E GESTÃO PÚBLICA:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/fevereiro_29.htmII- PPP-PARCERIAS PÚBLICO PRIVADAS:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/marco_28.htmIII- O PAPEL DA CÂMARA DOS DEPUTADOS:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/maio_09.htmIV- CÓDIGO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR DA CÂMARA DOS DEPUTADOS:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/maio_16.htmV- SENADO FEDERAL E CONGRESSO NACIONAL:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/junho_01.htmVI- PROCESSO LEGISLATIVO DO CONGRESSO NACIONAL, POR MARCÍLIO NOVAES MAXXON:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/junho_16.htmVII- O QUE É A LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL, E A LEI DE CRIMES FISCAIS. O ESPÍRITO DA LEI:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/julho_01.htm

Artigo: FBI - A Ciência da Inteligência e da Informação: http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/abril_11.htm
Por Marcílio Novaes Maxxon


Comissão de Assuntos Econômicos - CAE
Audiências Públicas e Reuniões Técnicas

03.06.2008 – Audiência Pública "Debate sobre o Marco Regulatório do Petróleo diante da perspectiva de descoberta e desenvolvimento de novas bacias petrolíferas na Camada do Pré-Sal”
ANPHaroldo Borges Rodrigues Lima, Diretor-Geral da Agência Nacional de Petrólio
IBPJõao Carlos França de Lucca, Presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustiveis
PetrobrasJosé Sérgio Gabrielli, Presidente da Petrólio Brasileiro S.A.
03.06.2008 – Audiência Pública "Debate sobre o Marco Regulatório do Petróleo diante da perspectiva de descoberta e desenvolvimento de novas bacias petrolíferas na Camada do Pré-Sal monetária” (Notas)
13.05.2008 – Audiência Pública “Diretrizes, implementação e perspectivas futuras da política monetária”
Banco Central do BrasilHenrique Meirelles, Presidente do Banco Central do Brasil

15.04.2008 – Audiência Pública "Critérios técnicos de repartição dos royalties provenientes da atividade de exploração petrolífera"
IBGEEduardo Pereira Nunes, Presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ANPHaroldo Borges Rodrigues Lima, Diretor-Geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
PetrobrasGuilherme de Oliveira Estrella, Diretor de Exploração e Produção da Petróleo Brasileiro S.A.
15.04.2008 – Audiência Pública "Critérios técnicos de repartição dos royalties provenientes da atividade de exploração petrolífera" (Notas)

14.05.2007 - Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
Petrobras Paulo Roberto Costa, Diretor de Abastecimento
Única Eduardo Pereira de Carvalho, Presidente
Abegás Carlos Eduardo de Freitas Brescia, Diretor

28.05.2007 - Petróleo e Gás Natural
MME João José de Nora Souto, Secretário de Petróleo e Gás
PETROBRAS Guilherme de Oliveira Estrella, Diretor de Exploração e Produção
SHELL John Haney, Vice-Presidente
Institucional
Em 20 anos, Congresso fez 62 emendas à Constituição
O fracasso da revisão constitucional de 1994
Emendas "paralelas" e fatiadas, soluções para os impasses políticos do Congresso
Algumas mudanças que o Congresso fez na Constituição

Fonte: ANERTT por Agência Senado

O BRASIL E OS BIOCOMBUSTÍVEIS
O BRASIL E OS BIOCOMBUSTÍVEISINTERATIVO PARA VOCÊ:http://www.discoverybrasil.com/discover yhoje/viciados_em_petroleo.shtml?vMenu=0 &vPrograma=6&vContenido=0_1ANERTT/DISCOVERY*


*A ANERTT, é signatário do Pacto Global: O Pacto Global é essencial para a parceria entre o setor privado e as Nações Unidas no combate efetivo a CORRUPÇÃO.

http://www.pactoglobal.org.br/pg_principio.php

http://www.unglobalcompact.org/


CONPETRO - Confederação Nacional do Petróleo, Gás Natural, Biocombustíveis e Energias Renováveis
A Serviço do Desenvolvimento do BRASIL
www.conpetro.com.br


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