quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Notícias ANERTT/Petróleo & Gás Natural N° 0335, Por Marcílio Novaes Maxxon.

"Na democracia, o processo de formação das políticas públicas demanda participação de todos os segmentos da sociedade civil, informação confiável, representação qualificada, transparência e ética."
ANERTT - Associação Nacional das Empresas de Rádio, Televisão e Tecnologia
A Serviço do Desenvolvimento do BRASIL

Relatório INFORMATIVO DIÁRIO PARA INVESTIDORES DO MERCADO DE CAPITAIS N° 0335

Notícias ANERTT/Petróleo & Gás Natural
Por Marcílio Novaes Maxxon



São Paulo, 31 de outubro de 2008

GESTÃO LEGISLATIVA & AÇÃO POLÍTICA

Comissões - Assuntos Econômicos
Mantega: governo vai editar medida provisória para socorrer construção civil

Ministro diz na CAE que ainda acredita que país crescerá de 4 a 4,5% este ano

Mantega: Brasil está mais preparado que os países ricos para enfrentar a crise financeira

Ministro da Fazenda defende criação de fundo soberano

Mantega prevê redução no consumo, mas não recessão

Meirelles admite que crise é forte, mas não é igual à de 1929

Edição de MP que autoriza compra de bancos preocupa senadores

Comissões - Direitos Humanos
Plano Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo será debatido em audiência pública
Plenário
Proposta que amplia atuação do Banco Central para contornar crise financeira chega ao Senado
Garibaldi anuncia que MPs para enfrentar crise financeira serão votadas até a próxima terça-feira
Congresso vota créditos suplementares e especiais
Mercosul
Crise deverá estar em pauta em sessão do Parlamento do Mercosul
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Senado

CÂMARA DOS DEPUTADOS

Sessão solene homenageia Associação Evangelística Billy Graham
A Câmara dos Deputados vai realizar sessão solene em homenagem à Associação Evangelística Billy Graham, aos 90 de aniversário de Billy Graham e à realização do programa Minha Esperança Brasil. Essa mobilização demonstrará ao Brasil, através da transmissão ao vivo pela TV Câmara e da cobertura da rede Bandeirantes de Televisão o trabalho dos evangélicos no país e divulgará para todo o país o projeto Minha Esperança. A Sessão Solene vai acontecer por meio de um requerimento do deputado federal Zequinha Marinho, vice-líder da Frente Parlamentar Evangélica na Câmara e acontecerá nesta sexta-feira dia 31 de outubro, às 15h, no Plenário Ulysses Guimarães, da Câmara dos Deputados.

Justificativa
Fundada oficialmente em 15 de setembro de 1950, a AEBG(Associação Evangelística Billy Graham), com o propósito de potencializar o ministério evangelístico do mundialmente conhecido evangelista Billy Graham, e levar uma mensagem de paz aos povos do mundo, destina-se a planejar e coordenar encontros e eventos evangelizadores já realizados em cerca de 185 nações. A associação, sediada em Minneapolis, EUA, veio a ter escritórios em todo mundo: Alemanha, Argentina, Austrália, França, Hong Kong, Inglaterra e México, entre outros países, assim como no Brasil. Para além destes eventos, também publica livros, jornais, revistas, discos, cassetes, filmes e programas de rádio, bem como atua de maneira bastante relevante com um programa chamado "Resposta Rápida" em que leva ajuda humanitária a países debilitados, como aconteceu recentemente em Miamare China. Atualmente presidida por Franklin Graham, filho do fundador e também presidente da Samaritan`s Purse, a AEBG tem reconhecimento internacional indiscutível, que inclui o Prêmio da Fundação Presidencial Ronald Reagan para a Liberdade (2000) por contribuições à causa da liberdade; a Medalha de Ouro Congressional (1996); o Prêmio da Fundação Templeton para o Progresso da Religião (1982) e o Prêmio de Grande Irmão pelo seu trabalho em nome da prosperidade das crianças (1966).
Além disso, Billy Graham organizou o "Festival da Esperança", juntamente com o seu filho, Franklin Graham, em Nova Orleans, EUA, com o objetivo de ajudar na recuperação da cidade após a passagem do Furacão Katrina. Hoje a AEBG concentra esforços desde fevereiro de 2007 para a realização do projeto "Minha Esperança", no Brasil, e levar à casa do brasileiro, através da transmissão de três únicos programas de TV, em horário nobre para todo o Brasil, nos dias 6, 7 e 8 de novembro, uma palavra de esperança, assim como afirmou certa vez Billy Graham: "Meu objetivo de vida é ajudar as pessoas a encontrar uma relação pessoal com Deus..." Trata-se de um esforço realizado em parceria com as igrejas evangélicas do país, que, sem dúvida, contribuirá para elevar as condições espirituais, culturais e sociais de milhões de pessoas em nosso país. Considerado conselheiro espiritual de presidentes, nos Estados Unidos, Billy Graham cumpriu diversas missões diplomáticas ao redor do mundo e faz parte da lista das 100 pessoas mais influentes do mundo da revista americana "Time".
*Convite que a ANERTT - Associação Nacional das Empresas de Rádio, Televisão e Tecnologia estende a você e sua família com muito orgulho e carinho.

Parlamentar defende mudança no marco regulatório do petróleo
Na avaliação do presidente da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, Pedro Eugênio (PT-PE), a sociedade brasileira não poderá ficar de fora das discussões sobre o novo marco regulatório da atividade de exploração e produção de petróleo e gás natural no país. Eugênio participou, nesta quinta-feira (30), da 4ª Jornada de Estudos de Regulação, que o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) está realizando até esta sexta-feira (31), no Rio.
O parlamentar participou do painel O Potencial de Novas Reservas e a Lei do Petróleo, quando defendeu alterações no atual marco regulatório do setor de petróleo em vigor no país. Para ele, é necessário o rever o marco regulatório do petróleo porque está não é uma questão que deve estar subordinada à mudanças conjunturais, como a que está sendo provocada pela atual crise financeira internacional.
"Uma crise, mesmo gravíssima como esta - mas que é conjuntural e que deverá gerar seqüelas por um ou dois anos – não pode mudar o foco da discussão sobre algo que tem o potencial de gerar recursos capazes de influenciar 50 anos ou mais de políticas públicas no Brasil".
De acordo com Pedro Eugênio, o país não pode medir essa discussão [do marco regulatório] com a régua do curto prazo. "A gente tem que medir com uma régua que responda a principal indagação: a lei atual é adequada para os próximos 50 anos ou ela deve ser mudada?".
O presidente da Comissão de Finanças da Câmara dos Deputados disse que a Casa ainda não tem uma opinião formada a respeito das alterações a serem feitas na atual Lei do Petróleo, "até porque não há uma proposta formal - oficial - por parte do governo. A gente sabe que existe um grupo interministerial estudando o assunto e essa proposta ainda assim não será definitiva e oficial, uma vez que a sociedade e o Congresso terão que, cedo ou tarde, entrarem nessa discussão".
Em sua avaliação, embora em geral tenda a votar com o governo, a própria base aliada é muito sensível à opinião pública. "Então esse é um debate que não pode ficar segregado dentro do Congresso. Ele tem que ir para a sociedade, porque vai mexer com a vida das pessoas, afeta das pessoas", disse.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Brasil

Aconteceu - 30/10/2008 19h38
Câmara ratifica 20 acordos internacionais nesta quinta-feiraO Plenário aprovou nesta quinta-feira 20 projetos de decreto legislativo (PDC) que ratificam acordos internacionais assinados pelo Brasil e que precisam do aval do Congresso para entrar em vigor. Os projetos foram escolhidos por acordo e tiveram apoio de todos os partidos. Eles serão agora enviados para análise do Senado.Entre os projetos aprovados está o PDC 2376/06, que aprova a Convenção Internacional sobre Salvamento Marítimo. O texto estabelece recompensa para comandantes e proprietários de navios que realizarem salvamentos no mar. A recompensa será calculada com base no valor do navio salvo e sua carga, mas também na perícia do salvador em minimizar danos ambientais. O salvamento de vidas não está incluído, embora os países estejam livres para adotar uma recompensa nesses casos. Já o PDC 348/07 aprova a revisão da Convenção Internacional para a Prevenção da Poluição por Navios. O Brasil já é signatário da convenção, assinada em 1973, mas quatro emendas foram feitas ao texto pela Organização Marítima Internacional, e a convenção precisou ser consolidada. O objetivo foi atualizar os mecanismos de prevenção e controle da poluição causada pelo transporte de petróleo e de outras substâncias líquidas nocivas, bem como pelo esgoto e lixo das embarcações. Foram aprovados acordos de cooperação na área de biocombustíveis com Moçambique (PDC 669/08) e Suécia (PDC 735/08). Esses acordos prevêem trocas de experiências e conhecimento na área, e fazem parte, segundo o governo, da estratégia brasileira de fomentar o uso de biocombustíveis em outros países. Com a Suécia o acordo abrange também pesquisas em bioenergia, que é a produção de energia elétrica a partir de biomassa. O PDC 410/07 permite a continuação do Programa de Saúde e Saneamento Básico no Piauí, uma cooperação entre o governo brasileiro e o da Alemanha. ExtradiçãoFoi aprovado acordo (PDC 9/07) de extradição entre os países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP): Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, e Timor-Leste. Outro acordo com o Suriname (PDC 59/07) prevê a transferência de pessoas já condenadas. A extradição pode ser requisitada para pessoas que ainda estiverem sendo apenas processadas.Cooperação técnicaTambém foram aprovados acordos de cooperação técnica com Barbados (PDC 2544/06), Afeganistão (PDC 67/07), Granada (PDC 294/07), e Síria (PDC 51/07). Esses acordos fornecem a base legal para que esses países possam atuar em conjunto com o Brasil em projetos governamentais. Com a Síria o acordo também define procedimentos de proteção sanitária para a exportação de plantas e derivados. Já com o Panamá (PDC 408/07), a cooperação será na área de Turismo, e com a Guatemala (PDC 26/07) será na área de Defesa. Pelo PDC 54/07, foi aprovada a colaboração entre o Brasil e a Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), para a capacitação em software livre e aberto nos países em desenvolvimento. As atividades específicas de implementação dessa parceria, bem como suas modalidades de financiamento, deverão ser definidas caso a caso.Foi aprovado igualmente o acordo para o estabelecimento do Centro Sul, celebrado em Genebra, em 1994 (PDC 61/07). Esse centro é uma organização intergovernamental, sediada em Genebra, resultante dos trabalhos da Comissão Sul, que funcionou de 1987 a 1990, com o objetivo de fortalecer a cooperação Sul-Sul, e hoje agrupa 48 países em desenvolvimento. O PDC 398/07 aprova acordo com o Uruguai para a construção de uma segunda ponte internacional sobre o rio Jaguarão, ligando as cidades de Jaguarão (RS) e Rio Branco, naquele país.Leia mais:Parlamentares ratificam acordos sobre previdência e economia
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Câmara

PETRÓLEO & GÁS

Lula chega a Cuba para assinar acordo petrolífero
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a Cuba nesta quinta-feira para uma rápida visita na qual assinará um acordo que possibilitará à Petrobras explorar petróleo em águas costeiras da ilha.Lula se encontraria com o presidente Raúl Castro pouco depois de sua chegada. O acordo será assinado na sexta-feira, segundo autoridades cubanas.O presidente chegou acompanhado de técnicos agrícolas que devem auxiliar Cuba na implantação de grandes fazendas de soja, em meio à tentativa do governo local de aumentar a produção de alimentos e diminuir as importações.Diversas autoridades cubanas cumprimentaram Lula no aeroporto de Havana, mas ele não falou aos jornalistas que o esperavam ali.A Petrobras e a estatal Cubapetroleo, ou Cupet, vêm negociando há meses um acordo que garantirá à companhia brasileira uma concessão para procurar e produzir petróleo nas águas da costa norte de Cuba.O tema ganhou grande importância depois que funcionários da Cupet disseram em 16 de outubro acreditar que Cuba possa ter mais de 20 bilhões de barris no subsolo de sua costa.As estimativas têm base em comparações com a produção de petróleo em estruturas geológicas similares nas águas dos vizinhos México e Estados Unidos. Mas houve apenas uma perfuração experimental até o momento.Cuba produz 600 mil barris diários de petróleo a partir de um reservatório em terra e importa cerca de 90 mil barris diários da Venezuela.Um consórcio liderado pela companhia espanhola Repsol-YPF, que realizou a perfuração experimental, deve promover uma segunda neste ano.Cuba dividiu sua área offshore em 59 blocos, 28 dos quais foram concedidas à exploração de companhias de diversos países.Lula, que esteve em Cuba pela última vez em janeiro, deve ficar em Havana até a tarde de sexta-feira (horário local).
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Reuters

Irã confirma redução em produção de petróleo a partir de amanhã
O Irã reduzirá a partir de amanhã sua produção em 199 mil barris diários de petróleo para cumprir a redução estipulada em 24 de outubro pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), informou hoje oficialmente.A Opep decidiu, em sua última reunião, uma redução de 1,5 milhão de barris diários, a partir de 1º de novembro, a fim de compensar a redução de demanda mundial de petróleo e a brusca queda dos preços internacionais.O ministro do Petróleo iraniano, Gholam-Hossein Nozari, em declarações à agência local "Fars", confirmou que o Irã cumprirá sua parte e que a redução de 199 mil barris diários será aplicada a todas as zonas petrolíferas, cujas produções são transferidas à ilha de Kharg, no Golfo Pérsico.O Irã é o segundo maior produtor de petróleo entre as nações da Opep. Em setembro passado, segundo o último relatório mensal da organização, extraiu 3,92 milhões de barris, menos da metade do primeiro produtor, a Arábia Saudita, com 9,38 milhões."Caso continue o processo da baixa do preço do petróleo, a Opep realizará com toda certeza uma nova reunião extraordinária", acrescentou o ministro iraniano.Nozari disse que esta reunião extraordinária, se for necessária, poderia acontecer antes da que já está convocada para 17 de dezembro próximo na cidade argelina de Oran.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência EFE

À espera do pré-sal
O Brasil virou, nos últimos tempos, a principal novidade do mercado mundial de energia, não apenas pelo sucesso do etanol mas também pela descoberta de enormes reservas de petróleo no país. Na última década, após a abertura do mercado, o que se viu foi um salto enorme para as empresas do ecossistema petrolífero: a participação do setor no PIB passou de 3% dez anos atrás para 10% no ano passado. A possibilidade de tornar possível a exploração das novas reservas em algum momento do futuro trouxe uma efervescência ainda maior ao setor. A corrida pelo petróleo extrapolou o limite das grandes companhias e já é encarada também por pequenas e médias empresas brasileiras. O otimismo dos empresários teve seu ápice em julho deste ano, quando o preço do barril atingiu o recorde histórico de 147 dólares. Na época, a maioria dos analistas apostava em novas altas, e o mais famoso deles, Arjun Murti, especialista do setor de energia do banco americano Goldman Sachs, previu que o preço chegaria a 200 dólares em algum momento dos próximos dois anos. A crise que se abateu sobre os mercados mundiais calou os analistas e freou a euforia exacerbada que girava em torno do assunto. A cotação do barril caiu para a faixa de 60 dólares mesmo com o anúncio de corte da oferta por parte dos países produtores. As restrições ao crédito, fundamental para o avanço dos grandes projetos de exploração, e a queda abrupta no preço do petróleo geraram incertezas. Pelo menos por enquanto, porém, a maioria dos analistas acredita que a exploração do pré-sal ainda será uma realidade, embora os prazos possam ter se dilatado. Para tornar viável a retirada, o preço do barril tem de ficar acima de 45 dólares de maneira consistente. Hoje, seria até ridículo especular sobre o comportamento das cotações nas décadas à frente. "Mas as possibilidades de que o mundo venha a precisar do petróleo brasileiro são muito boas", diz Alfredo Renault, superintendente da Organização Nacional da Indústria do Petróleo. "O petróleo adicional do pré-sal certamente vai transformar o Brasil em exportador líquido. Só não sabemos quando nem qual vai ser o preço." A exploração do pré-sal é um projeto que deve se estender por décadas, e por ora estão mantidas as apostas de que o setor será um dos mais prósperos da economia brasileira nos próximos anos. O banco UBS estimou que, para extrair o petróleo das águas ultraprofundas, serão necessários 600 bilhões de dólares, quase quatro vezes mais do que os 160 bilhões que a Petrobras já investiu ao longo de seus 55 anos. A estatal conta com reservas financeiras enormes e estima-se que possa arcar com 200 bilhões de dólares em investimentos no pré-sal nos próximos anos. As oportunidades do pré-sal talvez sejam mais difíceis de atingir do que o previsto, mas, segundo os especialistas, elas existem — e vão beneficiar as empresas que fazem parte de sua cadeia produtiva. "Surgiram instabilidades, mas os investimentos são certos no longo prazo", diz Marco Antonio Saravalle, analista da corretora Coinvalores. "A indústria certamente vai se beneficiar." Poucas empresas apostaram mais no petróleo do que a gaúcha Lupatech, de Caxias do Sul. Fundada na década de 80 como uma indústria metalúrgica, a Lupatech decidiu há 15 anos investir na produção de equipamentos para as petroleiras — inicialmente fora do país, após a aquisição da argentina Esferomatic, fabricante de válvulas. "Foi o nosso aprendizado em petróleo", diz Nestor Perini, um dos fundadores. Ao longo de seis anos, a Lupatech manteve a operação de petróleo no país vizinho, mas, com as perspectivas de desaceleração do setor por lá, a companhia voltou suas atenções para o Brasil. "Pelo que conseguíamos vislumbrar naquela época, o Brasil traria oportunidades tão grandes ou até maiores do que tivemos na Argentina", diz Perini. "A Petrobras sinalizava investimentos robustos, e nós apostamos muito nisso." A decolagem da Lupatech no setor de petróleo aconteceu a partir do ano 2000. Desde então, a companhia passou por dois aportes de capital e fez 15 aquisições. As válvulas, os cabos e os revestimentos de tubulações produzidos pela Lupatech não têm lá muito charme nem visibilidade — eles ficam submersos. Mas dão dinheiro. A empresa viu seu faturamento crescer quase 400% nos últimos cinco anos, chegando a 387 milhões de reais em 2007. Ultimamente, a má fase dos mercados e o adiamento do anúncio dos investimentos da Petrobras para os anos entre 2009 e 2013 — a estatal representa 60% das receitas da Lupatech — golpearam em cheio a empresa, que abriu o capital há dois anos. Seu valor de mercado foi reduzido a um terço do que era no ano passado — de 1,2 bilhão de dólares para 430 milhões de dólares em outubro. As ações, que chegaram perto de 65 reais no último ano, eram negociadas a 16 reais no final de outubro. Mas, para os analistas, são questões momentâneas. "A Lupatech comprou sete empresas dedicadas ao setor de petróleo desde o fim do ano passado e é uma das mais bem preparadas tecnologicamente para ser fornecedora na era do pré-sal", afirma Saravalle. Se realmente saírem do papel, os investimentos da Petrobras e de suas parceiras estrangeiras na exploração e na produção do pré-sal devem se propagar em ondas por muitos setores da economia. Ao licitar um projeto, as gigantes do petróleo contratam diretamente administradoras de projetos, que subcontratam outros fornecedores, que subcontratam empresas ainda mais especializadas, e assim por diante. Desde as empresas que dão suporte direto às obras de engenharia até as fabricantes dos equipamentos de segurança usados pelos técnicos nas plataformas em alto-mar, o impacto da exploração do pré-sal será enorme. O número exato é difícil de calcular, mas as histórias de sucesso geradas com o ecossistema bilionário do petróleo já aparecem e tendem a aumentar. A mineira AeC, do ramo de gestão de projetos, passou de 19 milhões de reais de faturamento em 2003 para 140 milhões no ano passado, impulsionada pelos contratos da Petrobras. A companhia embolsou, até agora, cerca de 60 milhões de reais em projetos feitos para a gigante brasileira, segundo os editais das licitações das quais participou. O negócio principal da AeC no ramo de petróleo é fornecer os engenheiros que vão desenvolver, implantar e gerenciar os projetos da Petrobras. Na construção de uma plataforma, os especialistas da AeC são convocados para orquestrar qual será o passo-a-passo de compra, instalação e até treinamento de pessoal. Mais de 150 profissionais já foram alocados em projetos ligados ao petróleo. Se por um lado as cifras volumosas dos contratos do setor de petróleo fazem brilhar os olhos dos empresários, por outro impõem desafios significativos de competitividade. A Petrobras exige a certificação de qualidade ISO 9001 para mais de 1 200 grupos de materiais e, recentemente, passou a demandar a adequação de seus fornecedores para a gestão de saúde ocupacional, meio ambiente e segurança operacional. Segundo a empresa, exigências como essas fazem melhorar a cadeia de fornecimento. Além das certificações, as empresas brasileiras têm sido pressionadas a investir em inovação para competir com as concorrentes internacionais. É o caso da Setha Eletrônica, que mantém 30% de engenheiros no quadro de funcionários e cria sistemas com software e hardware próprios, aliada a parceiros de mercado. A companhia é hoje a única brasileira a criar sistemas de comunicação para uso em áreas com risco de explosão, como as plataformas marítimas. A Setha já conquistou cerca de 80 milhões de reais em contratos com a Petrobras. "Quem desenvolve tecnologia precisa entrar no setor de petróleo", diz Hélio Geraldino, diretor comercial da companhia. Hoje, mais da metade de seu faturamento vem do setor de petróleo. Neste ano, a Setha pode dobrar de tamanho se vencer uma concorrência para sistemas de segurança patrimonial em diversas instalações da Petrobras — na qual seus concorrentes são gigantes multinacionais, como Siemens, Alcatel e GE. nullA história da Setha é emblemática de outro desafio para as brasileiras: os olhos do mundo do petróleo estão voltados para o Brasil. Na Rio Oil & Gas, feira do setor que aconteceu em setembro — até agora, um dos picos máximos da tensão financeira —, havia 23 empresas estrangeiras, recorde para o evento, todas interessadas em conseguir contratos do pré-sal. O salto de qualidade da indústria petrolífera do país deve significar oportunidades aqui e também no exterior. "O pré-sal poderá fazer com que as empresas brasileiras sejam exportadoras de equipamentos para águas ultraprofundas em regiões como Ásia e África", diz Milena Matone, especialista em petróleo e gás da consultoria Frost & Sullivan. Hoje, ninguém pode afirmar com certeza quando a exploração da camada do pré-sal vai começar, ou mesmo se ela realmente vai ocorrer. Portanto, todas as movimentações são baseadas em hipóteses. O que empresas como Lupatech, AeC e Setha parecem apostar é que esta crise, como todas as que a antecederam, uma hora vai passar. E que o mundo dificilmente poderá ficar sem o petróleo brasileiro quando a calma voltar.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Portal Exame

Projeto que dispõe sobre segurança nos depósitos de combustíveis e gasodutos recebe parecer
A Comissão de Minas e Energia (CME) da Câmara dos Deputados rejeitou o Projeto de Lei (PL) 865/07, do deputado Neilton Mulim (PR/RJ), que dispõe sobre inspeção anual de segurança nos tanques subterrâneos de armazenagem de combustíveis e gasodutos. O parecer do relator na CME, deputado Zé Geraldo (PT/PA), pela rejeição do projeto foi aprovado por unanimidade.O projeto visa adaptar os depósitos de combustíveis e gasodutos às técnicas existentes para preservar o meio ambiente e a vida das pessoas. O Projeto propõe que seja realizada inspeção anual de segurança e, após, que seja expedido o laudo técnico de vistoria.Em seu voto, o relator demonstra que o projeto de lei em questão não oferece solução boa ou adequada para o problema dos vazamentos de combustível em tanques de armazenamento subterrâneo pois, nada acrescenta de útil à legislação atualmente vigente sobre a matéria e ainda, abre um precedente perigoso, qual seja, permitir que os estabelecimentos em que se situem os tanques de armazenamento de combustíveis paguem às empresas fiscalizadoras pelos serviços de inspeção em seus equipamentos. Isso poderia dar margem à corrupção e à fraude, segundo o deputado Zé Geraldo (PT/PA).Observou no projeto a existência de inconstitucionalidade, por vício de iniciativa haja vista que os assuntos relativos à regulação das atividades de fiscalização do abastecimento nacional de combustíveis estão a cargo da ANP, órgão pertencente à esfera do Poder Executivo, cabendo apenas ao Presidente da República, agir no sentido de alterar as atribuições, a organização ou o funcionamento das entidades componentes desse Poder.O projeto foi aprovado na Comissão de Meio Ambiente (CMADS) e rejeitado na Comissão de Minas e Energia (CME). Logo, o projeto perderá o caráter conclusivo, pois as duas comissões de mérito – CMADS e CME – tiveram pareceres divergentes.Com isso, o projeto seguirá à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), que analisará a constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa, e, se for aprovado, caberá ao Plenário a análise final da matéria.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon

Gás natural: cenários e estratégias
Executivos que atuam no setor de gás natural têm encontro marcado no Windsor Barra, nos dias 26 e 27 de novembro, quando será realizada a Conferência sobre Cenários para o Mercado de Gás Natural. Os palestrantes vão debater o cenário do mercado de gás para 2009, os impactos da PL 090/07 – mais conhecida como Lei do Gás –, risco de racionamento, negociações internacionais e estratégias de atuação.Assessora jurídica da Associação Nacional dos Consumidores de Energia (Anace), Mariana Amim diz que o encontro é uma ótima oportunidade para se debater aperfeiçoamentos para a solidificação do setor de gás natural, com segurança de abastecimento e competitividade. Já Antônio Luís de Miranda Ferreira, sócio do escritório Schmidt, Valois, Miranda, Ferreira e Agel Advogados, espera "que o intercâmbio de opiniões contribua para esclarecer especificidades e características da indústria, e, por conseqüência, auxilie no desenvolvimento de um novo marco regulatório, contemplando áreas como exploração, infra-estrutura e distribuição".Presidente da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), Ricardo Lima destaca a importância de debates sobre o mercado de gás, principalmente diante de um cenário internacional de crise.O momento é muito especial pelas discussões sobre a Lei do Gás e a expectativa relativa às conseqüências da atual crise mundial para a economia nacional no próximo ano. A conferência do Rio permitirá aos atores da indústria do gás natural discutir as oportunidades e ameaças atuais para o setor, e esperamos que haja uma convergência de opiniões, uma vez que o interesse de todos é o desenvolvimento do mercado de gás no Brasil – diz.Otimismo mesmo na criseRicardo Lima adianta que a perspectiva para 2009 é de uma demanda em torno de 70 milhões de metros cúbicos/dia. Ele alerta que uma eventual recessão mundial pode inibir essa demanda. No entanto, prefere acreditar no crescimento do país nos próximos anos, ainda que em menores taxas do que as projetadas até então.Mariana Amim, da Anace, conta que uma pesquisa feita pela empresa em parceria com a Gás Energy, no primeiro semestre deste ano, deixou claro que os consumidores de gás natural têm uma forte preocupação com a oferta e a política de preços, principalmente diante da possibilidade de paralisação ou revisão dos processos de expansão industrial, como a adequação de máquinas que funcionem com combustíveis alternativos. Ela observa que o estudo foi realizado antes de país sofrer os impactos da crise financeira que já abalava o setor imobiliário dos Estados Unidos, considerando apenas a instabilidade do contrato de fornecimento junto à Bolívia, devido a questões políticas internas daquele país.Neste momento, as projeções para 2009 demonstram perspectivas de redução de atividade econômica, podendo indicar um alívio na pressão pelo abastecimento, até então observada – conclui Mariana.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Jornal do Brasil

Gasoduto se expande pelo Sul de Minas
Depois de passar pela zona rural de Andradas e Jacutinga, as obras de implantação da rede de distribuição de gás natural da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) chegam a Caldas e Poços de Caldas, alcançando todas as cidades que serão atendidas com o gás natural canalizado na região Sul de Minas.Várias frentes de trabalho foram abertas. Enquanto a linha-tronco vai deixando Jacutinga e Andradas rumo a Poços de Caldas, as linhas-laterais começam a ser implantadas, caso da linha-lateral Andradas, que vai até a Indústria Cerâmica Andradense, e da linha-lateral Caldas, que levará o gás natural até as empresas da cidade, como a Sanitex.Com investimentos de R$ 150 milhões, o gasoduto terá uma extensão de 110 km com capacidade para transportar 873 mil m³/dia e uma oferta mensal de 25 milhões de m³ de gás. A previsão de conclusão das obras é junho de 2009.Nesta quinta-feira (30), a Gasmig promove uma reunião em Poços de Caldas com representantes dos órgãos públicos e de entidades não-governamentais para apresentar detalhes técnicos do projeto, além de questões de segurança e meio ambiente. Ao longo de toda a semana, os moradores das regiões abrangidas pelas obras recebem visitas de representantes da Gasmig. Técnicos uniformizados estão indo de casa em casa para informar a população a respeito das obras e sobre como conviver em segurança com o gasoduto.Gasoduto do Sul de MinasCom a chegada do gás natural canalizado, a região ampliará seu poder de atração de empreendimentos industriais, tendo em vista, principalmente, que São Paulo e outros estados estão no limite de sua capacidade de oferta do combustível. A Gasmig está entre as distribuidoras do país que possuem contratos de suprimento de gás a longo prazo com a Petrobras. No caso de Minas Gerais, esses contratos garantem o abastecimento do mercado atual e de toda a expansão planejada para Minas Gerais até o ano de 2026.A Gasmig está investindo R$ 150 milhões na implantação do duto que levará gás natural canalizado à região. A rede terá extensão de 110 quilômetros e capacidade de transporte de 873 mil m³/dia de gás natural. Inicialmente, o mercado consumidor será composto principalmente por indústrias de alumínio, mineradoras, cerâmicas e indústrias de vidro (cristais), mas há estudos de viabilidade para atender também a hotéis e residências em Poços de Caldas.O projeto está dividido em dois lotes. O primeiro trecho de linha-tronco, a cargo da empreiteira Egesa, parte de Jacutinga até a empresa Alcoa, em Poços de Caldas, com 62 km de extensão. O segundo trecho é formado por ramais chamados de linhas-laterais, que ligam o gasoduto a clientes das cidades de Andradas, Poços de Caldas e Caldas, e ficou a cargo da empreiteira Elevação. Escritórios regionais das empreiteiras foram instalados em Andradas (Egesa) e Poços de Caldas (Elevação). A conclusão da implantação dos dois trechos está prevista para junho de 2009.PetrobrasO gás do Sul de Minas sairá de Paulínia (SP) e o transporte até Jacutinga será feito por meio de um gasoduto que está sendo construído pela Petrobras, derivado do Gasoduto Brasil-Bolívia (Gasbol). O trecho Paulínia-Jacutinga terá 93 km de extensão, com diâmetro de 14 polegadas. Sua capacidade potencial de transporte será de 1,1 milhão de m³/dia. A Petrobras está investindo R$ 350 milhões no projeto e prevê a conclusão das obras do seu trecho também para o primeiro semestre de 2009.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Ouro Fino Online

Adoção de diesel menos poluente será gradual e lenta
Foi assinado ontem (30) um acordo judicial para compensar o não-cumprimento da Resolução 315 de 2002, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que determinava a adoção, em todo o país, do diesel S50 - com 50 partes por milhão (ppm) de enxofre - e dos motores Euro IV, menos poluentes.Segundo o termo, a Petrobras, a partir de 1º de janeiro de 2009, substituirá a oferta do diesel atualmente utilizado no interior, com 2.000 ppm de enxofre, por um novo diesel que conterá 1.800 ppm, em um cronograma que se estende até 2012. O diesel 1.800, por sua vez, será gradativamente substituído pelo diesel com 500 ppm.Nas regiões metropolitanas, que hoje já recebem o diesel com 500 ppm, apenas as frotas de ônibus urbanos serão "limpas" - e seguindo um cronograma diferenciado para cada cidade. Os ônibus de São Paulo e do Rio serão abastecidos com o diesel S50 no início do próximo ano. Até 2011, as frotas das cidades de Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador e das regiões metropolitanas de São Paulo, da Baixada Santista, de Campinas, de São José dos Campos e do Rio também receberão o combustível menos poluente. Apenas três cidades - Fortaleza, Belém e Recife - serão totalmente abastecidos com S50.O acordo foi assinado pelo Ministério Público Federal, Ibama, governo do Estado de São Paulo, Petrobras, Federação Nacional do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes, Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, 15 montadoras de veículos e um fabricante de motores.Em setembro, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou, durante reunião do Conama, que os prazos sobre novos limites de emissão seriam mantidos: somente carros com motores adaptados para o combustível S50 poderiam se licenciar. "Quem não cumprir que se entenda com a Justiça", disse na época."Eles aceitaram a proposta da Petrobras e da Anfavea", lamenta Oded Grajew, do Movimento Nossa São Paulo. Grajew afirma que Minc havia assumido o compromisso de se reunir com representantes da sociedade civil antes de assinar o acordo. "Infelizmente, fizeram isso de madrugada e sem a participação dos principais interessados". Ele também questiona a atuação do MPF no caso.As montadores de veículo e a Petrobras alegaram falta de tempo e de logística para cumprir a resolução aprovada em 2002. Um inquérito civil público será instaurado para levantar de quem é a responsabilidade pelo não-cumprimento.S10 O Conama também aprovou ontem resolução que antecipa para 2012 a adoção do diesel S10, com 10 ppm de enxofre, no abastecimento de veículos pesados no Brasil. Para veículos leves, o Conama ainda elaborará uma nova resolução.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Jornal do Estado - Curitiba

Portugal como porta de entrada do gás europeu
"Muitas fontes mundiais de aprovisionamento de gás natural falam português. É o caso de Angola, Brasil e Timor. Esta cartada tem de ser bem jogada", assegura o administrador da Galp, Nuno Moreira da Cruz.A razão não é para menos. As importações de gás natural na Europa, fruto da aposta na construção de centrais eléctricas de ciclo combinado e da diminuição da produção própria, deverão duplicar até 2020. As previsões apontam para consumos na ordem dos 650 mil milhões de metros cúbicos, dos quais 510 mil milhões, cerca de 80%, serão provenientes do espaço extracomunitário. Prevê-se assim a existência de uma diferença de 330 mil milhões de metros cúbicos, em 2020, entre a procura de gás natural e os contratos de aprovisionamento em vigor, pelo que a segurança do fornecimento será um factor importante de competitividade. Um número gigantesco quando comparado com o mercado nacional que vale cerca de quatro mil milhões de metros cúbicos.A Rússia e a Argélia estão entre os principais fornecedores, uma dependência que a Comissão Europeia deseja ver reduzida.Uma das soluções passa por um maior recurso à importação por via marítima, através de terminais de gás natural liquefeito. E tanto Portugal, como Espanha, realça a mesma fonte, possuem aqui uma mais valia crucial. A Península Ibérica conta com sete das 14 infra-estruturas de regaseficação instaladas na Europa.O único senão continua a ser as deficientes interligações por gasoduto da Península Ibéricacom o resto da Europa. Um tema que está na agenda comunitária há muito tempo, mas cuja evolução tem sido lenta.Esta etapa será igualmente relevante para o reforço competitividade do próprio mercado ibérico de gás natural, onde o Mibgás começa a dar os primeiros passos.Nuno Moreira da Silva mostra-se convicto que este terá uma evolução mais rápida do que o mercado de electricidade.Espanha é já hoje uma das referências europeias em matéria de liberalização, com níveis de mudança de fornecedor na ordem dos 60%.Portugal, em contrapartida, tem desde Janeiro passado 86% do mercado liberalizado, mas a Galp continua a reinar sozinha. Os comercializadores concorrentes continuam a aguardar condições para avançar.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Diário Econômico, Lisboa

Veículos vão ter um selo indicando os níveis de consumo de combustível
A partir de abril, o consumidor ganha um aliado na hora de comprar seu carro zero-quilômetro. O Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) lança, no dia 7, um selo que classifica os veículos de acordo com seu consumo. As montadoras não são obrigadas a participar do programa, mas as que o endossarem deverão testar seus carros dentro de regras do Inmetro. Elas têm até março para enviar os dados, exigidos para pelo menos a metade de suas gamas.O objetivo é, além de mostrar os dados com os gastos, criar um selo com informações da eficiência energética. A classificação vai de ‘A’, para os melhores, até ‘E’, para os menos eficientes. Os carros mais eficientes também vão ganhar um selo de qualidade emitido pelo Programa Nacional da Racionalização do Uso dos Derivados do Petróleo e do Gás Natural (Conpet). O maior trabalho está em como classificar os carros de acordo com a eficiência. Os dados de consumo já existem. Estão normatizados pela NBR 7024, que é utilizada pelo Instituto Nacional do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para estabelecer as emissões de poluentes. Alexandre Novgorodcev, responsável pela implantação do programa, explica a diferença entre os consumos: ´É claro que um carro 1.0 vai ser mais econômico do que um veículo maior, mas isso não quer dizer que seja mais eficiente´, afirmou. ´Para o taxista Alex Costa, o selo vai ajudar bastante na hora de escolher que veículo comprar.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Amazônia Jornal

"Descida do petróleo pode travar renováveis"
O sucesso das fontes energéticas alternativas depende do empenho dos políticos e das empresas.A Galp é hoje a anfitriã da nata da indústria petrolífera mundial, no Lisbon Energy Fórum. Em entrevista ao Diário Económico, o CEO da empresa, Ferreira de Oliveira antevê alguns dos desafios com que o sector se irá debater.O mundo sofreu grandes alterações desde o último Lisbon Energy Fórum, realizado em 2007. Os grandes desafios da indústria petrolífera e gasista mantêm-se?A indústria energética deve pensar e actuar numa óptica de longo prazo. Qualquer projecto que se desenvolva, como uma concessão de petróleo e gás natural, demora cinco a 10 anos a arrancar, mais 20 a 30 anos a produzir. O horizonte temporal de qualquer projecto anda sempre, em média, na casa dos 30 anos. O contexto estratégico não mudou. Como acontece em tudo, existem perturbações de curto e médio prazo nesta lógica de longo prazo. É preciso lembrar que curto prazo, neste sector, é cinco anos. Médio prazo é 10 a 15 anos. E longo prazo, 25 a 30 anos. Esta é a escala temporal dos projectos em que estamos envolvidos. Antevejo um curto prazo diferente daquele que prevíamos, mas sem consequências de maior nos projectos de médio/longo prazo. O homem vai continuar a precisar de energia, as taxas de crescimento do consumo de energia vão sempre marginalmente ser inferiores ao crescimento do PIB e o cidadão médio do mundo vai aumentar a sua riqueza pessoal, logo vai precisar de mais energia para melhorar a sua qualidade de vida. O ‘mix’ energético que se previa para os próximos 10 a 30 anos não altera com o contexto em que vivemos hoje. Vamos ter um crescimento inequívoco das renováveis, um esforço para aumentar eficiência energética e umpeso muito grande ainda dos combustíveis fósseis.
Não acredita que haja uma travagem na mudança de paradigma energético?O maior risco que pode acontece é que com a descida para preços mais razoáveis do preço do petróleo e gás natural possa travar o crescimento das energias renováveis. É preciso liderança estratégica e política para assegurar que o desenvolvimento tecnológico das fontes complementares das energias fósseis não é sacrificado.Tem que ser uma aposta política?E das empresas também. As empresas não podem estar à espera que sejam os governos a definir a estratégia energética a longo prazo. Neste sector todas as formas de energias são necessárias. Elas não concorrem umas com as outras. O mundo precisa de todas as formas de energias para responder à melhoria da qualidade de vida que o cidadão médio do mundo espera. A energia fóssil não é renovável. É um ‘stock’ de energia solar armazenada nas entranhas da terra e que o homem devia gerir com prudência para que ela continue a desempenhar o seu papel.O fim do petróleo é uma realidade cada vez mais próxima?O mundo actual assenta na economia do petróleo e gás natural. Mas também o carvão. Aliás, este último é a energia fóssil que mais tem crescido nos últimos anos. A indústria tem demonstrado que, em qualquer destes três casos, é capaz de repor em reservas a produção que vai acumulando. Isso resulta do recurso a novas tecnologias e da pesquisa em novas fronteiras geológicas e geográficas. Não creio que seja por falta de recursos que a energia fóssil vai deixar de cumprir o seu papel no portofólio energético do mundo. No entanto, não podem crescer a taxas que acelerem o seu consumo médio de 3%. Temos energia fóssil para viver tranquilamente mais 100 anos. Para tal, é preciso que as taxas de crescimento anuais rondem 1% a 2%, complementadas por outras formas de energia. Só em 2007, o consumo de energia primária no mundo cresceu 2,4%. Muito puxado, não tanto pelo desenvolvimento das economias emergentes, mas pela incorporação de grandes quantidades de cidadãos que estavam fora da economia e que passaram a consumir energia. O gás natural cresceu 3,1% e o petróleo 1,1%. Já o carvão atingiu os 4,5%.O petróleo é taxado com impostos enormes, quer na fase de produção, quer de consumo. O crescimento do petróleo é assim condicionado pela carga fiscal, o que não acontece no carvão.Qual será a melhor estratégia para a indústria fazer face à actual conjuntura?Todos os agentes económicos que operam no sector energético não deviam perder o foco na eficiência energética. Todos falamos muito nisso, mas nem todos actuamos com convicção. A energia que se desperdiça é a mais contaminante. Em todos os aspectos. A Galp vai investir 60 milhões de euros para melhorar a eficiência energética nas suas refinarias. Esta questão coloca-se, não só na produção dos recursos, como na sua transformação e utilização. É claro que o maior filão está no consumo. O grande mérito da subida dos preços do petróleo é que estava a forçar as pessoas a pensarem que a energia tem valor. Portanto, é preciso poupá-la como qualquer recurso. Isto é um fenómeno económico, mas também cultural. Depois há o investimento que é preciso fazer para tornar a energia renovável mais competitiva. Há grandes apoios públicos ao seu desenvolvimento, mas estes deveriam ser dirigidos à investigação e desenvolvimento. No dia em que a energia eólica, ondas, hidrogénio e a mobilidade que vai para além do uso de combustíveis líquidos forem competitivas, isso é o melhor que se pode fazer para o seu crescimento no mercado. Gostaria de ver os biocombustíveis a crescer, com respeito pela cadeia alimentar. O petróleo, carvão e gás natural vão continuar a ter pesos superiores a 60%, posicionando-se como os principais pilares do protofólio energético mundial.As petrolíferas internacionais estão condenadas a ser esmagadas pelas companhias nacionais, onde se enquadram gigantes como a Gazprom ou a Petróleos da Venezuela?Não vejo nada de errado no desenvolvimento dos dois tipos de conceitos. Não podemos ter um mundo monopolar. As empresas nacionais de energia têm uma missão: promover a optimização da exploração dos recursos naturais dos respectivos países, com racionalidade estratégica e económica. Depois procuram igualmente ter peso nos mercados. Essa missão é normalmente exercida pelos países soberanos que têm a sua própria empresa que procuram racionalizar esses recursos no contexto geopolítico e económico. Já as outras empresas procuram produzir os recursos que precisam, estabelecem alianças com as companhias nacionais, que processam o petróleo e o gás nacional e os comercializam no mundo. Os dois modelos podem continuar a conviver.Com o tempo, porque as companhias nacionais procuram cada vez mais estar nos mercados, sem nunca desrespeitar a sua função, e as outras querem ter mais peso na cadeia de valor a montante, haverá necessariamente uma crescente colaboração. Vê-se que estamos a evoluir de uma posição de conflito para uma cooperação mais racional.A Galp nasceu no mercado. O seu maior activo é a sua carteira de clientes e a presença no mercado ibérico. Temos infra-estruturas energéticas capazes de abastecer 10 milhões de pessoas em Portugal e Espanha. Depois vamos à procura de formas de abastecer esse mercado da forma mais competitiva possível.As actuais dificuldades de financiamento podem condicionar o investimento em novos projectos de exploração de petróleo e gás natural? Os gestores têm que se focalizar na concepção e desenvolvimento de projectos rentáveis e competitivos. Quanto mais atractivo for um projecto, mais fácil é o seu financiamento. Sempre houve concorrência de recursos financeiros, os quais são limitados. A satisfação das necessidades energéticas dos cidadãos é, a par da alimentação, uma das suas necessidades fundamentais. Vão sempre existir recursos para que as necessidades energéticas do mundo sejam satisfeitas. Não esquecer que, neste sector, o curto prazo são cinco anos. No curto prazo, este problema financeiro vai ser antecipado. Se tudo correr mal, durará no máximo dois anos. A reengenharia do sistema financeiro mundial está a ser feita de uma forma, mais ou menos, traumática. Dado o impacto que isso tem na vida de todos, será feita depressa. Há macro economistas que apontam para três a seis meses. Outros, um a dois anos. Isto não é nada. É uma janela tão pequena, nos projectos energéticos mundiais, que não lhes tira nem acrescenta grande valor.Com a sucessiva perda de valor nos mercados de capitais, as empresas terão que reinventar novas formas de financiamento?Estes traumas levam muitas vezes a acelerar os processos de reinvenção. Todas as empresas, à semelhança do que vai acontecer com o sistema financeiro, têm que depender mais de capitais próprios e menos do recurso a dívida. Essa tem sido, aliás, uma política bem sólida da Galp. Nos seus projectos de investimento terá sempre um respeito muito grande pelo seu balanço. Limitar as nossas ambições à capacidade de dispor de capitais próprios é uma premissa básica. No final do primeiro semestre, o nosso endividamento era de 700 milhões de euros para um EBITDA (resultado bruto de exploração) de 1,2 mil milhões de euros.Acredita que a recente descida do preço do crude veio para ficar?Há um ano o petróleo estava, como hoje, na casa dos 60 dólares e a Galp já estava a trabalhar no Tupi e em Júpiter, no Brasil. Existe muita especulação. O que aconteceu no último ano foi uma bolha do preço das matérias-primas que tocou também o petróleo. Mesmo em contra-corrente, sempre disse que não percebia uma valorização superior a 70 dólares o barril. O preço do petróleo vai estar sempre num nível que permita à indústria desenvolver os recursos incrementais. Hoje a procura mundial está nos 85 milhões de barris. À medida que crescer, o preço do petróleo vai ser sempre o necessário para remunerar o capital investido na fronteira geológica que é preciso desenvolver.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Entrevista a Manuel Ferreira de Oliveira, CEO da Galp/Diário Económico - Portugal

Entrevista - Petrobras vê demanda normal e dólar compensando preço
A Petrobras ainda não vê recuo na demanda por derivados do petróleo no Brasil e mesmo com a queda da commodity descarta reduções de preço no mercado interno para gasolina e diesel, afirmou à Reuters o diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa."Quando houve aquelas altas persistentes do petróleo o dólar se desvalorizou, e agora a coisa se compensou um pouco, no outro sentido", explicou o diretor.Por ter seu mercado quase totalmente voltado para a demanda doméstica --"entre 80 e 90 por cento dos nossos produtos", segundo ele--, a empresa consegue ter maior equilíbrio."Nosso fluxo de caixa continua muito forte, porque embora tenha caído o preço do petróleo em dólar, o nosso real sofreu desvalorização, então o preço que nós vendemos o petróleo, a maior parte no Brasil vendemos em reais", disse o executivo.Segundo ele, o maior impacto para as empresas de petróleo será no quarto trimestre."O quarto (trimestre) é que vai sofrer mais por causa da queda do preço, mas no nosso caso a venda continua em reais e o nosso resultado continua o mesmo, não tem alteração",afirmou. A empresa divulga o balanço do terceiro trimestre dia 10 de novembro.Ele disse não ver motivos para perder o sono com os projetos de exploração do pré-sal, apontado por analistas como uma produção de custo elevado por estar em águas ultra-profundas e resguardado por uma grossa camada de sal."Para os projetos do pré-sal a gente não olha para o mercado hoje, olha para o futuro, e para o futuro tudo o que eu ouço é que o petróleo não tem substituto, que o mundo vai ser carente de energia e a oferta de petróleo não tende a crescer tão rapidamente como a demanda", disse, lembrando que a produção comercial do pré-sal começa apenas em quatro ou cinco anos.Preços mais altosBarbassa avaliou que o preço mais baixo do petróleo hoje, em comparação com o recorde de 147 dólares o barril registrado em julho deste ano, vai desestimular produções dispendiosas como das areias betuminosas do Canadá, que fornece 1 milhão de barris diários ao mercado. Isso, aliado aos cortes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) devem ajudar a elevar novamente os preços da commodity.Ele descartou a idéia de a esperada volumosa produção do pré-sal interferir nos preços no longo prazo, afirmando que comparada à demanda global o volume será diluído."O custo aumentou para toda a indústria, o que leva ao futuro a uma oferta menor, então desse ponto de vista, olhando para o pré-sal, não há nenhuma preocupação", afirmou.Ele explicou que os campos em todo mundo hoje produzem cerca de 85 milhões de barris de petróleo e que a projeção para 2020 é de queda pela metade dessa produção apenas com a exaustão das reservas."É um esforço enorme que tem que ser feito para repor essa produção, muito investimento para repor isso aí, então, se você entra numa crise agora, muitas empresas vão ter sua capacidade financeira abalada e vão reduzir investimentos", disse o executivo, que revisa no momento o plano estratégico da empresa para o período 2009-2020.A crise financeira global se agravou justamente no momento que a Petrobras se preparava para anunciar um ambicioso plano de negócios de longo prazo que traria os investimentos para exploração da área do pré-sal da bacia de Santos, onde no ano passado a estatal e parceiros descobriram reservas gigantes de petróleo e gás natural.Dos sete poços já perfurados apenas dois tiveram potencial de reservas declarado, Tupi e Iara, mas que se confirmado poderia dobrar as reservas provadas atuais do país, em torno de 12 bilhões de barris de óleo equivalente."O problema é o cenário, não o plano, como você tem que se fundamentar em um cenário torna as coisas mais complicadas. Tomara que (a crise) esteja se estabilizando, mas ainda é cedo pra dizer", avaliou. No plano 2008-2012, a previsão era de investimentos de 112,4 bilhões de dólares.Barbassa observou no entando que apesar da aparente calmaria, com dólar em queda e bolsas em alta por dois dias seguidos, é preciso cautela contra possíveis surpresas negativas."Tomara que isso prevaleça, mas é dificil afirmar que amanhã não teremos uma surpresa. Ontem saiu notícia de prejuízo com cartões de crédito. É o que mostraram ou pode ser maior? A confiança foi um pouco abalada", concluiu o executivo.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Reuters

Crise atinge construção de plataformas e pode afetar Petrobras
O aperto global no crédito está afetando empresas que constroem plataformas e sondas marítimas para exploração de petróleo, o que poderá prejudicar parte dos planos da Petrobras para o desenvolvimento das novas áreas no pré-sal da bacia de Santos.O especialista Brian Uhlmer, da Pritchard Capital, de Houston, que acompanha o mercado global de plataformas petrolíferas, afirmou que aproximadamente 20 construções sofreram atrasos ou cancelamentos devido a dificuldades de financiamento encontradas pelas companhias responsáveis pelos projetos.O volume equivale a cerca de um quinto do total de novas plataformas e sondas planejadas para iniciar operações por volta de 2012."O (desenvolvimento do) pré-sal deverá sofrer atrasos significativos, questão de anos", afirmou Uhlmer.O presidente da petroleira brasileira, José Sergio Gabrielli, confirmou recentemente o adiamento da divulgação do novo plano de investimentos, que estava previsto para sair em outubro, mas que agora está sendo reavaliado.Gabrielli admitiu ter problemas com fornecedores e cogitou auxiliar o financiamento da construção das embarcações de que a companhia necessita.As plataformas de produção do pré-sal serão construídas em série no Brasil e 10 já foram autorizadas pela diretoria da estatal. Das 40 sondas de perfuração que serão utilizadas, 12 serão afretadas no exterior e 28 construídas no Brasil.O Credit Suisse, que estima que a estatal elevará o volume de investimento no período de cinco anos a partir de 2009 para 170 bilhões de dólares, ante os atuais 112 bilhões, informou em um relatório no mês passado que a empresa poderia ter problemas com o fluxo de caixa se o petróleo ficar ao redor de 65 dólares o barril.Nesse cenário, o banco disse que a Petrobras teria que levantar 15 bilhões de dólares em 2009 em dívida nova e elevar a dívida total para 82 bilhões de dólares até 2013, ante 14,2 bilhões de dólares neste ano."Não precisa ser economista para imaginar como isso impacta os planos da Petrobras. Eles vão precisar de muito dinheiro, em um ambiente em que há pouco", afirmou Erasto Almeida, analista do Eurasia Group em Nova York."As condições estão muito difíceis, as condições de financiamento, então claramente o governo terá que segurar um pouco (os planos)", afirmou François Moreau, da consultoria Estratégia e Valor, do Rio de Janeiro.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Reuters

MERCADO DE ETANOL

19% dos veículos do mundo vão usar biocombustível
A britânica BP, que tem projeto de implantação de fábricas de etanol no Brasil, estima entre 11% e 19% o número de veículos movidos ao biocombustível em 2030. A companhia estima, também, que 30% da frota mundial de veículos possa rodar com biocombustíveis. As informações são de Susan Ellerbusch, VP Global Biofuels da multinacional. Segundo ela, em 2030 serão necessários 600 bilhões de litros de etanol (ou 158,5 bilhões de galões, com 3,8 litros cada) para atender a demanda. Uma alternativa, conforme ela, é avançar no etanol celulósico. No Brasil, a BP participa da Tropical Bioenergia, joint-venture integrada também pela Santelisa Vale e pelo grupo Maeda (especializado em soja), com o objetivo de implantar fábrica em Edéia (GO) para a produção de 435 milhões de litros do biocombustível por ano.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agroind

MERCADO DE ENERGIA

Com potencial, energia na AL esbarra em intervenção e falta de estrutura
O mercado latino-americano tem grande potencial de investimento para empresas estrangeiras em energias renováveis, reservas de fontes de energia convencionais e eficiência energética, mas esbarra em deficiências na infra-estrutura e, em alguns casos, no intervencionismo estatal.Essas foram as principais conclusões do segundo e último dia do congresso anual da Associação Empresarial para a América Latina (LAV), que agrupa empresas alemãs com interesses na região, segundo seu presidente, Bodo Liesenfeld.O primeiro desses obstáculos, porém, também significa, para Liesenfeld, justamente uma oportunidade para as empresas alemãs que queiram investir na região e trabalhar no desenvolvimento desta infra-estrutura.O diretor de Prospecção e Produção do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), Jonas Fonseca, falou, em sua exposição, das novas jazidas petrolíferas no litoral brasileiro, cuja exploração, no entanto, está difícil pelo alto custo que implicam.A decisão sobre a exploração dessas jazidas, segundo Fonseca, só se tomará após uma série de estudos prospectivos.O primeiro-ministro de Trinidad e Tobago, Patrick Manning, ressaltou que, apesar de seu país ser um dos principais produtores de gás e petróleo da região, é necessário desenvolver outras fontes de energia."Em primeiro lugar, a energia fóssil é finita. Mas, além disso, temos o problema do aquecimento global que nos obriga a reduzir o efeito estufa se quisermos salvar a humanidade do apocalipse", disse Manning em seu discurso.Isso, segundo Manning, faz com que seja urgente o desenvolvimento de novas tecnologias que provavelmente já estariam disponíveis se o mundo não se tivesse concentrado tanto nas energias convencionais."Com a tecnologia verde, o mundo viverá a terceira revolução industrial com conseqüências positivas para o meio ambiente em todo o globo terráqueo", disse o governante.O diretor de Novos Negócios da Interconexão Elétrica S.A. (ISA), Andrés Restrepo, por sua vez, fez um resumo da história de como essa empresa passou de ser uma firma local colombiana para se apresentar em boa parte da região como distribuidora de energia elétrica, com tem redes no Brasil, Peru e Colômbia.Além disso, tem uma interconexão entre Colômbia e Equador e atualmente trabalha em um projeto de interconexão entre Colômbia e Panamá e participa ainda no projeto Siepac, que tem como objetivo a interconexão da América Central desde o sul do México até o Panamá.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por EFE

Energia: Consumo supera produção até 2030
O risco de um novo racionamento de energia elétrica ainda é um fantasma que precisará ser cuidadosamente monitorado pelo governo federal. De um lado os grandes consumidores temem um racionamento por preços em função dos poucos projetos de usinas hidrelétricas, que produzem energia mais barata, vendidas neste ano. De outro lado, a relação oferta e demanda será apertada ao longo dos próximos 20 anos segundo estimativas da Fundação Getúlio Vargas (FGV). A FGV Projetos e a Ernst & Young divulgaram ontem o relatório "Brasil Sustentável - Desafios do Mercado de Energia", que mostra que o excedente de energia elétrica cairá 0,1% ao ano até 2030. Isso porque o consumo será maior do que a produção ao longo dos anos. O primeiro crescerá numa média de 4,4% ao ano enquanto o segundo numa média de 4,2%. O governo terá que aperfeiçoar cada vez mais o monitoramento entre oferta e demanda se quiser evitar um racionamento, disse o coordenador do núcleo de economia da FGV Projetos, Fernando Garcia. Além disso, os investimentos no setor precisarão ser pesados. O estudo mostra que serão necessários US$ 310 bilhões até 2030 para dar conta do crescimento da oferta de 4,2% ao ano. Como os projetos em geração refletem investimentos durante cinco anos para projetos que duram mais que 30 anos, o atual cenário de crise financeira não afetou os números da FGV. No que diz respeito à energia hidrelétrica, o maior potencial de geração está na Amazônia e por isso mesmo deverá sofrer maiores restrições ambientais, o que limitará sua expansão. Por outro lado, o estudo aponta um maior uso de energia nuclear, de biomassa e carvão mineral. "Apenas uma oferta residual será obtida a partir de pequenas centrais hidrelétricas e de energia eólica", diz o estudo. A evolução entre produção e consumo de energia também aponta para uma alta nos preços. Em razão do aumento dos custos de investimento e ambientais, o preço deve ficar 31,2% maior. A necessidade de se despachar usinas termelétricas movidas a óleo combustível também contribui para um forte aumento do preço. O presidente da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace), Ricardo Lima, diz que neste ano a necessidade de se despachar as térmicas fez com que o megawatt/hora ficasse R$ 5,00 mais caro para o consumidor final. No início do ano, o Brasil chegou a ter um racionamento por preço, segundo Lima. Com as chuvas escassas, os preços no mercado livre dispararam, chegando a superar R$ 500,00. Indústrias preferiram parar a produção e até demitir pessoal para poder ganhar com os altos preços no mercado à vista. A falta de chuvas foi que levou ao despacho das termelétricas. O preço ou a falta de energia podem ser decisivos para o crescimento de uma economia, segundo Garcia. O preço alto da energia tem efeito imediato na economia, e mais forte que uma crise financeira, na avaliação do professor. As decisões de investimentos são afetadas. Lima, da Abrace, lembra que alguns associados da entidade conseguem ter energia mais barata nos Estados Unidos do que no Brasil. "Recentemente, uma indústria química brasileira, que poderia fazer sua expansão no Brasil, decidiu ir para a França, porque a energia está mais barata", disse Lima.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Valor Econômico

Pesquisa: Brasil será 7º consumidor de energia em 2030
O estudo "Brasil Sustentável - Desafios do Mercado de Energia", produção conjunta da Ernst & Young Brasil e da FGV Projetos, indica que o Brasil será o sétimo maior mercado consumidor de energia em 2030, com o consumo de 468,7 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (tep).Em 2007, o País ocupava a 11º posição, com a oferta primária de energia de 223,2 milhões de tep. A pesquisa aponta ainda que para atender o crescimento da demanda brasileira de energia, estimada em 3,3% ao ano nas próximas duas décadas, serão necessários investimentos da ordem de US$ 750 bilhões.A China será o maior consumidor mundial de energia, com a oferta primária de 5.347,9 milhões de tep em 2030. Os Estados Unidos, principal consumidor de energia da atualidade, passarão à segunda posição mundial (3.462,7 milhões de tep).A Rússia manterá sua condição de grande player mundial e ocupará a terceira posição no ranking de consumo, com 1.007,5 milhões de tep, seguido pela Índia que consumirá 1004 milhões de tep em 2030. O Japão ocupará a quinta posição (585,7 milhões de tep) e o Canadá (495 milhões de tep), a sexta.A pesquisa, realizada com base no histórico de indicadores econômicos dos últimos 57 anos de 100 países, é a terceira de uma série de cinco relatórios com projeções sobre o comportamento nas próximas duas décadas de cinco setores estratégicos da economia (além do mercado imobiliário, varejo e energia, a série prevê ainda análises sobre a agroindústria e a competitividade industrial)."Analisar o desempenho do setor é crucial para visualizar as oportunidades e os obstáculos que se apresentarão nas próximas décadas. As projeções e cenários apontados no estudo são importantes para o planejamento das empresas, do governo e para entender as transformações pelas quais passará a demanda de energia no Brasil e no mundo", afirma José Carlos Pinto, sócio da Ernst & Young.O crescimento da demanda mundial de energia é estimado pelo estudo em 2,6% ao ano. Os países que mais demandarão o insumo são os que terão as maiores taxas de crescimento econômico, como a China, com um aumento de 4,9% ao ano, e a Índia, com 3,8%.Na avaliação do coordenador da FGV Projetos, Fernando Garcia, o desafio nas próximas duas décadas será atender ao substancial crescimento da demanda energética diante da disponibilidade limitada de recursos. "O estudo estima que serão necessários investimentos superiores a US$ 20 trilhões para acompanhar o consumo mundial", diz.Mercado brasileiro de Energia O estudo mostra que o Brasil ganhará destaque não apenas como consumidor, mas como grande fornecedor de energia, seja de recursos tradicionais, com a viabilização econômica das jazidas petrolíferas do pré-sal, seja por meio da crescente importância da produção dos chamados biocombustíveis.Para sustentar o crescimento médio anual do PIB nacional de 4% ao ano, prevê-se um crescimento anual de 5,1% no consumo de energia dos setores industrial, comercial e de serviços.A distribuição de energia elétrica passará por mudanças ligadas a novos padrões habitacionais. Com o aumento do número de moradias e também de eletrodomésticos, o consumo residencial crescerá a uma taxa de 3,9% ao ano.A expansão da economia baseada na recuperação dos investimentos fará também com que a demanda por produtos intensivos em energia, como aço e cimento, cresça a taxas de quase 5% ao ano, pressionando o consumo nesses setores.O consumo de energia elétrica será de 1.073 TWh em 2030, um crescimento de 4,4% ao ano de 2007 a 2030. O petróleo continuará sendo a principal fonte na matriz energética do Brasil daqui a 22 anos. O volume previsto de investimentos até 2030 é de US$ 350 bilhões no setor de petróleo e de US$ 90 bilhões no setor de gás natural.O consumo de petróleo, derivados e gás natural deverá atingir 2,9 milhões de barris por dia, uma evolução de 2,5% ao ano entre 2007 e 2030. A ampliação da oferta de biocombustíveis diminuirá o consumo de gasolina, o que resultará em um fluxo de exportação deste combustível em razão de seu preço no mercado internacional. Esse cenário prevê ainda uma acentuada elevação da participação do etanol no mix de combustíveis automotivos brasileiro, chegando a 45% em 2030.O estudo mostra que a evolução desfavorável dos preços da energia fomentará a implantação de medidas de economia e racionalização. Estima-se que, no Brasil, os grandes consumidores de energia terão ganhos de eficiência da ordem de 0,7% ao ano entre 2007 e 2030, valor próximo ao padrão esperado para a economia norte-americana (0,8% ao ano).A pesquisa aponta ainda que, no balanço final da energia, haverá aumento de excedentes da produção brasileira em relação à demanda doméstica, que passarão de 57,6 milhões de tep, em 2007, para 143,2 milhões de tep, em 2030.Haverá uma produção de biocombustíveis acima da expansão da demanda (3,9% ao ano contra 3,6% ao ano respectivamente), o que se justifica pelas oportunidades internacionais especialmente nos Estados Unidos, na Europa e no Japão.Além disso, acordos bilaterais de redução de tarifas de importação, firmados até 2030, devem permitir a ampliação da compra dos excedentes da produção brasileira. Atualmente, a proteção comercial no mercado de etanol ainda limita as oportunidades do Brasil na União Européia e nos Estados Unidos.Outra tendência importante é a diminuição da dependência da hidreletricidade e do gás natural da Bolívia, com a ampliação mais acentuada da geração térmica e da importação de gás natural liqüefeito.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Portal Az

Petrobras assina memorandos visando expandir produção
A Petrobras ( PETR3 , PETR4 ) assinou na última terça-feira (28) memorandos de entendimentos com as empresas Galp Energia e EDP Energias do Brasil, visando desenvolver projetos nas áreas de biocombustíveis, gás natural, geração de energia elétrica, exploração e produção.No primeiro acordo, a Petrobras e a Galp Energia comprometeram-se a estudar a viabilidade de implantar um pólo para a produção de biodiesel no estado da Bahia.O projeto em estudo está dividido em duas fases, sendo que cada uma prevê a produção anual de 300 mil toneladas de óleo vegetal no Brasil e de 250 mil toneladas de biodiesel de segunda geração. O capital social será dividido em 50% entre os interessados.Ainda na área de biocombustíveis, a Petrobras e a EDP Energias do Brasil estabeleceram a criação de parcerias na realização de estudos para projetos de geração de energia utilizando alternativas como energia eólica e biomassa. O memorando tem prazo de validade de dois anos.Mais umAlém destes, foi assinado um memorando que visa possibilitar a Galp atuar como operadora em blocos localizados em águas rasas nas bacias de Campos, Santos e Espírito Santo.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por InfoMoney

Araçatuba: Depois das usinas hidrelétricas, região se destaca com bioeletricidade
A região Noroeste de São Paulo, a partir do final da década de 50 do século passado, consolidou-se como grande geradora de energia hidrelétrica. O País precisava de energia e foi projetado o Complexo Hidrelétrico de Urubupungá, composto pelas usinas de Jupiá, Ilha Solteira e Três Irmãos. Posteriormente outras usinas foram construídas na área e a região exportou mão-de-obra para outras obras (Itaipu, no Paraná e Tocantins, no Pará). Agora, novamente a região Noroeste se destaca pela geração de energia. Desta vez é a bioeletricidade gerada a partir do bagaço de cana.Várias usinas já estão gerando energia comercialmente. A Usina Pioneiros, em Sud Mennucci, foi uma das primeiras a implantar unidade geradora. No início deste mês, o governador José Serra esteve em Andradina para inaugurar a unidade de geração de energia da Gasa (Cosan). Esta semana entrou em operação a Biopav, em Brejo Alegre, referência no segmento por ser o maior gerador de energia a partir da biomassa.Construída em 14 meses - recorde no setor - a implantação da unidade contemplará três fases sendo que, ao final da 3ª fase, atingirá 6 milhões/t por safra. "A usina já nasce completa produzindo açúcar, álcool e co-gerando energia, enquanto o usual é que se tenha início apenas com a produção de álcool. Além disso, quase 100% do plantio e colheita da unidade será mecanizado", explica o superintendente Newton Soares.Até a implantação da terceira etapa, o Grupo Equipav deverá ter investido R$ 800 milhões no projeto. A indústria localiza-se em uma fazenda de135 alqueires e 47 mil m² de área construída. Para sua construção, trabalharam 85 empresas prestadoras de serviços e mais de 2 mil funcionários, diretos e indiretos.GERAÇÃO DE ENERGIACom a inauguração da nova usina o Grupo Equipav consolida-se como a maior co-geradora de energia de biomassa no país. No total, com a capacidade instalada em sua unidade de Promissão (SP), mais a de Biopav, a empresa poderá moer 13 milhões de toneladas de cana em até 2 anos, a partir da implantação da 3ª fase. Juntas, em 2009, as duas plantas exportarão 750.000 mil MWh/ano para venda, suficiente para abastecer uma cidade com 1 milhão e meio de pessoas. E, ao término da Biopav, juntas, as usinas chegarão à marca de mais de 1 milhão MWh/ano.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por O Liberal Regional - Araçatuba/SP

ONS reduz a quase zero risco de faltar energia
Projeções recém-compiladas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) demonstram um risco de déficit de energia - mesmo que seja de um único megawatt - inferior a 5%, nos próximos cinco anos, para todas as regiões do país. Esse índice está de acordo com as normas de segurança para matrizes baseadas em fonte hídrica, como a brasileira, mais sujeitas ao regime de chuvas. No caso de déficits maiores do que 1% de toda a carga - equivalente a uma demanda em torno de 1.000 MW maior do que a oferta -, o risco cai para níveis inferiores a 3%, segundo o ONS. As informações foram dadas ao Valor pelo diretor-geral do órgão, Hermes Chipp, que considera "praticamente nulas" as chances de problemas no abastecimento de energia. Os cálculos feitos pelo ONS já levam em conta os últimos leilões promovidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), incluindo a contratação de energia de reserva gerada a partir do bagaço da cana-de-açúcar e a revisão das estimativas para a carga nacional. Chipp espera chegar ao dia 30 de novembro, quando as chuvas tendem a se intensificar, tendo cumprido o nível-meta dos reservatórios. O objetivo é chegar aos 53% de armazenamento nos reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste e aos 35% no Nordeste. Se alcançar esse volume de água estocada, o ONS garante que não haverá nenhuma chance de racionamento em 2009, mesmo na ocorrência da pior seca da história no Nordeste e na segunda pior do Sudeste/Centro-Oeste. Ainda que atingir esses níveis requeira esforço do operador ao longo de novembro, trata-se de uma mudança significativa em relação ao quadro preocupante do início de 2008, quando o atraso nas chuvas levantou novamente os fantasmas de um apagão. Chipp afirma que os níveis-meta serão alcançados se chover 100% da média histórica no Sudeste. Exceto pela região Norte, o estoque de água armazenada nos demais reservatórios é um pouco mais confortável do que na mesma época do ano passado. A diferença agora é, além da perspectiva de chuvas sem atraso, o elevado volume das represas no Sul. Em outubro, choveu 160% da média histórica no Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. E os reservatórios da região estão com quase 90% de sua capacidade máxima. Com isso, o ONS decidiu montar uma estratégia de transferir mais de 3 mil MW médios do Sul para o Sudeste, a fim de poupar água dessa região. Essa transferência deve ocorrer até o fim de novembro, diz Chipp. "Em dezembro, janeiro e fevereiro não devemos usar térmicas", afirma o diretor-geral. Segundo ele, o período de transição da estiagem para as chuvas está ocorrendo "dentro da normalidade" e o país teve uma "mudança radical em termos de segurança (do abastecimento)". Os críticos da estratégia adotada ao longo de 2008 pelo ONS reconhecem o cenário de baixo risco, mas dizem que essa segurança só foi obtida devido ao uso indiscriminado e pouco racional das térmicas movidas a óleo, mais caras do que outras fontes. Elas geram energia por até R$ 800 cada megawatt-hora (MWh) - no caso de hidrelétricas, o custo costuma ser inferior a R$ 120. Chipp rebate as críticas. "Não tenho dúvidas de que valeu a pena. O custo mais alto da energia é daquela que não existe", afirma o diretor. Para o presidente do Instituto Acende Brasil, Cláudio Sales, que representa investidores privados no setor elétrico, essa alegação deve ser vista "com senso crítico". "No curto prazo, o risco de racionamento caiu para níveis aceitáveis, mas cabe dar transparência a esse custo", ressalta o executivo. Sales lembra, citando números da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que o pagamento de Encargo de Serviços do Sistema (ESS) superou R$ 1,5 bilhão de janeiro a julho de 2008. No mesmo período do ano passado, eram menos de R$ 100 milhões. A ESS é um encargo cobrado de todos os consumidores do sistema interligado sempre que as termelétricas são acionadas por motivos emergenciais. Neste ano, isso ocorreu até maio. "Qualquer custo é menor do que o da falta de luz. Mas o que se espera de um bom planejamento é evitar o problema sem gastos tão elevados", argumenta. Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Valor Econômico

FGV prevê demanda mais acelerada
O Brasil será o sétimo maior consumidor de energia em 2030, saltando do atual posto de 11º colocado. A projeção é do pesquisador Fernando Garcia, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que desenvolveu, em parceria com a consultoria Ernst & Young, o estudo "Brasil Sustentável: Desafios do Mercado de Energia". "O Brasil vai saltar alguns postos em um ritmo mais acelerado que a média mundial", avalia Pinto. Como o estudo toma como base o cenário futuro, a atual crise na economia mundial não teve influência no trabalho elaborado pela FGV. O material aponta o crescimento da demanda de energia vinculado ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) que em 2030, segundo a FGV, será de US$ 2,25 trilhões. A nova colocação no ranking dos consumidores projeta que a demanda brasileira será de 468,7 milhões de toneladas de equivalentes de petróleo (tep). Na posição de hoje, o Brasil consome 223,2 milhões de tep. "Para atender o crescimento no mercado brasileiro, serão necessários investimentos da ordem de US$ 750 bilhões no setor de energia", diz Garcia. Segundo as projeções do estudo, a China será o maior consumidor mundial de energia com a oferta primária de 5,3 milhões de tep em 2030. "Os Estados Unidos, que hoje são os maiores consumidores, deverão ocupar a segunda colocação na lista (com 3,4 milhões de tep)", estima o pesquisador. Para José Carlos Pinto, diretor da Ernst & Young, a oferta de energia com valores competitivos é um requisito básico para o crescimento econômico sustentável. "Analisar o desempenho do setor é crucial para visualizar as oportunidades e os obstáculos que se apresentarão nas próximas décadas", diz o executivo. Ele comenta que as projeções apontadas no estudo "são importantes para o planejamento das empresas, do governo e para entender as transformações pelas quais passará a demanda de energia no Brasil e no mundo". De acordo com o estudo, o setor de energia no mundo sofrerá três grandes alterações até 2030: aumento no número de fornecedores de energia (elétrica e de combustível), ampliação de combustíveis renováveis na matriz e estabilização do preço do petróleo. "A busca pela diversificação de fornecedores vai partir de todos os países. Hoje nós temos uma oferta de energia muito concentrado em poucos consumidores", comenta Garcia, da FGV. Ele exemplifica com o atual cenário brasileiro. "Hoje, o Brasil importa energia elétrica só do Paraguai, de Itaipu. Isso porque não há uma rede de fornecimento para aproveitar as fronteiras e fazer transmissão de energia, portanto não podemos exportar nem importar energia elétrica com muita facilidade. E isso deve mudar", comenta Garcia. Pinto afirma que outra tendência é a estabilização no preço do barril de petróleo, que está fortemente vinculada ao desenvolvimento de combustí-veis renováveis ."Estimamos que o preço do petróleo ficará em US$ 60 o barril, esse valor é o equilíbrio para que haja um bom desenvolvimento de fontes renováveis, como o álcool", diz o pesquisador. Pinto diz que "preços elevados de energia e petróleo têm efeito imediato na economia mundial." O aumento da demanda mundial de energia está estimado em 2,6% ao ano, segundo o material da FGV. "O estudo estima que serão necessários investimentos superiores a US$ 20 trilhões para acompanhar o consumo mundial", conclui.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Gazeta Mercantil

MERCADO DE BIODIESEL

Petrobras: terceira usina a caminho
A Petrobras Biocombustível vai inaugurar até o fim do ano a terceira usina de biocombustíveis da empresa, em Montes Claros (MG). A unidade, com inauguração prevista para dezembro, está em fase final de montagem e a expectativa é de que seja responsável pela produção de 57 milhões de litros de biodiesel/ano.Outras duas usinas já foram inauguradas nos municípios de Candeias (BA) e Quixadá (CE). Cada uma delas produz cerca de 57 milhões de litros de biocombustível anualmente. Somadas, a três usinas receberam investimento de aproximadamente R$ 295 milhões, e serão responsáveis por mais de 170 milhões de litros.Os resultados da nova frente de trabalho da Petrobras começam a aparecer. No começo de outubro, a usina de Candeias entregou 44.780 litros de biodiesel. A remessa faz parte do acordo fechado pela empresa nos leilões da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), em que foram comercializados 8 milhões de litros do combustível.O diretor industrial da Petrobras Biocombustível, Ricardo Castello Branco, explica que as usinas têm diferenciais importantes, como os sistemas de instrumentação e controle totalmente automatizados, o de processamento de óleos vegetais brutos, além da enorme flexibilidade no uso de matérias-primas. Além de contribuir para abastecer o mercado, a Petrobras Biocombustível beneficia o meio ambiente, uma vez que reaproveita materiais como sebo bovino e óleos e gorduras residuais (OGR), que compra de restaurantes.As usinas possuem sistemas redundantes, ou seja, a manutenção será realizada sem comprometer a continuidade operacional, garantindo alto desempenho em relação a sua capacidade e à qualidade do biodiesel.A produção de biocombustíveis apresenta vantagens ambientais, por contribuir com a redução do aquecimento global. É uma oportunidade de negócio, pois existe uma demanda mundial por biocombustíveis – destaca Ricardo Castello Branco.A Petrobrás Biocombustíveis informou que a meta da empresa é a de ser líder na produção nacional de biodiesel e atingir, até 2012, a média de 938 milhões de litros de biodiesel/ano. Já no segmento de etanol, o objetivo é ampliar a participação no negócio, com foco no mercado internacional, chegando a 4,75 bilhões de litros de etanol em 2012.Para dar conta da demanda, a construção de uma quarta usina, com capacidade para produzir 300 milhões de litros ao ano, já começa a ser planejada para entrar em funcionamento entre 2011 e 2012. O de funcionamento ainda não foi definido.Para o ramo de etanol, a empresa trabalha com o modelo de negócios conhecido como Complexos Bioenergéticos (CBios), que tem como foco a parceria com empresas internacionais que garantam mercados e produtores nacionais de cana-de-açúcar. Com isso, também será possível produzir energia elétrica a partir do bagaço da cana, gerando renda a partir do reaproveitamento.Entre 2008 e 2012, estão previstos US$ 1,5 bilhão em investimentos na produção de biodiesel e etanol. Para Alan Kardec, presidente da Petrobras Biocombustível S.A., a empresa permite maior autonomia no suprimento de óleo diesel e menos dependência do mercado externo, reduzindo o volume de importações e, conseqüentemente, melhorando a balança comercial brasileira.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Jornal do Brasil

Fechado acordo tímido sobre diesel
Foi assinado ontem um acordo judicial para compensar o não cumprimento da Resolução 315 de 2002 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que determinava a adoção, em todo o País, de um diesel mais limpo, chamado S50, com 50 partes por milhão (ppm) de enxofre. O enxofre é um poluente com potencial cancerígeno. O termo é menos rígido do que diz a norma. É o caso do diesel fornecido hoje no interior, com 2.000 ppm de enxofre. Ele será substituído, a partir de 1º de janeiro, por um diesel um pouco menos sujo, com 1.800 ppm de enxofre. E deverá ser gradualmente trocado, até 2014, pelo diesel com 500 ppm de enxofre - 900% mais poluente do que o S50. Nas regiões metropolitanas, que hoje recebem o diesel com 500 ppm, apenas os ônibus urbanos serão "limpos", seguindo cronograma diferenciado. Os ônibus de São Paulo e Rio serão abastecidos com o diesel S50 no início do próximo ano. Até 2011, as frotas das cidades de Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador e das regiões metropolitanas de São Paulo, da Baixada Santista, Campinas, São José dos Campos e Rio também receberão o combustível menos poluente. Só as regiões metropolitanas de Fortaleza, Belém e Recife serão totalmente abastecidos com S50 a partir de 1º de maio de 2009. O acordo foi assinado pelo Ministério Público Federal (MPF), governo do Estado de São Paulo, Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Petrobrás, Ibama, Cetesb, Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, 16 montadoras de veículos e 1 fabricante de motores. Por meio da assessoria, a Petrobrás informou que os termos por ela propostos foram praticamente todos aceitos. CompromissoEm setembro, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou que o prazo sobre o uso do diesel mais limpo seria mantido: só carros com motores adaptados para o combustível S50 poderiam se licenciar. "Eles aceitaram a proposta da Petrobrás e da Anfavea", lamenta Oded Grajew, do Movimento Nossa São Paulo. Segundo Grajew, Minc havia se comprometido em reunir-se com representantes da sociedade civil antes de assinar o acordo. "Fizeram isso de madrugada e sem a participação dos principais interessados." Ele também questiona a atuação do MPF no caso, que teria se afastado das organizações civis envolvidas com o caso. As montadores de veículos e a Petrobrás alegaram falta de tempo e de logística para descumprir a resolução aprovada em 2002. Um inquérito civil público será instaurado para levantar de quem é a responsabilidade. O Conama aprovou ontem resolução que antecipa para 2012 a adoção do diesel S10, com 10 ppm de enxofre, no abastecimento de veículos pesados no Brasil. Para veículos leves, o Conama ainda vai elaborar uma nova resolução.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por MNP

Estudo da UnB avalia que biocombustível não ameaça alimentos
Para explicar a alta do preço de alimentos no mundo, o argumento mais comum é jogar a culpa na produção de biocombustíveis. Ou seja, a oferta de comida teria diminuído em decorrência da redução de áreas agriculturáveis para o setor, levando a uma inflação nas gôndolas dos supermercados. No entanto, um estudo feito na Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Brasília (UnB) mostra que essa explicação está equivocada, pois os dois setores convivem perfeitamente, sem que um afete a produção do outro.Para que houvesse prejuízo à disponibilidade de alimentos no Brasil, as estatísticas deveriam apontar queda nas safras. Mas o que vem acontecendo é exatamente o contrário, diz a economista Isabel Murillo Hernandez, autora da pesquisa. A produtividade das culturas de milho, arroz e feijão cresceu entre os anos de 1995 e 2006. E o mais surpreendente: a produção agroalimentar tem aumentado sem precisar de novas terras.As culturas alimentares, sem necessidade de ocupar novas áreas, deixaram disponíveis espaços para o avanço do plantio de matéria-prima para os biocombustíveis, como soja e cana-de-açúcar. "Por isso, não há como se falar em concorrência entre elas", afirma a economista.A produção de milho, por exemplo, aumentou de 36,2 milhões de toneladas para 42,6 milhões em uma década, período em que a produtividade cresceu de 2,5 toneladas por hectare (t/ha) para 3,2 t/ha, uma evolução de 27%. Além disso, o espaço ocupado por essa lavoura, que era de 14,1 milhões de hectares, passou para 12,9 milhões de hectares.Quanto ao arroz, foram colhidas 11,2 milhões de toneladas em 1995 e 11,5 milhões em 2006, com aumento na produtividade, que era de 2,5 t/ha e foi para 3,8 t/ha. Esses fatores fizeram com que essas lavouras liberassem mais de 25% da área anteriormente utilizada, passando de 4,4 milhões de hectares para 3 milhões hectares.O mesmo efeito se verifica com o feijão, cuja produção saltou de 2,9 milhões de toneladas para 3,4 milhões. A produtividade subiu de 0,5 t/ha para 0,8 t/ha, enquanto a área necessária para o plantio também foi menor, diminuindo de 5,3 milhões de hectares para 4,2 milhões de hectares.Para a pesquisadora, os dados engrossam as vozes que defendem os biocombustíveis, tendo em vista declarações recentes de autoridades internacionais, como o Banco Mundial (Bird), de que a crise dos alimentos seria causada por essa fonte de energia limpa. "O preço do petróleo é que está afetando os custos de produção, que tem o efeito de encarecimento dos transportes e insumos", afirma.Soja O trabalho mostra, ainda, em números, o inegável avanço das culturas de soja e de cana-de-açúcar, puxado, em parte, pelos biocombustíveis. Ao contrário das culturas de alimentos, que se utilizaram apenas da melhoria de técnicas que aumentam a produtividade, essas lavouras também se valeram da ocupação de mais terras para incrementar a produção.Entre 1995 e 2006, por exemplo, a produção da soja simplesmente dobrou. De 25,6 milhões de toneladas, saltou para 52,4 mi. A produtividade subiu de 2,1 para 2,3 t/ha, assim como a área plantada, que foi de 11,7 milhões de hectares para 22 milhões. Para se expandir, a cultura se aproveitou dos espaços liberados pelas lavouras de milho, arroz e feijão. Também pelas pastagens naturais e pastagens plantadas.Por sua vez, as plantações de cana-de-açúcar, que gera o etanol, acompanharam a tendência da soja. Em termos de produção, os números são de 303,6 milhões de toneladas em 1995 e 457,2 milhões em 2006; produtividade de 65,4 t/ha para 73,9 t/ha; área de 4,6 milhões de hectares para 6,1 milhões de hectares.Isabel diz que, em um futuro ainda distante, pode surgir uma competição via preços de mercado por áreas destinadas a culturas de produtos alimentícios e biocombustíveis, já que o empresário investe naquilo que oferece mais retorno. Nesse caso, entrarão em cena os arranjos institucionais para regular e estabelecer o equilíbrio da produção agroalimentar e agroenergética. A pesquisa mostra que, pelo menos por enquanto, a produção de alimentos deve se manter dentro do atual patamar da demanda, sem que a produção de biocombustíveis prejudiquem a oferta de alimentos.A economista, que é funcionária do Ministério da Agricultura do Equador e vai retornar ao país, espera que os conhecimentos adquiridos sobre a experiência do Brasil auxiliem o seu país em decisões de políticas a respeito de investimentos em biocombustíveis.A dissertação de mestrado Efeitos da produção de etanol e biodiesel sobre a produção agropecuária do Brasil foi orientada pelo professor Flávio Borges Botelho Filho e usou dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)Veja a relação entre aumento e diminuição de áreas plantadas por três macrorregiões no Brasil (de 1995 a 2006, considerando médias de crescimento):Norte/NordesteAumentou1. Soja: 858,8 mil hectares2. Milho: 134 mil hectaresDiminuiu1. Pastagens naturais: - 894 mil hectares2. Pastagens plantadas: - 811 mil hectares3. Arroz: - 87,8 mil hectares4. Cana-de-açúcar: - 76,6 mil hectares5. Feijão: - 51,9 mil hectaresSul/SudesteAumentou1. Soja: 2.168,5 mil hectares2. Cana-de-açúcar: 153,3 mil hectaresDiminuiu1. Pastagens naturais: - 875,8 mil hectares2. Pastagens plantadas: - 616,5 mil hectares3. Feijão: - 322,5 mil hectares4. Milho: - 241,3 mil hectares5. Arroz: - 26,8 mil hectaresSão PauloAumentou1. Cana-de-açúcar: 427,2 mil hectares2. Soja: 119,2 mil hectaresDiminuiu1. Pastagens plantadas: - 213,1 mil hectares2. Milho: - 83,6 mil hectares3. Pastagens naturais: - 60,6 mil hectares4. Arroz: - 49,4 mil hectares5. Feijão: - 16,9 mil hectaresCentro-OesteAumentou1. Soja: 2.890,6 mil hectares2. Milho: 448,4 mil hectares3. Cana-de-açúcar: 103,1 mil hectares4. Arroz: 8,7 mil hectares5. Feijão: 5,8 mil hectaresDiminuiu1. Pastagens plantadas: - 937,9 mil hectares2. Pastagens naturais: - 371,7 mil hectaresGoiásAumentou1. Soja: 1.021,2 mil hectares2. Cana-de-açúcar: 55,9 mil hectares3. Feijão: 8,9 mil hectaresDiminuiu1. Pastagens plantadas: - 430,9 mil hectares2. Pastagens naturais: - 155,1 mil hectares3. Milho: - 114,4 mil hectares4. Arroz: - 40,6 mil hectares
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por UNB

Biodiesel: produtor rural pode produzir para consumo próprio
A proposta que modifica a lei 11.116/05, permite ainda que as associações e cooperativas agropecuárias transformem grãos em biodiesel para uso de seus associados sem a obrigatoriedade do Registro Especial na Receita Federal. Heinze observa que a medida proporcionará redução dos custos de produção com reflexos positivos na renda do produtor e no preço dos alimentos e das matérias-primas oriundas do meio rural."É fundamental que se busque reduzir as despesas. Fato que é importante não apenas para os produtores rurais, mas para toda a sociedade. Com um custo menor os produtores poderão gerar mais renda, empregos e ainda aumentar a produção agrícola", explica o parlamentar.Luis Carlos Heinze lembra que o consumo de óleo diesel pelo setor agropecuário chega a 5,6 bilhões de litros por ano. Segundo ele, esse combustível foi responsável por 56,7% da energia consumida pelo setor em 2006."O grande volume de óleo utilizado na produção agrícola, absolutamente necessário, gera grandes quantidades de gases que agravam o efeito estufa, o que provoca o aquecimento do planeta", afirma o parlamentar.Para Heinze, a substituição do combustível fóssil por um biocombustível produzido a partir de biomassa renovável "proporcionará grandes benefícios ambientais".No mesmo PL, Heinze também propõe a não incidência da contribuição para o PIS/Pasep e a Cofins sobre o volume de biodiesel produzido para o consumo próprio ou do grupo de produtores associados. "Com isso os produtores rurais terão maior autonomia, isoladamente ou organizados em sociedades, para produzirem parte do combustível utilizado em suas atividades, evitando, ainda, o trânsito desnecessário do óleo das áreas rurais para as refinarias e destas, de volta para o campo", argumenta Heinze.O projeto que tramita em caráter conclusivo - não precisa ser apreciado em plenário - será encaminhado agora para as comissões de Minas e Energia; Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Com informações da Imprensa Parlamentar.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Safras & Mercado

Lula e Maggi inauguram primeira usina de biodiesel e álcool em MT
A cidade de Barra do Bugres, no interior do Mato Grosso, abriga a partir de hoje a primeira usina integrada de produção de biodiesel, álcool combustível e açúcar. Será também a terceira maior unidade de produção de biodiesel, entre as 14 já existentes, segundo informação do Ministério de Minas e Energia. A usina, da empresa Barralcool, já produz anualmente 150 milhões de litros de álcool e 40 mil toneladas de açúcar. Com a nova extensão de biodiesel, planeja produzir, ao ano, 57 milhões de litros de combustível principalmente à base de soja e girassol. A expansão da usina Barralcool, que já existe há 20 anos, custou R$ 27 milhões. Desse total, R$ 15,9 milhões vieram do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste e R$ 11,1 milhões de recursos próprios da empresa. De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério de Minas e Energia, a atuação da Barralcool vai envolver 14 municípios vizinhos e gerar cerca de 600 empregos na zona rural e 80 na área urbana. Segundo o ministério, atualmente há 3,5 mil postos de gasolina que vendem biodiesel em todo o país. De acordo com a assessoria do ministério, a previsão é de que o número de usinas em operação chegue a 21 até o final de 2006, com capacidade de produção instalada de 580 milhões de litros por ano. Em 2007, 34 novas usinas deverão começar a funcionar e outras dez deverão ser ampliadas, com capacidade para produzir 2,2 bilhões de litros, no total. O Mato Grosso é o estado brasileiro que mais cresceu economicamente nos últimos 20 anos. O Produto Interno Bruto (PIB) mato-grossense cresceu 315% de 1985 a 2004. O principal motivo é a agropecuária que teve aumento de 1.200% no mesmo período.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Repórter News

India’s CJP proposes 5 billion jatopha tree plantation and 2.5 billion gallon biodiesel operation In India, the Centre for Jatropha Promotion & Biodiesel released a plan to plant 5 billion jatropha plants to support a 2.5 billion gallon per year biodiesel operation in Rajasthan, Gujarat and Madhya Pradesh. The Centre said that it will contract with 30 Zonal Bio-business Partners at the state level, 210 District Bio-business Partners at the district level, and 3000 Block Bio-business Partners. The CJP proposal uses a contract farming model, whereby CJP will provide seeds and other inputs and buy back the oil. CJP Director R.R. Sharma said in a statement that the company is in discussion to expand operations to west Africa as well as the Americas.
Font: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon by Biofuels Digest

MERCADO DE AÇUCAR & ÁLCOOL

Syngenta anuncia tecnologia inovadora para o plantio de cana-de-açúcar no Brasil A Syngenta anunciou que está desenvolvendo uma nova tecnologia para melhorar significativamente a eficiência de custo no plantio de cana-de-açúcar no Brasil. A inovação da Syngenta poderá reduzir os custos de plantio por hectare em aproximadamente 15% impulsionada por uma nova plataforma para plantar cana-de-açúcar a partir de mudas de cana tratadas com produtos da empresa. A tecnologia deve ser lançada em 2010 sob o nome comercial PleneTM, e tem um potencial de mercado de $300 milhões por ano até 2015. A prática atual de plantio de cana-de-açúcar faz uso intenso de equipamento e mão de obra. Ao invés de usar o método atual de plantio, com matrizes de 30 a 40 centímetros, a Syngenta está desenvolvendo um método de produção de mudas de cana-de-açúcar com menos de 4 centímetros de comprimento. Elas receberão aplicações de tratamento de sementes para maximizar o desenvolvimento nos estágios iniciais. O método permite que os plantadores de cana-de-açúcar replantem seus campos com mais freqüência, eliminando a queda de produtividade típica do cultivo e, portanto, podendo levar a um ganho de produtividade de até 15%. Ele também permite que os plantadores usem um maquinário de plantio mais leve, o que representa uma economia no custo de combustível. Esse equipamento de plantio foi desenvolvido em parceira com o fabricante americano de equipamentos agrícolas, a John Deere. "Plene representará uma inovação na eficiência de custo para o plantio de cana-de-açúcar", disse John Atkin, COO da Syngenta Proteção de Cultivos. "A cana-de-açúcar é um plantio importante para as indústrias de alimentos e bioetanol, e sua demanda deve crescer com força. Plene ampliará nossa oferta, significativamente, levando aos clientes da área de cana-de-açúcar um programa integrado de semente, proteção de cultivo e suporte técnico, com benefícios claros de produtividade e custo". O Brasil é o mercado líder na produção de cana-de-açúcar, com cerca de oito milhões de hectares em cultivo, 2% da terra arável do país. A produção atual de cana é de, aproximadamente, 500 milhões de toneladas. O aumento da demanda por cana-de-açúcar se deve ao seu uso como açúcar e como matéria prima na produção de biocombustível. Hoje, o Brasil produz 40% do bioetanol mundial. A introdução do Plene depende de aprovações regulatórias no Brasil.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Assessoria de imprensa da Syngenta

Setor sucroalcooleiro receberá R$ 900 mi
Após a entrega de uma carta à ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e uma reunião com ministérios do Governo Federal, o Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroalcooleiro e Energético (Ceise-Br) conseguiu a liberação de R$ 900 milhões em créditos, pelo BNDES, para aumentar o fluxo de caixa nas indústrias de base do setor, que sofrem com os efeitos da crise mundial. O novo crédito foi anunciado ontem, em Ribeirão Preto, pelo presidente do Ceise-Br, Mário Garrefa.Segundo Garrefa, que se reuniu na quarta-feira, em Brasília, com representantes dos ministérios da Agricultura, Planejamento e Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) liberou o crédito porque o Governo entendeu que as indústrias de base passam por dificuldades que podem comprometer a produção do setor, já que são elas que fazem o fornecimento de máquinas e equipamentos para as usinas. Para Garrefa, as indústrias são as que mais sentiram os efeitos da crise."O Governo não imaginava que estávamos nessa situação, pois a atenção estava voltada aos produtores de cana e às usinas. A indústria de base era vista como mera fornecedora de máquinas, mas ela é responsável pela criação e manutenção das usinas e faz parte da produção. O BNDES entendeu isso", disse.A carta entregue à ministra Dilma Rousseff pelo senador Aloizio Mercadante (PT-SP) mostrava os impactos da crise. Entre eles estão uma média de 36% de inadimplência entre as indústrias, o cancelamento e adiamento de 51,8% nos pedidos de máquinas e equipamentos pelas usinas e demissões na ordem de 20% até dezembro deste ano."Até 30 indústrias, das 980 existentes em todo o Brasil, que vêm sofrendo esses impactos, serão beneficiadas pelo dinheiro do BNDES. Só em nossa região, até 12 indústrias deverão usar o crédito para fazer capital de giro", disse Garrefa. A CRISE E O SETOR SUCROALCOLEIROInvestimentos estão comprometidos855 milhões de reais foram pedidos pelo Ceise para ajuda à indústria de base33 bilhões de dólares serão investidos por todo setor da cana no Brasil até 201225 bilhões de litros de álcool são produzidos hoje no País; 20 bilhões são consumidos‘Socorro’ do BNDES vai tranqüilizar situação por 3 mesesO crédito de R$ 900 milhões que será liberado, de acordo com os critérios de avaliação do BNDES, às indústrias de base do setor sucroalcooleiro, deve irrigar a cadeia de fornecedores de máquinas e equipamentos industriais, mas por tempo determinado. Segundo o presidente do Ceise-Br, o dinheiro deverá tranqüilizar a situação nas indústrias por até três meses."O setor está mais calmo com essa notícia, mas vamos continuar fazendo reuniões para mapear os problemas. Agora, nossa prioridade é resolver a questão dos pedidos que foram cancelados, para que eles não prejudiquem o processo produtivo da cana-de-açúcar e as indústrias." Garrefa disse que, em até 10 dias, haverá uma nova reunião com representantes de Ministérios do Governo em Sertãozinho, sede do Ceise-Br. "Até lá, vamos nos reunir com grandes indústrias da região para checar os números exatos de impacto e de crédito necessário", disse. O presidente disse que, mesmo com o novo crédito, a crise deixará impactos. "Mas eles serão infinitamente menores do que se a situação continuasse da forma que estava", disse.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Gazeta de Ribeirão

Novo método facilita uso de celulose para combustíveis
A dificuldade de se quebrar as moléculas de celulose contidas na madeira, na grama e em plantas para liberar o açúcar e transformá-lo em etanol, por exemplo, tem sido o maior empecilho à produção de biocombustíveis de segunda geração. O processo é caro e despende muita energia – o que o torna comercialmente inviável.Um método mais eficiente, no entanto, estará disponível em breve, afirmam os pesquisadores do Instituto Max Planck para Pesquisa de Carvão, na Alemanha. A tecnologia desenvolvida por eles ajuda a destravar uma quantidade quase ilimitada de energia armazenada na biomassa.Isso porque a equipe utiliza um líquido iônico para quebrar as moléculas de celulose, obtendo assim glucose, que posteriormente é convertida em açúcar – matéria-prima para a produção dos biocombustíveis. Esse processo é capaz de transformar até mesmo a celulose microcristalina, considerada muito resistente, explica o pesquisador Ferdi Schüth, que lidera o estudo no Instituto Max Planck."Com esse método, você pode usar madeira no início do processo. Por isso podemos dizer que essa tecnologia permite que a madeira seja diretamente convertida em açúcar", afirma.As pesquisas para os biocombustíveis de segunda geração estão sendo incentivadas como forma de se encontrar alternativas que evitem o uso de alimentos para esse fim. Com o aproveitamento do açúcar contido na celulose, será possível utilizar restos das plantações, como galhos, folhas, resíduos de madeira, palha e grama para produção de bioetanol e biodiesel, por exemplo. Assim será possível ampliar a oferta de combustíveis mais limpos, sem que haja competição pelas culturas agrícolas utilizadas atualmente para alimentação.Quebra das moléculasEm temperatura ambiente, e sem adição de microorganismos, a celulose pode levar milhões de anos para se decompor. A resistência dessas correntes de celulose também significa que os seres humanos são incapazes de digerir fibras de plantas ou madeira. Apenas alguns animais, como as vacas, possuem a bactéria necessária para transformar as cadeias de celulose em moléculas de açúcar, convertendo assim, grama ou pasto em comida e energia.A dificuldade de se destruir os elos que prendem o açúcar dentro da celulose das plantas e da madeira é que tem dificultado a viabilidade dos biocombustíveis de segunda geração. Pelos métodos convencionais, a biomassa é submetida a banhos ácidos ou a ambientes de alta temperatura e pressão - o que consome grande quantidade de energia.A nova tecnologia desenvolvida na Alemanha dissolve primeiramente a celulose em uma solução iônica (de sais orgânicos em temperatura ambiente) para que as longas cadeias sejam quebradas, resultando em outras mais curtas e simples.Ao se adicionar água, as correntes menores de celulose (glocuse) podem ser filtradas da solução iônica, que poderá ser reutilizada como catalisador. Para enfim transformar a glucose em moléculas de açúcar é preciso realizar um tratamento com enzimas. O método ainda não é considerado pronto para comercialização porque os solventes iônicos possuem custo elevado, o que, por enquanto, não torna a utilização do processo em grande escala lucrativo.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por CarbonoBrasil
Empresa brasileira comprará 5 estatais açucareiras da Jamaica
O acordo para a venda de cinco companhias açucareiras estatais jamaicanas à empresa brasileira Infinity Bio-Energy pode ser fechado em meados de novembro, disse hoje o primeiro-ministro da Jamaica, Bruce Golding.Em entrevista a uma emissora de rádio, ele revelou que as negociações entre o Governo jamaicano e a empresa brasileira deveriam ser concluídas em meados de novembro."Ainda há alguns assuntos a serem resolvidos e as circunstâncias do mercado financeiro global não ajudaram", explicou.O primeiro-ministro não destacou o obstáculo que tinha retardado a assinatura do acordo, que deveria ter sido concretizado no final de setembro.A Infinity Bio-Energy, que produz etanol, adquirirá 75% das ações de uma nova companhia criada recentemente para esta operação, NewCo, enquanto o Governo jamaicano conservará os 25% restantes.As empresas açucareiras jamaicanas geraram, nos últimos 30 anos, perdas no valor de mais de US$ 500 milhões.Os detalhes completos do acordo ainda não foram divulgados, mas acredita-se que a venda afetará cerca de 20 mil funcionários.A Jamaica exporta a maior parte de sua produção de açúcar à União Européia (UE).
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência EFE

ECONOMIA & MERCADO

Diesel menos poluente será obrigatório em 2009
A partir de janeiro de 2009 os veículos pesados como ônibus e caminhões das cidade do Rio de Janeiro e São Paulo deverão usar o diesel S50, que tem 50 partículas por milhão de enxofre. Atualmente, no Brasil, o diesel usado nas regiões metropolitanas é o S500, enquanto no interior é possível circular com o S2000. Os dois são altamente poluentes. A decisão foi anunciada na quinta-feira pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) que antecipou para 2012 a utilização do S10, já usado na Europa e que estava estimado para ser usado obrigatoriamente no Brasil só em 2016. A adoção do diesel S50 já estava prevista na Resolução 315/02 do Conama, mas a Petrobras e as montadoras haviam afirmado que não poderiam cumprir o prazo. Alegaram que não seria possível ter o combustível e os motores adaptados na data prevista. No final de agosto, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, sinalizou que aumentaria os prazos para as empresas e chegou a propor uma compensação tributária para as que cumprissem a regra. Mas, pressionado pelas entidades de proteção ambiental, recuou e voltou a brigar pela adoção do S50 já em 2009. Negociação árduaNa madrugada de quinta, o Ministério Público Federal firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre o governo federal e representantes da Petrobras, da Fecombustível, da Agência Nacional de Petróleo (ANP), do governo do Estado de São Paulo e da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Pelo acordo, seguindo uma escala de tempo, as cidades de Curitiba, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e São Paulo também deverão se adequar à nova regra até 2011."Foi um acordo árduo", afirmou a secretária de mudanças climáticas do Ministério do Meio Ambiente, Suzana Kahn. – Mas agora a gente vai dar um salto tecnológico muito importante e finalmente temos a perspectiva de um futuro bom. O TAC foi fechado para compensar o descumprimento da Resolução 315/02, que determinava também para 1° de janeiro de 2009 a comercialização de motores e veículos com menores teores de enxofre e de óxidos de nitrogênio. Os veículos a diesel representam 10% da frota nacional, mas são responsáveis por 45% da emissão de poluentes. De acordo com cálculos da Petrobras, o atraso na adaptação do combustível e dos veículos pode representar a emissão de mais de 84 mil toneladas extras de poluentes na atmosfera entre 2009 e 2011. Compensações firmadasA Petrobras destinará R$ 1 milhão a partir da homologação do TAC para o programa de fiscalização de emissão de fumaça preta pelos automóveis do Estado de São Paulo. O não cumprimento desse repasse implicará uma multa diária de R$ 100 mil. Multas do mesmo valor podem ser aplicadas caso vários ítens do acordo não sejam realizados. Até dezembro de 2012, os fabricantes de veículos e motores devem apresentar ao Ibama um relatório de valores das emissões de dióxodo de carbono. Campanhas educativas também deverão ser realizadas pelas empresas. Além desses, deverão custear com R$ 50 mil estudo a ser encomendado pelo Ibama sobre os impactos ambientais causados pela emissão de poluentes por veículos automotores. A ANP deve apresentar um plano de abastecimento de combustíveis necessários ao cumprimento do acordo. A distribuição geográfica dos do combustível obrigatório foi levantado pela Petrobras como um entrave para o cumprimento das novas regras. Agora cabe ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) propor uma resolução que discipline o uso de diesel menos poluentes para veículos leves. Suzana acredita que o documento ficará pronto nos próximos 30 dias.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por JB Online

Reunião de Estudos Ambientais acontece em novembro em Porto Alegre
Nos dias 10 e 11 de novembro, Porto Alegre sedia a 2ª Reunião de Estudos Ambientais. O objetivo é fortalecer a difusão do conhecimento acadêmico, como forma de melhorar as tecnologias e os métodos aplicados na prática para conservação e recuperação do meio ambiente. O evento é promovido pela Ag Solve, empresa de monitoramento ambiental, e reunirá profissionais, professores e estudantes que se dedicam aos estudos ambientais no País. O evento acontecerá no Auditório Central do próprio instituto, localizado na Avenida Bento Gonçalves, 9500.No primeiro dia do evento, haverá palestra do jornalista Najar Tubino, que vai falar sobre A vida moderna e seus venenos obrigatórios; Francisco Eliseu Aquino, do Instituto de Geociências da Ufrgs, que abordará sobre Mudanças climáticas: as regiões polares e o Brasil; Luiz Roberto Malabarba, do Departamento de Zoologia da Ufrgs, que analisará o Monitoramento Ambiental do Lago Guaíba, de 1992 a 2007; Lezilda Torgan, da Fundação Zoobotânica do RS, que vai apresentar Diatomáceas como bioindicadoras da qualidade da água; e Edenize Segala Alves, do Instituto de Botânica de São Paulo, que palestra sobre Biomonitoramento do ar com plantas.Já no dia 11, Maria Cristina Braga, da UFPR, fala sobre Gestão Integrada de Resíduos Sólidos e Sustentabilidade; Geraldo Reichert, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Porto Alegre, palestra sobre Biodigestores; Gustavo Henrique Merten, do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Ufrgs, abordará sobre Erosão no RS; Gerson Salviano Almeida Filho, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas de SP, apresenta Prevenção e Controle de Processos erosivos urbano e rural; e Luís Antônio Pereira de Souza, do mesmo nstituto paulista, analisa a Geofísica aplicada à investigação de rios e reservatórios.A Reunião de Estudos Ambientais, organizada pelo Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), também têm o apoio da Associação Brasileira de Recursos Hídricos (ABRH).As inscrições podem ser feitas no local. As vagas são limitadas e serão preenchidas por ordem de chegada. Alunos de graduação e técnicos pagam R$ 50. Para alunos de pós-graduação a taxa é de R$ 100 e profissionais da área R$ 180.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por EcoAgência

Crise mexe também com mercado de crédito de carbono A crise financeira já mexe com o novíssimo mercado de crédito de carbono brasileiro. A ASM Administradora de Recursos, empresa criada por Antônio Luís de Mello e Souza e Sérgio Luiz Viera Machado de Mattos, ex-executivos do Banco Fleming Graphus, está lançando o primeiro fundo de investimentos do Brasil que poderá aplicar diretamente nas chamadas Reduções de Emissões Certificadas (RCEs), nome técnico dos créditos de carbono. Mas, pego no contrapé pela crise, o produto está estreando mais como um fundo multimercado simples, apenas focado em projetos relacionados com seqüestro de carbono, os mecanismos de desenvolvimento limpo (MDL). Mello e Souza, um dos dois sócios-diretores da ASM, explica que, com a crise, as RCEs, como outros ativos, irão sofrer impacto, ainda que menor do que as commodities. Como conseqüência, segundo ele explicou, "no curto prazo, não é bom negócio investir direto em RCE". O impacto virá diretamente da redução da atividade econômica, adiando projetos voltados diretamente para a redução das emissões de carbono. O fundo, que partiu com uma captação de R$ 70 milhões, mas que pretende chegar a pelo menos R$ 200 milhões, vai começar investindo em debêntures, cédulas de crédito bancário (CCBs), ações e outros instrumentos financeiros, sempre relacionados com projetos voltados para a redução de emissões. Os cotistas potenciais do fundo, de acordo com Mello e Souza, são investidores institucionais, como fundos de pensão. Tanto que seu lançamento oficial será feito segunda-feira, durante painel sobre investimento responsável no 29º Congresso da Associação Brasileira das Entidades Privadas de Previdência Complementar (Abrapp). Mello Souza explica que, dada a novidade do produto, "o cliente potencial tem que ser ´educado´ para conhecer o ativo (RCE)". O advogado Flávio Leoni Siqueira, sócio do escritório Leoni Siqueira Advogados, que assessora a ASM no lançamento do fundo, explica que, até agora, os fundos brasileiros voltados para o mercado de créditos de carbono só investiam em participações no capital de empresas voltadas para o desenvolvimento de projetos de MDL. A legislação não era clara e havia dúvidas quanto à natureza desses papéis As incertezas jurídicas que inibiam o investimento direto em créditos de carbono foram dissipadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a partir de questionamento feito pelo escritório de Siqueira. Segundo o advogado, foi perguntado ao órgão fiscalizador do mercado de capitais qual era a natureza das RCEs. Embora não esclarecendo se elas são valores mobiliários, commodities, direitos ou até derivativos, preferindo passar ao largo da discussão filosófica, a CVM respondeu que as RCEs podem, sim, fazer parte da carteira de um fundo de investimento do tipo multimercado, como lhe foi perguntado também. A expectativa de Siqueira é de que a partir de agora o mercado se desenvolva, com novos fundos sendo lançados por outros gestores de recursos. A CVM disse ainda que para fazer parte das carteiras dos fundos as RCEs precisam ser negociadas em bolsas do país ou serem inseridas em sistemas de registro, custódia ou de liquidação financeira. Como, segundo Siqueira, a BM&F ainda não dispõe de meios legais para negociar as reduções, como ocorre em Londres e em Chicago, a Cetip, que negocia títulos e derivativos no mercado de balcão, criou um papel chamado certificado de emissão de RCE, que é uma espécie de ADR do mercado de crédito de carbono. Os fundos que desejarem entrar nesse novo mercado irão comprar e vender esses certificados. Esses títulos, por sua vez, poderão ser adquiridos por empresas dos países desenvolvidos que tenham metas compulsórios de diminuição das emissões de carbono, conforme previsto no Protocolo de Kyoto, e que optarem por comprar de países em desenvolvimento a parcela de RCEs legalmente possível (5% da redução total estabelecida para cada agente), reduzindo os pesados investimentos em equipamentos para cumprir integralmente suas metas.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Valor Econômico

Riscos nos emergentes ´ameaçam´ negócios estrangeiros
O relatório Risk Map 2008 (Mapa do Risco 2008), que analisou dados de 200 países, foi compilado pela consultoria Control Risk, que faz avaliações de risco para empresas.Os países foram avaliados sob o ponto de vista da segurança e da estabilidade política. Como aconteceu no ano passado, o Brasil foi classificado como tendo risco "médio", tanto politicamente quanto sob o ponto de vista da segurança.Corrupção e lobbyO levantamento mostrou que 57% dos países emergentes apresentam risco político "médio ou alto" para empresas estrangeiras, "indicando ameaças significativas para o investimento estrangeiro"."Há o risco, nesses países, de exposição a fatores como corrupção, grupos de lobby, restrições para exportações ou importações, instituições políticas fracas, entre outros", avalia o relatório. Além do Brasil, Rússia e China - países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) -, também estão enquadrados na categoria de risco político "médio". A Índia foi o único país do grupo a ser incluído na lista das nações que oferecem "baixo" risco político para as empresas. Já do ponto de vista da segurança, Rússia e Índia apresentaram "alto" risco, enquanto Brasil e China ficaram incluídos no grupo do "médio" risco.Outros países da América Latina, como Argentina e México, estão no mesmo grupo do Brasil nas duas categorias. O Chile ficou posicionado na lista dos países de "baixo" risco tanto no aspecto político quanto no da segurança.DivergênciasO relatório apontou que no continente americano foi verificado uma "divergência entre os países que estão estáveis e se desenvolvendo e os que estão política e socialmente voláteis e estagnados economicamente"."Países como o Chile, Brasil, México, Costa Rica e Uruguai, aceitaram a importância da abertura dos mercados. Enquanto isso, um outro grupo, encabeçado por Venezuela, Equador e Bolívia, irá continuar numa via de instabilidade econômica, política e cultural." Somália, Coréia de Norte e Zimbábue apresentaram um risco "extremo" aos investimentos estrangeiros sob o ponto de vista da estabilidade política, enquanto países como Mônaco, Nova Zelândia, Cingapura e Luxemburgo estão entre os que ofereceram um risco "insignificante". Na área da segurança, foram considerados como países de risco "extremo": Afeganistão, Burundi, República Democrática do Congo, Costa do Marfim, Paquistão, Somália, Sri Lanka e Sudão.Na outra ponta da lista, com risco de segurança "insignificante" estão Seicheles, na África, Noruega, Finlândia, entre outros. Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por BBC Report

Merkel apóia proposta de Sarkozy de elevar fundos de emergência da UE
A chanceler alemã, Angela Merkel, respalda a proposta do presidente francês, Nicolas Sarkozy, de aumentar os fundos de emergência da União Européia (UE) para o resgate de países com problemas de liquidez.O porta-voz do Governo Ulrich Wilhelm afirmou que Merkel apoiará Sarkozy na cúpula extraordinária de sexta-feira, na qual o presidente de turno da UE quer propor a elevação dos fundos de emergência de 12 bilhões a 20 bilhões de euros.A idéia surgiu em decorrência da recente operação de resgate para a Hungria, ameaçada pela quebra, que obteve da UE, do Banco Mundial (BM) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) um total de 20 bilhões de euros para poder efetuar seus pagamentos.A Comissão Européia (CE) propôs inclusive elevar estes fundos a 25 bilhões de euros para qualquer dos 12 países-membro que não fazem parte da zona do euro.Em uma resolução de 2002, a UE concordou em criar um mecanismo de ajuda que estabelece que todo país-membro pode pedir auxílio se tem problemas de liquidez.Para isso, a CE pode adquirir, segundo o regulamento em vigor, empréstimos no mercado de capitais por um máximo de 12 bilhões de euros. Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência EFE

FMI prepara plano regulatório global
O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, revelou ontem que a instituição prepara uma estratégia regulatória global que será levada à Cúpula de Washington sobre a reforma do sistema financeiro, em 15 de novembro. O ex-ministro da Economia francês disse ainda acreditar que a volatilidade das bolsas em todo o mundo vai se reduzir em curto prazo e informou que o fundo participou dos programas de socorro criados na Europa para recapitalizar os bancos, há 20 dias.As revelações foram feitas em uma de suas raras entrevistas exclusivas, ao jornal Le Monde. Segundo Strauss-Kahn, a estratégia regulatória global tem como objetivo pôr fim às bolhas que prejudicam a economia real. O plano prevê cinco medidas: uma nova linha de empréstimos de curto prazo, já anunciada na quarta-feira; o aumento dos recursos do FMI, proposto pelo primeiro-ministro britânico, Gordon Brown; um relatório sobre medidas para prevenção de bolhas, solicitado por 185 países; a criação e a supervisão de novas normas de regulação financeira, elaboradas pelo Fórum de Estabilidade Financeira; e, finalmente, a mudança de status do fundo, que passaria a elaborador de políticas, em vez de instrumento de socorro em tempos de crise.Strauss-Kahn elogiou as propostas de Gordon Brown e do presidente da França, Nicolas Sarkozy, que defendem a revisão do tratado de Bretton Woods, de 1944. "Gordon Brown tem razão em querer reformar a arquitetura financeira mundial. É preciso que o papel coordenador da regulação mundial seja reafirmado, como propõe Sarkozy. Por isso vamos propor ao G-20 (grupo de países mais industrializados) um plano de uma nova governança, que chamamos de estratégia de regulação global." O diretor-gerente disse também acreditar que a instabilidade nas bolsas mundiais terá fim em curto prazo, mas não quis estimar uma data. "Tenho esperança de que essa volatilidade se acalme porque os planos financeiros americano e europeu são sólidos." Segundo Strauss-Kahn, diante da crise de liquidez e de solvência de instituições bancárias e seguradoras vivida nos Estados Unidos e na Europa entre setembro e outubro, "é preciso um pouco de tempo para que as medidas estejam em pleno funcionamento".Os planos que o diretor-gerente elogia tiveram, assegura, participação direta das equipes do FMI. A afirmação foi uma resposta às críticas feitas ao silêncio e à suposta inércia do fundo no auge da turbulência. "Nós martelamos nossas recomendações. Antes de mais nada, defendemos o fim das medidas isoladas e a criação de um plano global. A seguir, a recapitalização dos bancos, porque só injetar liquidez poderia não funcionar", conta. "Até o meio de setembro, a eficiência pedia a discrição."
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por O Estado de S. Paulo

BNDES terá reforço de caixa de R$ 7 bilhões
Após muita negociação, o Conselho Curador do FGTS aprovou ontem o repasse de R$ 7 bilhões para o BNDES ampliar seu poder de apoio a projetos de infra-estrutura das empresas privadas. O dinheiro chegará ao BNDES por meio do Fundo de Investimento do FGTS (FI-FGTS), criado em 2007.A discussão sobre essa operação foi iniciada, antes mesmo do agravamento da crise financeira internacional, pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho. Em junho, o conselho já havia autorizado uma capitalização do BNDES por meio do repasse de títulos garantidos pelo Tesouro Nacional que eram propriedade do FGTS, num total de R$ 6,5 bilhões. Esse novo repasse de recursos do FGTS será feito pela venda de debêntures (títulos de dívida emitidos por empresas privadas) ao FI-FGTS. Os papéis serão lastreados em uma carteira de projetos que poderão ser nas áreas de energia, rodovias, entre outras, e financiados pelo BNDES. Os títulos renderão, no mínimo, a Taxa Referencial (TR) mais 6% de juros ao ano ao Fundo de Investimento e terão de ter prazos próximos aos das obras. Ontem, a reunião do conselho do FGTS teve momentos tensos por causa de dúvidas de alguns conselheiros quanto à redação da resolução que seria votada. Eles queriam a garantia expressa de que as debêntures serão resgatadas dentro dos mesmos prazos dos projetos, sem carências para o retorno do dinheiro. "Houve apenas um mal entendido, resolvemos as falhas na redação", atenuou o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, presidente do conselho do FGTS.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por O Estado de S. Paulo

BID reduz a 2,5% projeção de crescimento para América Latina
O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) reduziu para 2,5 por cento sua estimativa de crescimento para a economia da América Latina em 2009, contra um número anterior de 3 por cento, devido à crise financeira global, disse na quinta-feira o presidente da instituição."Estamos pensando em cerca de 2,5 (por cento) para o ano entrante", disse em entrevista à Reuters Luis Alberto Moreno, presidente do BID, durante a Cúpula Ibero-Americana em San Salvador.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Reuters

Dr. Marcílio Novaes Maxxon
O combate à corrupção está intimamente vinculado à transparência.


*Leituras para Análise Estratégica eo Desenvolvimento do País:

Altos Estudos BrasileirosPor MARCÍLIO NOVAES MAXXONI- POLÍTICA E GESTÃO PÚBLICA:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/fevereiro_29.htmII- PPP-PARCERIAS PÚBLICO PRIVADAS:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/marco_28.htmIII- O PAPEL DA CÂMARA DOS DEPUTADOS:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/maio_09.htmIV- CÓDIGO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR DA CÂMARA DOS DEPUTADOS:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/maio_16.htmV- SENADO FEDERAL E CONGRESSO NACIONAL:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/junho_01.htmVI- PROCESSO LEGISLATIVO DO CONGRESSO NACIONAL, POR MARCÍLIO NOVAES MAXXON:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/junho_16.htmVII- O QUE É A LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL, E A LEI DE CRIMES FISCAIS. O ESPÍRITO DA LEI:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/julho_01.htm

Artigo: FBI - A Ciência da Inteligência e da Informação: http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/abril_11.htm
Por Marcílio Novaes Maxxon


Comissão de Assuntos Econômicos - CAE
Audiências Públicas e Reuniões Técnicas

03.06.2008 – Audiência Pública "Debate sobre o Marco Regulatório do Petróleo diante da perspectiva de descoberta e desenvolvimento de novas bacias petrolíferas na Camada do Pré-Sal”
ANPHaroldo Borges Rodrigues Lima, Diretor-Geral da Agência Nacional de Petrólio
IBPJõao Carlos França de Lucca, Presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustiveis
PetrobrasJosé Sérgio Gabrielli, Presidente da Petrólio Brasileiro S.A.
03.06.2008 – Audiência Pública "Debate sobre o Marco Regulatório do Petróleo diante da perspectiva de descoberta e desenvolvimento de novas bacias petrolíferas na Camada do Pré-Sal monetária” (Notas)
13.05.2008 – Audiência Pública “Diretrizes, implementação e perspectivas futuras da política monetária”
Banco Central do BrasilHenrique Meirelles, Presidente do Banco Central do Brasil

15.04.2008 – Audiência Pública "Critérios técnicos de repartição dos royalties provenientes da atividade de exploração petrolífera"
IBGEEduardo Pereira Nunes, Presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ANPHaroldo Borges Rodrigues Lima, Diretor-Geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
PetrobrasGuilherme de Oliveira Estrella, Diretor de Exploração e Produção da Petróleo Brasileiro S.A.
15.04.2008 – Audiência Pública "Critérios técnicos de repartição dos royalties provenientes da atividade de exploração petrolífera" (Notas)

14.05.2007 - Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
Petrobras Paulo Roberto Costa, Diretor de Abastecimento
Única Eduardo Pereira de Carvalho, Presidente
Abegás Carlos Eduardo de Freitas Brescia, Diretor

28.05.2007 - Petróleo e Gás Natural
MME João José de Nora Souto, Secretário de Petróleo e Gás
PETROBRAS Guilherme de Oliveira Estrella, Diretor de Exploração e Produção
SHELL John Haney, Vice-Presidente
Institucional
Em 20 anos, Congresso fez 62 emendas à Constituição
O fracasso da revisão constitucional de 1994
Emendas "paralelas" e fatiadas, soluções para os impasses políticos do Congresso
Algumas mudanças que o Congresso fez na Constituição

Fonte: ANERTT por Agência Senado

O BRASIL E OS BIOCOMBUSTÍVEIS
O BRASIL E OS BIOCOMBUSTÍVEISINTERATIVO PARA VOCÊ:http://www.discoverybrasil.com/discover yhoje/viciados_em_petroleo.shtml?vMenu=0 &vPrograma=6&vContenido=0_1ANERTT/DISCOVERY*


*A ANERTT, é signatário do Pacto Global: O Pacto Global é essencial para a parceria entre o setor privado e as Nações Unidas no combate efetivo a CORRUPÇÃO.

http://www.pactoglobal.org.br/pg_principio.php

http://www.unglobalcompact.org/


Nenhum comentário:

Postar um comentário