quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Notícias ANERTT/Petróleo & Gás Natural N° 0334, Por Marcílio Novaes Maxxon.

"Na democracia, o processo de formação das políticas públicas demanda participação de todos os segmentos da sociedade civil, informação confiável, representação qualificada, transparência e ética."
ANERTT - Associação Nacional das Empresas de Rádio, Televisão e Tecnologia
A Serviço do Desenvolvimento do BRASIL

Relatório INFORMATIVO DIÁRIO PARA INVESTIDORES DO MERCADO DE CAPITAIS N° 0334

Notícias ANERTT/Petróleo & Gás Natural
Por Marcílio Novaes Maxxon



São Paulo, 30 de outubro de 2008

GESTÃO LEGISLATIVA & AÇÃO POLÍTICA

PRESIDENTE DE EL SALVADOR ABRE SESSÃO DA CÚPULA IBERO-AMERICANA
A primeira sessão plenária da 18ª Cúpula Ibero-americana foi aberta hoje por Elias Antonio Saca, presidente de El Salvador, país que hospeda a reunião. "O trabalho que começamos será produtivo e deixará marcas em nossa juventude", disse Saca. A cúpula, cujo tema central é "Juventude e Desenvolvimento", foi inaugurada nesta quarta-feira e será concluída amanhã. O presidente venezuelano Hugo Chávez, apesar de ter confirmado sua presença hoje, não compareceu à sessão. Na semana passada, Chávez disse que não participaria da cúpula por questões de segurança, já que temia um atentado contra sua vida.Fontes da organização do evento citadas pela imprensa local declararam que o presidente venezuelano ainda poderia chegar a San Salvador hoje. A Cúpula Ibero-Americana, inaugurada nessa quarta-feira no Centro Internacional de Feiras e Convenções de San Salvador, tem em vista a aprovação de uma posição comum sobre a crise mundial financeira para ser apresentada na reunião do G-20 em Washington e a delineação de políticas de auxílio aos jovens.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon

Crise domina agenda da cúpula ibero-americana
Embora o tema central da 18ª Reunião de Cúpula dos Países Ibero-Americanos, que acontece em San Salvador, seja sobre os direitos da juventude, o assunto que predomina é a crise financeira global. Os presidentes e representantes dos 22 países participantes deverão aprovar sugestão à Organização das Nações Unidas (ONU) para que a entidade promova reunião de emergência em busca de saídas para a crise.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defende a criação de mecanismos que combatam a especulação financeira internacional. A presidente do Chile, Michele Bachelet, parece pensar da mesma forma. Em discurso, ontem à noite, ela chamou a atenção dos chefes de Estado participantes da cúpula para o duro momento vivido hoje por todos os países. Ela alertou que as nações emergentes precisam se preparar para enfrentar a crise.
Espanha
O Brasil decidiu apoiar a participação da Espanha na reunião do G-20, marcada para 15 de novembro, em Washington, informou o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim. O chanceler brasileiro antecipou que o presidente Lula transmitirá ao primeiro-ministro espanhol, José Luiz Zapatero, o aval para que o país ibérico também participe do G-20, do qual o Brasil é integrante.
Zapatero aproveitou a reunião de cúpula ibero-americana, em San Salvador, para costurar apoio dos participantes à ida dele ao encontro de Washington.
Entre os países participantes da 18ª Reunião de Cúpula, está havendo uma mobilização para pedir o fim do embargo a Cuba, país que é o próximo destino do giro internacional do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele deixa San Salvador às 19 horas (horário de Brasília) e chega a Havana às 20 horas desta quinta.
Estatuto do G-20
Em Brasília, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje que na última reunião do G-20 propôs uma mudança no estatuto do grupo. "Hoje, o G-20 é um fórum de ministros da Fazenda e presidentes de banco centrais. Eu acho que seria mais importante se passasse a ser um fórum de chefes de Estado como é o G-7".
Segundo o ministro, ao realizar apenas uma reunião de ministros, o G-20 não tem poder de ação e acaba sendo apenas um órgão de reflexão. Mantega lembrou que no próximo dia 8 de novembro os ministros integrantes do G-20 vão se reunir em São Paulo. Depois disso, no dia 15 do mesmo mês, o presidente dos EUA, George W. Bush, convocou uma reunião com os chefes de Estado dos países do G-20. "Levaremos as propostas que vamos elaborar em São Paulo".
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Estado

Brasil intercede para que Espanha participe da reunião do G20
O Brasil pediu que a Espanha e outras nações emergentes participem da cúpula do G20, em novembro, em Washington, onde será discutida a crise financeira mundial, disse na quinta-feira o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.
Embora a Espanha não seja membro do G20, o primeiro-ministro espanhol, José Luis Zapatero, disse que seu país deve participar do encontro de 15 de novembro porque tem muitos pontos a abordar sobre o sistema financeiro.
Amorim, em um evento paralelo à Cúpula Ibero-Americana em El Salvador, disse que pediu à representante comercial dos Estados Unidos, Susan Schwab, que inclua a Espanha nas discussões.
"Falei ontem (quarta-feira) com Susan Schwab para pedir a ela a participação da Espanha e de outros países em desenvolvimento para manter o equilíbrio", comentou Amorim a jornalistas. "Eu pessoalmente, por instruções do presidente Lula, fiz ontem a petição", acrescentou.
O G20, criado em 1999 para discutir problemas-chave da economia global, é formado por ministros das Finanças e presidentes dos bancos centrais de 19 países industrializados e emergentes. A União Européia também é membro do grupo.
Participam das reuniões do G20 a Argentina, a Alemanha, a Arábia Saudita, a Austrália, o Brasil, o Canadá, a China, a Coréia do Sul, os Estados Unidos, a França, a Índia, a Indonésia, a Itália, o Japão, o México, o Reino Unido, a Rússia, a África do Sul e a Turquia.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Reuters


PETRÓLEO & GÁS

Exxon Mobil fecha 3o trimestre com lucro recorde de US$14,8 bi
A petrolífera Exxon Mobil Corp superou todas as estimativas e divulgou lucro trimestral recorde nesta quinta-feira, devido aos altos preços do petróleo e melhores retornos nos negócios de refino.
O lucro da Exxon no terceiro trimestre deste ano foi de 14,8 bilhões de dólares, ou 2,86 dólares por ação, comparado a 9,4 bilhões de dólares, ou 1,70 dólares por ação, no mesmo período do ano anterior.
Apesar da turbulência nos mercados financeiros globais, a Exxon afirmou que iria manter-se fiel aos seus planos de investir 25 bilhões de dólares em 2008.
Investidores de energia estão preocupados que a crise de crédito possa levar a uma recessão global e cortar a demanda por petróleo. Como resultado, os planos de gastos das principais petrolíferas, como a Exxon, serão cuidadosamente examinados.
No Brasil, a Petrobras adiou para dezembro a divulgação do seu planejamento estratégico de longo prazo, previsto inicialmente para setembro e depois outubro, a fim de avaliar melhor o cenário.
"A distribuição de petróleo nos EUA foi maior em relação ao ano passado, então, isso foi uma surpresa positiva", disse Gene Pisasale, analista sênior de energia da PNC Capital Advisors. "Eles têm o balanço mais forte do mercado", completou.
Ainda assim, a Exxon precisará ser mais agressiva com relação à exploração, afirmou o analista.
Excluindo o ganho relacionado à venda de gás natural para a Alemanha, a Exxon faturou 13,38 bilhões de dólares, ou 2,59 dólares por ação. O enorme lucro foi outro recorde para a petrolífera e o maior já registrado para uma companhia norte-americana negociada em bolsa com bases operacionais.
A companhia disse que ainda estava se recuperando dos furacões Ike e Gustav, que reduziram sua produção trimestral em até 24 mil barris de petróleo por dia.
As tempestades, que atingiram a costa do Golfo dos EUA, devem diminuir os ganhos da petrolífera em cerca de 500 milhões de dólares no quatro trimestre, revelou a Exxon. A produção da empresa recuou 8 por cento em relação ao ano passado.
Já os ganhos na unidade de exploração e produção da Exxon, excluindo o negócio firmado com a Alemanha, foram de 9,35 bilhões do dólares, bem acima dos 3 bilhões de dólares no ano anterior.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Reuters
O Brasil e o petróleo da camada pré-sal
O petróleo foi durante muitos anos um problema para o desenvolvimento da economia brasileira. É claro que ele nunca foi a causa principal, mas um entrave em alguns períodos importantes para a sustentabilidade do crescimento. Nos últimos 50 anos, o principal óbice para o desenvolvimento foi claramente a falta de gestão motivada por políticos que quase sempre colocam as prioridades pessoais ou dos partidos acima dos interesses do País. Nunca se conseguiu um projeto de nação que fosse respeitado pelas diferentes forças políticas e a cada mudança de governo mudaram-se também as prioridades econômicas e o programa do País - exceção feita ao governo Lula, que deu continuidade à política econômica de Fernando Henrique Cardoso. Uma retrospectiva histórica mostra que, por duas vezes, o petróleo foi um dos principais entraves para o crescimento acelerado. O golpe militar de 1964 trouxe ao País o planejamento e o controle centralizado da economia, com razoável sucesso e grande crescimento econômico. A partir da década de 60 houve fartura na oferta de financiamento internacional e o crescimento acelerado da década de 70 foi promovido por uma poupança externa farta e barata, que durou até o início dos anos 80. O primeiro sinal de aborto do crescimento acelerado foi dado em 1974, com o primeiro choque dos preços do petróleo. O sinal foi ignorado pelo governo militar, que continuou o plano de investimentos, sem importar-se com o aumento da dívida externa. O processo de desenvolvimento acelerado foi finalmente abortado pelo segundo choque de preços do petróleo, ocorrido em 1979, que culminou com a renegociação das contas externas em 1982. O custo do petróleo impactou fortemente todos os países importadores, com reflexos na inflação mundial, culminando com aumento das taxas de juros, que alcançaram o nível de 22% ao ano nos Estados Unidos. A dívida externa brasileira explodiu em função da conta do petróleo e da alta taxa de juros. Estamos agora diante de um cenário de preços do petróleo com grande volatilidade. O preço do barril alcançou quase US$ 150, voltando ao patamar próximo aos US$ 70 nos últimos dias. Está muito difícil neste momento de crise definir qual o preço justo para o petróleo, mas qualquer que seja ele, desta vez temos grande oportunidade para mudar o destino e a situação econômica do Brasil. O questionamento que faço é se saberemos aproveitar os dividendos do petróleo do pré-sal e darmos um salto de qualidade na vida dos brasileiros em geral. Temos escutado e lido várias idéias do governo para tirar vantagens da riqueza das novas reservas petrolíferas e para resolver o problema da educação, saúde e outras que há muito preocupam os brasileiros. Fala-se em descentralizar parte das receitas do petróleo, formar-se um fundo soberano, uma nova empresa para administrar as reservas e os recursos delas provenientes. Acho a discussão sobre o assunto muito importante para a sociedade, mas, ao mesmo tempo, preocupante pelas possíveis decisões que poderão antecipar a utilização de valores que ainda são desconhecidos. Até o momento, não se tem idéia do volume de investimentos necessários para a extração do petróleo e o seu custo de exploração, e tampouco sabemos qual será o valor do barril nos próximos anos. Não coloco em dúvida o valor de tais reservas para o País, mas a estratégia para a utilização dessa riqueza. Se as reservas forem realmente do tamanho estimado e os preços forem mantidos elevados, sem um planejamento e boa execução de uma política industrial e cambial, poderemos destruir a diversificação de nossa indústria, fazendo proliferar apenas o setor petroquímico. Se o valor líquido das reservas for menor, poderemos frustrar os planos de crescimento do País, sacando na frente receitas que nunca se concretizarão. Não estou pessimista com o Brasil do pré-sal, apenas preocupado com os planos e a velocidade de utilização de seus recursos. Temos uma oportunidade ímpar de sair do subdesenvolvimento, de encurtar vários anos para atingirmos um bom nível de bem-estar social e uma melhor distribuição da riqueza. Desta vez, o petróleo parece ser uma grande oportunidade, e espero que nossos governantes saibam aproveitá-lo e fazer dele uma grande bênção para o nosso povo. Quem sabe assim nós possamos enfim acreditar que Deus é brasileiro.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Gazeta Mercantil/Manoel Horacio Francisco da Silva

Galp defende interconexões para abastecimento de gás
O diretor-executivo da Galp Gás Natural, Nuno Moreira Cruz, afirmou nesta quarta-feira que a Península Ibérica possui um papel fundamental numa "estratégia européia de acesso a novas fontes de abastecimento "e defendeu a urgência de "interconexões" entre Espanha e França."Se melhorarem as interconexões entre Espanha e França a Península Ibérica pode ser um veículo fundamental para garantir esse abastecimento à Europa", disse Moreira da Cruz.O diretor apontou que "a Rússia e a Argélia são as principais fontes de abastecimento da Europa, continuarão seguramente a ser no futuro imediato, agora, se queremos acesso a novas fontes é fundamental garantir essas interconexões".Ele ainda frisou que "na Península Ibérica existem neste momento sete terminais de gás natural que é praticamente metade dos que existem na Europa", de um total de 14 existentes em todo o território europeu.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Lusa

No México, setor privado terá mais participação no petróleo Apesar de toda a polêmica gerada nesta quarta-feira no país, o presidente do México, Felipe Calderón, comemorou a aprovação na Câmara dos Deputados da reforma energética nacional, que permite uma maior participação do setor privado na exploração e extração do petróleo mexicano. A medida foi aprovada durante uma sessão conturbada, em que alguns deputados de esquerda ocuparam o estrado do recinto para tentar impedir a votação. Em uma mensagem à nação divulgada pela rádio e pela televisão, o mandatário se referiu à reforma como a mais importante desde a nacionalização da indústria petroleira em 1938 e defendeu que ela garante a permanência da indústria petroleira nacional nas mãos dos mexicanos.O líder insistiu que a nova Lei Energética, aprovada na semana passada pelo Senado e sancionada na terça-feira na Câmara por grande maioria (395 votos a favor e 82 contra), fortalecerá a capacidade de extração de hidrocarbonetos da estatal Petróleos Mexicanos (Pemex).– É particularmente importante que nós mexicanos tenhamos entrado em acordo em um momento em que a economia mundial atravessa uma situação muito adversa. Com esta reforma todos nós ganhamos – continuou o mandatário.O líder opositor Andrés Manuel López Obrador lamentou, por sua vez, a aprovação da reforma e advertiu que a seus seguidores não irão permitir às empresas petroleiras estrangeiras explorar os hidrocarbonetos do país. – Vamos manter sob rédea curta estes corruptos – disse ele.Obrador, candidato derrotado por estreita margem de votos nas últimas eleições presidenciais mexicanas, sustentou frente centenas de seguidores que o Movimento Nacional em Defesa do Petróleo irá se encarregar de vigiar todos os contratos assinados pelo governo federal.O líder opositor indicou ainda que seus partidários irão aos escritórios das principais empresas petroleiras do mundo para advertir que não permitirão que elas explorem os hidrocarbonetos mexicanos. Para ele, a reforma energética é uma janela aberta para a privatização da Pemex, considerada por muitos mexicanos um símbolo da soberania do país desde a sua nacionalização em 1938, em contraste com alguns empresários que qualificaram a reforma como light. Segundo Obrador, a reforma possibilitará que se divida parte do território em partes para que as empresas estrangeiras manejem com exclusividade a exploração do petróleo nesses locais. A Pemex é a maior empresa do país, que aporta 40% dos impostos nacionais. A reforma, que já havia recebido sinal verde do Senado, concede maior autonomia financeira e liberdade para investir na Pemex, cujas utilidades eram fiscalizadas pela Secretaria da Fazenda mexicana. A futura lei permitirá à Pemex agilizar os contratos com terceiros, sem que isso implique em ceder direitos sobre os hidrocarbonetos. A iniciativa foi aprovada num momento em que a empresa registra forte baixa na produção, com redução de 9,2% de janeiro a setembro deste ano, em comparação ao mesmo período do ano passado.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por JB Online

Irã está construindo bases em rota de comércio de petróleo
O Irã começou a construir uma linha de bases navais ao longo da costa sul até o estreito de Hormuz, na entrada do canal do Golfo, uma área estratégica para o comércio de petróleo, informou um comandante iraniano, segundo o jornal Tehran Times.O almirante Habibollah Sayyari disse que as bases estão sendo construídas na costa do mar de Omã, a partir de Pasa Bandar, na fronteira com o Paquistão, até Bandar Abbas, o maior porto iraniano no estreito de Hormuz, segundo publicou o jornal, escrito em inglês, na quinta-feira.Ele não disse quando a construção será concluída.Nesta semana, Sayyari inaugurou um porto naval em Jask, que também fica na costa do mar de Omã, segundo a mídia iraniana."A nova missão da Marinha é construir uma linha impenetrável de defesa na entrada do mar de Omã", disse Sayyari, no sul do Irã, segundo o Tehran Times."Se o inimigo enlouquecer, vamos afogá-lo no fundo do oceano índico e do mar de Omã antes que atinjam o estreito de Hormuz e a entrada do Golfo Pérsico".O Irã ameaçou fechar o estreito, caso os Estados Unidos o ataquem. O local é a rota marítima pela qual passam dois quintos do petróleo comercializado do mundo. Autoridades iranianas costumam dizer que atacá-los seria tolice da parte de Washington.Os Estados Unidos estão envolvidos em um imbróglio a respeito do programa nuclear iraniano. O Ocidente desconfia que o Irã tem o objetivo de produzir armas nucleares, o que o país nega. O governo norte-americano disse que quer resolver a questão de forma diplomática, mas não descarta a possibilidade de uma intervenção militar.Especialistas militares dizem que as Forças Armadas iranianas não têm condições de enfrentar a tecnologia dos norte-americanos, mas podem causar danos a rotas marítimas.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Reuters

Brasil pode ter primeira refinaria sem Petrobras
Investidores britânicos, espanhóis, brasileiros e do Golfo Pérsico pretendem construir uma refinaria de US$ 3 bilhões no Brasil, a primeira a ser montada no País por uma empresa que não seja a estatal Petrobras em mais de cinco décadas.A britânica South Atlantic Refining Co já tem aprovação da autoridade brasileira reguladora do setor petrolífero (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) para construir uma unidade de refino perto de Aracaju, capital de Sergipe, com capacidade de processar 200 mil barris por dia de petróleo leve ou pesado em diesel de baixo teor de enxofre, lubrificantes e nafta, informou David Wood, diretor operacional da companhia, em entrevista por telefone.A pretendida refinaria, com início de produção previsto para 2013, ajudará a atender à demanda dos Estados Unidos e da Europa por diesel com menos de 10 partes por milhão de enxofre, um poluente corrosivo, disse o executivo da empresa britância. O empreendimento também contribuirá para que o Brasil reduza sua dependência das importações de nafta, empregada na fabricação de plástico."Construir uma nova refinaria nos Estados Unidos ou na Europa custaria cerca de 50% mais do que no Brasil, supondo que se obtenha aprovação ambiental para instalá-la", disse Wood a partir de Londres. "O financiamento ficou mais difícil devido à crise do crédito, mas também estamos assistindo à queda dos custos potenciais de matérias-primas como aço e engenharia", completou.As petrolíferas não constróem uma nova refinaria nos Estados Unidos desde 1976 devido à regulamentação ambiental, à oposição local e às baixas margens de lucro. A crise mundial do crédito derrubou bancos, encareceu a tomada de empréstimos e enrijeceu os critérios para a obtenção de crédito.Os países do Golfo Pérsico estão prontos para entrar com a maior parte dos 600 milhões de euros (US$ 776 milhões) em capital social para a construção da refinaria, disse Wood, que preferiu não identificar as nações. Ele também prevê obter empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a fim de comprar equipamentos locais como tubulações e tanques.Os fundos soberanos dos países do Golfo Pérsico também deverão fornecer recursos, disse o executivo da britânica South Atlantic Refining.Wood prevê processar petróleo bruto do Brasil, da África ou do Oriente Médio, embora a proximidade do petróleo da plataforma continental brasileira torne o produto local a matéria-prima mais provável. A refinaria vai atender os padrões ambientais da Europa e do Banco Mundial.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Gazeta Mercantil

Shell tem lucro de US$ 29,08 bilhões nos 9 primeiros meses do ano
A petrolífera anglo-holandesa Royal Dutch Shell obteve nos primeiros nove meses do ano um lucro líquido atribuído de US$ 29,08 bilhões, 27% a mais que no mesmo período de 2007, ao ser beneficiada pelo aumento do petróleo até julho passado.A companhia, que publica seus resultados em dólares por ser a moeda na qual o petróleo é cotado, registrou receitas de US$ 377,28 bilhões, um aumento de 51,4%, segundo as contas enviadas hoje ao supervisor da Bolsa de Londres.Já o lucro bruto foi de US$ 57,99 bilhões, aumento de 35%, enquanto a dívida total em 30 de setembro era de US$ 16,72 bilhões, US$ 617 milhões a menos que um ano antes.Com o método de cálculo dos custos de reposição - usado pelas petrolíferas porque ajusta ao preço atual do petróleo os custos e as receitas -, o lucro líquido no final dos nove primeiros meses do ano subiu para US$ 26,58 bilhões, aumento de 27%.Segundo este método, a divisão de prospecção e produção ganhou US$ 16,52 bilhões, 68,3% a mais, graças ao aumento do petróleo, que compensou uma queda de 7% na produção.Além disso, a forte queda do preço do petróleo no terceiro trimestre - o produto sofreu desvalorização de 60% desde que marcou seu recorde histórico em julho - representou para o grupo um ganho não-monetário de US$ 400 milhões pelo ajuste contábil de certos derivados em longo prazo.A atividade de gás e energia representou US$ 4,34 bilhões, mais que o dobro, por causa do aumento dos preços do gás natural liquidificado (GNL), que compensou menores vendas.Da mesma forma que com o petróleo, a Shell ganhou US$ 400 milhões pelo ajuste contábil de derivados.Já os produtos derivados do petróleo tiveram lucro de US$ 4,57 bilhões, o que representa queda de 24,7%.O lucro da divisão de produtos químicos caiu 87%, para US$ 175 milhões.O executivo-chefe da Shell, Jeroen van der Veer, afirmou em comunicado que está vigiando de perto a situação da economia mundial e que um dos objetivos da companhia é realizar "investimentos significativos" para aumentar a rentabilidade futura do grupo.A Shell anunciou ontem que Veer se aposentará em 1º de julho de 2009 e que será substituído por Peter Voser, atual diretor financeiro do grupo.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por EFE

Especialistas debatem contratos de produção de Petróleo e Gás
O advogado Antonio Corrêa Meyer, sócio do escritório Machado, Meyer, Sendacz e Opice, será um dos participantes do 2.° Fórum Internacional do Direito do Petróleo e Gás. Promovido pelo Instituto Brasileiro de Estudos do Direito da Energia (IBDE), o evento ocorrerá dias 3 e 4 de novembro no Rio de Janeiro e irá reunir advogados, técnicos, dirigentes e outros especialistas da área de petróleo e gás para discutir temas relevantes da legislação e regulamentação do setor. Antonio Corrêa Meyer irá presidir o painel sobre modelos de contratos de produção de petróleo e gás natural. No Fórum, serão abordados ainda temas como o papel das agências reguladoras, as responsabilidades contratuais, participações governamentais (usos e destinações), os desafios jurídicos para a exploração do pré-sal, dentre outros.
2.º Fórum Internacional do Direito do Petróleo e Gás Natural, dias 3 e 4 de novembro, no Centro de Convenções da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro – Firjan, Avenida Graça Aranha, 1 – Rio de Janeiro (RJ). Investimento: R$ 485,00. Inscrições e informações: www.ibdenergia.org.br
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon

Braskem decide revisar programa de investimentos
A petroquímica Braskem, líder no mercado nacional de resinas termoplásticas, também entrará na lista de empresas que revisarão seus programas de investimento para os próximos anos. Segundo o presidente da empresa, Bernardo Gradin, o adiamento de projetos é explicado pela crise econômica que atinge a economia mundial. "Toda a indústria está fazendo isso (revendo os investimentos). Por bom senso, temos que determinar o que é urgente", afirmou o presidente da petroquímica, durante evento no qual a Braskem apresentou o troféu que será entregue no GP Brasil de Fórmula 1, feito com polietileno verde.O executivo confirmou que o projeto de polietileno feito a partir de cana-de-açúcar, com início de operação previsto para o primeiro trimestre de 2011, não terá seu cronograma alterado. Em relação aos demais, Gradin disse que só poderia fazer comentários após a divulgação dos resultados de terceiro trimestre da petroquímica, o que ocorrerá na próxima quarta-feira.Entre os investimentos superiores a US$ 5 bilhões já anunciados pela Braskem, os maiores destaques são o projeto de polietileno verde a ser realizado no Rio Grande do Sul e a construção de um cracker de etano, integrado a uma fábrica de polietileno, e de uma fábrica de polipropileno, ambos na Venezuela. Questionado por repórteres se o adiamento de projetos estaria restrito ao Brasil, Gradin disse que os cronogramas em relação a projetos no exterior também devem ser revistos.Os projetos venezuelanos, feitos em parceria com a estatal Pequiven, tinham como objetivo atender à demanda do mercado norte-americano, principal foco da atual crise da economia mundial. Juntas, as fábricas no país vizinho, que terão participação de 49% da Braskem, 49% da Pequiven e 2% da Soljitz, devem demandar investimentos de US$ 3,5 bilhões.No Brasil, a Braskem também já anunciou planos de aumentar a oferta de PVC na unidade de Alagoas e de polipropileno na Bahia. Ainda no pólo baiano de Camaçari, a Braskem tem planos confirmados de investir na produção de resinas hidrocarbônicas, solventes especiais e ETBE, um bioaditivo automotivo produzido a partir de etanol, além da modernização da linha de PVC.PolietilenoGradin afirmou ainda que o polietileno verde que será comercializado pela petroquímica a partir do primeiro trimestre de 2011 se mantém competitivo apesar da recente queda no preço do barril de petróleo. "Quando começamos o projeto, prevíamos que o ponto de equilíbrio seria com o petróleo a US$ 45,00 o barril" disse. "Mas essa premissa ainda precisará ser confirmada", pondera.O executivo também reiterou hoje que a demanda pelo produto feito a partir da cana-de-açúcar supera as 600 mil toneladas anuais, volume três vezes maior do que a oferta inicial que será disponibilizada pela Braskem. De acordo com Gradin, o prêmio a ser pago pelos clientes que desejarem utilizar o polietileno verde em seus produtos já supera os 30% em relação ao valor cobrado no polietileno tradicional, feito a partir do petróleo. Anteriormente, a petroquímica trabalhava com uma projeção de prêmio entre 20% e 30%.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Estado/André Magnabosco
MERCADO DE ETANOL

Qual é, afinal, a proposta dos candidatos à presidência dos EUA para o etanol brasileiro? Atualmente, o etanol brasileiro que é exportado para os Estados Unidos sofre uma tarifa de importação de 54 centavos de dólar por galão. Com isso, o etanol de cana-de-açúcar do Brasil chega aos mercados dos Estados Unidos mais caro do que o etanol de milho, produzido em fazendas norte-americanas. Além disso, a plantação de milho para produção de etanol é subsidiada pelo governo, que destina até US$ 7,3 bilhões por ano na forma de recursos para produção e incentivos fiscais, segundo a Global Subsidies Initiative. "Os candidatos têm posições diferentes sobre o etanol. McCain quer encerrar os subsídios e Obama quer manter. Essa é a principal diferença entre os dois na questão de energia", afirmou Kristin Brekke, porta-voz da Coalizão Americana pelo Etanol. A Coalizão Americana pelo Etanol (CAE) é um grupo que reúne fazendeiros de milho, refinarias de etanol e investidores envolvidos na indústria e foi formada para defender os interesses desses grupos na imprensa e no governo americano.A porta-voz da coalizão, Kristin Brekke, afirmou que o grupo não anunciou apoio a nenhum candidato. "Apenas informamos quais são as propostas de cada um e os membros fazem sua escolha livremente. No entanto, somos favoráveis à manutenção dos subsídios e taxas sobre etanol estrangeiro para que a indústria nacional do etanol se desenvolva", explicou.Preocupada com o futuro dos subsídios ao etanol na próxima administração, a Associação de Produtores de Milho de Ohio pediu explicações detalhadas aos candidatos sobre suas posições sobre o assunto. "Como associação bipartidária, não endossamos candidatos, apenas damos informações para que os fazendeiros façam suas escolhas", anuncia a associação em seu site.Em carta enviada à Associação Nacional dos Produtores de Milho, McCain afirmou que é contra o sistema atual de tarifas e subsídios sobre o etanol. "Como país, devemos estimular a demanda para o usuário final e criar um sistema regulatório que encoraje investimentos em pesquisas e aumento da capacidade de refino no país", explicava o comunicado. Barack Obama, no entanto, também enviou carta à Associação Nacional dos Produtores de Milho e disse que é favorável aos mecanismos de proteção da safra norte-americana. "Eu apóio os incentivos de impostos para biocombustíveis. Nos próximos dez anos, vou investir US$ 150 bilhões em nosso setor de energia limpa, aumentando os lucros do fazendeiro e injetando capital em economias rurais", disse o candidato democrata.O presidente George W. Bush, republicano como John McCain, também se opõe à tarifa de 54 centavos por galão de etanol importado, mas o Congresso, que é controlado pelos democratas, estendeu até 2010 a cobrança. A tarifa limitou as importações norte-americanas do etanol originário de países com amplos programas de biocombustíveis, como o Brasil, que produz 27,5 bilhões de litros anuais de etanol.Críticas brasileirasO governo brasileiro é um forte crítico dos subsídios ao etanol de milho norte-americano. Em 2007, o Brasil produziu 31% do total de etanol mundial, cerca de 15 bilhões de litros - mas apenas algo entre 3 e 5 bilhões foram destinados à exportação. As barreiras dos países desenvolvidos oferecem uma explicação para este fato.O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, chegou a dizer que os subsídios americanos podem ser considerados uma "ilegalidade" que deve ser revertida na Organização Mundial do Comércio. "O ponteiro está correndo", disse o ministro ao jornal Financial Times. "Eles (os Estados Unidos) são os maiores subsidiários do mundo em termos do que nos afeta, então teremos de levá-los aos tribunais".Outro fator positivo para o etanol brasileiro é a questão ambiental. O etanol produzido a partir da cana-de-açúcar, como o do Brasil, reduz as emissões de gás de efeito estufa em pelo menos 80% em relação aos combustíveis fósseis, mas os biocombustíveis produzidos com trigo, beterraba, óleos vegetais ou milho, como nos EUA, na Europa e no Canadá, reduzem as emissões poluentes em apenas 30% ou 60%, afirmou a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE).
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Último Segundo/Leandro Meireles Pinto

Equipe de Obama sinaliza rever política do etanol A campanha do senador Barack Obama emitiu nos últimos meses sinais discretos de que as políticas adotadas nos Estados Unidos para incentivar a produção doméstica de etanol poderão ser revistas se ele chegar à Casa Branca, idéia que foi tratada como heresia pelo candidato e seus aliados durante a maior parte desta corrida presidencial. A mudança de tom reflete uma preocupação crescente com o impacto que a expansão da produção de etanol americana teve sobre os preços dos alimentos, dúvidas que grupos ambientalistas têm sobre a eficácia das políticas adotadas pelos EUA até agora e a percepção de que o governo deveria investir mais em outras fontes alternativas de energia. Numa entrevista para um programa de rádio patrocinado pela indústria de etanol no início do mês, uma das principais assessoras de Obama nessa área, Heather Zichal, afirmou que os subsídios que apóiam as usinas americanas "precisarão ser considerados no futuro" e disse que, para Obama, "escolher vencedores não é boa política pública". Os EUA produzirão neste ano 34 bilhões de litros de etanol. Suas usinas usam milho para produzir o combustível, que no Brasil é feito de cana-de-açúcar. A demanda da indústria fez os preços do milho dispararem nos últimos anos, gerando pressões sobre os preços dos alimentos no mundo inteiro. As usinas de etanol consumirão um terço da produção de milho dos EUA neste ano. Na entrevista, Heather reconheceu que isso cria limites para a continuidade das políticas atuais e deixou claro que a prioridade de Obama será o desenvolvimento de combustíveis mais avançados, como o etanol celulósico, que pode ser feito de grama, lascas de madeira e outros materiais vegetais, mas que ainda não é viável comercialmente. Em junho, numa teleconferência em que discutiu as propostas de Obama para a área energética, outro assessor, Jason Grumet, insistiu no mesmo ponto. "O etanol feito de milho [...] não é a resposta", afirmou. "A verdadeira resposta está em deixar o milho para trás rapidamente e partir para a segunda geração de biocombustíveis avançados." Os subsídios à produção doméstica de etanol deverão custar US$ 11 bilhões ao governo neste ano, estima a consultoria Earth Track. Críticos das políticas americanas acreditam que seria mais sensato para os EUA eliminar esses incentivos e derrubar as barreiras comerciais que hoje protegem as usinas nacionais e encarecem o etanol importado do Brasil, que é muito mais competitivo que os EUA nessa área. O senador republicano John McCain, adversário de Obama na corrida presidencial, defendeu com veemência durante a campanha o fim dos subsídios ao etanol. Políticos de Estados que consomem muita gasolina mas não produzem etanol têm feito pressões semelhantes. Mas o setor conta com enorme apoio político em Washington, por causa de sua importância para a economia da área rural do país. No início da campanha eleitoral, Obama costumava justificar seu apoio aos subsídios pelo fato de representar no Senado o Estado de Illinois, um grande produtor de milho e de etanol. Mas a explosão dos preços dos alimentos, no início deste ano, o fez ajustar o discurso. "Se precisarmos mudar nossa política para que as pessoas tenham o que comer, esse será o passo que daremos", disse em maio, numa entrevista à rede de televisão NBC. Nada disso significa que Obama irá abandonar a indústria doméstica ou abrir o mercado americano para o combustível produzido no Brasil, se for eleito presidente na próxima semana. A legislação em vigor garante a manutenção das tarifas que encarecem o álcool brasileiro até o fim de 2010, e o fortalecimento da indústria doméstica continuará prioritário para os EUA. Mas a evolução da posição de Obama e de sua equipe nessa discussão indica que eles podem rever seus planos no futuro, se atrasos no desenvolvimento de novos tipos de combustível tornarem difícil o cumprimento das metas fixadas pela legislação atual, que prevê o aumento do consumo americano para 57 bilhões de litros de etanol de milho e 80 bilhões de litros de outros biocombustíveis em 2022. "A equipe de Obama tem consciência dos limites que a política americana de biocombustíveis enfrenta, e ele tem ouvido com atenção pessoas que defendem a redução do protecionismo dos EUA nessa área", afirmou o representante da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) nos EUA, Joel Velasco. A expansão da produção americana nos últimos anos diminuiu bastante as vendas de etanol do Brasil para os EUA. Até agosto deste ano, o país exportou 1,2 bilhão de litros, incluindo vendas para países do Caribe que têm acesso preferencial ao mercado americano e processam boa parte do combustível brasileiro. Em 2006, quando a maioria das usinas dos EUA ainda estava em construção, o Brasil exportou 2,2 bilhões de litros.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Valor Econômico/Ricardo Balthazar

UFU recebe recursos para projetos de biocombustível
A Universidade Federal de Uberlândia (UFU) vai receber R$ 404 mil de investimentos para pesquisas na produção de biocombustíveis. O montante faz parte dos 3,9 milhões liberados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) a 21 projetos aprovados no "Programa Mineiro de Desenvolvimento Tecnológico e Produção de Biocombustíveis". A UFU participa ainda de estudo com a mesma finalidade desenvolvido na Universidade Federal de Viçosa (UFV), que vai receber R$ 783 mil, o maior recurso disponibilizado pelo programa. Serão destinados R$ 311 mil ao projeto "Incubação de Centro de Excelência do Triângulo Mineiro em Pesquisa e Desenvolvimento em Tecnologias Industriais e Engenharia para a produção de biocombustíveis relacionados ao Etanol". O coordenador Ricardo Reis Soares disse que o recurso será utilizado para a compra de equipamentos e criação bolsas de estudos. De acordo com ele, as pesquisas realizadas pelo Instituto de Engenharia Química da UFU propõem novas tecnologias para proporcionar a utilização de recursos naturais renováveis na geração de energia. O objetivo é reduzir a dependência mundial de combustíveis fósseis, que são recursos não-renováveis, como o petróleo e o gás natural. "Se o Brasil não começar a investir efetivamente nessa área, vai vender caldo de cana para os Estados Unidos. Como o Triângulo Mineiro domina a produção de etanol no Brasil, a idéia é criar um Centro de Pesquisa na região", disse Soares. O projeto é o início da implementação desse Centro e, para isso, ele pretende criar parcerias com empresas e indústrias de química e de energia que passem a utilizar estas tecnologias. Ao todo, cerca de 25 profissionais participam do projeto, que propõe inovações tecnológicas no processo de fermentação do etanol, utilizado como combustível; na produção de hidrogênio - presente na composição de fertilizantes -, a partir da biomassa; na conversão de etanol a eteno, substância usada na produção de garrafas pet; e na utilização da palha e do bagaço da cana-de-açúcar para a produção de insumos químicos e geração de energia. Outro projeto da UFU contemplado com R$ 93 mil pelo programa Fapemig propõe melhorias no controle de pragas em plantações de cana-de-açúcar. Gaspar Henrique Korndofer é coordenador do estudo, desenvolvido pelo Instituto de Ciências Agrárias. Clique aqui e veja o que o Brasil ganha com a produção do biocombustível.Empresa coleta óleo usadoA indústria Cavalcante Biodiesel inaugurou a primeira filial em Uberlândia na semana passada e lançou no mesmo dia um projeto de coleta de óleo de cozinha usado. As empresas cadastradas recebem um recipiente coletor que é recolhido quando está cheio, sem custo para o empresário. A gerente regional da indústria, Karen Ferrari, ressaltou que o óleo destinado à usina reduzirá a quantidade de gordura descartada na rede de esgoto, que chega a seis toneladas por dia, segundo dados do Dmae. Veja aqui a relação entre biocombustível e meio ambiente-Ativar A indústria não vai pagar pelo produto coletado, mas o projeto prevê doação de cestas básicas, que serão adquiridas com o valor total do que o empresário receberia pela coleta do produto. O valor médio de comercialização é de R$ 0,20 por litro. As empresas interessadas podem entrar em contato com o escritório da indústria em Uberlândia pelo telefone (34) 3084-5023 . Segundo Karen Ferrari, cerca de 10 empresas já se cadastraram e a intenção é de que o projeto seja levado a condomínios, edifícios e residências. A indústria de transformação de óleo de cozinha usado em biodiesel fica em Iguatama (MG), no centro-oeste mineiro, a cerca de 350 quilômetros de Uberlândia.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Correio de Uberlândia – Uberlândia/MG/Manuella Garcia

Pré-sal, etanol e as eleições americanas
Como no próprio título, o etanol é o centro deste artigo. Mas qual seria a relação tão direta do pré-sal e das eleições nos EUA com o etanol? Quanto ao pré-sal, menos óbvia, mas tão importante como os resultados das urnas das próximas eleições americanas, não só as presidenciais. Explica-se: os resultados ainda imensuráveis do encontro brasileiro com os megacampos de Tupi e Iara, para o bem ou para o mal, ainda estão por vir, dependentes que são de múltiplas variáveis, desde a evolução do preço mundial do petróleo quando os novos poços começarem a jorrar até os custos reais de exploração, passando pelo rumo da valorização do real. Mas desde logo o etanol ganhou um benefício que, se tivesse acontecido há dois anos, teria sido ainda mais bem-vindo - o efeito de marketing oficial e oficioso do pré-sal ofuscou o etanol. Felizmente! O etanol, tanto o nosso bom etanol da cana, como o próprio etanol de milho, trigo, mandioca e os outros que ainda virão, ganhou holofotes no mundo de uma forma muito prematura, que impediram o seu desenvolvimento natural, tanto em volume de produção, como na criação de mecanismos necessários para transformá-lo em uma "commodity" internacional. Esquece-se diariamente que o comércio mundial de etanol combustível não é maior do que poucos quatro milhões de metros cúbicos por ano, ou seja, menos de dez por cento do que é produzido por Brasil e EUA. E este número não deve aumentar até que se tenha uma infra-estrutura estabelecida, tanto no lado exportador (leia-se Brasil) como nos países importadores (leia-se o resto do mundo, a começar pelos próprios Estados Unidos). Quando se fala de infra-estrutura, não estamos tratando das estradas lamacentas do Mato Grosso ou das ferrovias americanas bloqueadas pela neve no inverno. Estamos falando principalmente de escoamento do etanol por dutos, de armazenagem nos portos e de estruturas portuárias de atracação, embarque e descarga adequadas, tanto nas origens como nos destinos. Mas o fato histórico é que, no momento do verdadeiro arranque das exportações (naquela altura, ano de 2006 - brasileiras e chinesas) de etanol, a euforia foi desmedida e o etanol ganhou cedo demais o rótulo de salvador da humanidade. O combustível limpo que realmente ele é, capaz do milagre de acabar com o aquecimento global, os gases de efeito estufa, a inversão térmica e tudo o mais de danoso que o mundo moderno traz ao ambiente, que realmente não é, ganhou ares prematuros de "base da política externa" e de investimentos precipitados de leigos, em velocidade avassaladora. O resultado natural foi a precipitação de uma disputa entre "produção agrícola para a energia combustível ou para a alimentação da humanidade" e "destruição da floresta amazônica". Uma discussão até certo ponto estéril, pois os mercados se ajustam por si só - a história da humanidade e do comércio mundial mostra isto - como principalmente danosa ao desenvolvimento natural da produção e do consumo do etanol. Quem sabe agora, com o pré-sal assumindo posto de destaque no palco, tenhamos o tempo para permitir ao etanol que se desenvolva calmamente como energia alternativa viável para conquistar seu espaço no mundo. Isto tudo com a certeza mais do que absoluta que o etanol brasileiro tem seu espaço reservado na matriz energética mundial e apenas necessita de tempo para se estabelecer como a grande fonte de energia limpa e renovável que a humanidade necessita. Quanto ao resultado das eleições americanas, o assunto tem grande importância para os produtores de etanol tanto no Brasil, como nos EUA. Isto se torna ainda mais interessante, uma vez que os dois principais candidatos à Presidência têm visões diametralmente opostas no que toca à tarifa de importação aplicável a todos os países produtores, exceto aos que efetuam a desidratação nos 17 países listados pelo CBERA (Caribbean Basin Economic Recovery Act), assim como aos subsídios fiscais que são atribuídos aos produtores de etanol. O senador John McCain, que procura se afastar o máximo possível das posições do presidente Bush, é claramente favorável a medidas que fortaleçam o livre comércio e, seguindo sua política, seria francamente favorável a uma redução e até eliminação das tarifas de importação de etanol, assim como dos subsídios aos produtores americanos. Já o também senador Barack Obama, candidato democrata oriundo do Meio-Oeste americano, não mexeria uma vírgula na política tarifária e de subsídios ora vigente, eis que tem uma posição bastante protetora ao produtor agrícola americano. O que tem sido deixado de lado nos estudos sobre as posições dos dois candidatos são dois fatores muito mais relevantes do que suas opiniões pessoais e de seus conselheiros. Dentro do sistema político dos Estados Unidos, o Congresso tem um poder decisório talvez maior do que o do presidente em si. Aí vale lembrar que neste momento há um equilíbrio absoluto dos partidos no Senado, com 49 senadores republicanos, 49 democratas e dois independentes (Sen. Lieberman, de Connecticut e Sen. Sanders, de Vermont). No entanto, na Assembléia os democratas têm um forte domínio, com 235 deputados contra 199 republicanos e um assento vago por falecimento. Além disto, as próximas eleições vão renovar um terço dos senadores - 33 eleitos em 2002 - sendo 21 republicanos, e toda a Assembléia. As indicações são de que os democratas devem conquistar maioria no Senado e aumentar seu percentual de representantes da Câmara dos Deputados. Isto quer dizer que as políticas de Obama, se eleito, serão facilmente respeitadas e as idéias de McCain terão forte oposição no Congresso. O outro fator do qual pouco se fala, e que tem que ser levado em conta, é que o novo presidente dos Estados Unidos terá que olhar a realidade de que nunca antes na história recente da América Latina o Brasil teve uma posição de liderança tão acentuada e clara. Também ter em mente que os Estados Unidos, como receptor das exportações brasileiras, perderam a enorme importância que já tiveram em nossa pauta. Para manter uma relação que vai importar muito para um país dominante que vive uma das maiores crises de sua história financeira, o novo presidente deverá se desdobrar em mirar o Brasil com olhos de verdadeiro aliado, pronto para algumas concessões que atualmente embaraçam o comércio externo entre os dois países. Aí, seja quem for eleito, volta à discussão do embargo tarifário imposto ao nosso etanol.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Paulo F. de Siqueira Costa - advogado internacionalista e de energia/Valor Econômico

Pré-Sal e Etanol, Vítimas da Crise
A crise econômica internacional não atingiu apenas o Brasil com a maior queda mundial das Bolsas de Valores — já chegou a 50% este ano — ou com as perdas das empresas, especialmente as exportadoras, que tentaram especular contra o dólar na crença do real forte. Graves danos colaterais atravessaram o Atlântico e vieram pegar desprevenidos dois dos maiores emblemas da gestão lulista: o petróleo do pré-sal tornou-se da noite para o dia inviável economicamente, e o etanol perdeu sua atratividade, tudo por conta da queda do preço internacional do barril de petróleo, cotado hoje abaixo dos US$70, preço, aliás, previsto para todo o próximo ano.No quesito pré-sal, que o presidente Lula pretendia transformar em seu carro-chefe na campanha presidencial de 2010, não bastasse o preço do petróleo, só a dificuldade de conseguir financiamento para a caríssima operação de perfuração já tornaria o empreendimento de difícil execução a curto prazo, como planejava o governo.O preço do barril de petróleo caindo aos níveis em que estão tornaram o petróleo do pré-sal uma radiosa promessa para tempos mais propícios.O próprio governo, através de seu ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, já havia anunciado que o barril do petróleo abaixo de US$80 não justificaria economicamente o empreendimento.Os testes em 2010 em dois poços do pré-sal no campo de Cachalote, em plena campanha eleitoral, mantidas as condições econômicas, servirão apenas para a foto do presidente Lula com o macacão amarelo e a mão suja de petróleo, da mesma maneira que quando comemorou a auto-suficiência brasileira do petróleo, que só existe na teoria.Na prática, continuamos tendo que importar óleo leve e desde 2006, o ano do anúncio oficial da auto-suficiência, continuamos tendo déficit. Em agosto deste ano, por exemplo, o país importou nada menos do que US$818 milhões em petróleo.Com relação ao etanol, para nosso desconforto, quem está mais empenhado em rever os subsídios dos produtores americanos é o candidato republicano John McCain, que, tudo indica, não vai ganhar.No último debate presidencial, McCain se referiu ao etanol produzido no Brasil com base na cana-de-açúcar, e prometeu que cortaria a tarifa imposta à importação do produto brasileiro "porque distorce o mercado".De fato, o custo subsidiado da produção do litro de etanol de milho é de US$0,30 nos Estados Unidos, enquanto o de cana, sem subsídios, no Brasil, é de US$0,22. Brasil e Estados Unidos detêm cerca de 70% da produção mundial de álcool, e outros produtores são Índia, China, África do Sul e União Européia.Tanto os Estados Unidos quanto a França, o quinto maior produtor mundial de etanol, fazem seu combustível com outros produtos que não a cana-de-açúcar — os EUA do trigo e milho, e a França da beterraba —, mas ambos os países têm que dar fortes subsídios para tornar o produto economicamente viável.O forte lobby dos produtores americanos foi enfrentado por McCain durante a campanha, e ele não teve receio de defender o fim do subsídio até mesmo em Iowa, onde a produção americana tem seu centro. A ponto de um senador do estado, o republicano Charles Grassley, ter enviado uma carta ao presidente George W. Bush, na ocasião em que foi assinado um protocolo de cooperação entre Brasil e Estados Unidos, dizendo que não compreende por que o país usa o dinheiro do contribuinte americano "para encorajar a produção de etanol em outro país".McCain afirmou também que cortaria os subsídios à agricultura, outra demanda dos países emergentes nas discussões da Rodada de Doha para abertura comercial internacional.O economista Adriano Pires, consultor do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura, considera que uma das principais conseqüências da crise, a queda no preço do petróleo, representará em países como os Estados Unidos queda no preço da gasolina e dos demais derivados de petróleo, e comprometerá mais uma vez o mercado das energias alternativas ao petróleo."A não ser que o novo presidente americano se convença de que não se deve permitir que a crise retroceda todo aquele processo que já estava acontecendo no mercado americano de venda de automóveis com menor consumo de combustível, preocupação com o meio ambiente (CO) e com a segurança energética", ressalva ele, mas sem muita esperança."As empresas produtoras de etanol de milho nos Estados Unidos estão dando gigantescos prejuízos. O Bill Gates é um dos investidores que mais perderam. Tudo isso me leva a crer que, além de um maior protecionismo, característica de todo governo democrático, o grande problema do etanol brasileiro no mercado americano é o de como o novo governo americano vai elaborar a política energética num cenário de preços declinantes do petróleo",diz Pires.Também o empresário e diplomata Jório Dauster, presidente da Brasil Ecodiesel, produtora de mais da metade do biodiesel do país, lembra que, "embora McCain mereça crédito por defender o acesso livre do etanol brasileiro ao mercado americano, não creio que, se chegasse à Presidência, poderia impor a um Congresso ainda mais fortemente dominado pelos democratas o fim imediato das taxas exorbitantes aplicadas ao produto brasileiro".Infelizmente, analisa Dauster, "as práticas protecionistas tendem a ser exacerbadas não tanto devido à crise financeira como tal, mas por conta da recessão que está chegando em seu bojo".Mantido esse quadro, Dauster não crê que possamos "esperar gestos generosos do Congresso para com o Brasil, tanto no etanol quanto em qualquer outra área, seja quem for o novo presidente".
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Merval Pereira/O Globo

MERCADO DE ENERGIA

Estudo defende largar combustível fóssil
O mundo poderia eliminar o uso do combustível fóssil até 2090, desembolsando trilhões de dólares numa revolução de energia renovável, disseram o Conselho Europeu de Energia Renovável (CEER) e o grupo ambiental Greenpeace. O estudo de 210 páginas é um dos poucos relatórios, mesmo de grupos de lobby, a examinar detalhadamente como o uso da energia deverá ser reformulado para atender aos cenários mais difíceis relacionados ao efeito estufa. "A energia renovável poderá prover todas as necessidades de energia até 2090", de acordo com o estudo, intitulado "(R)evolução Energética". O CEER representa os setores de energia renovável e associações de comércio e de pesquisa na Europa. Um cenário mais radical poderia eliminar o uso do carvão até 2050, se novas usinas de geração de energia mudassem rapidamente para formas de energia renováveis. Energia solar, biomassa, como os biocombustíveis ou madeira, energia geotérmica e eólica poderiam se tornar as principais formas de energia até 2090. Os investimentos necessários em energia até 2030, principal período estudado, somariam US$ 14,7 trilhões, de acordo com o estudo. Em contraste, a Agencia Internacional de Energia prevê investimentos em energia de apenas US$ 11,3 trilhões até 2030, com uma pressão maior sobre combustíveis fósseis e energia nuclear. Rajendra Pachauri, chefe do Painel do Clima da ONU, que dividiu o Prêmio Nobel da Paz com o ex-vice-presidente dos EUA Al Gore, chamou o estudo de "abrangente e rigoroso". "Mesmo aqueles que podem não concordar com a análise apresentada poderiam, talvez, se beneficiar de um estudo profundo das premissas básicas", disse.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Valor Econômico

Sujando nossa matriz
O Brasil é um caso de sucesso, com cerca de 80% da matriz formada por fontes renováveis de energia, enquanto países desenvolvidos buscam chegar a um nível de 10% para atender o Protocolo de Kyoto. Todavia, essa realidade que nos diferencia começa a perder espaço com o uso de fontes mais poluentes e caras que impactam no bolso dos brasileiros. Estudo do Instituto Acende Brasil alerta que os resultados dos últimos leilões de energia nova, realizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), apontam para um aumento significativo do uso de termelétricas movidas a óleo combustível. Considerando os últimos sete remates de energia nova, realizados desde 2005, contata-se que foram comercializados mais de 5 mil MW médios de energia de projetos deste tipo, 35% do total negociado, de cerca de 14 mil MW médios. Desta maneira, somos o único país a sustentar o crescimento de seu parque gerador com base nessa fonte de energia, que geralmente é utilizada para complementar o suprimento em períodos de pico e não continuamente. Estimativas apontam que a conta do acionamento das térmicas a óleo combustível já ultrapassou a barreira dos R$ 1,2 bilhão e começa a pressionar as tarifas das distribuidoras. Afinal, a geração térmica a óleo combustível apresenta um custo de R$ 382,00 MWh, muito acima do registrado pela geração hidroelétrica (R$ 105,00/MW/h) e pela geração térmica a gás natural (R$ 164/MWh). Em São Paulo, por exemplo, o reajuste anunciado pela Aneel será de até 16,36% e atingirá mais de 2,5 milhões de consumidores. O peso do uso deste tipo de térmica responde por 2,3% do aumento da CPFL Piratininga e por 3,16% da Bandeirante. Na prática, este quadro é resultado de um conjunto de fatores desfavoráveis e da ausência de um plano estratégico para a definição da nossa matriz energética, capaz de estabelecer o papel que cada fonte deve desempenhar, seja a hídrica, o gás natural, a biomassa, a nuclear, entre outras. O nosso sistema elétrico vem padecendo da escassez de projetos de hidroelétricas, principalmente pelas barreiras impostas na concessão de licenciamento ambiental, fato que agrega um risco desnecessário para os investidores, além da redução dos inventários de bacias hidrográficas por conta da dificuldade técnica de elaborar os estudos na região Norte, considerada a nova fronteira de geração hídrica. Enquanto isso, o gás natural, apontado como fonte preferencial de complementaridade às hidroelétricas, atravessa uma crise crônica de abastecimento. Em razão da constante crise institucional que atinge o nosso principal fornecedor, a Bolívia (responsável pela oferta de 30,8 milhões de metros cúbicos dia, diante de um consumo doméstico diário de 61,2 milhões de metros cúbicos), além da falta de novos investimentos na produção doméstica, principalmente nas Bacias de Campos, Santos e Espírito Santo. Não é de se estranhar à ausência de projetos de termelétricas a gás natural nos mesmos sete leilões de energia nova.Sem falar no resultado do primeiro leilão de energia a partir da biomassa da cana-de-açúcar, que deixou muito a desejar, diante de um potencial de produção atual de 5,3 mil MW, dos quais 3 mil MW compõem o excedente. No leilão realizado pela Câmara de Compensação de Energia Elétrica (CCEE), as usinas sucroalcooleiras comercializaram apenas 548 MW de energia, para entrega a partir de 2009. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) esperava 2 mil MW adicionais no próximo biênio, mas só 44 usinas depuseram garantias para disputar o leilão e 31 venderam energia. Fato que, inclusive, ensejou a apresentação de requerimento para a realização de audiência pública na Comissão de Minas e Energia, já aprovado, mas ainda sem data para sua realização. O objetivo é colocar na mesa de discussão o governo, parlamentares, empreendedores e especialistas para buscar superar os entraves em relação ao preço da bioeletricidade, ao prazo de entrega e a infra-estrutura de conexão destes empreendimentos à rede de distribuição de energia. Nós, parlamentares, devemos concentrar esforços para produzir a segurança regulatória necessária, no sentido de evitar a consolidação de um quadro de instabilidade energética no médio prazo, seja pela inércia ou pelo viés intervencionista. Enquanto a Lei do Gás continua empacada nos corredores do Senado, já existem membros da base aliada interessados em alterações profundas na Lei do Petróleo, para dar mais poder ao Governo e a Petrobras, em detrimento dos investidores privados. Assim como, na Câmara dos Deputados, ainda não conseguimos avançar na aprovação da Lei das Agências, uma garantia de independência técnica, política e financeira fundamental para estabelecermos um ambiente estável para novos investimentos. Em meio a este "tsunami financeiro" que pode contaminar a economia real, inibindo a atividade industrial, o insumo energia não pode ser mais um componente de risco para a sustentabilidade econômica. Afinal, essa crise vai passar e depois da tempestade sempre vem a bonança. Precisamos de alicerces fortes para iniciar um novo ciclo de crescimento e a questão energia é estratégica.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Deputado Federal Arnaldo Jardim

Google pretende lucrar com energias renováveis
O Google, o gigante das buscas e da publicidade na internet, está enxergando o setor de energia renovável como uma oportunidade de negócio lucrativa, informa reportagem publicada nesta terça-feira pelo jornal americano The New York Times.Segundo a publicação, a unidade filantrópica da empresa, a Google.org, já fez pequenos investimentos nessa área, mas agora estuda destinar uma verba maior para projetos de geração de energia a partir de fontes renováveis.De acordo com o jornal, o Google também quer oferecer ferramentas para ajudar as pessoas a consumirem energia de uma forma mais responsável.Para o desenvolvimento do projeto, a equipe conta com engenheiros que estão conduzindo uma pesquisa a respeito de energia renovável, ex-funcionários do governo que trabalhavam nessa área, cientistas e até um ex-astronauta da Nasa.A experiência do astronauta está sendo aproveitada para desenvolver dispositivos que geram energia. "Queremos ganhar dinheiro e queremos causar impacto", disse Dan Reicher, diretor de mudança climática e iniciativas energéticas da Google.org.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por The New York Times

AL tem 11 campos de exploração
O diretor da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Marcos Cintra, foi um dos destaques no segundo dia do II Encontro Nacional de Energia, no Hotel Jatiúca. Cintra será um dos coordenadores do 10º Leilão de Energia, anunciado para dezembro, e que contará com a presença de Alagoas nas rodadas de negociação. Durante sua apresentação, ele mostrou que o Estado tem vantagens para receber investimentos em petróleo e gás natural. "Uma grande vantagem da região da bacia de Alagoas e Sergipe consiste na ampla e completa infra-estrutura para a indústria do petróleo, pólos consumidores e facilidades operacionais. É também uma oportunidade adequada para a atuação de pequenas e médias empresas", disse Cintra. Ele fez um raio-x sobre a exploração e prospecção em Alagoas, apontando que o estado tem 219 poços perfurados, quatro notificações de descobertas, um bloco de concessão e 11 campos explorados de petróleo e gás natural. Na 10ª rodada, de acordo com o diretor da ANP, serão negociados 44 blocos terrestres, com uma extensão de 1.320 quilômetros quadrados. As reservas totais da bacia de Alagoas e Sergipe têm 350 milhões de metros cúbicos de petróleo e 5.600 milhões de metros cúbicos de gás natural. As primeiras explorações terrestres em Alagoas começaram em 1932, conforme mostra trabalho apresentado pelo diretor, com o poço de São João II, em Riacho Doce. O maior produtor de petróleo em Alagoas é o município de São Miguel dos Campos, seguido por Pilar, sul de Cururipe e Coqueiro Seco.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon

MERCADO DE BIODIESEL

Petrobras entrega primeira extratora de girassol do Rio Grande do Norte
O Programa de Biodiesel da Petrobras no Rio Grande do Norte inicia uma nova fase: a entrega de uma extratora de óleo vegetal ao Assentamento Canudos, em Ceará-Mirim. Com investimento de R$ 350 mil, o projeto foi realizado a partir de um termo de cooperação entre a Petrobras e a Cooperativa dos Produtores de Canudos (Copec). Essa é a primeira máquina extratora do Estado voltada para grãos de girassol.O maquinário tem capacidade de gerar 120 litros de óleo de girassol por hora, beneficiando diretamente 500 famílias agrícolas e 100 famílias na utilização de co-produtos do grão. Um dos produtos gerados é a torta de girassol, utilizada na criação de caprinos e ovinos, bem como na alimentação de tilápias criadas em tanques.O principal resultado econômico para a Copec é a agregação de valor à produção dos pequenos agricultores, que vão passar a comercializar o óleo de girassol - mais valioso que a semente - para a produção de biodiesel. A presença da extratora também tem o papel de incentivar e alavancar a produção de girassol.A extratora, que recebeu isenção de ICMS pelo governo do Estado, utiliza uma tecnologia ambientalmente correta, com tecnologia de extração a frio, sem utilização de caldeiras e, conseqüentemente, sem fazer uso de lenha. Isso contribui para melhoria e preservação do meio ambiente. O conjunto é formado por equipamentos de limpeza, prensagem e extração do óleo, filtragem e armazenamento.No Rio Grande do Norte funcionam a Usina Experimental de Biodiesel I e a Unidade Experimental de Biodiesel II, que juntas já receberam investimentos de R$ 20 milhões e têm capacidade de produção de 20,4 mil toneladas por ano.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Petrobras

Rio Grande do Norte dá a largada na produção de biodiesel a partir de girassol
A entrega de uma extratora de óleo vegetal ao assentamento Canudos, em Ceará-Mirim, marcou o início do Programa de Biodiesel da Petrobras no Rio Grande do Norte a partir de girassol. O contrato foi firmado com um termo de cooperação entre a Petrobrás e a Cooperativa dos Produtores de Canudos (Copec), um investimento de R$ 350 mil. É a primeira máquina extratora do estado voltada para grãos de girassol.O maquinário tem capacidade de gerar 120 litros de óleo de girassol por hora, beneficiando diretamente 500 famílias agrícolas e 100 famílias na utilização de co-produtos do grão.Um dos produtos gerados é a torta de girassol, usada na criação de caprinos e ovinos, bem como na alimentação de tilápias criadas em tanques.O principal resultado econômico para a Copec é a agregação de valor à produção dos pequenos agricultores: eles vão comercializar o óleo de girassol, mais valioso que a semente, para a produção de biodiesel.A extratora, que recebeu isenção de ICMS pelo governo estadual, utiliza uma tecnologia de extração a frio, ambientalmente correta, sem usar caldeiras e, portanto, sem fazer uso de lenha. Isso contribui para melhoria e preservação do meio ambiente. No Rio Grande do Norte funcionam a Usina Experimental de Biodiesel I e a Unidade Experimental de Biodiesel II. Juntas, elas já receberam investimentos de R$ 20 milhões e produzem 20,4 mil toneladas/ano.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Tudo Agora

Alta da demanda de biodiesel retém óleo de soja no Brasil
Após três meses de o governo decidir aumentar a mistura obrigatória de biodiesel ao diesel, os efeitos nas indústrias de insumos que abastecem o setor já podem ser sentidos. Com 1% a mais na mistura - que corresponde à adição de 3% de biocombustível ao diesel (B3) -, é expressivo o impacto no volume de óleo de soja brasileiro que alcança o mercado externo. A indústria do setor que em 2007 exportou 2,5 milhões de toneladas da matéria prima, este ano deve embarcar um volume 12% menor, ou 2,2 milhões de toneladas, é o que revela os dados e projeções da Associação Brasileira da Indústria de Óleo Vegetal (Abiove). "A projeção de exportação para a próxima safra é ainda um pouco menor", afirma Daniel Amaral, economista da Associação Brasileira de Indústria de Óleos Vegetais (Abiove). Até agora o País exportou 1,8 milhão de toneladas de óleo de soja, de uma produção que deve chegar a 6,2 milhões de toneladas. De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), os embarques de óleo de soja referentes a agosto - mês seguinte à alteração da lei - ficaram em 210 mil toneladas, 107 mil a menos que as toneladas exportadas em julho. Essa significativa queda de 33%, reflete pelo menos parte do aumento da demanda interna pelo produto por parte das usinas produtoras de biocombustível. "É fato que o consumo interno de óleo de soja subiu de patamar e nós só estamos começando a sentir o impacto", analisa Miguel Biegai, da Safras & Mercado. Existe uma expectativa do setor de que até o final do próximo ano esse mesmo índice que já recuou o volume de óleo de soja exportado pelo País suba para 5%, o que poderia gerar um impacto ainda maior nas balança comercial do produto. O crescimento da produção de biodiesel, estimulado pelo governo, pode impulsionar as importações de óleo de palma, matéria-prima que não alimenta nem 3% da produção nacional de biodiesel. De acordo com a publicação Oil World, entre janeiro e agosto a produção do combustível cresceu mais de três vezes na comparação anual, e atingiu 580 mil toneladas. No acumulado do ano pode chegar a 980 mil toneladas, ante as 353 mil toneladas de 2007. Mas Biegai, não aposta na opção pela importação de óleo de palma para sustentar essa alta. Em 2007, foi importado 148 mil toneladas do óleo, volume pequeno para o comércio mundial de 32,8 milhões de toneladas. O diretor-executivo da União Brasileira do Biodiesel, Sérgio Beltrão, não acredita que a oscilação verificada no volume de óleo de soja embarcado seja conseqüência do aumento da demanda das usinas de biocombustíveis. Segundo ele, esse aumento "é facilmente atendido pela atual capacidade das indústrias brasileiras de esmagamento de grão e extração de óleo", e o perfil de exportação do País não seria em nada alterado. A capacidade instalada das indústrias produtoras de biodiesel é de três milhões de metros cúbicos ao ano. O B3 vai fazer circular no mercado brasileiro 1,3 bilhão de litros de biodiesel, 80% produzido a partir do óleo de soja. Para a indústria de óleo, o fato de o produto permanecer no mercado interno não incomoda mais que as tarifárias elevadas. "Desde 97, o Brasil já perdeu US$ 19 bilhões de market share e agora vai perder ainda mais, calcula César Borges de Sousa, vice-presidente da Caramuru, companhia produtora de óleo de soja e de biodiesel.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon

Para a pureza do Biodiesel
A pesquisa em torno do biodiesel vem desde o início do século passado. De lá pra cá, foram muitos estudos para engendrar esta que é a opção de combustível biodegradável, derivado especialmente de fontes renováveis. Porém, o mercado de biodiesel começou a ser estruturado no Brasil somente em 2005, logo depois do lançamento do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel. Por esse motivo, alguns processos ainda estão em fase de adaptação e testes, seja na questão do abastecimento do veículo ou até mesmo no know-how de produção - como a utilização e o aumento da demanda dos filtros para obter o produto final puro e com qualidade. O biodiesel substitui total ou parcialmente o óleo diesel de petróleo em motores ciclodiesel auto-motivos (caminhões, tratores, automóveis, entre outros) ou estacionários (geradores de eletricidade, calor etc.). Pode ser usado puro ou misturado ao diesel em diversas proporções. Por exemplo, se a mistura for de 2%, a solução passa a ser denominada de B2, e assim sucessivamente, até chegar ao biodiesel puro, conhecido como B100.Segundo a ANP – Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, desde 1° de janeiro de 2008, o óleo que for comercializado nos 35 mil revendedores de combustível de todo o Brasil deve conter, obrigatoriamente, 2% de biodiesel. A nova regra foi estabelecida pela resolução n°5 do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), de 8 de outubro de 2007, com base no artigo 2°, da Lei n°11.097/2005.
Há dezenas de espécies vegetais no Brasil das quais se pode produzir o biodiesel, tais como mamona, algodão, dendê (palma), girassol, babaçu, amendoim, pinhão manso, soja, canola, nabo e forrajeiro. "Entre as gorduras animais, destacam-se o sebo bovino, o óleo de peixes e de mocotó, a banha de porco e a gordura de frango. Os óleos e gorduras residuais, resultantes de processamento doméstico, comercial e industrial, também podem ser utilizados como matéria-prima na produção", diz o Engenheiro Químico Max Monte Alverne Maia Neto, Consultor em Biocombustíveis e Oleoquímica e Coordenador do Grupo de Trabalho sobre Biocombustíveis na UNISANTA, em Santos. Algumas das possíveis fontes de óleos e gorduras residuais são lanchonetes e cozinhas industriais (onde há a fritura de produtos alimentícios), esgotos municipais (onde a nata sobrenadante é rica em matéria graxa) e nas águas residuais de processos de indústrias alimentícias. Tudo isso é reciclagem. Na Grande São Paulo, já há diversas campanhas para arrecadação desses tipos de óleos e gorduras, além de empresas como a Bioauto SP, do Grupo CIE Automotive, que coletam e reciclam o óleo de fritura, ajudando na prevenção do que pode vir a ser um grande problema ambiental, já que 1 litro de óleo de fritura pode contaminar até 1 milhão de litros de água. Com a norma do B2, a expectativa é que, segundo a associação, reduza-se a dependência externa do diesel de 7% para 5%, ou uma economia de US$ 410 milhões em divisas na balança comercial. Nos primeiros 6 meses de 2008, a produção foi de mais de 500 mil m³, contra os 402 mil m³ de todo o ano anterior. Desde 2005, a utilização do biodiesel no Brasil vem crescendo vertiginosamente. E, segundo os profissionais do segmento, vamos precisar de muito mais.

ProduçãoHá basicamente três tipos de processos diferentes para a produção do biodiesel: craqueamento, esterificação e transesterificação - o mais aplicado.A seqüência tem início com a usina de biodiesel recebendo a matéria-prima na forma bruta ou já refinada. "Na forma bruta, a matéria-prima passa por um sistema de pré-tratamento para adequação da qualidade em termos de acidez, umidade, gomas, dentre outros parâmetros, para então ser encaminhada ao sistema de transesterificação, onde o óleo vegetal ou o sebo bovino são transformados em biodiesel, através da reação catalítica com metanol. Como co-produtos, são produzidos glicerina, ácido graxo, gomas, entre outros. A separação da glicerina do biodiesel, por exemplo, é feita através de decantadores. Já a matéria-prima refinada segue direto para o sistema de transesterificação, uma vez que já está adequada para a produção do biodiesel", esclarece o Coordenador de Gestão da Produção da Petrobras Bio-combustível, Mauro Silva.Segundo Max, a transesterificação é o processo mais utilizado atualmente para a produção de biodiesel. "O processo consiste numa reação química dos óleos vegetais ou gorduras de animais com o álcool comum, o etanol, ou o metanol, estimulada por um catalisador, da qual também se extrai a glicerina, produto com aplicações diversas na indústria química", explica, fazendo um comparativo entre a quantidade de matéria-prima necessária: "Para se ter uma idéia, um quilo de óleo vegetal produz cerca de um litro de biodiesel".

Pré-tratamentoOs filtros são peças importantes para a retirada de resíduos diversos, tanto da matéria-prima quanto do biodiesel como produto. Para toda essa necessidade, são utilizados diversos tipos de filtros, levando sempre em consideração o tipo do processo, da matéria-prima e do produto final. A necessidade ocorre inicialmente na extração de óleos vegetais, com o filtro prensa para reter sólidos provenientes do processo de prensagem de grãos, assim como na entrada do sistema de pré-tratamento das matérias-primas brutas para retirada de sólidos em suspensão (cascas e fibras). "São utilizados filtros de placas e, como meio filtrante, a terra diatomácea e sílica. São aplicados também filtros para retirada de traços de terra diatomácea, que por ventura passem no processo", explica Mauro.Ocorre também no final do sistema de pré-tratamento a instalação de filtros de polimento do óleo tratado, antes de encaminhá-lo para o sistema de transesterificação. "Na etapa de preparação da matéria-prima, utiliza-se filtros pressurizados com placas verticais ou filtros de velas para retenção de sílica no processo de adsorção de sabões, metais e fosfatídeos resultantes do refino do óleo vegetal", detalha Max. Segundo o Engenheiro Químico, algumas matérias-primas contêm ceras e outros componentes insaponificáveis, que devem ser retirados do óleo vegetal. "Para tal, utiliza-se um processo de resfriamento do óleo, cristalização das ceras e posterior filtragem em filtros resfriados pressurizados horizontais", explica.

Excesso de águaOs óleos utilizados na base do biodiesel são higroscópicos por natureza, ou seja, facilmente absorvem e retêm umidade. Sendo assim, deve ser realizado um controle rigoroso da quantidade de água presente. A solução deste problema é bastante simples: os filtros separadores com mídia composta, tipo Hydrocarbon, têm se mostrado bastante eficientes na redução da quantidade de água aos valores estabelecidos por norma.Por sua vez, o biodiesel é muito mais higroscópico que o próprio óleo diesel. A presença de água no combustível trará, além de perda de potência (o PCI - poder calorífico - será afetado), danos ao sistema de injeção. Sérgio Monteiro, Gerente Geral da Parker Divisão Filtração, conta que é por conta disso que o Filtro Separador de Água, já presente em todos os caminhões, passa a ter papel fundamental. "A separação da água do biodiesel, assim como no óleo diesel, ocorre por coalescência", diz Sérgio. Remoção de sólidosNa etapa de purificação dos ésteres, alguns processos utilizam a lavagem a seco, que é realizada com a adição de produtos adsorventes ao biodiesel, para remoção de contaminantes, tais como sais, metais, glicerina residual, sabões oriundos da reação do processo de transesterificação. Por sua vez, os produtos adsorventes são removidos através de filtros bolsa em pequena escala, e filtros pressurizados ou filtro de tambor rotativo a vácuo em larga escala. "Os filtros bolsa filtram os óleos vegetais, glicerina e ácidos graxos. É um processo de segurança, quase sempre fornecidos na configuração duplex.Removem também traços de auxiliares filtrantes não retidos nos filtros de placas", diz Maurício Biral, da Engenharia de aplicações da Tech Filter.O Engenheiro Alex Peixoto, da Assistência Técnica da Hydac, explica que além da remoção de sólidos, há ainda a possibilidade de absorção de água livre em certos casos. "Os elementos filtrantes Hydac Betamicron® 4 são compatíveis com alguns tipos de biocombustíveis, podendo ser aplicados sem restrição e com excelente desempenho quando comparados os resultados obtidos com o volume filtrado. Eles poderiam ser utilizados em etapas de filtração mais apuradas na remoção de resíduos sólidos, ainda presentes no processo produtivo do fluido", esclarece.

Polimento e purificaçãoTerminado o processo de produção e purificação, o biodiesel passa pelo polimento final onde são aplicados os filtros cartucho, antes da estocagem. "Com a finalidade de polir o biodiesel, o filtro cartucho é utilizado após o filtro bolsa ou até substituindo o mesmo", explica Maurício. Nesta etapa, filtros coalescentes também podem ser instalados para remoção de traços de água, e filtros de placas com sílica e terra diatomácea para a purificação final do biodiesel.
No processo de recuperação e destilação da glicerina, filtros prensa e de outros tipos são aplicados para a retenção de sais e catalisador oriundos da reação de transesterificação. Após a destilação da glicerina, são utilizados filtros com carvão ativado para branqueamento final da glicerina.Além dos filtros citados, ao longo de todo o processo são instalados filtros cesto para proteção de bombas e equipamentos. "Os filtros cesto, em tela metálica, são frequentes neste tipo de aplicação. A MAHLE está preparada para atender o mercado com filtros cesto simples e duplex, e com elementos inovadores no mercado que podem utilizar mais de uma parede filtrante e assim aumentar a vazão atendida, sem precisar aumentar o tamanho de carcaça ou até mesmo o número de filtros", explica Cristobal Lopez Guerra, da Chefia de Engenharia de Aplicação da MAHLE Filtroil. "A empresa tem investido grandes somas na pesquisa de soluções para a separação de óleos e água, com resultados expressivos e com a expectativa de fornecer soluções inovadoras ao mercado de biocombustíveis", conta.
Na retenção de partículas, pode-se aplicar também os filtros autolimpantes. "A cada dia nossos filtros autolimpantes, concebidos como sistemas à prova de explosão, estão conseguindo reter partículas cada vez menores e, com a vida útil elastecida dos elementos filtrantes e a confiabilidade na automação do sistema, encontrando cada vez mais espaço em diversas etapas da produção dos biocombustíveis", diz Cristobal."Finalmente, no que se refere às utilidades de processos industriais, como vapor, ar comprimido, água de caldeiras, água de processo, tratamento de efluentes, nitrogênio para inertização etc, são amplamente utilizados filtros de diversos tipos como já é de conhecimento geral da área industrial", comenta Max. Com relação ao reúso de água, os sistemas de água de resfriamento e água gelada são em circuito fechado. "O sistema de geração de vapor possui sistema de recuperação de condensado, minimizando o consumo de água", esclarece Mauro, da Petrobras. As usinas de biodiesel têm uma Estação de Tratamento de Efluentes para as águas oleosas e demais efluentes líquidos.

Teste de filtrosOs combustíveis em geral, o biodiesel em particular, estão sujeitos à contaminação pelo meio ambiente e manuseio - durante o transporte, transbordo e estocagem -, já que a umidade presente no ar passa a ser uma séria ameaça à qualidade do biodiesel. Para evitar essa contaminação e, consequentemente, a perda de performance do motor, Sérgio Monteiro, da Parker, explica que é necessária atenção nos postos de abastecimento. "O certo seria que cada posto tivesse um filtro desumidificador, instalado no respiro do tanque. Na verdade, isso deveria acontecer em todas as bombas de combustível".Além disso, Sérgio comenta sobre as etapas de manuseio, que contaminam com particulado sólido. "A aplicação dos filtros separadores de água com mídia composta, tipo Hydrocarbon, também tem se mostrado bastante eficiente na redução do particulado sólido e da água, que se agregaram ao combustível nas saídas dos tanques de armazenamento, no momento em que o biodiesel é transferido do tanque da refinaria para o caminhão", detalha. Adicionalmente, a Parker e o LADETEL, Laboratório de Desenvolvimento de Tecnologias Limpas da USP de Ribeirão Preto, firmaram acordo de cooperação, com objetivo de avaliar o desempenho dos filtros coalescentes separadores de água para os diversos tipos de biodiesel existentes no mercado.

Um nicho que só cresceAlém da diminuição da poluição atmosférica, por ser uma energia renovável, o biodiesel é considerado ótimo lubrificante, podendo inclusive aumentar a vida útil do motor, e ainda apresenta baixo risco de explosão. "O biodiesel puro diminui as emissões de monóxido de carbono (CO) em 48%; as de óxido de enxofre (SOx), causadores da chuva ácida, em 100%, e fumaça preta (material particulado que causa problemas respiratórios) em 47%. A viabilidade do uso direto foi comprovada na avaliação dos componentes do motor, que não apresentou qualquer tipo de resíduo que comprometesse o desempenho", esclarece Max. Com todas essas vantagens, aliadas ao conseqüente desenvolvimento agrário de quem produz as matérias-primas, o mercado de biodiesel é um grande expoente e ainda tem muito espaço para crescer – aumentando as exportações como aditivo de baixo conteúdo de enxofre e influenciando na participação de outros segmentos, como o de filtros. "Ainda estamos pesquisando sobre o mercado brasileiro e suas oportunidades, mas acreditamos que com o maior grau de automação demandada e pela necessidade de processos com menos resíduos e maior qualidade - tanto dos insumos que entram no processo, como no produto final -, encontraremos nosso espaço dentro deste mercado", explica Cristobal, da MAHLE Filtroil.
Embora a transesterificação seja o processo mais utilizado, o Governo diz que haverá cada vez mais estímulos para o desenvolvimento tecnológico na área do biodiesel. Consequentemente, mais filtros a serem aplicados nesse processo. A maré é boa, agora é só continuar se atualizando e participar cada vez mais desse nicho que só cresce.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Revista Meio Filtrante/Tiago Dias

MERCADO DE AÇUCAR & ÁLCOOL

Fila para carregar açúcar nos portos do País cai para 43 navios
A fila para carregar açúcar nos portos brasileiros diminuiu para 43 navios na semana encerrada em 29 de outubro, nove a menos que na semana anterior, segundo a agência marítima Williams Brazil. Os navios agendaram o embarque de 993.210 toneladas no próximo mês, em comparação a 1,3 milhão de toneladas no relatório da semana anterior.A maior parte do açúcar será embarcada pelo porto de Santos, de onde sairão 721.670 toneladas, ante 1,01 milhão de toneladas na semana passada. Em seguida vem o porto de Maceió, com previsão de embarque de 137.940 toneladas. Para o porto de Paranaguá a previsão de embarque é de 51.900 toneladas.A maior parte do açúcar a ser exportado é da variedade VHP, somando 760.760 toneladas, contra 1,06 milhão de toneladas na semana anterior. O volume de açúcar cristal alcançou 159.750 toneladas, ante 180.496 toneladas na semana passada. As informações são da Dow Jones.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon

Açúcar: Dólar mais barato
Os preços futuros do açúcar subiram ontem, atingindo a maior variação dos últimos quatro anos, impulsionados pela queda do dólar frente a outras moedas estrangeiras, o que torna a commodity mais atraente para compra. Na bolsa de Nova York, os contratos para maio fecharam a 12,94 centavos de dólar por libra-peso, com aumento de 92 centavos. Na bolsa de Londres, os contratos para março encerraram o dia a US$ 339 a tonelada, com elevação de US$ 20. Chuvas acima do normal sobre os canaviais do Centro-Sul na primeira quinzena de outubro prejudicaram a colheita na região, segundo a União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica). No mercado paulista, a saca de 50 quilos do produto fechou a R$ 31, segundo o índice Cepea/Esalq. No mês, a queda é de 11,27%.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Valor Econômico

Crise não afetará fortalecimento do Brasil como exportador, diz estudo
O Brasil prevê um fortalecimento de sua posição de grande exportador agropecuário na próxima década, apesar da incerteza gerada pela crise global, afirma o estudo "Projeções do Agronegócio Brasil 2008/2009 a 2018/2019", apresentado hoje pelo Ministério da Agricultura.Em 2018, as exportações brasileiras de carne de frango representarão 89,7% do comércio mundial, as de carne bovina, 60,6%, e as de suína chegarão a 21%. Isso fortalecerá a posição do país de maior fornecedor deste tipo de produtos.Além disso, o Brasil será responsável por 40% das vendas mundiais de soja, 73,5% de óleo de soja, 21,4% de milho e 74,3% de açúcar.O Brasil é atualmente o maior exportador mundial de produtos como carne bovina, de frango, soja, café, suco de laranja, açúcar e de etanol de cana-de-açúcar, usado como combustível.Para alcançar os números indicados no estudo, o país deverá elevar a produção de carnes em 51%, até 12,6 milhões de toneladas, e a de grãos em 28,7%, até 180 milhões de toneladas em 2018-2019.A soja, com um aumento de 34%, até 80,1 milhões de toneladas, e o milho, com um crescimento de 25%, até 73,2 milhões de toneladas, continuarão sendo os principais produtos agrícolas do país nas exportações de 2018-2019, segundo o estudo.A produção de etanol alcançará os 58,8 bilhões de litros, com um crescimento de 173,7% em relação a este ano, enquanto as exportações aumentarão até 8,9 bilhões de litros ao ano.Para alcançar estas metas, o setor agrícola deverá se apoiar no aumento da produtividade, já que a área de cultivo se estenderá a um ritmo menor, segundo o mesmo estudo.Os cultivos ganharão 15,5 milhões de hectares de terrenos agora virgens ou improdutivos, que se somarão aos cerca de 47,25 milhões de hectares atualmente dedicados a atividades agrícolas.O ministério advertiu de que as projeções, baseadas em modelos de séries temporárias, podem ser influenciadas e profundamente alteradas por fatores como uma recessão mundial, o aumento do protecionismo ou por mudanças climáticas graves.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência EFE

Estudo indica que produtividade marcará crescimento da agricultura na próxima década
A produtividade marcará o crescimento da produção agrícola na próxima década. A conclusão está no estudo Projeções do Agronegócio Brasil 2008/2009 a 2108/2019 divulgado, nesta quinta, dia 30, pelo ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. O estudo, produzido pela Assessoria de Gestão Estratégica, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (AGE/Mapa), revela mais incremento da produção agropecuária do que expansão de área. As previsões realizadas até 2018/2019 são para crescimento da soja em 5,2 milhões de hectares em relação a 2007/2008; a de milho, 1,75 milhão de hectares e a de cana-de-açúcar, seis milhões de hectares. No total das lavouras analisadas, o Brasil deverá ter um acréscimo de área plantada de 15, 5 milhões de hectares nos próximos anos. Entenda o estudoA pesquisa Projeções do Agronegócio Brasil 2008/2009 a 2018/2019 é a quarta de uma série sobre as principais tendências do setor agronegócio e serve de base para o planejamento estratégico do Mapa. A proposta é indicar possíveis tendências do desenvolvimento e fornecer subsídios aos formuladores de políticas públicas, quanto às principais direções dos produtos do agronegócio brasileiro. Os resultados buscam informar um grande número de usuários dos diversos setores da economia nacional e internacional.O trabalho foi desenvolvido a partir de dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), do Ministério da Agricultura, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP), entre outros. O período que constitui a base das projeções é de 32 anos. Foram analisados os seguintes produtos do agronegócio: milho, soja, trigo, laranja, suco de laranja, carne de frango, carne bovina, carne suína, açúcar, etanol, algodão, farelo de soja, óleo de soja, leite in natura, feijão, arroz, batata inglesa e mandioca.Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Ministério da Agricultura

Austrália busca sinergia com o setor sucroenergético brasileiro
Executivos da Canegrowers, associação dos canavieiros da Austrália, têm como missão compreender a estrutura brasileira de produção de etanol de cana-de-açúcar, o setor de biocombustíveis mais desenvolvido do mundo. O intuito é o de espelhar a indústria australiana com a do Brasil para reconhecer as melhores práticas aplicáveis no país deles.A Canegrowers fica em Queensland, estado australiano que pretende implementar a mistura de 10% de etanol à gasolina (E10), até 2010. Os representantes da indústria australiana visitaram a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), nesta quarta-feira (29/10/08), como parte do roteiro de reconhecimento do setor sucroenergético brasileiro, desde a produção de etanol até a co-geração de bioeletricidade.Em comparação ao Brasil, a indústria australiana de etanol é pequena, mas, graças ao projeto de uso do E10, será necessário expandir a produção de biocombustíveis no país dos 130 milhões de litros atuais para 350 milhões, dentro de dois anos. Carolina Costa, relações institucionais da UNICA, recebeu os australianos na sede da entidade em São Paulo (SP) e realizou uma apresentação na qual mostrou o peso do setor sucroenergético para o desenvolvimento econômico do Brasil, a sua história, as perspectivas futuras e as iniciativas de expansão da cana-de-açúcar e da tecnologia brasileira para outras partes do mundo. O interesse da Austrália em seguir o exemplo de sucesso da produção de biocombustíveis do Brasil não é novidade. Em junho deste ano um grupo de autoridades, também do estado de Queensland, fez uma visita à UNICA, onde conversaram com o consultor de emissões e tecnologia, Alfred Szwarc.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por UNICA

Cana será vetada no bioma Amazônia
O ministro da Agricultura, Rei-nhold Stephanes, descartou a possibilidade de expansão das lavouras de cana na Amazônia. A advertência foi feita ontem,durante reunião realizada na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA),em Brasília. Admitiu, porém, que serão mantidas as plantas já aprovadas. Segundo ele, o que está descartado são novos projetos de expansão do cultivo de cana no bioma Amazônia."A grande compensação será dada no biodiesel,com o óleo de palma", afirmou Stephanes. Segundo o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), Rui Carlos Ottoni Prado,explorar óleo de palma não compensa a impossibilidade de plantar cana. Prado diz que os produtores mato-grossenses querem substituir áreas já destinadas ao cultivo agrícola ou ao manejo pecuário pelo plantio de cana, sem avançar sobre novas terras. Mato Grosso enfrenta uma série de restrições ambientais. O Estado tem terras nos biomas Cerrado, Amazônia e Pantanal, sendo que nesses dois últimos há uma série de restrições para a agropecuária.As dificuldades de cumprimento das exigências ambientais também foram alvo de críticas de Stephanes. Foi uma referência à proposta demudanças do Decreto nº 9605/98, encaminhadas pelo Ministério do Meio Ambiente. As mudanças tornariam mais rígidas as aplicações de penas relativas a crimes ambientais.O ministro argumentou que é necessário ter cuidado para produzir e, simultaneamente,proteger o meio ambiente, mas sugeriu parcimônia nas restrições. Lembrou que áreas como "topos de morros e costa de serras" são cultivadas há mais de 100 anos no Sul do País. Não se pode tirar essas pessoas de lá.Crédito e incentivo Stephanes participou da instalação da Câmara Setorial da Soja, grupo que reunirá representantes dos produtore se do governo que objetiva garantir a sustentabilidade da cadeia produtiva.Sobre a escassez de crédito às vésperas do plantio dasafra 2008/2009, Stephanes não escondeu sua decepção com as tradings. As tradings nos abandonaram, disse, cobrando "mais responsabilidade". Para o ministro, a produção brasileira e as tradings já operavam juntas e deverão continuar assim pelos próximos anos. Por isso insistiu que elas deveriam manter os patamares usuais de concessão de apoio no financiamento do plantio.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Gazeta Mercantil

Grupo Nova América contrata Itaú BBA para atrair sócio
O banco Itaú BBA foi contratado pelo grupo Nova América, líder no varejo em açúcar com a marca União, como "adviser" (consultor) para a escolha do futuro sócio da companhia, uma das maiores produtoras sucroalcooleiras do país. "Buscamos fazer uma aliança estratégica para consolidar os investimentos feitos pelo grupo", disse ao Valor Roberto Rezende Barbosa, presidente da Nova América. A entrada desse futuro parceiro dará maior robustez ao grupo, que recentemente teve que liquidar uma dívida de cerca de R$ 300 milhões, referente à emissão de debêntures em julho do ano passado e que venceria originalmente em 2013. O Itaú BBA, que tem forte exposição de crédito no setor de açúcar e álcool, financiou esse valor para a Nova América. A antecipação do pagamento teve que ser feita porque a companhia descumpriu uma série de cláusulas de restrições ("covenants"), impostas pelos seus credores à época da emissão dos títulos. Esses recursos levantados no mercado no ano passado tinham como destino a expansão do grupo. O grupo Nova América, controlado pela família Rezende Barbosa e faturamento de R$ 1,5 bilhão, , tem sido cobiçado por grandes companhias nacionais, como Cosan e ETH, da Odebrecht, e também por multinacionais, como Bunge, Cargill e ADM. O Valor apurou que interessa aos controladores da empresa uma aliança com uma companhia de capital aberto. Cosan e ETH confirmaram o interesse em uma possível parceria. A Bunge nega. Também procurada, a ADM informou que não vai comentar o assunto. A Cargill não retornou as ligações. No mercado, a Cosan é a empresa apontada como futura sócia do grupo por conta de recentes fechamento de negócios envolvendo as duas companhias. Em abril, a Cosan adquiriu 49% da Teaçu Armazéns Gerais, terminal portuário de exportação de açúcar em Santos (SP), que pertence à Nova América. Os dois grupos também são sócios da Uniduto, empresa de logística que pretende construir alcoolduto. Rezende Barbosa diz que não há negociações em andamento com nenhum grupo, apenas conversas. "Uma negociação como essa demora meses", diz, lembrando que ao adquirir a marca União em 2005, que pertencia à Copersucar, a negociação durou cerca de oito meses. "O banco [Itaú BBA] está prospectando todos os interessados", afirma. Ele acredita que o movimento de concentração é um caminho natural no setor. De controle 100% familiar, o Nova América passará a ter a gestão compartilhada. Rezende Barbosa não detalha como será feita essa futura parceria e diz que ainda não está definido se o futuro sócio poderá ser ou não acionista majoritário de sua companhia. De um ritmo de expansão acelerado nos últimos meses, o grupo teve que puxar o freio nos seus projetos, como reflexo dos baixos preços internacionais do açúcar durante a safra 2007/08 e também por conta da turbulência global financeira. Esses dois fatores também colocaram em maus lençóis outros grupos sucroalcooleiros do país, em boa parte alavancados e operando no vermelho, e que agora enfrentam restrição de crédito para tocar os projetos anunciados de novas unidades. No ano passado, a Nova América adquiriu a usina Paraguaçú-Parálcool , em Paraguaçu Paulista (SP), por R$ 134 milhões. Em julho deste ano, anunciou a compra da usina Pau D´Alho, em Ibirarema (SP). No entanto, a aquisição ainda não foi concluída e poderá ser cancelada. Dos dois projetos "greenfield" (construção a partir do zero) anunciados pelo grupo no No Mato Grosso do Sul, somente o de Caarapó será levado adiante. A nova usina está programada para entrar em operação em 2009. O outro em Naviraí, que ainda não saiu do papel, será postergado.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Valor Econômico

Da cana para soja
Parte dos fornecedores de cana do Centro-Sul do país estuda abandonar a cultura para plantar soja, que está com os preços mais atraentes, segundo Manoel Ortolan, presidente da Canaoeste (Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo). "Os custos de produção da cana estão em R$ 52 por tonelada, enquanto os preços pagos aos produtores estão em R$ 35."
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Valor Econômico

ECONOMIA & MERCADO

Indústria de base do setor sucroalcooleiro pede R$ 900 mi ao governo A indústria de base do setor sucroalcooleiro pediu hoje ao governo federal a liberação de R$ 900 milhões de capital de giro para que as empresas finalizem entregas de máquinas e equipamentos às usinas e destilarias ainda este ano. O pedido foi feito por uma comitiva de empresários ligados ao Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroalcooleiro e Energético (Ceise BR), que se reuniu em Brasília com parlamentares, representantes dos ministérios do Desenvolvimento, da Fazenda e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).O volume de recursos viria de liberações de financiamentos já contratados junto ao BNDES e da injeção de recursos obtidos por instituições financeiras privadas a partir da redução do depósito compulsório junto ao Banco Central. O valor é pouco mais da metade do da inadimplência do setor sucroalcooleiro com a indústria de base que chega a R$ 1,7 bilhão, de uma carteira de pedidos de R$ 4,8 bilhões pelos cálculo do Ceise BR.Segundo o presidente da entidade, Mário Garrefa, um documento com as reivindicações seria entregue ainda hoje à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pelo senador Aloizio Mercadante (PT-SP). "Sem esses recursos e com a atual inadimplência do setor, não conseguiremos passar o ano", disse Garrefa, que segue na capital federal amanhã para encontros na Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).O empresário disse estar otimista com as reuniões de hoje, principalmente com a posição do BNDES, que ratificou a informação de que age para agilizar a liberação dos recursos já contratados para o setor sucroalcooleiro. "Após essa medida emergencial, pretendemos fazer uma reunião, possivelmente em Sertãozinho (SP), com toda a cadeia sucroalcooleira e governo, para discutirmos outras soluções para o setor", disse. "Além dos dois anos de crise dos preços, tivemos o fim dos créditos com a crise".A indústria de base do setor sucroalcooleiro tem 980 empresas brasileiras com pelo menos metade de suas produções ligada à indústria produtora de açúcar, álcool e bioenergia. Caso não haja a liberação dos recursos pedidos, os empresários calculam que ao menos 20% do quadro de funcionários pode ser cortado até o final do ano, justamente quando as contratações do setor se aqueceria. A época marca o início da entressafra da cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil, quando as usinas são desmontadas e reformadas.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Estado

Petrobras e estatal cubana devem assinar convênio hoje
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chega a Cuba nesta quinta-feira com uma agenda apertada, que inclui desde a visita a regiões afetadas pelos últimos furacões até a assinatura de um convênio da Petrobras com a estatal cubana, a Cubapetroleo (Cupet)."No início do governo Lula havia a expectativa de que o Brasil teria uma relação econômica mais intensa com Cuba. Isso não se concretizou", diz uma fonte o diplomatica a BBC Brasil. Brasil passou a dar maior destaque às relações comerciais com a ilha, "que têm potencial para chegar a US$ 400 milhões".A maior participação do Brasil na vida econômica de Cuba vem acontecendo durante a gestão de Raúl Castro, à frente da política cubana há pouco mais de dois anos. Raúl teria, segundo o diplomata, uma visão mais pragmáticaA estratégia do governo brasileiro é se posicionar em setores que apresentam gargalos e que, portanto, teriam carência em investimentos. Entre eles energia, agricultura e infra-estrutura.O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, que também acompanha a comitiva presidencial, deverá divulgar os detalhes do convênio da Petrobras com a Cupet para prospecção de petróleo.Há duas semanas, a Cupet divulgou novas estimativas sobre suas reservas petrolíferas, que poderiam chegar a 20 bilhões de barris – número que levaria o país a ser um exportador de petróleo.Na área de infra-estrutura, existe uma linha de financiamento, já aprovada pelo BNDES, no valor de US$ 150 milhões. Os detalhes do projeto ainda estão sendo avaliados pelo banco, mas está confirmado que o dinheiro será usado na construção de um rodoanel nos arredores de Havana.As linhas de financiamento para produção de alimentos, oferecidas via BNDES e Proex (Banco do Brasil), somam US$ 200 milhões. "Há dois anos, esse montante era de apenas US$ 7 milhões", diz o diplomata.Durante sua visita a Havana, que deve durar cerca de 24 horas, Lula será guiado por regiões da cidade que foram afetadas pelos últimos furacões.Na primeira semana de setembro, Cuba foi fortemente afetada por dois deles: primeiro pelo Gustav e depois pelo Ike, que deixaram sete mortos e um prejuízo que, segundo estimativas, pode ter chegado a US$ 10 bilhões.O governo brasileiro enviou um avião ao país com cerca de 14 toneladas de alimentos e existe a possibilidade de que uma nova contribuição seja anunciada durante a visita de Lula à Cuba.Ainda na tarde de quinta-feira, Lula irá se encontrar com o presidente Raúl Castro. O Itamaraty não confirmou, porém, se o presidente brasileiro irá se encontrar com Fidel Castro.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Estado

Uso de diesel menos poluente começa em 2009
O Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) decidiu hoje confirmar o dia 1º de janeiro de 2009 como prazo para que os veículos movidos a diesel sejam abastecidos com o combustível com 50 partes por milhão (ppm) de enxofre, o chamado S50. Hoje, nas regiões metropolitanas do Sul e Sudeste, o diesel vendido é o S500 e nas demais localidades, o S2000. O conselho aprovou ainda a antecipação de 2016 para 2012 do S10. O encontro, que se realiza no auditório do Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), segue por todo o dia para a apreciação de emendas propostas pelos conselheiros. A proposta que dispõe sobre a nova fase de exigência do Proconve para veículos pesados novos (P-7) foi apresentada pelo Ministério do Meio Ambiente e determina a adoção do diesel S-10, a partir de 2012, no abastecimento da frota de veículos pesados (ônibus e caminhões) em circulação no Brasil. A expectativa é que com a implementação da nova fase do Proconve haja redução significativa das emissões. A decisão de manter o calendário para 2009 e antecipar o S10 para 2012 confirma posição do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que havia negado mais prazo para que as montadoras de veículos e a Petrobrás (fornecedora do diesel) adiassem para data incerta o uso de combustível de melhor qualidade. Em São Paulo, por exemplo, embora a frota de veículos movidos a diesel seja de 6,5% do total de veículos registrados na cidade, os cerca de 400 mil veículos movidos a esse combustível emitem 3,5 milhões de toneladas de CO2 (32,6%) ante 3,8 milhões de toneladas dos 6 milhões de carros a gasolina (35,7%). A queima de enxofre no diesel aumenta a emissão de material particulado, altamente poluente.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Mercado Carbono - Terra/Roberto do Nascimento

FMI: Strauss-Kahn viaja ao Brasil
O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, viajará nos dias 8 e 9 de novembro a São Paulo (Brasil), para apresentar um documento sobre lições da crise a ministros das finanças e governadores de bancos centrais do G-20, que reúne as principais economias industrializadas e emergentes.Segundo o porta-voz do organismo, David Hawley, o diretor-gerente do FMI conta com um plano de cinco pontos para reafirmar o papel regulador do Fundo e que seriam os seguintes: aumentar a liquidez dos países em dificuldades, aumentar os recursos do FMI, tirar as conclusões necessárias da crise, em termos de políticas econômicas, vigiar a aplicação de novas regulamentações financeiras e ajudar a repensar um sistema mundial maos coeerente.O G-20 é formado pelos países do G-8 (Alemanha, França, Estados Unidos, Japão, Canadá, Itália, Reindo Unido mais a Rússia), assim como Brasil, Argentina, México, China, Índia, Austrália, Indonésia, Arábia Saudita, África do Sul, Coréia do Sul, Turquia e União Européia.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência AFP

Chefe do FMI vai propor nova estratégia de regulamentação
O Fundo Monetário Internacional (FMI) vai propor uma nova estratégia regulatória na próxima reunião do Grupo dos 20 sobre a crise financeira, que acontece no próximo mês, disse o chefe do FMI, Dominique Strauss-Kahn, ao jornal francês Le Monde nesta quinta-feira."Eu vou propor no G20 um plano para uma nova governança, ou ´estratégia de regulamentação global´ baseada em cinco princípios", disse ele ao jornal.Strauss-Kahn disse que a estratégia incluirá um novo tipo de empréstimo para aliviar problemas de liquidez de curto prazo em algumas economias e um aumento nos recursos do FMI, os quais ele disse que são insuficientes para suprir as necessidades no médio prazo.Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Reuters

FMI cria linha de curto prazo para emergentes
O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou ontem um instrumento emergencial de liquidez de curto prazo para os países emergentes, para ajudá-los a atravessar a crise financeira mundial. O Brasil é um dos países que pode, se quiser, recorrer aos financiamentos."O FMI responderá à crise com todo o financiamento necessário", disse o diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, em comunicado."Estamos preparados para usar nossos próprios recursos e trabalhar com outros para gerar recursos adicionais, visando assegurar que os países tenham o dinheiro que precisam para restaurar a confiança e manter a estabilidade."A linha de liquidez de curto prazo (SLF, na sigla em inglês) tem o objetivo de estabelecer um rápido canal de desembolso para países com fortes políticas econômicas que estejam enfrentando problemas temporários de liquidez nos mercados de capital globais. A nota do FMI sobre sua nova linha de liquidez de curto prazo revela que os países elegíveis poderão desembolsar até 500% do valor de suas cotas.BRASILO Brasil saúda a nova linha de crédito para ajudar mercados emergentes, mas não vê necessidades de acessar os recursos neste momento, afirmou ontem o representante do País no FMI."O Brasil estava defendendo um novo instrumento de liquidez, mas não porque precisa", afirmou Paulo Nogueira Batista, que representa o Brasil e outras oito nações latino-americanas e caribenhas no FMI.Perguntado se o Brasil irá buscar os recursos, ele afirmou: "Eu não sei, eu acho que não. Não, o Brasil tem uma posição forte e então, eu não acho que precisará disso", disse o representante.O pacote do FMI estará disponível para um grupo pré-aprovado de países com economias bem encaminhadas, que poderão obter até cinco vezes o volume de sua cota no FMI.O plano foi lançado por diretores da América Latina na diretoria do FMI, que têm pressionado por novos programas de empréstimos específicos para as necessidades das economias emergentes.Batista afirmou que o pacote não é exatamente o que o Brasil estava esperando. "A proposta brasileira era que a linha não tivesse um limite predeterminado. Então, a quantidade disponível para o país teria que ser definida caso a caso segundo as necessidades", afirmou.O Brasil também defendia uma linha de empréstimos de longo prazo. "Nós queríamos uma linha de 1 ano a um ano e meio", acrescentou Batista.O País acreditava que poderia ter melhores condições de empréstimo, já que provou ser bom pagador ao quitar sua dívida com o Fundo Monetário Internacional em 2005, dois anos antes da data limite.DESORDEMA explicação do Fundo para a criação da nova linha é o caos financeiro internacional, segundo o comunicado assinado por Strauss-Kahn."A desordem em andamento nos mercados globais de capital tem levado a dificuldades de liquidez significativas para alguns países dos mercados emergentes, mesmo embora aqueles países tenham mantido agendas macroeconômicas saudáveis e tenham histórias sustentadas de acesso ao mercado", disse o diretor-gerente do fundo, no comunicado.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por O Estado de S. Paulo

El FMI ofrece crédito, pero no a la Argentina
El Fondo Monetario Internacional (FMI) aprobó ayer una línea de créditos de emergencia ante la crisis financiera global a una tasa de interés de menos del 10% a la que la Argentina no podrá acceder por no permitir que se revisen sus cuentas desde 2006. El director gerente del Fondo, Dominique Strauss-Kahn, expresó que el país "no sería elegible" para los préstamos de tres a nueve meses que permitirían brindarles liquidez a países que hayan mantenido "políticas sólidas" en los últimos dos años. Al mismo tiempo, la Reserva Federal anunció una serie de líneas de liquidez para Brasil, México, Corea del Sur y Singapur, por hasta 30.000 millones de dólares en cada caso. Al presentar el programa de asistencia en la sede del organismo multilateral en Washington, el funcionario francés dijo que no se les exigirán requisitos especiales a los países que quieran obtener este apoyo. Pese a esa declaración, en realidad el organismo multilateral sí demandará una serie de requisitos para acceder a esta línea, que en el caso de pedirla la Argentina representaría unos US$ 16.000 millones a una tasa que no sobrepasaría el 7 por ciento. Un periodista de la agencia española EFE le preguntó si la Argentina podría ser elegible, a pesar de que desde 2006 no acepta una misión del organismo para revisar las cuentas en el marco del análisis del artículo IV que realizan todos los países cada año. Strauss-Kahn fue categórico: "Me temo que el país que ha mencionado por la razón que dijo no sería elegible". De inmediato, desde el Ministerio de Economía indicaron que "la Argentina no ha pedido ningún crédito del FMI porque no considera que este organismo sea elegible como prestamista del país". A partir de la manipulación de las estadísticas del Instituto Nacional de Estadística y Censos (Indec), el Gobierno optó por no aceptar más esta revisión de cuentas que realizan casi todos los países del FMI. Fuentes del Fondo indicaron a La Nacion que "la negativa a revisar el artículo IV es la primera cuestión por la que la Argentina no puede calificar; además, hay que estar integrado al mercado de capitales y haber mantenido en los últimos años políticas económicas consistentes". Strauss-Kahn elogió el plan de auxilio aprobado ayer por el organismo. El FMI es cuestionado por su falta de respuesta ante la crisis global que está llevando a los países desarrollados a una profunda recesión que provocará serias consecuencias sobre las naciones en desarrollo como la Argentina. "El Fondo está en situación de poder reaccionar muy rápida y decididamente", dijo Strauss-Kahn. Aunque el funcionario indicó que la lista de los países que pueden acceder a esta nueva línea ?que podrá tomarse por tres meses y renovarse hasta dos veces por el mismo plazo? es secreta, el presidente del Banco Mundial, Robert Zoellick, consideró que hasta 30 naciones podrían presentar dificultades de balanza de pago por la crisis financiera. En las últimas semanas, el FMI otorgó créditos en programas tradicionales a Ucrania y Hungría, entre otros países de Europa del Este. Propuesta de Blejer El delegado argentino ante el FMI, Héctor Torres, presentó ante el directorio del organismo una propuesta del ex presidente del Banco Central argentino Mario Blejer, que consiste en otorgar garantías para que los países puedan refinanciar sus vencimientos de deuda en los mercados privados. A diferencia de otros planes que implican desembolsos, este esquema, que fue "muy bien recibido" en el organismo, sólo incluiría avales. Blejer dijo que el esquema permitiría "sostener la capacidad de los países emergentes para superar la actual ola de aversión al riesgo, reabrir los flujos de liquidez y poder refinanciar su deuda con acreedores privados a tasas de interés razonables". "El FMI deber poner en marcha una facilidad preventiva para restaurar la capacidad de los países con cuentas sólidas de pedir prestado en el mercado privado", expresó el economista y director de varias empresas.
Fuente: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por La Nacion

BID pede que Ásia invista na América Latina apesar de crise econômica
O presidente do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), Luis Alberto Moreno, pediu hoje aos empresários asiáticos que não caiam na tentação de deixar de investir na América Latina e no Caribe por causa da crise econômica mundial. Vários líderes latino-americanos, entre eles o vice-presidente colombiano, Francisco Santos, participaram de um fórum de comércio e investimento entre Ásia e América Latina, que começou hoje em Tóquio e que é organizado com o objetivo de fortalecer os laços comerciais entre as duas regiões. ´Freqüentemente, em tempos difíceis, existe a tentação política entre os países de reduzir seus compromissos com o resto do mundo, uma tentação de tratar o mundo exterior mais como uma ameaça do que como uma oportunidade´, declarou Moreno na abertura do fórum. "Esta redução seria um grave erro", advertiu o presidente do BID ante representantes de mais de 500 empresas latino-americanas, japonesas e sul-coreanas. Moreno se comprometeu com a continuação, por parte do BID, da luta para minimizar os efeitos da crise econômica nos países da América Latina e do Caribe, e, entre as medidas dispostas, lembrou a aprovação de empréstimos para a região no valor de mais de US$ 10 bilhões. Já Santos disse que "a Ásia, com seus trilhões de dólares em reservas, pode e deve se transformar no grande mecanismo de financiamento" de muitos projetos que agora encontram impedimentos para seguir em frente na América Latina pela situação instável. O vice-presidente destacou o investimento particular japonês nas obras de ampliação do canal do Panamá, depois que os sindicatos propuseram o adiamento do projeto diante do aumento dos custos em virtude da crise. Além disso, Santos destacou que pela primeira vez a América Latina "está olhando integralmente para a Ásia" como região de oportunidades de negócio. "A crise afeta a todos: na América Latina e na Ásia se sentiu uma desaceleração. A situação de financiamento começa a apertar e é aí onde temos imensas oportunidades de encontrar novos espaços para o financiamento de muitos destes projetos, que são viáveis e rentáveis", afirmou o vice-presidente colombiano. O BID anunciou, no último dia 13, que proporcionará aos seus parceiros até US$ 6 bilhões para o combate à crise no terreno financeiro, enquanto a CAF (Corporação Andina de Fomento) terá disponíveis US$ 2 bilhões e o Fundo Latino-americano de Reservas outros US$ 2,7 bilhões. A iniciativa responde aos pedidos de alguns países latino-americanos, que vêem com preocupação a falta de liquidez nos mercados e a aversão ao risco dos investidores, o que provocou uma saída do capital estrangeiro. O vice-presidente de setor privado do BID, Steven Puig, disse à Agência Efe que vários países da região já expressaram seu interesse em receber fundos para aumentar a liquidez através desta iniciativa. Puig ressaltou que espera que os principais interessados sejam países da América Central, do Caribe e as menores nações da América Latina --os mais castigados pela crise na região--, que poderão receber até US$ 500 milhões cada um. Apesar das medidas de estímulo econômico, Moreno reconheceu que as últimas análises do BID indicam que, possivelmente, o crescimento econômico da região da América Latina e do Caribe não alcançará 4,5%, como se previa. "Para o ano que vem, prevemos um crescimento de 2,5% a 3%" da economia da América Latina, acrescentou o presidente do BID. Do fórum de Tóquio também participaram outros líderes latino-americanos como a ministra de Comércio e Indústria do Panamá, Carmen Gisela Vergara, e o secretário de Comércio e Relações Econômicas Internacionais da Argentina, Alfredo Chiaradía. O fluxo comercial entre a região asiática e a latino-americana mais que duplicou durante os últimos três anos, e o fórum, que terminará amanhã em Tóquio, é a prova do fortalecimento de seus laços econômicos, informam seus promotores.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por EFE/Isabel Conde

"BC enfrentou o maior dilema dos últimos 80 anos"
O professor da Universidade de São Paulo (USP) Simão Silber diz que o Copom acertou ao manter a Selic em 13,75% ao ano.Como avalia a decisão do Copom?É a decisão mais razoável, levando-se em conta a incerteza e a crise de confiança no mundo, que têm levado a maioria dos bancos centrais a reduzir os juros. A decisão do BC é histórica. Nenhum banco central enfrentou um dilema desse tamanho nos últimos 80 anos. O balanço de riscos, hoje, pende mais para uma desaceleração do que para uma alta da inflação?Sim. A única pressão inflacionária que sobrou no Brasil é via câmbio. Aquilo que poderia funcionar via aumento de juro - controle da liquidez e do crédito - o mercado já fez sozinho por causa do pânico. O Brasil vai crescer menos?Sim. Diria que, mesmo sem muita certeza a esta altura, o Brasil caminha para um crescimento modesto em 2009, entre 2,5% e 3%. Como fica a inflação?Não fica descontrolada porque a demanda está caindo. Os primeiros números de outubro já indicam redução drástica, por exemplo, de venda de veículos. O BC teria espaço para cortar o juro ou é cedo para dizer isso?É cedo por causa do comportamento da taxa de câmbio.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por O Estado de S. Paulo

9% das obras do PAC estão concluídas, aponta balanço do governo
Dados do 5º Balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) indicam que, desde que o programa foi criado, em janeiro de 2007, apenas 9% das obras foram concluídas, o que equivale a 193 ações. Para estas ações, o governo já investiu R$ 30,6 bilhões. O balanço foi divulgado nesta quinta-feira (30) pela minitra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.Do total de R$ 17,9 bilhões previstos na dotação orçamentária para 2008, o balanço mostra que menos de 50% (R$ 8,2 bilhões) foram investidos até setembro deste ano. Segundo o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, neste valor já estão inclusos os ‘restos a pagar’ de 2008. Das obras concluídas, os investimentos mais altos foram com campos de petróleo e gás natural, onde foram alocados R$ 9,9 bilhões. Nas rodovias, o investimento foi de R$ 4,7 bilhões, enquanto, com os aeroportos, o governo gastou apenas R$ 178 milhões. Avaliação De acordo com a avaliação do governo, 83% das ações estão em "ritmo adequado de execução", 7% em "nível de atenção" e 1% é considerado preocupante. Com relação aos valores, a avaliação do governo é de que 86% das ações estão com a execução adequada, e apenas 1% é preocupante. Atualmente, o governo monitora 2.198 ações do PAC, que têm um orçamento de R$ 17,9 bilhões. Segundo a ministra da Casa-Civil, Dilma Rousseff, houve evolução no monitoramento das ações. Ela lembrou que, em dezembro de 2007, apenas 2.083 ações eram monitoradas. Além de Dilma e Paulo Bernardo, participam da cerimônia de divulgação do 5º Balanço do PAC os ministros dos Transportes, Alfredo Nascimento, da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, e da Secretaria Especial de Portos, Pedro Brito.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por G1

Dilma reafirma que crise externa não prejudica o PAC
A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, voltou a afirmar que a crise financeira internacional não atingirá o cronograma das obras previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), ao concluir no início desta tarde a apresentação do quinto balanço do PAC, no Palácio do Planalto. "Não identificamos nenhuma obra que, por conta dos problemas de restrição de crédito internacional, sofra conseqüências", disse a ministra, ao falar com jornalistas.Ela afirmou que, em novembro, as obras darão "um salto". "Não estamos esperando depressão ou recessão, mas uma desaceleração, e é sempre importante ressaltar que as obras do PAC combinam investimento privado com investimento público", afirmou Dilma.A uma pergunta sobre risco de redução na arrecadação federal de impostos e contribuições, a ministra respondeu que o governo não prevê esse problema para os próximos meses. "Uma das características desta crise é que o governo brasileiro não quebrou como no passado", disse.A ministra ressaltou que o governo aumentou a execução orçamentária em relação às obras do PAC e que redução de investimentos em setores como o de rodovias foram "pontuais", por problemas como greves de funcionários públicos e chuvas em algumas áreas. Dilma Rousseff negou que a crise, agravada no início de setembro, tenha surtido efeito nos canteiros de obras do PAC.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Agência Estado

O Brasil e o petróleo da camada pré-sal
O petróleo foi durante muitos anos um problema para o desenvolvimento da economia brasileira. É claro que ele nunca foi a causa principal, mas um entrave em alguns períodos importantes para a sustentabilidade do crescimento. Nos últimos 50 anos, o principal óbice para o desenvolvimento foi claramente a falta de gestão motivada por políticos que quase sempre colocam as prioridades pessoais ou dos partidos acima dos interesses do País. Nunca se conseguiu um projeto de nação que fosse respeitado pelas diferentes forças políticas e a cada mudança de governo mudaram-se também as prioridades econômicas e o programa do País - exceção feita ao governo Lula, que deu continuidade à política econômica de Fernando Henrique Cardoso. Uma retrospectiva histórica mostra que, por duas vezes, o petróleo foi um dos principais entraves para o crescimento acelerado. O golpe militar de 1964 trouxe ao País o planejamento e o controle centralizado da economia, com razoável sucesso e grande crescimento econômico. A partir da década de 60 houve fartura na oferta de financiamento internacional e o crescimento acelerado da década de 70 foi promovido por uma poupança externa farta e barata, que durou até o início dos anos 80. O primeiro sinal de aborto do crescimento acelerado foi dado em 1974, com o primeiro choque dos preços do petróleo. O sinal foi ignorado pelo governo militar, que continuou o plano de investimentos, sem importar-se com o aumento da dívida externa. O processo de desenvolvimento acelerado foi finalmente abortado pelo segundo choque de preços do petróleo, ocorrido em 1979, que culminou com a renegociação das contas externas em 1982. O custo do petróleo impactou fortemente todos os países importadores, com reflexos na inflação mundial, culminando com aumento das taxas de juros, que alcançaram o nível de 22% ao ano nos Estados Unidos. A dívida externa brasileira explodiu em função da conta do petróleo e da alta taxa de juros. Estamos agora diante de um cenário de preços do petróleo com grande volatilidade. O preço do barril alcançou quase US$ 150, voltando ao patamar próximo aos US$ 70 nos últimos dias. Está muito difícil neste momento de crise definir qual o preço justo para o petróleo, mas qualquer que seja ele, desta vez temos grande oportunidade para mudar o destino e a situação econômica do Brasil. O questionamento que faço é se saberemos aproveitar os dividendos do petróleo do pré-sal e darmos um salto de qualidade na vida dos brasileiros em geral. Temos escutado e lido várias idéias do governo para tirar vantagens da riqueza das novas reservas petrolíferas e para resolver o problema da educação, saúde e outras que há muito preocupam os brasileiros. Fala-se em descentralizar parte das receitas do petróleo, formar-se um fundo soberano, uma nova empresa para administrar as reservas e os recursos delas provenientes. Acho a discussão sobre o assunto muito importante para a sociedade, mas, ao mesmo tempo, preocupante pelas possíveis decisões que poderão antecipar a utilização de valores que ainda são desconhecidos. Até o momento, não se tem idéia do volume de investimentos necessários para a extração do petróleo e o seu custo de exploração, e tampouco sabemos qual será o valor do barril nos próximos anos. Não coloco em dúvida o valor de tais reservas para o País, mas a estratégia para a utilização dessa riqueza. Se as reservas forem realmente do tamanho estimado e os preços forem mantidos elevados, sem um planejamento e boa execução de uma política industrial e cambial, poderemos destruir a diversificação de nossa indústria, fazendo proliferar apenas o setor petroquímico. Se o valor líquido das reservas for menor, poderemos frustrar os planos de crescimento do País, sacando na frente receitas que nunca se concretizarão. Não estou pessimista com o Brasil do pré-sal, apenas preocupado com os planos e a velocidade de utilização de seus recursos. Temos uma oportunidade ímpar de sair do subdesenvolvimento, de encurtar vários anos para atingirmos um bom nível de bem-estar social e uma melhor distribuição da riqueza. Desta vez, o petróleo parece ser uma grande oportunidade, e espero que nossos governantes saibam aproveitá-lo e fazer dele uma grande bênção para o nosso povo. Quem sabe assim nós possamos enfim acreditar que Deus é brasileiro.
Fonte: ANERTT/Marcílio Novaes Maxxon por Gazeta Mercantil/Manoel Horacio Francisco da Silva

Dr. Marcílio Novaes Maxxon
O combate à corrupção está intimamente vinculado à transparência.


*Leituras para Análise Estratégica eo Desenvolvimento do País:

Altos Estudos BrasileirosPor MARCÍLIO NOVAES MAXXONI- POLÍTICA E GESTÃO PÚBLICA:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/fevereiro_29.htmII- PPP-PARCERIAS PÚBLICO PRIVADAS:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/marco_28.htmIII- O PAPEL DA CÂMARA DOS DEPUTADOS:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/maio_09.htmIV- CÓDIGO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR DA CÂMARA DOS DEPUTADOS:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/maio_16.htmV- SENADO FEDERAL E CONGRESSO NACIONAL:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/junho_01.htmVI- PROCESSO LEGISLATIVO DO CONGRESSO NACIONAL, POR MARCÍLIO NOVAES MAXXON:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/junho_16.htmVII- O QUE É A LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL, E A LEI DE CRIMES FISCAIS. O ESPÍRITO DA LEI:http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/julho_01.htm

Artigo: FBI - A Ciência da Inteligência e da Informação: http://www.portalbrasil.net/2004/colunas/politica/abril_11.htm
Por Marcílio Novaes Maxxon


Comissão de Assuntos Econômicos - CAE
Audiências Públicas e Reuniões Técnicas

03.06.2008 – Audiência Pública "Debate sobre o Marco Regulatório do Petróleo diante da perspectiva de descoberta e desenvolvimento de novas bacias petrolíferas na Camada do Pré-Sal”
ANPHaroldo Borges Rodrigues Lima, Diretor-Geral da Agência Nacional de Petrólio
IBPJõao Carlos França de Lucca, Presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustiveis
PetrobrasJosé Sérgio Gabrielli, Presidente da Petrólio Brasileiro S.A.
03.06.2008 – Audiência Pública "Debate sobre o Marco Regulatório do Petróleo diante da perspectiva de descoberta e desenvolvimento de novas bacias petrolíferas na Camada do Pré-Sal monetária” (Notas)
13.05.2008 – Audiência Pública “Diretrizes, implementação e perspectivas futuras da política monetária”
Banco Central do BrasilHenrique Meirelles, Presidente do Banco Central do Brasil

15.04.2008 – Audiência Pública "Critérios técnicos de repartição dos royalties provenientes da atividade de exploração petrolífera"
IBGEEduardo Pereira Nunes, Presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ANPHaroldo Borges Rodrigues Lima, Diretor-Geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
PetrobrasGuilherme de Oliveira Estrella, Diretor de Exploração e Produção da Petróleo Brasileiro S.A.
15.04.2008 – Audiência Pública "Critérios técnicos de repartição dos royalties provenientes da atividade de exploração petrolífera" (Notas)

14.05.2007 - Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
Petrobras Paulo Roberto Costa, Diretor de Abastecimento
Única Eduardo Pereira de Carvalho, Presidente
Abegás Carlos Eduardo de Freitas Brescia, Diretor

28.05.2007 - Petróleo e Gás Natural
MME João José de Nora Souto, Secretário de Petróleo e Gás
PETROBRAS Guilherme de Oliveira Estrella, Diretor de Exploração e Produção
SHELL John Haney, Vice-Presidente
Institucional
Em 20 anos, Congresso fez 62 emendas à Constituição
O fracasso da revisão constitucional de 1994
Emendas "paralelas" e fatiadas, soluções para os impasses políticos do Congresso
Algumas mudanças que o Congresso fez na Constituição

Fonte: ANERTT por Agência Senado

O BRASIL E OS BIOCOMBUSTÍVEIS
O BRASIL E OS BIOCOMBUSTÍVEISINTERATIVO PARA VOCÊ:http://www.discoverybrasil.com/discover yhoje/viciados_em_petroleo.shtml?vMenu=0 &vPrograma=6&vContenido=0_1ANERTT/DISCOVERY*


*A ANERTT, é signatário do Pacto Global: O Pacto Global é essencial para a parceria entre o setor privado e as Nações Unidas no combate efetivo a CORRUPÇÃO.

http://www.pactoglobal.org.br/pg_principio.php

http://www.unglobalcompact.org/


Nenhum comentário:

Postar um comentário